No meio do texto, coloquei uma sogestão de musica (tambem uma homenagem a twilight), para acompanhar a leitura. :)
- Levanta Filhaaaaa!
Tapei o rosto com uma almofada. Mas de alguma forma, o grito estridente do meu pai ainda consegui fazer zunir os meus ouvidos.
- Deixa-me pai!
- Agora! Se não levantares esse rabo da cama em 5 segundos eu deito os teus livros fora.
Levantei-me e corri aterrorizada para abrir a porta. O meu pai era mesmo baixo ao fazer uma ameaça dessas…
- Satisfeito? – Perguntei com falta de ar, da correria e tropeções para chegar á porta.
- Muito – O meu louco pai beijou a minha testa – Agora veste-te. Aproveitas a boleia do teu irmão.
Olhei-a horrorizada. Como?
Ela fechou a porta e saiu!
Como assim? Eu vou com ele? Desde quando? Porque não posso ir no meu carro?
Michael Brown. Meu querido irmão. Nunca nos demos bem. Ele é mais velho que eu dois anos e acha-se o dono da razão. Adora dar a ideia que é inteligente. Mas é tremendamente burro! Sério, não percebe nada! 2+2 é uma conta complicada para ele!
Infelizmente ele no seu percurso escolar foi chumbando e chumbando. Até que eu o consegui passar, mas inevitavelmente andei um ano na turma dele (ano para esquecer).
Agora ele anda no 11 e eu no 12. Como já referi ele tem tudo, menos cérebro. O que eu acredito ser algo profundamente essencial.
Fui tomar um duche rápido e lavei calmamente os meu maravilhosos cabelos. Talvez sejam exuberantes de mais… Mas eu adoro-os! Verdade! É uma coisa que tenho super orgulho! São longos, um pouco acima dos quadris, vermelhos como fogo e com alguns caracóis. É meio ondulado. Gosto dele, essencialmente por serem diferentes. Na minha escola as raparigas têm todos (quando digo todas uns 80 %) cabelos loiros. Vê-se uma morena, (muito raramente) mas ruiva? Ptss nem vê-la! EU SOU ÚNICA! É isso que digo para as pessoas quando quer que eu pinte o meu precioso cabelo!
Vesti uma roupa qualquer no meu corpo magro, sem curvas exorbitantes que fazem de mim uma rapariga normal.
Bem, eu sou baixa (míseros 1.62), magra e tenho apenas curvas suaves. Tenho pena de ter nascido assim, mas cada um anda com aquilo que tem.
Olhei no espelho e fiz bico com os meus lábios mais ou menos cheios de tonalidade meia avermelhada. Pele branca, olhos grandes, verde-esmeralda com cílios compridos e avermelhados, sobrancelhas arruivadas (queriam pretas?) nariz fofo. A minha mãe dizia que pelo meu nariz nota-se que sou teimosa. E infelizmente tenho apenas algumas sardas no nariz… Mas enfim… Nada pode ser perfeito.
Sorri para o espelho. Os meus dentes estavam impecáveis. Toquei-os. Fazia apenas um ano que era chamada de “sorriso metálico”. As pequenas covinhas na minha cara formaram-se quando me ri. Dei uma estalada. Aquilo faz-me parecer uma boneca! Que horror.
- Nicholaa!
- JÁ VOUU!
O estúpido do meu irmão chamou e eu tive que sair a correr da casa de banho.
Cheguei á cozinha e o cheiro maravilhoso de panquecas fez a minha barriga roncar.
- Bom dia cabeça de fósforo!
Ignorei Michael e sentei-me babando para as panquecas que a empregada, que vinha umas 2 vezes por semana, colocava no prato á minha frente e derramava mel em cima…
- Amanha vou à cabeleireira… Não queres ter o cabelo que nem o meu?
- Eu sou única Cindy! Nem sonhes!
