sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!



Feliz Natal a todos!

Espero que o Pai Natal deixe prendinhas, especialmente muita saúde, paz, amor e felicidade para todos.

Quem aqui acredita no Pai Natal?
^Eu acredito! =)
Ele todo o dia 24 de Dezembro deixa prendinhas na minha bota, debaixo da árvore de Natal coberta de neve.
E todo o dia 25 de Dezembro, eu mal acordo corro descalça para a árvore mal, exactamente como quando tinha 5 anos de idade.

Espero que vocês também acreditem no velhinho barbudo! (=

Beijinhos!

P.S-> Cuidado com os doces ;) – Ou não! x) Eu como toneladas de todo o tipo de doces, e chocolates! – para compensar, já que odeio bacalhau =/ -> sei... desculpas, desculpas.... ;)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

9ºCapitulo - Romeu

Oi galera!
^lol
Bem, trouxe este capitulo, pois sei que estavam curiosas.
É o ultimo este ano. :S Ando com super problemas de net.... Sempre a mesma coisa! :S
Eu odeio a minha net! Logo nas ferias?
Porraaaaaaaaaaaaaaa!
Não respondi aos coment’s do capitulo anterior, e peço desculpa. Quero que saibam que eu li TODOS e agradeço a todos por tudo! Infelizmente não deu para responder, com tantas coisas que tenho que fazer e com a net neste estado… :S
Tentarei responder a e-mail’s, mas postar não vai dar…

Então, espero que gostem deste capitulo! :D
^São dois capítulos na verdade. – só que é um, do tamanho de dois… (Faz sentido? Se não faz, deixem lá, eu também nunca faço sentido mesmo (= )

Para compensar, já que não vou postar o proximo tão rápido como o que gostaria.
Eu ia terminar numa parte, mas depois pensei que ainda me matavam lol e escrevi logo o outro. Eu imaginava o capitulo como estava, quando comecei a escrever queria colocar todos os acontecimentos num só. Mas comecei e não parei, e quando vi o tamanho pensei que era melhor cortar, já que parecia 2 capítulos e não apenas 1. Mas depois mudei de ideias e fiz um capitulo gigante. Espero que não seja cansativo.
Espero sinceramente que gostem.

Temos revelações…

Uma nova personagem… Romeu ;)

Ah! Já me ia esquecendo… :/ Não condenem a Nikka a Nikka, por favor!
Tentem percebe-la. Ela aceita, porque bom… Ela quer… -> Vão perceber no cap..
Não a condenem, tentem perceber. Ela tem saudades do Alex…

Tem bolinha vermelha também! =P
Já sabem como funciona…
Bolinha vermelha, só para maiores de 16…
^Eu bem sei que lêem á mesma! =P Se fosse eu, lia! xD
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Gsdjklkjhgfdsdjkjhgfdfghjkjhgf
Kjhgfsadjklkhgfdsdklkjhgfdsdf
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Polar a parte que está entre os * se não quiseres ler

Agradecer a quem me apoiou na chat! Do fundo do coração, OBRIGADA! :D
O capitulo é para vocês meninas! :D

BOA LEITURA!



Estava atordoada. Estava ausente da realidade. Tinha apenas alguma percepção do que acontecia. Ouvia como se estivessem a falar na rua, e eu dentro de casa. Estava a ser privada do sono á uma semana. Aquelas putas prenderam-me numa cave e amarraram-me com cadeados muito grossos, que poderiam ser quebrados por um puro, que não fosse fraco como eu.
Estava encurralada. Á muito que deixara de ter medo. Já não ligava. Já não chorava. E tinha deixado de gritar o nome de Alexander, obviamente ele não me viria salvar como num conto de fadas, ele tinha quebrado os nossos laços e já não me sentiria. Já não sabia se estava em perigo.
De noite era torturada pelas vampiras e alguns vampiros que moravam naquele covil, e de dia, humanos estava lá para me manter acordada dando-me descargas de electricidade sempre que os meus olhos começavam a fechar.
Aprendia a um preço elevado como vampiros eram cruéis, como extasiavam com o medo e a dor dos outros. Especialmente de uma traidora. Uma traidora da própria raça, uma pária da sociedade que traia as leis mais antigas, que traíra o Rei e ao mesmo tempo o seu criador. Para eles, eu valia menos que um humano.
Senti uma lamina escorrer pela minha face, cortando a minha pele. Selei com força os lábios e não emiti um único som nem abri os olhos. Quem quer que me estava a torturar agora, ansiava pela minha dor, e o meu medo. Não ia dar nada.
- Não choras agora? – conheci a voz de uma que me tinha capturado. Continuei em silencio. Ela riu e afastou-se. Ouvi som de metal. Abri os olhos para ver o que ela estava a fazer e então gelei. Ela tinha um ferro afiado que aqueceu numa espécie de lareira. Engoli em seco.
Então não pode evitar o medo.
- Não…
- Oh, ela agora fala… - e então o ferro deslizou pela minha bochecha fazendo-me gritar em agonia. Queimava a minha pele. Nunca tinha sentido o fogo, nem tinha muita noção do que aquilo me fazia. Agora sabia. Então ela desceu o ferro pelo meu tronco, queimando roupa e pele, arrancado gritos e suplicas de mim.
E por fim, trespassou o meu estômago com o ferro. A dor foi tanta que nem se registou devidamente no meu cérebro. Apenas arrancou urros meus.
E então, quando ela retirou o ferro, queimando-me mais, fazendo-me agoniar mais numa dor física impossível de suportar, uma fúria incontrolável tomou conta de mim.
- QUEM PENSAS QUE ÉS? – debati-me, tentando quebrar as correntes.
Eu era superior a ela. Era uma pura. Eu tinha de me safar daquilo. Elas não iam divertir-se ás minhas custas.
Não era uma vitima. Nunca fui. E não ia ser uma porcaria de seres inferiores a mim que me iam vencer. Filhos da puta, não me iam mais torturar, por uma coisa que já tinha sido castigada e de uma maneira que nem se podia comparar ao que me faziam. A dor da perda de Alex nunca se compararia a nada.
Comecei a debater-me, raivosa, com dentes alongados e olhos ensanguentados. Nem sentia a face que começava a regenerar, nem o estômago aberto. Só queria sangue. O sangue dela derramado pelas minhas mãos. Ela derramava o meu, mas sem se atrever a me queimar viva, mas eu não seria tão bondosa. Quando colocasse as mãos neles todos iriam banhar-me no sangue deles, cuspir na cinzas que a verdadeira morte fazia com os corpos deles.
Eu acabaria com todos aqueles que me torturaram.
- É melhor correres… - avisei-a fria, sem mais me debater – Assim que colocar as minhas mãos em ti…
Ela riu.
Eu também sorri.
Então, alguma coisa dentre de mim fervilhou. Um onda tão quente que me fazia sentir forte e inabalável. Uma onda de calor tão grandiosa que fez um formigueiro cobrir a minha pele. O sangue correr mais rápido, os meus olhos arderem. Fiquei assustada, não sabia o que era. Então o medo passou, para ficar surpresa quando vi que as minhas mãos brilhavam. Uma espécie de luz branca começava a cobrir o meu corpo.
Sorri. Eu sabia o que era. Tinha lido imensos livros, sobre as sensações que os puros tinham quando o poder começava a surgir. Alexander contou-me o que sentiu.


