sexta-feira, 30 de abril de 2010

Discução e "conhecimento" -) formal...

Capitulo novo! :D
Este é um pouco maior, porque não sei se repararam, mas…
Amor & Sangue À Meia-Noite faz hoje um mês! :D Quem se lembou, quem?
Aposto que ninguém! Não é? :P
Não faz mal, tem eu aqui para lembrar! :P
Sinto-me feliz por chegar até aqui, e por assima de tudo, ter tido contacto convosco!
Obrigada a todas! :)
Este capitulo é dedicado a todas que gostam da fic (incluindo eu que me esforço para ter tempo para postar! :P)
Divirtam-se!


Depois de 5 semanas maravilhosas de namoro, tivemos a nossa primeira discussão.
Não daquelas que constantemente tínhamos, aquelas trocas de provocações que no fundo alimentavam a nossa paixão.
Não. Desta vez, ele disse palavras destinadas para me ferirem, e eu queria magoa-lo também.
E tudo começou porque eu tinha ido com uns antigos colegas do skeit até uma colina e experimentar uns saltos.
Caí e tive que ir ao hospital. Fiquei com um corte na cabeça e, alem de nódoas negras. Nada de mais comparado com as trapalhadas em que me metia constantemente.
Quando cheguei a casa de Alex no dia seguinte depois das aulas, ele viu-me com pontos na sobrancelha, preocupado, perguntou o que aconteceu. Quando lhe disse ele simplesmente passou-se.
- Como podes ser tão criança? Para que te metes nestas confusões?
- Fui criança porque? Só por ter ido divertir-me e não te ter dado explicações? – actualmente ele estava a começar a pensar que tinha que dizer onde e com quem estava. E eu realmente não tinha – Não és meu pai, ok? Caí, azar o meu! Qual o teu problema? Até parece que foste tu que te magoaste!
- Comportas-te como uma irresponsável! Sabias perfeitamente que te podias magoar! Tinhas logo que te ir meter em confusões? É pedir muito, não fazeres porcaria, durante a porra de algum tempo?
Engoli em seco. As palavras dele magoavam-me. Faziam-me pensar que realmente só trazia problemas. E que estava a cansa-lo, como sabia que iria acontecer.
- Se estás assim tão farto, porque continuas aqui? – explodi – É isso não é? Estás farto de me aturar? É isso que queres dizer? Pois não tenhas medo! Diz logo! Se calhar eu também estou farta de ter por perto!
- Queres que vá, é?
- Quero que vás, se quiseres ir!
- Só quero que mudes, caramba!
- Eu sei que tu estás, é farto de mim, ok? Não sou burra! Andas super estranho e evasivo! Chega a alturas em que nos beijamos e depois paras e escondes o rosto, nem me olhas na cara!
- Porque não quero avançar nisso!
- E eu aceito! Até parece que te obrigo! Fogo Alexander! Eu também não quero assim, quando ainda existe algo que me queres dizer! É isso não é? Queres ir embora e tens medo que aqui a parvinha não aguente! Pois diz logo de uma vez! Era essa a conversa?
- Não ponhas palavras na minha boca! Só estou farto das tuas criancices. Da tua imaturidade e da tua irresponsabilidade.
- Pois eu sou assim! Já sabias muito bem como sou. Fogo, tanta coisa por ter ido andar de skeit! Fiz isso milhares de vezes enquanto criança! Além disso costumo faze-lo montes de vezes! E não vou deixar de fazer o que gosto só porque te deu uma panca!
- Não é só o facto de ires andar de Skeite! Merda! É a porra de te meteres em porcarias constantemente! Não tens noção das coisas! Sabes qual o teu problema?