A Cindy era uma mulher baixa e gordinha. Mas muito bonita. Cabelos encaracolados curtinhos e loiros (cor original preta o que a fazia ficar com raízes pretas bastante obvias). Pele morena (que eu invejava). Olhos castanhos quentes e doces, boca pequena e com bochechas salientes no rosto. Ela tinha 50 anos, e era caidinha pelo meu pai. O meu pai no entanto não tinha olhos para nenhuma mulher. Pelo menos da forma que Cindy queria… O meu pai não tinha olhos para ninguém, excepto a minha falecida mãe. Os meus pais amavam-se profundamente.
- Nikka, é para hoje?
Ignorei o meu irmão. Ele tem a mania de ser o rapaz mais lindo do mundo. É musculado, com uns 1.75 m, pele morena, olhos castanhos, cabelo loiro. Neste momento o meu irmão olhava-me feroz, mas eu continuei a comer calmamente. Mas a verdade é que eu queria ser mais parecido com ele. - Fisicamente falando, já que mentalmente ele pode ser comparado a um calhau. - Sempre que olho para ele vejo a cara da minha mãe! Olhos iguais, cabelos da mesma tonalidade, pele moreninha que nem a dela ela…
Ignorei-o e continuei a comer tranquilamente. Ele tenta constantemente irritar-me. E, normalmente tem sucesso.
O meu pai desceu as escadas rápido deu num beijo na minha testa e outro na bochecha do meu irmão, que mal o meu pai virou costas, limpou o rosto com uma careta de nojo. Revirei os olhos.
- Pai, porque eu tenho que ir com a aberração? - Perguntei encarando os olhos pretos como a noite do meu pai.
- Eu, aberração? Essa é boa! Quem tem cabeça de fósforo sou eu?
- Seu…
- Parem vocês os dois! Agora! Nem de manhã sossegam?
Eu e o meu irmão demos de ombros ao mesmo tempo e calamo-nos.
- Bem Nicholaa, vais com o teu irmão porque ontem bati com o teu carro…
- O quê? – Levantei-me rápido virando tudo de cima da mesa tal a velocidade.
- Foi um acidente…
- Explica! Eu empresto-te o carro, porque o teu estava avariado e agora avarias o MEU?
- Bem, a parte boa é que a dianteira não sofreu danos…
- E a traseira? – perguntei com os olhos arregalados.
- Bem isso…
- PAI! Como isso aconteceu?
- Eu estava parado no semáforo e aí bateram-me por trás…
- O semáforo estava verde? – era bem a cara do meu pai, ficar distraído e não se dar conta que o semáforo já estava verde. Ou ficar a falar no telemóvel, e aí provocar um acidente…
Ele coçou os seus cabelos pretos encaracolados. Culpado!
- Quero-o de volta. Rápido! Não vou com ele nem mais um dia! – apontei para o meu irmão que ria de mim.
Claro que ele ria. O carro foi um presente do nosso pai para o “irmão do ano”. Quem tirasse melhores notas leva-a o premio. Eu ganhei, claro. Ele agora amava ver o meu precioso premio destruído!
- Calma filha… - sorriu e apareceram as covinhas na cara dele. Foi dele que eu peguei! Mais ódio!
- É tudo culpa tua! – Saí de casa batendo a porta!
Eu era branca por culpa dele. Eu tinha olhos verde-esmeralda porque o pai dele tinha. Eu tenho cabelo vermelho porque a mãe dele tinha! Ódio! Porque não tinha os olhos da minha mãe que tanto amava e que cada vez falhava mais na memória? Eu queria ser linda que nem ela… Eu queria que o meu pai disse-se para mim o que diz para Michael “ Lembras-me a tua mãe em cada expressão…”. Eu quem lembrava? A ele próprio! Grrrr!
Tapei o rosto com uma almofada. Mas de alguma forma, o grito estridente do meu pai ainda consegui fazer zunir os meus ouvidos.
- Deixa-me pai!