O meu, estava a aparecer. Muito mais tarde do que devia ser, mas eu tinha as minhas falhas na imortalidade.
Ele agora aparecia. Sorri mais pois sabia exactamente o tipo de poder que era. Gargalhei. Alex, Alex… Só podia ser algo assim com o criador como ele. Eu tinha o sangue de Alexander a correr nas minhas veias junto com o meu.
A luz cobriu todo o meu corpo, brilhando tanto, que apenas os meus olhos poderiam se manter abertos ali. Porque era o meu poder. As correntes partiram, as minhas roupas desfizeram-se. A vampira foi reduzida a cinzas.
E quando tudo terminou, eu gargalhei.
Sem ligar por estar nua, foi á procura de cada vampiro naquele covil. E tentei perceber como se “ligava” o meu poder. Era fácil. Era natural. Nem era necessário pensar nisso, como quando queremos levantar uma mão, simplesmente a levantamos. Enquanto acabava com eles, fazia experiencias. Alex podia impedir que o fogo não magoasse os que queria. Em humana ele brincava de deslizar fogo pela minha pele e eu sentia o calor, mas nunca me magoava.
Tentei manter a “salvo” alguns vampiros, enquanto os do lado deles queimavam, e resultava.
Como também podemos levantar uma mão e mexer os dedos ao mesmo tempo. Podemos fazer muitas coisas em simultâneo. Com isto era igual. E então, depois os destruir a eles. Era viciante. Sentia-me uma criança com um brinquedo novo, enquanto delirava com a expressão deles. Era a minha vingança.
Os humanos, aproveitei para alimento. Eles também me deram descarga de electricidade.
Tranquilamente subi a algum dormitório e retirei umas roupas.
Sorri enquanto saia do covil e via cinzas espalhadas por todo o lado, esvoaçando no ar, como se um grande incêndio tivesse ocorrido.
Caminhei pela floresta, lembrava-me do caminho. Quando cheguei ao meu apartamento, tomei um banho enquanto cantarolava e deitei-me na cama.
Sentei-me indecisa e peguei no telemóvel.
Ligava a Alexander?
Eu queria contar que tinha descoberto o meu poder.
Ele ficaria orgulhoso. Ele sempre ficava em relação a mim, pois era a sua “criação”, mesmo não tendo motivos de orgulho pois tinha defeitos. Mas agora, não era tão inútil.
Mordi os lábios indecisa.
Ele provavelmente nem se importaria. Pousei o telemóvel, e decidi revelar o segredo no nosso próximo encontro. Independentemente de quanto tempo demorasse.
Fechei os olhos e tentei dormir. Tinha de descansar.
Mas não podia evitar os pensamentos.
Alexander era indestrutível pois tinha o poder do fogo. Era realmente imortal, o fogo não o atingia e assim ele estava a “salvo” da verdadeira morte. Fogo é a única coisa que podia matar um puro. O poder dele funcionava com os outros puros, pois era a sua debilidade. Enquanto que os poderes dos outros puros só “funcionavam” com vampiros “normais” ou humanos.
Os puros tinham a defeca de possuírem o “segredo da criação” e ficavam imunes a qualquer debilidade, os puderes eram inúteis com outros puros. Alain não podia “brincar” com a mente de um puro, como podia fazer com os vampiros e com humanos. Kawit não podia manipular a “vida” de um puro, como podia fazer com os restantes. Jullianne assim que me tornei uma pura, não via a minha aura, a minha alma, os meus sentimentos como fazia quando era uma humana. Os puderes eram inúteis quando usados em outros puros, em outros que possuíam a correr nas veias o mesmo segredo que eles.
Alexander era uma excepção. Ele era o mais antigo, ele era descendente directo de Caim, o seu criador. Enquanto que todos os outros era de outras linhagens, criações das criações, das criações, das criações de Caim. Caim, o primeiro vampiro era o criador de Alexander. O único mais forte que ele, e Alexander acabou com ele, controla o fogo. Lembro-me de quando ele contou a sua história, disse-me que assim que Caim percebeu que ele era uma ameaça o tentou matar, mas não o conseguiu por Alex ser imune ao fogo. Alexander matou-o. Foi fácil para ele.
O poder de Alexander afectava puros, pois possuía o fogo, coisa que os puros não tinham defesa contra e era a única forma de os fazer enfrentar a verdadeira morte.
E de alguma forma, Alexander transmitiu uma característica semelhante para mim.
Sorri. Eu era quente. Tal como Alexander.
Sempre pensamos que era uma característica “herdada” por ele. Nunca passou pela minha cabeça, ou pela de Alexander e até mesmo da de Alonzo, que teria algo a ver com o meu poder.
Com um criador indestrutível como Alexander, eu teria de ter algo especial. Algumas características dele passaram para mim.
Eu possuía um poder que, de alguma forma era um ponto fraco nos puros também. Uma debilidade como o fogo.
Fogo era fatal, mas o meu era um ponto fraco.



Gargalhei.
O sol. Sempre o sol
Alexander tinha os olhos sensíveis ao sol, por isso usava óculos. Os vampiros eram reduzidos a cinzas quando expostos ao sol.
Todos os puros ficavam incomodados com o sol, usavam óculos pois o sol reduzia os seus reflexos, fazia-os mais lentos. Mas débeis. Não era fatal como o fogo, mas era um ponto fraco.
O poder que Alex me transmitiu, tinha as suas características. Eu também tinha um poder que debilitava todos. Não tão grandioso como Alexander, obviamente, afinal ele era um primeiro descendente, mas o meu era o máximo também.
Então ele transmitia-me um poder de alguma forma semelhante ao dele, que fosse uma debilidade para todos, que mantivesse a minha pele quente. Características passadas pelo criador.
Não era fatal para puros, mas num confronto poderia torna-los mais lentos e ganhar a vantagem que me levava á vitoria. Em todos os outros, a morte seria instantânea.

Flashback

Olhei para o céu. O sol estava alto. Brilhava e era lindo. Não me lembrava de um dia de sol, por aqueles lados. Sorri. Era bom sentir a luz do sol.
Tirei o casaco, e fiquei com a camisola de alças. Deitei-me no chão sentindo o sol banhar-me. Suspirei. Já não me sentia tão bem á muito tempo. Apenas porque o sol banhava a minha pálida pele.
- Nikka? – a voz de Alexander suou furiosa.
Sentei-me assustada. Teria descoberto? Ele estava a tapar o meu sol. Tinha uns óculos de sol estilozos.
- Algum problema? – perguntei tentando aparentar calma.
- Deixa de te comportar como criança! – enfureceu-se enquanto com delicadeza mas segurança me puxava pelo braço para me levantar – Pensei que já tinhas parado de te torturar para me castigares.
- Hã?
- Esta sol Nikka. Vem para dentro.
Lembrei-me que Alexander tinha problemas com o sol. Por isso usava os óculos de sol, lembrava-me que ele os usava já no tempo em que nem desconfiava que ele era um vampiro. Os seus olhos eram sensíveis ao sol. Olhei para o sol, e ao contrario de quando era humana, poderia ficar horas a olha-lo e sem ter de fechar os olhos.
- Alxander? – estranhei enquanto ele apanhava o meu casaco do chão e cobria a minha pele – O sol na pele incomoda?
- Sim, Nikka. Odeio quando fazes estas criancices!
Se eu não estivesse muito ocupada a fitar o sol e a minha pele, teria me passado por me chamar criança.
- Tenho de falar com Alonzo. – disse um tanto sobressaltada.
- Quando a noite cair. – enquanto colocava o casaco sobre os meus ombros puxava-me para dentro de casa. – Algum problema?
- Mais ao menos. O que o sol te faz?
- É incomodo, torna-te vulnerável, lento. Precisas de redobrar a atenção. – olhou-me desconfiado – Porque perguntas?
- Alexander, eu sinto-me bem no sol. – sussurrei – Será que estou a ficar doente, ou a perder… a imortalidade?

Quando a noite caiu, foi falar imediatamente com Alonzo. Alexander também estava lá, um tanto nervoso. Algumas teoria tinham surgido. Que eu começasse a perder a essência dos puros. O segredo da criação que nos corria nas veias. E, se eu ficava com diferenças, alem das que tinha, podia querer dizer que estava a perder o segredo. E eventualmente, morreria.
Alonzo tranquilizou-me – especialmente a Alexander – e disse que desde o inicio se sabia que tinha transportado partes humanas comigo. Por ser jovem de mais, eu tinha a pele menos espessa o que me permitia corar e ferir-me facilmente. Talvez o facto de o sol não me afectar, fosse uma característica que guardei dos humanos.
- Bom sinal, não Nikka? – sorriu Alonzo, usando o seu sotaque carregado.
- Sim – ponderei – Mas não muito útil – Dei de ombros

Fim do Flashback

Tudo fazia sentido agora. Todas as pistas estavam lá desde que tomei banho assim que acordei quando Alex me transformou e senti a minha pele quente.
Tudo lá, e eu nem via os sinais. Da mesma forma como não vi que Alexander era um vampiro, ou qual era o seu poder. E sempre estava lá entre as linhas.
Eu possuía a luz do sol. Saia pelos meus poros. Por isso não me sentia debel ao sol, pelo contrario. Por isso tinha a pele quente.
O facto de descobrir que não era uma completa inútil, e tão deficiente ao ponto de começar a perder a imortalidade como se fosse um vampiro normal, dava-me novo animo.
Podia ser que isso me desse um motivo – além do obvio – de procurar Alexander.
Depois de duas semanas de ter descoberto o meu poder, fazia experiencia sobre o que poderia ou não fazer.
E as limitações eram poucas. De alguma forma o meu poder ajudava no facto de ser mais lenta, e fraca que o normal. Mas eu tinha sido transformada muito cedo, tinha de lidar com o facto que tinha limitações.