- Não! Mas diz lá! Quero saber o que achas, já que sabes sempre tudo, sobre tudo e todos!
- O teu problema – olhou-me furioso – É seres uma mimada. É esse o problema! Não suportas deixares de ser o centro das atenções. Mas sabes que mais? O mundo não gira à tua volta Nicholaa! Não existes só tu, sabes? – eu queria responder, queria magoa-lo como ele me magoava. Mas a única coisa que conseguia era ouvir aquelas palavras que mexiam de mais na minha consciência, que no fundo eu sabia serem correctas. Um grande bolo formava-se na minha garganta – Armas-te em rebelde, mas no fundo és uma hipócrita. Vives essa suposta rebeldia, mas todos sabem que és mimada e egoísta! A tua mãe morreu? – gelei. Ele não se atreveria a falar da minha mãe. – Temos pena! – fechei os punhos com raiva e ódio e senti as unhas afundarem-se na palma da minha mão – Supera! Tantos perdem os pais, tantos nem os conhecem! Pois eu digo-te que nem tudo é como queremos! Pois se eu pudesse, certamente não me aproximaria de uma criança parva e egocêntrica! Já passou tempo de mais para ainda utilizares a morte da tua mãe como desculpa para tudo! Sê adulta! – molhou-me com os olhos a faiscarem – Hora de cresceres!
Fechei os olhos, para ele não ver a minha dor. Assim era mais fácil.
- Acabou?
- Merecias ouvir outras tantas verdades, para ver se acordas para a realidade. A vida real não é a porcaria dos livros a que estás habituada! Não é um conto de fadas! Mas deixaremos outras lições, para mais tarde. Já que nem as verdades suportas ouvir! – ele gritava muito.
- E agora, terminas-te?
- Por hoje. – respirou fundo para se acalmar.
- Bom. – olhei-o raivosa. Sentia a raiva a fluir pelo meu corpo. Sabia que estava vermelha pela raiva e dor – Agora ouve-me tu, com muita atenção! – ele tomou uma posição descontraída, que me fez desejar esmurrar a cara dele – Tu não sabes nada, NADA! Nada sobre mim, sobre a minha vida! Chegas e pensas que sabes tudo, que podes controlar e mandar! NÃO PODES! TU, É QUE NÃO ÉS O CENTRO DO UNIVERSO! – Tremi e as lágrimas caíram – E NUNCA MAIS MENCIONES A MINHA MÃE! NUNCA MAIS! – Peguei um cinzeiro da mesa dele e atirei-lho com todas as minhas forças. Desejei que lhe acertasse bem na testa. Mas ele apanhou-o na mão como se nada fosse – E sabes que mais? Eu é que acabei! – cheia de raiva e dor gritei – Acabei com isto! Não te quero! EU NÃO TE QUERO! Estou a terminar qualquer que tenha sido, a farsa que partilhamos!
Virei costas e corri para a porta, batia com força.
- E mais uma vez, Nicholaa Brown vira costas aos desafios! – disse em tom zombeteiro.
Corri pelo jardim seco dele e acabei por tropeçar. Cai mas não doeu. Embora tenha batido com o braço magoado. A dor, que não era física, doía tão mais que a física parecia insignificante. Sentei-me e abracei os joelhos. As lágrimas caiam e eu só tremia de medo e dor. Medo de realmente ter acabado, dor pelas palavras dele e pelas minhas.
Parecia que o meu corpo quebraria, como se a dor que vinha do meu coração fosse de mais e o meu corpo pequeno e frágil de mais para aguentar. Mordi os lábios para não gritar. As lágrimas molhavam-me a cara e não conseguiam limpar a minha alma. Não conseguiam levar a dor embora.

Levantei-me rápido. Olhei para a porta.
Mesmo nesse instante a porta abriu-se e vi Alexander.
Ele abriu os braços para mim.
Corri o mais rápido que pode. Como se a minha vida dependesse nisso. Corri para o meu lugar. Para os braços daquele parvo.
Saltei para o seu colo e ele abraçou-me forte. Afundou o rosto nos meus cabelos enquanto afagava as minhas costas. Eu só conseguia envolver as mãos nos seus cabelos e chorar.
Ele levou-me para dentro e com as mãos atrapalhadas limpou o meu rosto, para logo cobrir os meus lábios como os seus.
- Desculpa, desculpa, desculpa… – pediu nos espaços de cada beijo.
- Desculpa, desculpa, desculpa… – implorei sempre que procurava ar.
- Não te posso perder Nikka.
- Não me podes deixar… - funguei com a boca no seu pescoço e a sentir os seus braços quentes e acolhedores á minha volta.
- Nunca! – lentamente pousou-me no chão – Desculpa pequena! Não devia ter dito aquilo, não devia ter falado aquelas coisas para ti. Não pensei.
- Não. – concordei – Não devias ter mencionado a minha mãe. – uma lágrima caiu – Ela não. Não sabes o que realmente se passou nem o quanto da sua morte é minha culpa. Mas sabes que mais? – engoli em seco - Aquilo custou tanto, porque me atingiram. Por no fundo saber que eram verdade… - fechei os olhos e mais uma solitária lágrima caiu – Talvez seja hora mesmo de crescer…
- Eu não devia ter dito aquilo. Só fiquei passado por te teres magoado. Imaginei que podia ter acontecido algo sério e eu não estaria lá para te proteger. E aí seria o meu fim. Não podes andar a fazer coisas arriscadas. Pelo menos sem eu estar ao teu lado. – beijou os meus lábios e segurou os meus lábios – Não podes terminar comigo, não por esta parvoíce. Não podes atingir-me assim nunca mais. Não quero sentir isto novamente.
- Oh Alex… - puxei-o mais para mim – Desculpa ter dito aquelas coisas para ti também. Eu não quero que vás. Fica e faz de mim uma melhor pessoa, por favor…
Eu queria tanto dizer-lhe que o amava mais que a mim mesma. Mais que tudo no mundo. Mas ele poderia assustar-se e fugir de mim. Teria que esperar até ele me amar e aí confessaria. Confessaria que para mim ele era tudo.
- Pequena, tu é que fazes de mim, um melhor ser. Lembra-te que és o meu anjo, o meu universo, minha vida, minha luz, minha salvação a minha alma… - suspirou com a testa colada na minha. – Eu não era assim fraco antes. Acho que já não sei viver sem ti! Nem sonhes em terminar comigo.
- E tu és meu. Só meu. – completei.
Eu queria tanto dizer que o amava. Eu amava Alex, mais que a mim mesma. Mas eu sabia que ele ainda não me amava. Que sentia carinho por mim. Paixão, desejo.
Mas isso podia ser passageiro. Amor, acredito que é algo mais forte, mais intenso. Como o que eu sentia por ele. E tudo o que eu queria era que ele me amasse também. E o dia em que ele disse-se que me amava – porque eu sonhava com esse momento desde sempre – eu seria completa. Mais do que me sentia agora, com ele colado a mim. Mas sem saber se o seu coração era meu.