- Agora! Se não levantares esse rabo da cama em 5 segundos eu deito os teus livros fora.
Levantei-me e corri aterrorizada para abrir a porta. O meu pai era mesmo baixo ao fazer uma ameaça dessas…
- Satisfeito? – Perguntei com falta de ar, da correria e tropeções para chegar á porta.
- Muito – O meu louco pai beijou a minha testa – Agora veste-te. Aproveitas a boleia do teu irmão.
Olhei-a horrorizada. Como?
Ela fechou a porta e saiu!
Como assim? Eu vou com ele? Desde quando? Porque não posso ir no meu carro?
Michael Brown. Meu querido irmão. Nunca nos demos bem. Ele é mais velho que eu dois anos e acha-se o dono da razão. Adora dar a ideia que é inteligente. Mas é tremendamente burro! Sério, não percebe nada! 2+2 é uma conta complicada para ele!
Infelizmente ele no seu percurso escolar foi chumbando e chumbando. Até que eu o consegui passar, mas inevitavelmente andei um ano na turma dele (ano para esquecer).
Agora ele anda no 11 e eu no 12. Como já referi ele tem tudo, menos cérebro. O que eu acredito ser algo profundamente essencial.
Fui tomar um duche rápido e lavei calmamente os meu maravilhosos cabelos. Talvez sejam exuberantes de mais… Mas eu adoro-os! Verdade! É uma coisa que tenho super orgulho! São longos, um pouco acima dos quadris, vermelhos como fogo e com alguns caracóis. É meio ondulado. Gosto dele, essencialmente por serem diferentes. Na minha escola as raparigas têm todos (quando digo todas uns 80 %) cabelos loiros. Vê-se uma morena, (muito raramente) mas ruiva? Ptss nem vê-la! EU SOU ÚNICA! É isso que digo para as pessoas quando quer que eu pinte o meu precioso cabelo!
Vesti uma roupa qualquer no meu corpo magro, sem curvas exorbitantes que fazem de mim uma rapariga normal.
Bem, eu sou baixa (míseros 1.62), magra e tenho apenas curvas suaves. Tenho pena de ter nascido assim, mas cada um anda com aquilo que tem.
Olhei no espelho e fiz bico com os meus lábios mais ou menos cheios de tonalidade meia avermelhada. Pele branca, olhos grandes, verde-esmeralda com cílios compridos e avermelhados, sobrancelhas arruivadas (queriam pretas?) nariz fofo. A minha mãe dizia que pelo meu nariz nota-se que sou teimosa. E infelizmente tenho apenas algumas sardas no nariz… Mas enfim… Nada pode ser perfeito.
Sorri para o espelho. Os meus dentes estavam impecáveis. Toquei-os. Fazia apenas um ano que era chamada de “sorriso metálico”. As pequenas covinhas na minha cara formaram-se quando me ri. Dei uma estalada. Aquilo faz-me parecer uma boneca! Que horror.
- Nicholaa!
- JÁ VOUU!
O estúpido do meu irmão chamou e eu tive que sair a correr da casa de banho.
Cheguei á cozinha e o cheiro maravilhoso de panquecas fez a minha barriga roncar.
- Bom dia cabeça de fósforo!
Ignorei Michael e sentei-me babando para as panquecas que a empregada, que vinha umas 2 vezes por semana, colocava no prato á minha frente e derramava mel em cima…
- Amanha vou à cabeleireira… Não queres ter o cabelo que nem o meu?
- Eu sou única Cindy! Nem sonhes!
A Cindy era uma mulher baixa e gordinha. Mas muito bonita. Cabelos encaracolados curtinhos e loiros (cor original preta o que a fazia ficar com raízes pretas bastante obvias). Pele morena (que eu invejava). Olhos castanhos quentes e doces, boca pequena e com bochechas salientes no rosto. Ela tinha 50 anos, e era caidinha pelo meu pai. O meu pai no entanto não tinha olhos para nenhuma mulher. Pelo menos da forma que Cindy queria… O meu pai não tinha olhos para ninguém, excepto a minha falecida mãe. Os meus pais amavam-se profundamente.