Com o poder sentia-me mais segura, mais viva, com… esperança.
Estava num bar a ouvir uma banda amadora, mas que a vocalista cantava maravilhosamente.
Por algum motivo inexplicável, os meus olhos foram atraídos para a porta. E prendi a respiração. Quando os olhos do estranho me focaram, senti borboletas na barriga, sangue nas bochechas, e fiquei totalmente tonta.
Virei o rosto e foquei a banda. Mas desejosa de virar os olhos para quem entrava.
Á tanto tempo que não me sentia assim… Á tanto que não me sentia tão viva.
- Posso? – levantei os olhos para o dono da voz marcante.
Com um casaco de cabedal, e um capacete na mão, o homem encarava-me com um ligeiro sorriso nos lábios.
- Claro… - passei a língua pelos lábios, sem nem me dar conta do que fazia.
Ele deu. Soltou um risinho enquanto se sentava.
- Sozinha? – questionou, interessado.
- Não agora… - corei. Aquele dialogo era muito parvo.
Ele tirou a casaca, fazendo os meus olhos correrem pelo seu tronco que a t-shirt marcava perfeitamente.
- Eu sou o Romeu – apresentou-se enquanto estendia a mão para mim.
- Julieta. – sorri divertida enquanto apertava a sua mão grande. Assim que o toquei as borboletas voaram ainda mais loucamente.
- Romeu e Julieta… - disse brincalhão – Será que o barman se chama William?
- Não sei… Mas podemos perguntar… - inclinei a cabeça para o rapaz que nos vinha atender. Romeu disse que por enquanto não queria nada, mas perguntou o nome dele.
- William, porque?
Nós caímos em gargalhadas de pura felicidade. O pobre rapaz não percebeu nada.
- Mas não és Shakespeare, pois não? – Rimos. Ele olhou-nos confuso.
- Podes ir.- disse Romeu, pois o rapaz estava cada vez mais confuso. E omeçava a achar que éramos loucos.
- O que faz uma rapariga tão bonita como tu, aqui sozinha?
- Nada de importante –dei de ombros – Talvez a tentar sobreviver com a saudade.
- Hum… - murmurou pensativo – Coração partido, então?
- Sim… - sorri triste. – E tu?
- Algo semelhante.
- Ela traiu-te? – fiz um careta com o tópico das traições.
- Sim. – deu de ombros – Eu amava-a e ela não deu valor ao que fazia por ela. Enfim, mulheres.
- Ela deve ser uma tola. – fiz careta.
Ele deu de ombros e suspirou.
- Mudança de tema. – sugeriu – Então Julieta, qual a tua cor favorita?
- Acho que o azul acinzentado… - fechei os olhos e permiti-me pensar na cor dos olhos de Alexander por um segundo. Afastei o pensamento. Alexander não estava ali. Abri os olhos e sorri para Romeu. – A tua?
- Bem, acho que definitivamente é verde-esmeralda. – sorriu de forma a fazer as borboletas nunca mais se acalmarem.
- Hum… Tenho os olhos dessa cor…
- Que coincidência!
E mais uma vez gargalhamos. Parecíamos dois imbecis.
- Já não gargalhava á imenso tempo. – admiti.
- Eu também Julieta. – apesar de estar a sorrir, percebi que ficou ausente – Já acreditas-te em almas gémeas?
- Imenso – confessei. – De mais.
- Encontras-te a tua? – perguntou fazendo-me ficar tensa quando numa atitude ousada colocou uma mecha de cabelo meu atrás de uma orelha – Adoro o teu cabelo – confessou baixinho – És tão linda, que é impossível não pensar em te tocar…
- Sabes – tentei fazer piada apesar de todo o meu corpo tremer com aquele toque gentil e sedutor – eu sou menor de idade. Teoricamente. – ele franziu o cenho.
- Não me importo com convencionalismos se tu não te importares.
- Nunca me importei. – sorri corada.
- Queres passar a noite comigo? – perguntou totalmente á vontade, sem hesitar um segundo.
Assenti.
- Sem compromisso? – perguntei enquanto nos levantávamos e ele deixava uma nota para pagar a minha bebida intocada. – Uma noite?
- Sem compromisso. – segurou a minha mão e encaminhou-nos para a saída – Quanto a apenas uma noite, eu sugeria uma semana – beijou os meus dedos – Depois voltamos a ficar com os nossos pensamentos naquilo que não podemos evitar.
- Está bem.
- Nada de pensarmos noutras pessoas. – exigiu.
- O mesmo vale para ti.
Subi para a mota de Romeu e abracei o seu corpo. Fomos para um hotel.


(Aqui era quando eu ia parar e na próxima fazer outro capitulo. Mas como a seguir vem a bola vermelha, e estamos num momento o.O achei que o capitulo devia incluir tudo, para ter sentido)



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Quando estávamos no elevador ele puxou-me para o seu corpo e começou a beijar o meu pescoço.
Eu levei as mãos aos seus cabelos. Aos trambolhões, entramos num quarto indo contra um móvel e rindo.
- Sento-me viva… - murmurei enquanto ele tirava a minha camisola e depois me calava com beijos.
- Eu também… - tratei de tirar a t-shirt dele também. Não fui gentil e rasguei-a – Calma… - riu.
-É que eu quero muito…– confessei sem pudor.
- Eu também. – beijou a minha face enquanto desapertava o botão das minhas calças – Desde o primeiro momento que coloquei os olhos em ti. – num emaranhado de roupas acabamos por cair na cama. Febris de desejo – Quando te vi, sabia que tinhas de ser minha… Sentis-te isso?
- Sem duvida… - ele afastava os cabelos do meu rosto e beijou-me com fúria.
- Eu… - afastei o rosto quando não podia mais esconder as presas que se alongavam. Vergonha. Medo.
Ele parou a observar. Então beijou-me calmamente deslizando a língua pelas minhas presas.
- Eu… - calei-me quando senti que ele me penetrava e começava a mover-se com desespero.
Movíamo-nos, com desespero, anciã e loucura. Procurando prazer, para as nossas almas torturadas, e corações partidos.
Arranhava as suas costas a cada investida dele, e ouvia os nossos gemidos misturados. A nossa pele deslizando uma contra a outra.
- Alexander… - gemi em êxtase arranhando as costas dele.
Os movimentos pararam, e uns olhos olharam-me ainda com sensualidade, mas severos.
- Romeu. Não Alexander. Quem está contigo não é ele.
- Eu sei… - fechei os olhos e ergui os lábios para ele – Desculpa…
Quando ele voltou a mover-se, gemi o seu nome. Romeu saia pelos meus lábios, enquanto que ainda se podiam escutar uns poucos Alexander’s.
Ele também gemeu o nome da rapariga que o tinha traído. Não importava. Aos poucos percebíamos que eu não era a rapariga que o tinha traído, e Romeu não era Alexander.
Quando atingimos o êxtase gritamos o nome de quem ocupava o nosso coração. Clamei por aquele que sempre seria a minha alma gémea, não importava o que acontecesse ou o que fizesse.
Enquanto recebia beijos carinhosos de Romeu, pensei em como se podia ter um prazer tão incrível, mesmo estando com o coração partido. Como buscávamos prazer e obtínhamos, mesmo que isso nos matasse um pouco mais.
Romeu estava satisfeito, assim como eu, mas estava com os pensamentos dele - como eu.
- Foi incrível. – sussurrou beijando lentamente os meus lábios, dando mordidelas.
- Sim – afaguei os seus cabelos, perdendo-me no seu olhar – Deve ser porque sou pura…
Ele ergueu uma sobrancelha, e sem comentários rolou para o lado e escondeu o rosto no meu pescoço, sentindo o cheiro dos meus cabelos.
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Sem poder evitar sentei-me abraçando o lençol junto ao meu peito, enquanto lágrimas de sangue escorriam pela minha face e Romeu afagava as minhas costas.
Não pensaria mais nisso. Já tinha tomado a decisão, não podia voltar a trás.
- Está tudo bem? – perguntou baixinho, como se soubesse que eu estava a ponto de me partir completamente.
- Nem por isso. – sussurrei de volta.
Ele afagou as minhas costas nuas, e puxou-me novamente para me deitar e abraçou-me.
- Tu querias. Aceitas-te lá no bar… Arrependida?
- Não. – fui verdadeira – Apenas saudades, é só.
- Sei como é o sentimento.
- Ela magoou-te imenso, não? – foquei o seu olhar enquanto alisava a sua pele macia do rosto.
Ele assentiu.
- Mas aí conheci uma rapariga num bar… - sorrimos os dois – E então, ela era tão linda, que pode deixar de pensar em outras coisas. Só ela importava.
- Algo, assim aconteceu comigo. Foi bom.
- Tiramos conforto um do outro. – deu de ombros.
Tinha sido sexo. Para mim e para ele. Óptimo sexo, mas só isso. Nada além disso.

A semana que passei com Romeu foi perfeita. Não fui para o trabalho. Ficamos o tempo todo praticamente no quarto. Eu adorava a companhia dele, adorava conversar com ele.
Ficar abraçada a ele enquanto víamos um filme qualquer. Sentir-me protegida, e acarinhada.
Saiamos, e divertíamo-nos pelas ruas. Como ele definiu, era uma aventura de amantes.
E em breve iria acabar.
E eu não queria.
Não podia acabar. Não podia.
Ele não me podia deixar. Estava dependente.