No dia seguinte, depois das aulas, fui para casa de Nereida. Ultimamente não passava tempo nenhum com ela fora das aulas. E ela já reclamava que eu só queria saber de Alexander para cá, Alexander para lá.
Alex queixou-se por eu “perder tempo” em ir até casa dela. Enfim. Nereida tinha ciúmes de Alex e Alex de Nereida.
A tarde foi passada a ver filmes românticos e a comer muito chocolate. Ao jantar comemos pizza.
Realmente a nossa amizade estava a precisar de algo assim.
- Cheguei pai! – avisei enquanto sabia as escadas.
- Amanha, quero que o teu namoradinho venha cá para o conhecer.
Tropecei nas escadas. COMO?
– Ele tem que falar umas coisinhas comigo… - Não gostei nada desta ideia…
- Depois falamos nisso… - esquivei-me.
- Amanha, quero conhece-lo oficialmente, Nikka. – Pronto. Estou feita.
Quando já estava pronta para dormir lembrei-me que tinha que telefonar a Alex. Ele pediu/exigiu que eu lhe ligasse quando voltasse. E também tinha que o avisar que o meu pai queria “conhece-lo”. O meu pai sabia exactamente quem ele era!
- Estou aqui. Fala o Alex. – Alex era memo trengo a atender o telemóvel.
- Alex – ri – É obvio que és tu… Liguei para ti, certo? Ah, e também estou aqui.
Ele não me respondeu.
- Era só para dizer que já cheguei. – atirei-me para a cama – Satisfeito?
- Muito.
- Olha… tenho uma coisa chata para te dizer e tal…
- O quê? – ficou logo alarmado. Ele simplesmente esperava sempre más notícias. Pessimista ele!
- Nada de mais, não… - engoli em seco - É o meu pai… Quer que venhas cá a casa…
Silencio.
- Ele quer conhecer-me? Está farto de saber quem sou. – falou depois de um tempo.
- Oficialmente Alex. Desculpa, mas ele não vai tirar isso da cabeça…
- Tudo bem. – aceitou – Depois vamos fazer alguma coisa? Queres ver um filme aqui? Até podes ver um de vampiros se quiseres – riu. – É sexta, podemos ficar até mais tarde e tudo…
- Não vai dar…
- Porque? – ficou chateado.
- Não fiques assim. Combinei ir até a casa da Nereida depois do jantar…
- Pois. Preferes ela…
Gargalhei com a atitude dele.
- Ciúmes?
- Menos Nikka. Até parece que eu ia sentir ciúmes. Poupa-me!
- Sei…
- Vai dormir que já estás a delirar.
- Tudo bem. – ri – Até amanha então. Vens cá jantar?
- Jantar?
- Sim.
- Tudo bem – suspirou – Eu apareço aí por volta das 7 e 30…
- Obrigada! E desculpa a situação chata.
- Deixa lá isso. Dorme bem pequena. Até amanha.
- Dorme bem gigante. – piquei.
E com uma gargalhada desliguei o telemóvel.







7:30, Alex bateu á porta. Sabia que era ele porque o roncar do seu potente carro tinha sido escutado.
Quando abri a porta, não quis acreditar.
Gargalhei muito! OMD!
- Qual a piada? – perguntou chateado.
- Tu! – ri mais – É só um jantar…
Alex estava de facto e gravata. O seu cabelo lindo, normalmente desalinhado, estava impecável. Ele estava demasiado apresentável.
- Quero causar boa impressão… - Admitiu.
Revirei os olhos. Ele estava lindo “apresentável”. Afinal, ele era lindo. Sempre seria.
Alex entrou e ambos olhamos para a minha família.
O meu pai olhava Alex com um olhar intimidador, olhando-o de cima a baixo.
O meu irmão olhava-o ofendido.
- Prazer em conhece-lo Sr. Brown.
O meu pai assentiu contrariado e apertou a mão de Alex. Olhava-o como se fosse o seu maior inimigo.

O jantar decorria. O estufado estava maravilhoso, agradecimentos para a Cindy. O clima estava agradável e todos conversávamos animados. O meu pai adorou Alex e até o meu irmão era agradável e falava coisas com sentido e lógica.
Pena que o dia 1 de Abril já passou.
Estávamos todos tensos. O meu pai bombardeava Alex com perguntas constantemente e ignorava o meu olhar assassino.
- Então, não trabalhas agora, é? Não gosto que a minha filha namore com um marginal, não…
Engasguei-me com o sumo.
- Pai!
- Eu trabalho através do computador. – respondeu Alex.
Ele já estava a chatear-se com isto. Ele até me segredara que não percebia porque eu simplesmente não mandava matar a minha família.
Estava a brincar. Eu espero…
- A fazer o que?
- Pai! Deixa de ser inconveniente! – recriminei chateada.
- Só quero saber! Ou ele tem algo a esconder?
- Conduzo empresas de petróleo. – Comentou como se nada fosse.
Nem eu sabia isso!
Olhamo-lo todos espantados.
Estava justificado as suas roupas caríssimas, o carro potente, a tv de última tecnologia…
- Ah… Bom…
E o silêncio continuou a reinar ali. Jantar constrangedor? Imagina!
Alex mastigava a comida super devagar. Eu já me começava a passar com a sua mania das dietas. Ainda fica doente à seria!
- Não está bom o jantar? – perguntei-lhe.
Ele levou uma garfada à boca. Mastigou e depois viu engolir devagar como se lhe arranhasse a garganta.
- Óptimo! – sorriu.
Pareceu-me ver ali um pouco de ironia…
- E família? Os seus pais não o vêm visitar?
- Pai. – repreendi pela milésima vez.
Isto sabia. E não queria que estivessem a chatear Alex com isso.
- Não tenho. Sou órfão. Cresci num orfanato. – explicou como se nada fosse.
Alex realmente não ligava muito para o facto de não ter pais. Dizia que isso era absurdo para ele.
O meu pai mostrou o bom senso de pedir desculpa.
- Olha lá… - a anta abriu a boca e eu já tinha a certeza que era para dizer asneira – Ainda não engoli essa história de andares com a minha irmã e teres tido a lata de me dar negativa!
Imaginei o meu garfo espetado na testa do meu maravilhoso e perfeito irmão.
- Imbecil, nós não namoramos enquanto ele me dava aulas seu parvo!
- Isso, dizes tu!
Eu juro que ele vai MORRER hoje!
- Nunca que poderia dar positiva a um aluno que confunde chá com já. Ou escreve burro com um v.
OMD! Alex deixou o meu irmão super envergonhado!
Gargalhei feliz. Alex é perfeito, não era?
- Esquece a cabeça oca – disse – Ele é o burro da família… Uma tristeza… - suspirei triste.