- Nikka, é para hoje?
Ignorei o meu irmão. Ele tem a mania de ser o rapaz mais lindo do mundo. É musculado, com uns 1.75 m, pele morena, olhos castanhos, cabelo loiro. Neste momento o meu irmão olhava-me feroz, mas eu continuei a comer calmamente. Mas a verdade é que eu queria ser mais parecido com ele. - Fisicamente falando, já que mentalmente ele pode ser comparado a um calhau. - Sempre que olho para ele vejo a cara da minha mãe! Olhos iguais, cabelos da mesma tonalidade, pele moreninha que nem a dela ela…
Ignorei-o e continuei a comer tranquilamente. Ele tenta constantemente irritar-me. E, normalmente tem sucesso.
O meu pai desceu as escadas rápido deu num beijo na minha testa e outro na bochecha do meu irmão, que mal o meu pai virou costas, limpou o rosto com uma careta de nojo. Revirei os olhos.
- Pai, porque eu tenho que ir com a aberração? - Perguntei encarando os olhos pretos como a noite do meu pai.
- Eu, aberração? Essa é boa! Quem tem cabeça de fósforo sou eu?
- Seu…
- Parem vocês os dois! Agora! Nem de manhã sossegam?
Eu e o meu irmão demos de ombros ao mesmo tempo e calamo-nos.
- Bem Nicholaa, vais com o teu irmão porque ontem bati com o teu carro…
- O quê? – Levantei-me rápido virando tudo de cima da mesa tal a velocidade.
- Foi um acidente…
- Explica! Eu empresto-te o carro, porque o teu estava avariado e agora avarias o MEU?
- Bem, a parte boa é que a dianteira não sofreu danos…
- E a traseira? – perguntei com os olhos arregalados.
- Bem isso…
- PAI! Como isso aconteceu?
- Eu estava parado no semáforo e aí bateram-me por trás…
- O semáforo estava verde? – era bem a cara do meu pai, ficar distraído e não se dar conta que o semáforo já estava verde. Ou ficar a falar no telemóvel, e aí provocar um acidente…
Ele coçou os seus cabelos pretos encaracolados. Culpado!
- Quero-o de volta. Rápido! Não vou com ele nem mais um dia! – apontei para o meu irmão que ria de mim.
Claro que ele ria. O carro foi um presente do nosso pai para o “irmão do ano”. Quem tirasse melhores notas leva-a o premio. Eu ganhei, claro. Ele agora amava ver o meu precioso premio destruído!
- Calma filha… - sorriu e apareceram as covinhas na cara dele. Foi dele que eu peguei! Mais ódio!
- É tudo culpa tua! – Saí de casa batendo a porta!
Eu era branca por culpa dele. Eu tinha olhos verde-esmeralda porque o pai dele tinha. Eu tenho cabelo vermelho porque a mãe dele tinha! Ódio! Porque não tinha os olhos da minha mãe que tanto amava e que cada vez falhava mais na memória? Eu queria ser linda que nem ela… Eu queria que o meu pai disse-se para mim o que diz para Michael “ Lembras-me a tua mãe em cada expressão…”. Eu quem lembrava? A ele próprio! Grrrr!
Este capítulo está assim para o fraquinho... Mas eu tinha mesmo que mostrar como era a rotina de Nikka... Assim como fazer a descrição dela e da familia... Lamento se foi chato... :S
Mas no proximo capítulo já vamos ter Alexander! Prometo! (até porque ele já está escrito)
Obrigada por lerem! Mesmo!
Se não gostam de alguma coisa digam, se acham que devo mudar alguma coisa...
E tambem o que esperam da fic, ou até mesmo sugestões...
Beijinhos, e já sabem... COMENTEM! ;)