E sempre que eu lhe pedia, ele ficava nervoso, e falava de forma rude. Por mais que eu disse-se que estávamos tão bem os dois, ali escondidos, ele dizia que iríamos seguir vidas diferentes.
Tinha-o levado ao meu apartamento e ele sentava-se no sofá e sorriu-me chamando-me para ele.
Eu estava furiosa.
- Que queres? – perguntei.
Ele riu sensual.
Ele queria sexo.
- Não quero mais isso. – avisei.
- Então que queres? – questionou sem paciência – Eu fiz uma proposta e sabias o que iríamos ter.
- Não é suficiente para mim. – disse mais uma vez – Sabes que não é. Quero mais. Muito mais.
- Isto é tudo o que podemos ter. – disse calmamente.
- Mas somos felizes juntos! – exasperei-me – Porque não vês isso?
- Estamos muito longe de ser felizes.
- Não te enganes a ti próprio. – acusei – Tu queres ficar comigo, tanto como quero ficar contigo. Tens medo!
- Não tenho medo de nada.
- Tens sim! Eu sofri, mas não vou ter medo de me ferir novamente. Quero tentar um relacionamento contigo. Eu quero-te! E sei que também me queres. Por experiencia própria, digo-te que se pensares que vai dar errado, sempre vai dar. Sofres-te no passado, eu também. Mas não quer dizer que vá sofrer de novo. Traíram-te, mas não te vão trair sempre.
- Não adianta falarmos nisso. – levantou-se irritado – É melhor ir embora. – pegou o casaco dele e ia-se dirigir para a porta.
- Não vais não! – segurei o seu braço antes de ele alcançar a porta e ele olhou-me zangado.
- Solta-me.
Eu empurrei-o contra o sofá. Ele foi apanhado de surpresa e olhou-me furioso.
- Não voltes a fazer isso.
- Não vês que estás a foder com tudo? Não tenhas medo!
- Eu não te quero.
- Queres sim! – exasperei-me – Eu sou o que mais queres! Quantas vezes gemes-te isso no meu ouvido? Quantas vezes deliras-te junto comigo?
- Sexo.
- Engana-te a ti próprio, se quiseres. Mas não tentes enganares-me a mim.
- Eu não te quero na minha vida. Não quero. Não tenho lugar para ti.
- É o que mais queres. Queres-me contigo, sempre. E eu quero-te comigo. Não vou deixar que me abandones. Não me vão abandonar de novo!
- Não quero ter esta conversa.
- Mas vamos ter! Eu quero tela, e é isso que vamos fazer!
- Não entendes que foi só sexo? Não é uma relação baseada em amor, porra! – rapidamente dirigiu-se para a porta – Vemo-nos em breve.
- Se sais por essa porta – fechei os olhos e fui firme – Sais de vez da minha vida. Nunca mais voltarás. Percebes? Eu sei que pensas que daqui a umas semanas voltas para sexo e depois partes de novo. E ficamos nisso. Mas não vai ser assim - esperava ouvir a porta bater com a saída dele, mas nem a ouvi ser aberta. Abri os olhos e vi-o a focar-me tenso – Se saíres agora, nem que depois me vieres com o amor junto na barganha, eu te quero. Se me fizeres isto, juro-te que não me verás mais.
- Não sabes o que dizes.
- Experimenta. Não faço ameaças que não pretendo cumprir. – respirei fundo – Por favor Alexander…
- ROMEU, PORRA! Entende isso.
- Estou farta desta farsa! – rugi descontrolada – Pareces uma criança! E eu fui mais parva por ter aceitado esta imbecilidade. Alexander… - ele desviou os olhos dos meus e engoliu em seco – Eu sei que naquele bar, foste lá não como o Alex, nem para encontrares a Nikka. Eu percebi assim que te vi entrar. Ali éramos como se fossemos desconhecidos, nada existia para trás. Era um novo encontro, um novo zero. Um novo começo. Eu não te tinha traído. E tu não me tinhas mentido nem feito sofrer. Éramos duas pessoas diferentes. Uma Julieta e um Romeu. Querias uma bolha, onde nada mais entrasse, e eu também queria. Queria a oportunidade de estar contigo. E tu querias uma forma de te aproximares de mim, mas não como o Rei que sofreu uma traição, e mesmo acreditando que sou uma puta mentirosa, ainda me querias e sempre quererás. Olha, para mim Alex. – ele olhou-me com os punhos serrados e o maxilar travado. Eu tinha de ser firme – Já não basta para mim Alex. Eu quero-te. Todo.
- Nikka… Não me faças isto.
- Não me faças isto tu! – lágrimas caiam pelo meu rosto – Não vou aguentar se me deixares de novo. Não vou Alexander. Eu devia ter orgulho e não te querer quando ainda pensas tanta merda de mim. Mas não me importo. Só… Não me deixes, ok?
Ele não me respondeu.
- Não vou esperar muito pela resposta. – ameacei – Estou farta de ser pacifica. É guerra que queres? Sangrar mais um pouco? Então é isso que vamos fazer! Mas juntos! Não separados como tivemos durante tanto tempo, nem a vires uma semana de dois em dois meses para ter sexo! Já me estou a passar com isto! – atirei-lhe com uma almofada, na minha cabeça aquilo era uma arma mortífera – PORRA!
- Nicholaa…
- Cala-te! Não fujas á pergunta! Queres-me ou não? Não estou a dizer para acreditares em mim, me perdoares ou o caralho! Estou a dizer para ficarmos juntos, e com o tempo resolvermos esta merda. Porque, eu não sei como te sentes… mas eu apaixonei-me de novo. Todos os dias. Como sempre acontecia. Fazias-me apaixonar por ti, dia após dia. De novo e de novo.
- Ni…
- Se voltas a dizer o meu nome, todo reticente, é melhor saíres. PARA SEMPRE! – as minhas presas alongaram-se mostrando que estava a falar com toda a minha crença. – Se é isso que queres, SAÍ!
Ele olhou-me intensamente.
Sabia que estava a provoca-lo. Mas era assim que tinha de ser, mexer com o lado primitivo dele. Se isso não resultasse, então… Era o fim.
Olhei-o, e vi que ele estava rígido, com os músculos tensos e punhos cerrados. A encara-me com uma fúria que uns 50% daquilo me assustou.
- Alexander, ficas?

Gostaram?
Curiosa pelos coment’s! :) Quero saber tudo o que acharam… Desde o poder da Nikka, até o “Romeu”.
Alguem desconfiava do poder da Nikka? – eu dei muitas pistas :P
^Margarida, tu já sabias, mas pronto… Gostas-te á mesma? (eu bem preferia guardar segredo para a emoção ser maior, mas :/ ) Espero é ter compensado com o Romeu :P
Queridas(os) eu queria tanto fazer um reencontro diferente, sabem? Tipo, “meter um pouco de medo” e depois “alivio”. Uma maneira original, sei lá…
Não sei se gostaram da ideia :s Digam alguma coisa sobre isso, por favor! :)
COMENTEM – muito de preferência xD!

Beijinhos a todas(os)!

sábado, 11 de dezembro de 2010

8º Capitulo - Problemas


Desculpem ainda não ter respondido aos coments da outra história, mas tentarei responder amanha ou na segunda. Ando que nem louca! xD
Então decidi postar o capitulo primeiro, pois sabia que já estavam curiosos pelas novidades de profanação! E não, calma que eu não desisti desta ;)

Espero que gostem.

O capitulo vai para a Mo- que comentou o prefacio de profanação – ainda não sei se já chegas-te a este capitulo, mas é uma maneira de te dar as boas vidas – acho que é leitora nova :) – nbem vinda Mo! Diverte-te por aqui :) Obrigada por comentares, por gostares da minha escrita e por gostares desta história :D

Boa leitura! :D

Deixo um presente lindo que a Andreia me fez – tipo, ela faz sempre coisas lindas, então qual a novidade? A rapariga tem talento ;)
Obrigada Andreia! Está lindo, eu amei! – já falamos disso x)
E então, está perfeito para os acontecimentos actuais ;^)