No fim do jantar o meu pai obrigou Alex a comer a sobremesa apesar de ele dizer que já estava saciado.
- Come. Foi a Nikka que fez. – exigiu/mentiu o meu pai.
- Então vamos morrer todos!
Ignorei o imbecil do Michael.
- Pai, foi a Cindy que comprou no super-mercado. – revirei os olhos – Se o Alexander não quer, deixa-o estar!
O meu pai resmungou mas parou de insistir.
Enquanto estávamos na sala, e mais uma vez o meu pai era chato, Michael ligou a tv.
- E quais as suas intenções com a Nicholaa?
O MEU POAI NÃO POERGUNTOU ISSO!
- As melhores possíveis.
- Pai, cala-te com essas coisas! Fogo! – queixei-me chateada – Só me fazes passar vergonha! Eu avisei-te para te comportares, mas tinhas logo que…
- Olha isto! – interrompeu o burro da cabeça oca – Que cena!
- Ontem, mais um corpo foi encontrado drenado. Não sabemos que tipo de animal ou psicopático continua a atacar a população, mas aconselhamos a não percorrer as ruas sozinhos e…
- Fogo! Olha lá, isso não é numa cidade aqui ao lado? – perguntei chocada – Que cena! E eu que pensei que estas coisas não aconteciam por aqui…
- E aposto que já pensas que são vampiros! – riu Michael.
- Cala-te Vurro! – Frisei bem o V.
- Parem vocês os dois. – o meu pai colocou a tv mais alto – Não vos quero por aqueles lados, ouviram?
- Está bem. Alex, levas-me até a casa da Nereida?
Eu queria, era sair desta casa louca!
- Tudo bem.
Alex levantou-se animado, e sorriu-me.
- Prazer – ironizou Alex – Sr. Brown.
O meu pai simplesmente lançou-nos um olhar desaprovador e preferiu ficar atento ás noticias.

- Já viste? – disse enquanto Alex conduzia – O crime já começa a chegar para estes lados…
- Pois é. – disse sem interesse e ligou o rádio.
- Achas-te a minha família muito má?
- Não sei porque tens que ter família. Era mais fácil sem eles, mas pronto… Não podias ser perfeita, deixa lá…
- Ok.
Fiquei calada até chegarmos a casa de Nereida.
- Ela depois leva-me a casa! – beijei os seus lábios antes de sair do carro, Não conseguia ficar muito tempo chateada com ele – Até amanha!
Nereida abriu-me a porta sorridente e depois fomos para o quarto dela. Acabemos por decidir ir até um bar, que antes frequentávamos. Estávamos a conversar sobre o MEU Alex.
- Ele é assustador…
- Não é nada! – ri-me – Não faz mal a uma mosca…
- Tem um ar sombrio… não sei…
- Isso tem, mas é perfeito. – sorri sonhadora.
Nereida riu em demasia. Provavelmente os responsáveis eram as três garrafas de cerveja.
Por isso eu ficava pela Coca-Cola.
- Eu teria medo perto dele… Mas amiga… - deu-me uma palmada no braço e depois abanou-se (efeito cerveja) – Até eu não o largava! Olha lá, ele é lindíssimo! E tem um corpo… Acreditas que nem na tv e no cinema vejo alguém tão lindo? – era uma pergunta retórica por isso nem me dei ao trabalho de responder já que toda a gente sabia a resposta. E quem tinha aceso aquela boca, quem era? EU! – Eu ficava na cama dele 24 horas por dia! – fiz uma careta. Provavelmente era o que montes de mulheres pensavam. ISSO NÃO ERA UMA BOA COISA! - E eu que pensava que tu eras uma pudica! Para prenderes um homem desses… Deves arrasar na cama! – corei.
- Nereida, não é bem assim…
- Nem venhas! Eu só de olhar imagino que ele deve ser uma bomba! Mas não te censuro por esconderes… - riu.
- Digo-te, que eu não sei mesmo! – afirmei ainda corada.
Ela pousou a cerveja e olhou-me atentamente. Que tal ela nunca mais beber?
- Como assim?
- Nós ainda não… - deixei que ela percebesse o resto.
- Conta-me histórias! – riu.
Olhei-a séria. Ela olhou-me alarmada.
- A Sério? – arregalou os olhos.
- Ainda não aconteceu…
- Porque? Não me digas que tens medo! – olhou-me zangada – Deixa de ser louca rapariga! – depois olhou-me séria e eu percebi que ela iria tentar dar-me uma lição. Lá por ter mais experiencia do que eu neste campo, já pensa que pode inverter os papeis. Eu sou quem a tenta convencer das coisas! O que a cerveja provoca! - Tenho certeza que um homem como ele tem experiencia e que vai fazer com que seja fácil para ti! Ele é um homem e não um adolescente. Está contigo e vai ajudar-te a superares a timidez… E digo-te… Ele deve estar habituado a ter muitas mulheres, porque é lindíssimo e se espera por ti é porque realmente gosta de ti…
- Nereida, não estou com medo. Simplesmente ainda não aconteceu. Não é uma coisa que queira programar. Quando tiver que ser, tenho certeza que será perfeito. Porque o amo de mais.
- Ohhh – começou a chorar – É tão lindo…
- Nereida? – olhei-a assustada.
- O amor! É lindo! Ohhhh – soluçou – Tão fofinhos…
Ok.
Vesti o meu casaco branco até o joelho.
- Leva-a em segurança para casa. – avisei o actual namorado de Nereida, que vinha com uma garrafa de água para ela.
Nereida ficou a chorar no colo dele.
Ok.
Sai do bar e fui para o meu carro, ri-me ao lembrar-me de como Nereida estava bêbada!
Começou a chover e eu corri para chegar mais rápido.
- NÃOOOO! – gelei quando ouvi o grito aterrador de uma mulher!
Devia estar a ser atacada. Ainda com medo, decidi ir ver o que se passava pois o grito suou perto. Segui por uma rua e nem liguei para o facto de estar a chover e sentir frio. Alguem preciçava de ajuda. Não sabia o que faria quando me deparasse com a situação mas estava preparada até para andar á pancada!