^Esta lindo ou não está? O.o




Vida ou morte?
Humana, ou vampira?
Estive alguma vez tão viva, como quando me tornei imortal? Tão viva como quando estava morta?
Nunca senti como na morte. As emoções em abolição, os pensamentos a mil, força e desejos.
Então, estava mesmo morta? Ou na vida, tal como todos os humanos não vivia a 100%, não vivia realmente?
Quando me tornei vampira, fiz porcarias, mas vivia. Fiz loucuras, mas de uma coisa estava certa. Eu estava viva. Tinha de estar. Se estivesse morta, não sentiria tanto.
Não importava. Eu continuava a ser a Nikka. A mesma imbecil e estúpida.
Sempre á procura de respostas, que não importavam para nada.
Eu era tão criança. Tão imatura.
O que importava era que não estava pronta para Alexander. Nunca estive.
Era uma criança, estúpida. Ainda sou.
Ele tem mais de 5500 anos. Como podia comparar a minha mísera existência com a dele? A minha realidade com a dele?
Eu fiz julgamentos, nunca tentei compreende-lo. E ele em troca sempre esteve lá, á maneira dele, mas nunca me falhou.
Eu sim, falhei uma e outra vez. Era tão ridícula. Preocupada comigo, com as minhas coisas patéticas.
Alexander fez o melhor em se manter afastado de mim.
Penso que tinha crescido um pouco. Deixado de ser tão volátil. Ainda seguia louca da cabeça, mas tinha a capacidade de avaliar as coisas, sem ver apenas pelos meus olhos, sem olhar apenas para o meu umbigo.
Fui transformada em Agosto de 2010 com 17 anos, dois meses antes de completar os 18 anos. Em Março de 2011, fui obrigada a crescer.
Fui expulsa do castelo pelo meu criador sem nada além da roupa que levava no corpo. E realmente aquilo foi uma pena muito leve.
Estava em Maio de 2012. Fazia 1 ano e 2 meses que tive que me virar sozinha.
E eu realmente me consegui aguentar, dentro do razoável. Não voltei e implorei perdão a Alexander. Aliás, já não o via desde que me expulsou. O que não significa que não pense nele um único dia.
Depois de ter deixado uma menina órfã, atirei o carro por uma ravina a 5000 quilómetros do “local do crime”e embrenhei-me numa floresta completamente assustada. Praticamente vivi lá por 3 semanas. Dormia em grutas, pois era venerável de mais. Estava decadente.
Saia apenas para me alimentar quando passava algum carro e depois me embrenhava na floresta mais e mais.
Estava transtornada e não pensava nos meus actos. Eu tinha fome.
E não pensava.
Um dia pedi boleia a uma camionista que me levou até a perto da fronteira com a Ucrânia. Não me consegui comunicar com ela, mas apercebi-me que ela acreditou que era uma rapariga que tinha sido desviada para redes de prostituição. Então ajudou-me a fugir e escondeu-me no camião. Depois deixou-me na casa de uns conhecidos dela que me deram roupas para vestir e deixar aquelas que se tornaram trapos.
Havia lá um jovem militar, que se apaixonou por mim e um dia deu-me de comentos falsos e uma passagem para fugir para Itália. Ele dizia que iria ter comigo, pelo menos foi o que consegui perceber das palavras que tentava pronunciar em inglês.
Cheguei a Itália, e não sabia o que fazer. Não fui para a morada que o militar me deu, obviamente.
Guardei na mente a morada daqueles que me ajudaram, a família do militar. E o militar que utilizou todas as economias para os novos documentos e a passagem de avião. Eu não me iria esquece r que lhes estava em divida.
Em Itália fiquei nas ruas por umas 2 semanas alimentei-me pouco, pois podia dar nas vistas.
Era a lei da sobrevivência, eu tinha de sobreviver e eu tinha de matar.
Um dia, um Italiano encontrou-me nas ruas, e levou-me para o apartamento dele. Ele falava fluentemente Inglês, e resumindo queria serviços de prostituta. Amarrei-o a uma cadeira, e saquei a combinação dos códigos do cofre dele. Roubei o dinheiro que tinha – que depois de ter trocado num banco descobri não ser pouco – e umas jóias que vendi e valeram bastante.
Comprei um bilhete de avião disponível para o próximo voou para Inglaterra.
Inglaterra porque era o mais próximo á minha cultura. Não poderia pisar nos EUA pois não cairia na tentação de me aproximar da minha família. Não podia, por mais que desejasse.
Então, aluguei um quarto numa pensão algures por Londres e por lá fique.
Mudava-me de pensão, ou cidade constantemente. Agora estava de novo em Londres. Á três meses trabalhava numa empresa que servia a comida em casamentos, ou jantares de ricos e coisas assim. Tinha de ganhar dinheiro para o aluguer de um apartamento super pequeno que servia perfeitamente para mim e não tinha despeças com alimentação. Tinha conta da luz, agua, e o aluguer.
O dinheiro roubado tinha acabado, e eu já não estava tão descontrolada e podia mover-me mais pela multidão sem tremer de vontade de matar alguém.
Eu matava uma vez por semana. Era necessário. Não sabia quem eram, se eram pobres, ricos, bons ou maus.
Não podia dar-me a esse luxo, tinha de desligar a mente e fazer o que tinha de fazer. Era um vampiro, e vampiro bebe sangue humano.
Eu não era como Alexander que caçava por prazer, e apesar de com a sua idade só precisar de umas gotas, adorava a caçada, o medo.
Eu não tinha esse prazer, não apreciava incutir o medo. Não gostava de acabar com vidas.
Caçava porque tinha de ser. Se pudesse deixar isso e voltar para as bolsas de sangue, faria o de bom grado e sem pensar duas vezes. Mas não podia.
Tinha que ver os olhos mortificados das pessoas enquanto acabava com a vida delas, virar costas e partir.
Era a lei do mais forte. O tigre caça corças, eu caçava humanos. Demorou, mas percebi que quanto mais lotava contra a minha natureza pior fazia. Ficava descontrolada e não tinha ninguém para me ajudar. Era a pária dos vampiros. Era lixo para todos eles, não podia procurar por alguém da minha espécie ou algo do género. Era só eu. Por minha conta.
Era uma jornada que tinha de fazer sozinha. Era a minha punição.



Despertei para um novo dia, igual aos outros. Era sempre a mesma coisa.
Fechei os olhos e suspirei enquanto me sentava na cama sem vontade nenhuma de continuar. O tempo arrastava-se demasiado. Cada dia parecia anos.
Levei uma mão ao lugar que devia ser dele, ao meu lado na cama. Alisei o lençol que naquele lado estava frio, mas devia estar quente com a temperatura explosiva dele. Levava-me das vezes que me abraçava a ele em humana e acordava ao seu lado, com os lábios dele a brincar nos meus e sussurrar que dormia como uma pedra.
Sorri e abri os olhos enquanto eles se enchiam de água.
Agora, eu podia afirmar. Amo-te Alexander.
Não sabia se era bom ter recuperado esse amor, que veio em ondas gigantes. Não era bom quando não o podia ter. Quando as ideias assentaram, aos poucos e poucos percebi que não valia a pena existir se ele não existisse. Ao menos mantinha a esperança de algum dia, quem sabe ele me perdoar, e então fazer as coisas certo.
Eu tinha tantas saudades dele…
Até do seu jeito autoritário, e do humor negro.
Até das frases cruéis dele, e a sua falta de humanidade.
Tinha saudades de Alexander.
Sempre me perguntava o que ele estava a fazer, com quem estava, o que pensava.
Se pensava em mim… Se… sentia a minha falta.
Uma oportunidade e eu não faria merda de novo.
Levantei-me e preparei-me para mais um dia de trabalho.
Ao final do dia, com o uniforme da empresa (calças vermelhas e camisa preta com o símbolo da empresa) servia a comida num jantar de aniversário de um idoso que completava 98 anos. Quando servi uma menina, parei e sorri triste para ela.
- Amo a fita do teu cabelo. É linda. – a fita que impedia os cabelos negros de cair no rosto, era tão parecida á cor dos olhos de Alexander. Cinzenta azulada.
- Obrigada! – respondeu entusiasmada dizendo que então ia usa-la todos os dias.
Enquanto atendia outros clientes, lembrei-me da ultima vez que falara com Alexander.
Foi antes de apanhar o avião para Inglaterra. Liguei-lhe para o telemóvel. Era o único número que sabia de cor. Não sabia se ele o tinha desligado, trocado ou outra coisa qualquer. Mesmo assim liguei.
“- Sim? – atendeu a voz que provocou um nó na garganta.
Não disse nada.
- Nikka?
- Como… - engoli em seco – Como sabias que era eu?
- Conheço o som da tua respiração.
Um nó no estômago.
- Como estás? – perguntou.
- Bem… E tu?
- Também. – odiava o tom frio dele.
- Eu.. – não sabia o que dizer.
- Onde estás?
- Não importa. – respirei fundo – Nem sei bem porque liguei… Eu só queria dizer olá.
- Mas estás bem? Estas sozinha e… Meteste-te em algum problema?
- Vou ficar. Alexander, eu lamento. – murmurei – Sei que não acreditas em mim, nem vale a pena. Mas lamento ter-te traído, Rei. Lamento ter-te traído, criador.
Silencio.
- Eu tenho que ir… - disse confusa – Não devia ter ligado. Não te chateio mais.
- É o melhor.
- Eu sei. – disse conformada.
- Não posso dizer para voltares.
- Eu sei! – ele sempre desconfiaria de todas as minhas acções - Não foi por isso que liguei. De verdade.
- Não sei porque ligas-te, mas não á volta a dar. Nada vai alterar, Nicholaa.
- Eu sei, Alexander. Só queria mesmo… não sei. – só queria ouvir a voz dele por algum tempo – Vou desligar. Adeus Alexander.
- Adeus. – e desligou.
Fiquei a ouvir algum tempo o som da chamada perdida, e depois pousei o telefone. Caminhei para entrar na porta de embarque”
Eu só fazia merda.


Quando acabei o trabalho, fui caçar. Odiava essas alturas.
Procurei um beco escuro, e esperei que alguém rondasse por lá. Então vi uma mulher apresada a passar, enquanto tirava o telemóvel e marcava rápido números.
Sentia o seu coração que batia desesperado. Ela estava tensa, nervosa.
- Boa noite. – sai das sombras.
Ela gritou assustada mas depois tentou desfarçar enquanto passava as mãos pelos cabelos loiros.
- Descu-pe… Não posso f-falar… Tenho que que i-ir.
- Acho que não. – rápido agarrei o braço dele com fome, deixando as presas se alongarem. Ela olhou-me apavorada e começou a chorar.
Por isso odiava caçar. Sentir o medo, dava-me vómitos. Sentir-me um monstro era horrível. Preferia caçar homens, pois sempre os enganava até o ultimo momento.
- P-por favor- lágrimas caiam dos seus olhos azuis – Não… Tenho dois f-filhos…
Suspirei.
- Lamento… Lamento muito… Mas, hora errada… Local errado…
Então ainda com remorsos cravei os dentes na sua jugular, sentindo o sangue escorrer pela minha garganta. No tempo em que me alimentava não sentia remorsos. Mas sabia que eles viriam. Ela já tinha visto a minha natureza antes de mencionar a família. Estava condenada.
O seu coração parou de bater, mas ainda continuei a alimentar-me.
Então, alguém me empurrou contra uma parede.
Rugi enquanto limpava a boca.
Seis mulheres olhavam-me.
Seis vampiras mostravam as presas.
- Ela era nossa – silvou uma – Estava-mos na caçada!
- Intrometeste-te no nosso caminho!
- Este é o nosso território.
Ainda estava furiosa, tal como um gato que é empurrado para longe da sua refeição sem a ter terminado.
- Não existem territórios.
Elas riram.
- Estás á pouco tempo transformada, não? Não te encimaram nada?
Fiquei calada. Não sabia se realmente existiam territórios.
Então, juntas aproximaram-se e agarraram-me pelos braços.
- LARGUEM-ME! – rugi enquanto me debatia. Então elas olharam-me assombradas e largaram-me confusas.
- És quente…
Então fez-se luz na cabeças dela. Tentei fugir. Mas era tarde.
- A quinta pura! - escarneceu uma enquanto me puxava os cabelos e as outras me imobilizavam – Trais-te a tua própria raça!
- Já fui castigada!
- O Rei deixou-te ir… Mas aposto que já se arrependeu… - riu uma – Vai agradecer pela captura. Ou pela tortura…
- Eu mato-vos se não me largam agora! – eu não tinha força contra aquelas 6 vampiras. Era impossível. Elas imobilizavam-me de tal forma que eu mal me movia. Além de que nunca fui muito forte mesmo.
- Acho que somos nós que te matamos a ti… - gargalharam.