Então? O-o
Já sabem o que tem de fazer! ;)
Gostaram do capitulo? Qual a parte que mais gostaram? As musicas e tal! ;)
Se a imoção passou chegou mesmo até vocês, e se as partes “cómicas” realmente voz fizeram soltar uma gargalhada.
É que se não eu preciso melhorar!
Desculpem se não gostaram… :S
Mas eu gostei de escrever a parte da discussão. Foi triste, mas aqueles dois não conseguem ficar longe nem por alguns minutos…
A Nikka teve que ouvir certas verdades, não?
Bem, comentem muito! ;) Hoje é dia especial para a fic! ;)
Mas não podem perder é o capitulo seguinte. Mesmo! O-o



Vai ser muito importante! ;)
Saí na segunda! ;)
Beijos, e já sabem… COMENTEM! ;)






segunda-feira, 26 de abril de 2010

Pistas

Novo capitulo! ;)
Espero que gostem!
Divirtam-se! ;)



Abri o frigorifico de Alexander á procura de comida. O frigorifico dele era novinho em folha, e era recheado de todas as coisas boas possíveis! Mesmo! Mas parecia que só eu comia ali, já que ele estava sempre a comprar coisas novas e as mesmas continuavam lá. Ele e a mania da dieta!
Namorávamos à duas semanas, e eu estava completamente nas nuvens! Como ele podia ser tão lindo?
Mas as vezes, era muito irónico… e chatinho… e arrogante… e convencido…
Enfim, mas eu era tolinha por ele de qualquer forma.
As pessoas anda nos olhavam de lado, e fartavam-se de comentar. Mas eu não queria saber. Mesmo. No fundo todas tinham, era inveja!
A Nora quando soube… bem… Só faltou chorar!
A Nereida ficou um pouco chateada, por eu não ter confiado nela e ter-lhe dito que gostava de Alexander. Mas acabou por perceber, quando eu lhe expliquei que ele era demasiado especial e eu queria mantê-lo só para mim.
O meu pai… Bem. Primeiro fez um escândalo. Segundo quase desmaiou. Terceiro, aceitou.
Eu tive que o lembrar que a minha mãe casou grávida do meu irmão, mal acabara de completar 18 anos. O meu pai tinha 30.
Além disso a nossa diferença de idade não era assim tanta! Até parece! Na vila montes de casais tinham ainda mais diferença que nos!
Ele realmente não podia utilizar o factor idade comigo. Então, passou a utilizar o factor de “aluno x professor”.
Também foi fácil resolver esse problema. Afinal a minha mãe conheceu o meu pai porque foi trabalhar para o escritório dele. Então ele tinha sido “empregada x chefe”. No fundo havia algumas semelhanças.
Então simplesmente me perguntou “ele faz-te feliz?”
“Todos os dias” respondi. Então, ele deixou de por problemas.
O meu irmão simplesmente disse “Que camelo! Andava a comer a minha irmã e deu-me nega!”
Levou uma latada na cara e a sua preciosa Playstation, misteriosamente, apareceu avariada.




- Alex, queres alguma coisa para ti? – perguntei enquanto pegava num iogurte.
- Não. – gritou da sala.
- Tens que parar de fazer dieta. Estás perfeito! – avisei-o enquanto procurava algo para beber.
- Vou pensar nisso.
Vi uma garrafa pequena com o rótulo de sumo de melancia.
Achei estranho, pois quando comentara com Alexander que odiava sumo de melancia, e lhe perguntei se ele gostava ele deixou bem claro que também não gostava. Então porque raio comprara?
Abri aquilo e cheirei, pronta para sentir o cheiro nauseante da melancia.
Mas aquilo cheirava diferente. Espreitei para dentro da garrafa e vi que era muito vermelho.
Curiosa, como sempre, levei aos lábios para provar.
- Que nojo! – cuspi e larguei a garrafa no lava loiça.
No instante seguinte Alexander estava à porta da cozinha a olhar-me atento.
- O que foi?
- Que raio é aquilo? – apontei para a garrafa que pousei no balcão – É nojento! Ainda sinto o sabor nos lábios… Sabe a… - levei a mão à boca e limpei os lábios com uma expressão de nojo – a ferrugem ou algo assim…
Fui lavar rápido a boca, pois aquilo realmente deixara-me enojada, e o cheiro fazia-me lembrar algo, mas não me lembrara onde é que tinha sentido aquilo…
Quando acabei de lavrar a boca, Alexander estava ao meu lado e deitou a garrafa ao lixo.
- O que era aquilo? Pensei que não gostavas de melancia, se bem que aquilo não sabia a melancia…
- A que te soube? – perguntou a olhar para o lado.
- Não sei… Só sei que devia estar estragado, pois sabia-me a ferrugem. Era nojento.
Ele olhou-me aliviado, e depois abraçou-me forte, para logo depois segurar o meu rosto e dar-me um beijo rápido.
- Alexander? – não tinha percebido a sua reacção.
- Nem sei o que era… - deu de ombros indiferente – Comprei sem ligar. Devia estar fora de validade, provavelmente.
- Tens que reparar mais nisso. Pode fazer mal à saúde…
- Vou ter mais atenção. – prometeu – Agora, dá-me é um beijo.
Sorri. Eu dava-lhe um milhão de beijos. Era louca por ele. Cada momento com ele era mágico. Como se sempre melhorasse. Mas sempre que estava longe dele, sentia-me estranha. Sentia-me diferente.
- Sabes… - acariciei o seu rosto – Sempre que fico longe de ti, sinto que uma parte de mim ficou para trás. E que nunca a vou reaver, que só a encontro quando estou ao teu lado, quando te sinto e te toco. Quando o meu olhar encontra o teu. – fechei os olhos e aproximei a minha boca da dele – Mas fico assustada, porque parece que tenho um pressentimento que estes momentos vão ser abalados, e tenho medo de pela centésima vez, estrague as coisas.
Depois beijei os seus doces lábios. Sempre que o beijava era como se algo explodisse dentro de mim, como se com os lábios colados um no outro, éramos só os dois. Só duas almas a vaguear pela terra e que finalmente se encontraram. Tinha a certeza que era o destino que nos juntou. Nada importava, ninguém importava. Apenas pertencia a ele, e já nada podia fazer.
- Au… - ri-me quando separamos os lábios – O meu pescoço sofre! – queixei-me – És alto de mais!
Ele pegou em mim ao colo e sentou-me no balcão frio de mármore para depois voltar a colar os nossos lábios. Para sentirmos o calor do corpo do outro, para sentir o cheiro e o sabor um do outro.
- No dia em que te vi naquela sala, foi o fim da minha existência, tal como a conhecia. – sussurrou com os lábios nos meus. – Nunca me senti verdadeiramente vivo, até te encontrar.
Cheia de desejo, puxei-o mais para mim. O sangue corria pelas minhas veias a mil, sentia-me mais viva que nunca. Como se tivesse levado um choque e a corrente eléctrica percorresse as minhas veias.
Segurei os seus cabelos e enrolei as pernas na sua cintura enquanto ele beijava o meu pescoço ao mesmo tempo que acariciava os meus lábios que automaticamente se abriam para respirar aceleradamente. Sentia os seus lábios quentes a beijar a minha pele sensível do pescoço. Acariciei a sua nuca e tremi quando ele puxou a minha camisola azul um pouco para o lado e depois roçava os lábios no meu ombro.
A cozinha girava á minha volta, sentia-me inebriada por Alex. A única coisa que sentia era o seu toque, os seus lábios, a sua respiração pesada e o seu cheiro que empregava o meu.
-Devemos parar. – sussurrou no meu pescoço.
- Porque?
- Ainda é cedo…
Sabia que talvez ele tivesse razão. Que provavelmente era cedo para me render a ele, para nos afundarmos na paixão. Mas isso era a minha mente. O meu corpo pensava de forma diferente.
Eu tremia pela necessidade. Não era necessidade de sexo. Era a necessidade de o sentir em mim, necessidade de nos unirmos, de amor.
- Eu quero.
Acariciei o cabelo dele, enquanto ele descansava a cabeça no meu ombro e tentava controlar a respiração.
- Não agora. Não hoje. Não nestas circunstancia. – passado uns minutos e quando voltamos a ficar estáveis ele finalmente olhou-me e os seus olhos brilhantes encaram os meus – Antes disso teremos que conversar. Terei que te contar um segredo… - acariciou o meu rosto corado – Aí, vais decidir o que fazer. Se queres continuar comigo, ou não. Não farei nada contigo sem saberes a verdade. Existe coisas que não posso esconder…
As suas palavras misteriosas baralharam-me. Não sabia ao que ele se referia, não sabia o que ele queria dizer com aquilo. Mas senti um arrepio de medo, de que o que quer que fosse dito naquela conversa, seria um ponto de viragem, que nada seria o mesmo. E eu desejei que essa conversa nunca acontecesse.
- Em breve. – sorriu torto e levou o dedo à minha testa para desfazer a ruga que se tinha formado pela apreensão – Também não queria ter essa conversa. – segredou.
- Alexander, porque parece que sabes sempre o que estou a pensar?
- Não sei. Só sei que partilho algo estranho contigo e que quando os nossos olhos se encontram, os teus dizem-me exactamente o que sentes. Quando partilhamos algum momento, eu sei exactamente o que te passa pela cabeça. É como se tivéssemos uma ligação que não pode ser explicada, como se fosse… magia. Como se te sentisse em qualquer parte, como se soubece quando corres perigo, ou o que sentes. A tua alegria acende a minha, a tua dor magoa-me e a tua paixão alimenta a minha. – beijou a minha bochecha – É igual para ti?
- Sim. – eu sentia-me assim. Como se com um simples olhar ele me tranquiliza-se – Mas só começou a acontecer, depois que nos aproximamos…
- E perdesse quando nos afastamos por muito tempo. – completou.
- Estranho…
- Muito. Agora beija-me e pára de perder tempo, com coisas que não podem ser descritas com palavras.
- Sim senhor! – e com uma gargalhada fiz exactamente o que ele pediu.