^Então? Gostaram?
Comentem! :P Muito!
O próximo capitulo, vai ser mesmo de o.O não podem perder ;) Até eu estou mortinha por o escrever :O
Muitas surpresas :P
Beijos grandes! =*
Até o próximo capitulo! – Melhor, até as respostas aos coment’s lol

P.S-> Os restantes presentes serão postados em breve :P São todos LINDOS!

P.S2-> Dpois vão vendo se já respondi aos coment's de quase sem querer- eu respondo! É só seixar as coisas abrandarem por aqui! xD

Beijinhos, já sabem... COMENTEM! =p

^Que chata que sou!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

1º Capítulo -> Quase Sem Querer

Aqui vai o primeiro capitulo! :D
O primeiro capitulo de uma comédia Romântica
E vai para a Marta =)
Obrigada Marta, és uma pessoa incrível. Foi um enorme prazer conhecer-te.
Beijinhos tonta e espero que gostes, que soltes risadas com esta história! :)

Espero que todos se divirtam! :D



O professor chato falava algo sobre um teorema matemático qualquer e eu estava entretida a olhar para a janela. Estava sol lá fora e eu poderia estar na praia, porque existia mesmo a porcaria da escola?
Ah, supostamente era para nos tornar capazes, pensantes e melhores seres humanos, evoluir… Bom, foi algo assim que a minha mãe me disse.
Nunca gostei da escola. Foi tipo, ódio á primeira vista…
Tudo começou quando tinhas uns 6 anos e passava os dias a brincar de vestir a roupa da minha mãe, a pintar as unhas e fingir ser uma modelo. A vida perfeita…
Então, a minha mãe apareceu lá em casa com umas coisas estranhas. Uma mochila e uns objectos que nunca antes tinha pegado. Descobri serem livros.
Então, num dia ela levou-me a um grande edifício, e ainda escutava a voz fantasmagórica dela dizer “A escola…”.
Ela deixou-me lá sozinha. Com todo o tipo de gente. Meninos histéricos que suavam com pingas a escorrer dos cabelos, rostos suados e corados, bolas de futebol pelos ares e roupas cheias de pó. Meninas com roupas bonitas e sorrisos cínicos.
Um pesadelo!
Mas ainda piorou. Apareceu uma professora, que me obrigou a sentar perto de um menino magrinho que tirava “coisas” do nariz e me mostrava para depois levar á boca.
E eu tive que ficar lá calada, a ouvir tudo o que a mulher “ensinava”, e a ter que suportar tudo em silêncio.
Então, depois de muito tempo, tudo acabou. Voltei para casa e respirei aliviada enquanto brincava com as minhas bonecas. Aquilo finalmente tinha acabado.
Então, a minha mãe diz “Para a cama Caroline! Amanha é dia de escola!”
Não! NÃO PODE!
Eu pensava que nunca mais tinha de voltar lá!
Mas a minha mãe destruiu todos os meus sonhos. Disse que teria de ir para a escola, dia após dia, ANO após ano. Até ser praticamente adulta.
Foi muito traumático, na verdade.
Suspirei.
O professor falava e falava e eu só olhava lá para fora. Como o mundo seria um lugar mais bonito sem escola, professores chatos…
Mais uma vez fiquei entretida a olhar o meu reflexo no espelho, a apreciar a minha beleza. Eu era burra como uma porta, ao menos tinha a sorte de ser linda! Um enorme sorriso apareceu nos meus lábios.
O reflexo mostrava uma rapariga com cabelos longos e pretos como a meia-noite que caiam em cascata até a minha cintura, o arco vermelho que tinha no cabelo impedia-os de caírem sobre o meu rosto e assim mostrava a beleza na sua magnitude.
Tinha a pele dourada, acompanhando olhos cinzentos contornados por longos, curvados e espessos cílios negros. Os meus lábios eram carnudos e avermelhados.
Sorri e vi os meus dentes impecavelmente alinhados – sim, porque embora ninguém saiba eu tive de usar um aparelho á noite quando era criança. Mas, para todos os efeitos, eu nasci assim!
Eu era linda, e adorava sê-lo!
O problema, era mesmo eu ter uma cabeça totalmente oca. É infeliz e vergonhoso admitir isto, mas sou mesmo analfabeta.
Tenho 19 anos completados em Outubro, e estou no 11 ano, já deveria ter terminado o secundário e estava no 11 ano. Prestes a chumbar!
De novo.
Suspirei.
Em pleno inicio do 3 período eu tinha de dar uma viravolta tão grande que me fizesse passar de ano, porque isto era inacreditável. A minha mãe não perdoaria nem mais um único ano. Aliás, as saídas tinham acabado, infelizmente.
Sim, eu tinha a noção que ia chumbar. Nem em mil anos eu ia conseguir aprender tantas coisas em tão pouco tempo, ainda mais com uma mente lenta como a minha para os estudos.
Eu funcionava a carvão!
Tipo, aquelas pessoas que se tem de contar duas vezes a anedota e ainda explicar para eu ver onde está a piada.
O colégio privado era o meu pai que pagava, ele não se importava se chumbava ou não. O problema é a minha mãe, ela sempre queria boas notas porque o meu pai sempre reclamava que ela não me dava educação e coisas do género, então ela ontem disse “ Se não passas este ano minha menina, vais ver só o que te acontece! Não mais roupas novas, não mais saídas com amigos, nada de carro, nada de nada! A tua vida será de uma escola publica para casa! E até o final das aulas não sais de casa! E estamos conversadas!”
E pronto, eu soube que ela estava a falar a serio. A minha mãe normalmente deixava-me fazer o que queria, mas quando percebe que a filha vai perder o ano de novo, ela passa-se. E era deprimente saber que esse era o meu futuro, pois até uma cabeça como a minha sabia que eu não ia passar de ano.
Até eu atingia onde tudo ia parar!
Saltei ao ouvir o meu nome, aparentemente o professor queria que eu dissesse o processo para resolver um exercício no quadro.
- Não sei, sr professor…
Ele olhou-me chocado.
- Mas isto aprendeu no 8º ano!
Todos soltaram risinhos e eu afundei-me na cadeira totalmente deprimida. Que culpa eu tenho de nada ficar gravado?!
Eu era uma anedota no mínimo.
Olhei para a janela novamente e então observei uma figura a correr pelo pátio. Um rapaz alto com um fato. Franzi a testa. Ele ia a ajeitar o cabelo despenteado enquanto tentava colocar os óculos e ao mesmo tempo guardar os livros na mochila, obvio que os livros caíram ao chão e eu soltei um risinho.
PÁRA TUDO!
Não… Não pode! Fiquei totalmente chocada!
Era Ryan Donavan que vinha a correr pelo pátio!
OMG eu devia ter deduzido logo – mas deduções não eram comigo – é que só podia ser ele! Só ele usa um fato (na escola=). Mas nunca poderia pensar que era ele, afinal as aulas já tinham começado á 30 minutos e… ele estava atrasado.
Era a notícia do ano! Ryan Donavan provavelmente pela primeira vez na vida dele estava atrasado para alguma coisa. E estava atrasado para as aulas!
Sim, eu estou a falar do Ryan Donavan, o nerd mais nerd de todo o universo!
Espectáculo! Ora aí está uma coisa que só deve acontecer uma vez na vida.
- Olhem lá o Ryan atrasou-se! – chamei a atenção de todos – Ele vai-se matar depois disto! – gargalhei.
Todos os meus colegas riram enquanto alguns se aproximavam da janela descrentes e desconfiados, a pensar que eu estava a mentir. Sim, porque era algo surreal. Se eu não visse, nunca acreditaria.
- E aí Donavan, que aconteceu para o atraso? – gritei da janela sem perder a oportunidade de me meter com ele.
Ryan parou de correr, ajeitou o casaco e olhou-me para depois ver que tinha avisado todos do seu atraso, então fitou-nos como se nos fossemos os ridículos e não ele, então continuou o seu caminho lentamente enquanto nós riamos de mais e o professor mandava-nos estar quietos e calados.
- Ryan Donavan é o aluno mais brilhante que já passou por cá! Um aluno exemplar a quem já tive o enorme prazer de dar aulas… - e continuou a gabar o maior nerd e estúpido rapaz do planeta terra.
Ryan é alto, andava sempre com livros e com o cabelo cor de areia empastado de gel e totalmente alinhado com uma risca ao lado, aparelho nos dentes, sempre vestia um fato (na escola!) tinha no rosto uma expressão séria enquanto sempre olhava de cima para todos, tal como o pai dele o governador.
Ele com um pai assim cheio da massa, com um carrão como o que tem, podia ser diferente, aproveitar a vida, mas não! A maneira dele aproveitar a vida era com livros, e aposto que o seu lindo Aston Martin nunca andou a mais de 50 á hora! Como existe pessoas assim, meu deus?!
Ele enervava na verdade. Recebia montes de prémios, era o presidente da associação de estudantes e os projectos dele resumiam-se em trazer novos livros para a biblioteca, computadores novos e coisas dessas. Era o orgulho dos professores, o que dava nojo! Ele já aparecera no jornal de notícias e em programas de TV, sempre apresentado como “uma grande líder do futuro” e tretas dessas.
Enfim, um total nerd.