No domingo de tarde, fiquei com Alexander em casa dele a ver um filme.
Tinha-mos alugado um dvd para ver-mos. Alexander deixou-me escolher.
Ele hoje não estava muito bem. Estava um pouco aborrecido. E chato. Também estava resmungão.
Ficamos em casa, porque estava sol. E Alexander não se dava muito bem com o sol. Os olhos dele eram demasiado sensíveis e ele só podia andar com óculos de sol. Doíam-lhe os olhos. Mas resolvia o problema com os óculos. E não é que fica ainda mais sexy?
Ele resmungava sempre “o sol é incomodo”.
E tanto reclamou que já eu começava a sentir antipatia pelo sol.
- A sério que queres ver este filme? É péssimo!
Não respondi. Simplesmente respirei fundo. Ele hoje estava insuportável!
- O actor é péssimo! Olha só para aquilo! Que falhado!
A repentina antipatia pelo protagonista, deve-se ao facto de eu ter dito “Levamos este! O actor é interessante…”. Alexander disse para eu definir interessante. Expliquei que normalmente fazia filmes fixes. Mas ele tanto insistiu sobre o que eu achava sobre a aparência do actor, que eu acabei por dizer “Ele é bonito”.
Grande erro. Ficou carrancudo e mal humorado.
Como se qualquer actor pudesse ser mais lindo que Alexander! Tentei explicar-lhe isso e ele “Claro, claro”.
- Alex, o actor até representa bem! Não sejas implicante! Pareces um bebé!
- Eu? – soltou uma baforada de ar chateado – Pareço um bebé?
- Que não dormiu bem. Chato!
- Certo.