Eu nem implicaria com ele, se ele não implicasse comigo. Ele chegou este ano ao colégio para frequentar o 12 ano, e foi logo fazer-se o dono do pedaço. Melhor, dono do pedaço dos nerd’s!
Sempre achando-se melhor que os outros por ser filho do governador do nosso estado.
E ainda por cima, criticava-me sempre. Na maioria das vezes indirectamente, mas eu percebia aquele sorriso metálico debochado! Eu passava e ele ria baixinho para os parvalhões dos companheiros nerd’s dele! Ou então fartava-se de me chamar “sem futuro”!
O Chris, o meu “namorado” – nos temos um “relacionamento” apenas para ficar bem na fotografia. A Chris fica bem namorar com a mais bonita do colégio e a mim fica bem namorar o capitão da equipa de futebol. Damos o que todos querem. - anda na turma dele e diz que o tipo é mesmo parvalhão, armasse em bom que sabe tudo e despreza a equipa de futebol. Tudo o que eu já imaginava daquele nojentinho!
Alias! Ryan Donavan dissera para quem quisera ouvir, em frente á turma dele que eu e Chris éramos uns falhados e que eu era tão burra que ficava bem com ele. Que quando nos casássemos seriamos felizes na miséria, pois eu trabalharia num café a ser beliscada no rabo por bêbados e o Chris estaria numa mesa a arrotar depois de um dia extenuante a trabalhar numa fábrica de enlatados!
Aquele imbecil nunca falara comigo e mal chegava ao colégio ia logo atacar-me? Quem ele pensa que é?
E quando eu fui tirar justificações com ele, ele simplesmente disse que tinha toda a razão para estar furiosa com ele, pois eu não iria ser uma empregada de mesa. Depois de ter feito uma avaliação mais profunda sobre o assunto tinha chegado á sabia conclusão que eu com 30 anos seria uma gorda obesa e estaria em casa a cheirar a gordura de fritos enquanto preparava o pequeno-almoço do Chris que ia trabalhar para a fábrica de enlatados. Então eu aproveitaria para ir até á casa do vizinho idoso fazer uns favores obscenos para juntar uns trocos!
AQUELE FILHA DA MÃE SACANA!
O pior é que u muitas vezes não sabia o que responder, ele irritava-me tanto que eu nem sabia o que fazer!
Ele é totalmente pavoroso! Odioso e insuportável!
Eu simplesmente o odiava!

No almoço, passei com o meu tabuleiro pela mesa do nerd e vi que ele conversava com um cromo – acho que o nome dele era Samuel, ou Daniel, tanto faz. O que importa é que ele era caidinho por mim.
- Olá. – comprimentei o rapaz. O que eu queria era uma oportunidade para lembrar Ryan que edo atraso.
- O-olá Caroline! Tu-do bem?
- Sim, e contigo? – sorri-lhe.
- Tan-bem… - ele engoliu em seco e depois continuou – Imagino que d-deve ter doido quando cais-te do céu… - OMG, ele não disse isso! Tentei não gargalhar e sorri-lhe.
- Sim. – pronto, ouvi a voz levemente rouca do nerd e olhei-o desconfiada – Sim, ela caiu mesmo do céu. – revirou os olhos – Pena ter caído de cabeça.
OMG!
Olhei-o enfurecida, a tentar dizer muitas coisas e nada saia! Como ele se atrevia?!
- Seu Neandertal! Como te atreves?
-Oh, a Caroline sabe o que é um Neandertal, apesar de ser completamente estulta, estupendo!
- Olha aqui seu filha da mãe sacana! Eu não sei o que é estulta, mas não gostei do tom com que o disseste! Seu anormal, imbecil! Prontoss, tu achas-te muito inteligente só porque…
- Pronto. Diz-se pronto, e não prontos.
- Eu ódio-te!
- Oh não! OMG! – tentou imitar a minha voz o filha da mãe – A Caroline odeia-me! Como posso viver com isso?!
- Seu – bufei descontrolada – Olha, seu porco arrogante, pega na inteligência e nas palavras inteligentes e enfia-as pelo olho do teu orifício anal acima! NERD!
Saí de lá furiosa e sentei-me ao lado de Chris e do meu grupinho.
- Aquele nerd qualquer dia! – esbracejei.
- Esquece isso. – deu de ombros Chris – O tipo é mesmo assim. Ele hoje chegou atrasado, e a prof desculpou-o logo, e perguntou se estava tudo bem com ele e essas tretas! Eu chego atrasado, ela nem me deixa entrar!
- É porque aquele deficiente é o queridinho de todos por aqui. – dei de ombros já conformada com aquilo, embora fosse uma injustiça tremenda! Se eu pudesse pegava naquele pescoço e torcia-o!
- O gajo tira sempre a nota máxima a tudo, faz actividades extracurricular, lidera o jornal, é presidente da associação de estudantes e montes de coisas! Ele devia era foder de vez em quando! – gargalhou. Eu simplesmente odiava a gargalhada dele. Ele tinha apanhado um jeito terrível que sempre que gargalhava saia o som de um porco a roncar.
Chris era lindo e essas coisas, mas eu não cairia na dele, não de novo. Eu sabia bem o que ele era. Eu como uma parva queria que a minha primeira vez fosse com um rapaz especial, e pensei que era com Chris. Ele levou-me para um quarto barato e a coisa durou 5 minutos, com ele a ser o único a ter prazer. Não me iria humilhar mais. Foi aí que vi quem ele realmente era, mas a desilusão nem foi tão grande assim. Nem uma lágrima verti por ele. Simplesmente foi seguir em frente. Combinamos dar uns beijitos em público, pousar para a foto e quando ele saísse do colégio nunca mais olhávamos um para o outro.
Não tinha a mínima expectativa que tinha dele. Eu sabia que ele costumava levar outras gajas para a cama – melhor para o carro. Era sempre no carro. Vá, comigo ainda pagou um quarto num motel a cair aos bocados - eu só tinha era pena delas. Eu namorava com ele porque ele era o popular e foi por ele que me enquadrei por ali. Ele namorava comigo porque era a mais bonita e cobiçada, e ficava sempre bem ao capitão namorar a rapariga que todos queriam.
Era um namoro de interesses. Dava-mos uns beijinhos em público, combinávamos umas saídas com o pessoal e era isso.
Quando ele tinha vontade, levava umas gajas para o carro dele e pronto. Eu preferia assim sinceramente, já tinha a minha parte ao ter que aturar os roncos dele!



Em casa, e comecei a ver revistas de moda para saber as novas tendências, afinal eu tinha de manter o estatuto que sempre tive!
Vaidosa, eu?
MUITO!
Quando acabei com a revista, andava a ver canais e parei quando vi Ryan Donavan num programa.
Falava de coisas de política, do que achava das opções do pai dele e da economia mundial e coisas que eu não percebia. A mulher falava para ele sempre a elogia-lo a dizer que ele era um exemplo para os jovens de hoje e não sei mais o quê. Pft, típico.
Ele é tão se.can.te!
- OMG! – gritei quando a ideia me ocorreu.
Se Ryan Donavan me ajudasse eu sem dúvida iria tirar boas notas! Pelo menos o suficiente para passar de ano e sossegar a minha mãe – actualmente uma megera sem coração!
Comecei a andar de um lado para o outro a pensar nisso.
-Não… - murmurei para mim – Não vai dar certo. Nos os dois só discutimos e para ele faz uma previsão do meu futuro, nada agradável pela opinião dele… - comecei a roer as unhas mas parei logo ao lembrar que ontem tinha perdido uma hora a arranjar as unhas e deixa-las impecáveis – E eu não ia conseguir estar a ouvi-lo… A olhar para aquele rosto… Íamo-nos matar um ao outro… Ele nem me iria ajudar e depois só gozava por lhe pedir ajuda… nah… Mas ele é o melhor… Bolas! Tem que haver outra opção… Esquece Caroline.
Á noite a minha mãe pressionou-me de novo na hora do jantar. Passei a noite a pensar nos prós e nos contras da minha ideia, e acabei por decidir pensar melhor sobre a ideia de pedir explicações ao Ryan quando recebi o teste de físico-química e tinha tirado 0. Afinal seria tudo profissional, eu pagaria pelas explicações. Seria como se contratasse outra pessoa qualquer…
A noite a minha mãe tirara-me o carro (ok, ele era uma porcaria mas era o meu meio de transporte! E ela não se importava como eu ia para a escola!? Que tipo de mão faz isso á própria filha!? Ia a pé agora?) a minha mãe tinha-se passado completamente, ao ver a nota de físico-química ainda ouvia “Zero? Tiras-te ZERO? Admira-me teres escrito o teu nome direito! Caroline, estamos a falar de zero! Como não acertas nem uma única coisa, minha filha? Sem carro! Que Deus me perdoe, mas eu não merecia uma filha assim! Com um cérebro do tamanho de uma ervilha! Deus do céu Caroline, zero?! Zero?! ZERO!?” e continuou por aí, sempre á volta disso.
Eu também não gostava de ser humilhada! Ok, foi um zero, mas eu já tinha tirado alguns, não era como se fosse o primeiro, não percebia qual o stress!
O stress era que agora não tinha carro, esse era o stress.
E tive de ir a pé para a escola, com motoristas de camiões a gritarem obscenidades.
E um engraçadinho parou o carro para meter conversa.
- Olá lindona! – ignorei o feioso.
- Onde é que foste buscar tanta beleza? – olhei-o enfadado.
-Se calhar alguém deu-me a tua parte!

Por mais que eu odiasse, por mais que me torcesse a barriga só de pensar em pedir ajuda aquele imbecil, eu tinha. Não podia chumbar e só ele me podia ajudar.
Andei o dia todo a ver se apanhava o Ryan sozinho (assim não haveria testemunhas), mas ele andava sempre com cromos e não ia falar com ele assim. Eu ainda me estava a mentalizar que tinha de lhe ir pedir ajuda! Eu teria de engolir o orgulho e ir ter com o nerd pedir explicações!
Não queria ser vista com ele, ia denegrir completamente a minha imagem!
Então, decidi esperar pelo final das aulas. Ryan era sempre o primeiro a chegar ao colégio e o ultimo a sair. Ele sempre ia para a biblioteca então era lá que eu ia falar com ele. Provavelmente para ouvir um não, mas tinha que tentar.
Então, lá estava eu a andar sorrateiramente até a biblioteca, pensando em desistir.
- Que se foda! – sussurrei – Já estou por tudo...



Então encontrei Ryan num corredor á procura de um livro.
Respirei fundo e caminhei para ele. Tossi discretamente.
Ele olhou o inconveniente e ergueu a sobrancelha ao me ver. Tenho certeza que era a última pessoa que ele pensaria que era.
- Caroline Evan, perdida? Aqui é a biblioteca. – ironizou.
Corei e engoli a resposta que lhe queria dar.
- Eu sei Ryan Donavan. – ele pegou no livro e olhou-me com o tipo olhar arrogante de “então?”. E pela primeira vez reparei que detrás dos óculos com grande armação preta ele tinha uns impressionantes olhos verdes que me fazia lembrar a cor da relva, ou musgo num dia de orvalho. – Eu queria falar contigo… - acrescentei.
Ele olhou-me ainda mais surpreso.
- Penso que não temos nada em comum. Estou curioso sobre o que queres conversar. Talvez estejas em nome do clube de esgrima?
- Não. - Suspirei – Seria a ultima que mandariam, até porque tive de sair… – a minha mãe tinha-me proibido. Revirei os olhos – Quero falar contigo, nada a ver com a associação de estudantes.
- Então, algum recado do namoradinho? – perguntou zombeteiro.
- Vais ouvir ou não? – já ponderava ir embora – É importante!
- Diz lá.
- Eu – respirei fundo – Eu queria – voltei a puxar o ar e despejei o resto rápido – a tua ajuda!
Ele ficou chocado, abriu a boca ligeiramente mas rápido se controlou.
- Para…
- Nos estudos. Preciso que me ajudes nos estudos. É que vou chumbar e não posso mesmo. E não há ninguém capaz de me ajudar a passar de ano na situação em que estou. Ninguém, excepto o crânio dos EUA, o jovem grande líder do amanha! – reparei que já estava a ironizar e mudei de táctica – É importante.
- Acredito, para estares a pedir ajuda para mim… - ironizou ele – A cabeça de vento da Evan preocupada com a sua situação escolar! – engoli a resposta e deixei-o divertir-se – Não sei porque te deveria ajudar.
- Eu obviamente vou pagar as explicações…
- Achas que preciso de dinheiro? Que iria perder tempo a tentar fazer uma cabeça oca como tu aprender em troca de uns dólares? Tenho mais que fazer Evan.
Só me apetecia dar-lhe um murro, mas sorri um tanto enervada.
- Podia arranjar-te convites para festas…
Ele olhou-me atentamente e depois sorriu.
Não gostei daquele sorriso. Não mesmo. Mas pela primeira vez reparei que ele já não usava aparelho nos dentes, e na verdade tinha um sorriso lindo. Abanei a cabeça para clarear as ideias.
- Se te ajudar, é para te empenhares a serio? Se não o fizeres não vale a pena.
- Prometo! – sorri toda entusiasmada já. Se alguém me faria passar de ano, essa pessoa seria Ryan. - Estudamos em algum sítio secreto, porque não seria bom verem-nos juntos já imaginas-te? O meu grupo ia ficar parvo e o teu iria ficar escandalizado por te dares comigo. Tratamos isto de forma confidencial e absolutamente profissional e…
- Com uma condição. – interrompeu-me.
- Hã?
- Ajudo-te com uma condição. – sorriu e encostou-se á estante de livros.
- Que… condição? – medo.
- Simples. Sem isso nada feito. Podes chumbar á vontade que nem quero saber.
- Qual?! Diz logo!
- Que sejas minha namorada.
OH
MEU
DEUS!

Então minha gente, que tal?
Ai que eu estou ansiosa pelas reacções xD O.o
É que eu nunca postei uma comédia romântica…
E não sei se passou a comedia, se dava para arrancar risos vossos – é o meu objectivo, afinal já precisávamos de coisas animadas xD Uma comedia romântica eu achava que era o ideal – mas eu não sei se passou a comedia, porque o que eu acho engraçado, pode não ser o que vocês acham engraçado, depende muito do sentido de humor das pessoas.
Comentem que é para saber se vale a pena postar mais, se ficar um nojo, deixamos para lá e prontoSSSSS xD
Bem cá fico á espera dos coment’s! Partes favoritas – OMG se desiludi – tenho imenso receio que não responda ás vossas expectativas =P – vocês já sabem o que a casa gasta ;)

Beijinhos grandes, e já sabem… COMENTEM!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Prefácio de Quase Sem Querer


Olá! :)


Hoje trago uma surpresa! xD

Então, a ideia ocorreu assim de repente e eu não sosseguei enquanto não a passasse para o papel.
A história já estava praticamente escrita, no outro dia andava a ver as historias que tinha escrito (não posto tudo no blog rsrsrs) e lembrei-me desta. Faltava mesmo pouco para o final (eu realmente pensava que já a tinha terminado e quando vi que não, não deu para resistir) e eu comecei a escrever nela de novo.
A História está praticamente terminada, só falta mesmo uns ajustes. É pequenina, vai ter uns 4 capítulos por aí.
Eu tenho bastante histórias assim por aqui, mas esta eu gosto particularmente! =) Então, se quiserem, posto pelo blog! – eu sei que nem sempre dá para andarem pela net a ler histórias. Então se tiver leitores interessados em ler eu posto. Então deixem coment para eu saber! ;)
Risadas são garantidas! xD Eu pelo menos ao escrever ri-me tanto, estava mesmo a precisar! xD

Vocês leram Romances meus (sim, têm comédia e drama pelo meio, mas são romances). Esta é uma comédia romântica - um novo registo que vou postar no blog.
Fica aqui o prefácio…


Quase Sem Querer




Caroline era a rapariga mais linda de todo Miami, o mundo aos seus pés!
Dona de uma beleza excepcional, também era dona de uma estupidez incomparável.
Então tudo mudou quando a sua mãe toma uma atitude rígida quando percebe que Caroline perderá o ano. De novo!
As notas extremamente baixas têm de subir, e as saídas acabaram-se.
Só uma solução desesperada podia ajudar Caroline.
Explicações com o Nerd, mais Nerd de todo o Universo.
Sim, ela teve que pedir ajuda a Ryan Donavan.
E ele só aceitava ajuda-la com uma simples e insignificante condição …
Ela… Tinha de ser…
A SUA NAMORADA!


Uma comédia Românica....






P.S-> E o novo visual? – Ainda não está como quero, mas com o tempo eu faço isso. xD – Mas preferem este, ou o antigo – eu estava tão farta do outro! =O Além disso, era no mínimo medonho!
Gostaram das capas que fiz?

Beijinhos! =*