Silencio. Apenas as falas dos personagens se ouviam no quarto.
Adorava a televisão de Alexander. Era topo de gama, mesmo! Ainda nem tinha visto uma cá à venda! Ela tinha chegado ontem de um país qualquer, Alexander só podia mesmo gostar de gastar dinheiro desnecessário. Mas que parecia que estávamos no cinema, isso parecia!
Coloquei o filme em pausa e apoiada num cotovelo olhei-o.
Estava deitado na cama, com os braços cruzados no peito e olhava a tv com uma carranca.
- Alex?
- Importas-te de por isso a dar novamente? – nem me olhou.
Eu gargalhei. Ele estava mesmo rabugento!
- Vá lá Alex! Estas assim porque? Pensei que…
- Querida, lamento – olhou-me triste e eu alarmei-me logo – Mas tu não pensas.
Ah!
Voltei a por o filme chateada. Ele que ficasse rabugento o tempo que lhe apetecesse!
Estava eu a curtir o filme e ele abraçou-me. Sorri.
Sentia o seu peito quente e musculado nas minhas costas, os seus braços fortes na minha barriga e sentia os seus lábios no meu cabelo.
Coloquei a mão sobre a dele e aconcheguei-me mais.
Mas claro que ele tinha que voltar a resmungar.
- Isto é mesmo ridículo! Desde quando os vampiros de transformam em morcegos e depois acasalam como se fossem animais? – o seu tom de voz, fazia lembrar alguém que estava ofendido. – Como se os vampiros podem se transformar em morcegos! Parvoíces!
- Imagino que deves saber muito sobre vampiros. Por acaso encontras-te algum? – ri.
Ele resmungou alguma coisa sobre como as histórias de vampiros hoje em dia, eram ridículas.
Quando o filme acabou Alexander virou-me para ele e depois de me beijar os lábios olhou-me divertido.
- Então, a menina que tanto adora histórias de vampiros realmente acredita que eles se transformam em morcegos?
- Claro que eles se transformam em morcegos Alexander! Isso é óbvio! – revirei os olhos. Eu lia montes de livros sobre vampiros.
Disso tinha a certeza.
- Claro que é! – gargalhou –E que mais sabes sobre eles?
- Que dormem em caixões durante o dia. Alho, água benta, sol e estacas de prata, não são as suas coisas preferidas. E fogo também.
- Claro. – concordam e fingiu pensar – E aprendes-te isso tudo, através da convivência com esses seres, certo? – beijou o meu nariz.
- Alexander, vampiros não existem. Mas se existissem seriam assim. – disse com sabedoria – Não achas, que depois de tantos livros sobre eles, não sou uma especialista? Podes saber mais coisas que eu em tudo o resto. Menos sobre vampiros!
Ele gargalhou e olhou-me como se fosse alguma tolinha.
-Então, como o sr. Sabe Tudo – Sobre Tudo, achas que eles são? – perguntei quando ele colou o corpo dele ao meu.
- Bem… - fingiu pensar – Vampiros supostamente bebem sangue, certo?
- Hahaha! Muito engraçado!
- Certo. Então vejamos… Os vampiros ditos normais, concordo que são como os descreveste. Menos virarem morcegos. Isso é tolice.
- Então, achas que existem dois tipos de vampiros? – gargalhei – Isso é parvo!
Ele olhou-me como se apreciasse uma espécie de piada privada, como se guardasse o segredo do universo mesmo atrás do seu poderoso olhar.
- Eu acho que existe aquilo a que se chama puros. – olhei interessada para entender a sua opinião – E esses são muito superiores aos vampiros “normais”. Eles não sofrem com alho, sol, água benta, ou estacas. Água benta, serve para se molharem. – riu – E também não dormem durante o dia. A noite serve perfeitamente. Mas não gostam muito de fogo. A maioria – riu divertido - Além de terem algum poder especial. Não seria divertido?
- Seria. Se acreditasses em contos de fadas. – ri – Assim todos queriam ser puros!
- Não. Só existiriam quatro de cada vez. – mordeu os meus lábios . Seriam as regras. Cada vez que morresse um puro, outro seria criado por outro puro. Fácil não?
- Ui! Isso já era fantasia a mais! – lancei uma perna por cima do seu quadril – Tipo assim, como é que iam controlar que apenas existiam quatro puros?
- O rei, claro. – disse com uma risadinha.
- Claro! – concordei fingindo-me de séria – Como não pensei nisso antes?
- Talvez porque és demasiado distraída, para leres entre linhas. – mordeu o meu lábio inferior – Ou talvez não queiras ver o que está mesmo diante de ti, todos os dias.
- Talvez… - concordei já sem saber a que concordava.
Estava mais interessada nas sensações que a língua dele provocava ao percorrer os meus lábios.
- E se descobrisses que vampiros realmente existem? – perguntou divertido, ao rodar e ficar a pairar em cima de mim. – Hipoteticamente, claro.
- Bem, procuraria um e pedia um autógrafo! – fiz piada.
- Queres que te dê um? – disse demasiado sério – Porque – veio roçar os seus lábios na minha orelha – sou um vampiro.
- Uhum… - puchei o seu cabelo – que bom! Tenho um vampiro só para mim! – gargalhei – Mas pensando bem… - acrescentei divertida – Talvez te deixe… Sabes, é que sanguessugas, não é bem a minha onda…
- Ai sim? – riu no meu pescoço – Então devo fazer o que? Ir ter com a minha noiva?
- Aquela que inventas-te? – enlacei as pernas nas suas costas – Para que eu ficasse longe e não te tentasse? Vai lá ter com ela, vai! Talvez ela te ature!
- Até poderia ir para longe, se não estivesse dependente desta pequena e atrevida criatura!
Riu e depois beijou-me docemente fazendo-me mais uma vez levantar vouo com ele.



Então? O que acharam? O-o
Já sabem o que pergunto sempre… Parte preferida, ect,ect! ;)
Eu acho este capítulo muito importante e tem bastantes segredos escondidos nas entre linhas! ;)
Não sejam como a Nikka, ok? :P
P.s-) Eu hoje só coloquei musicas instrumentais, pois sou uma grande fã! Mesmo! Espero que gostem! ;) Se não gostarem, avisem! ;) E além disso coloquei musicas dos Evanescence. Adoro! Só espero que curtam também!

P.S-) Proximo capitulo na sexta-feira! :)

Bem, quem quiser que eu adicione no msn, é só enviar um e-mail com o endereço do seu msn para: fics.da.ar@gmail.com
Logo farei um pedido e é só aceitarem! :)
Para falar melhor com os leitores! :)
Beijinhos, e já sabem… COMENTEM! ;)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Sonho e pesadelo



Aqui vai um novo capitulo, como prometido! ;)
Divirtam-se! :D
Capitulo dedicado a todas que comentaram o ultimo capitulo! ;)







Dirigi, até onde sabia que Alexander morava.
Na mansão horrível. Onde eu entrara quando era pequena. Com a estúpida ideia que era habitada por vampiros… Enfim. Eu sempre tive uma panca mesmo…
As minhas mãos tremiam e o coração disparava descompassado.
Toquei a campainha e um segundo depois ele atendeu.
- Quem é? – a sua voz suou rouca e desconfiada ao interlocutor.
- Nicholaa. Posso falar contigo, por favor?
- Nicholaa… Não acho boa ideia… - respondeu reticente.
- Por favor…
Ele suspirou.
- Entra.
Os grandes portões abriram-se e eu entrei lentamente para o jardim da mansão. Aquilo era meio assustador.
A mansão era enorme e as figuras de mármore assustadoras do jardim faziam sombras cobrirem a relva seca. O dia estava cinzento e a minha mente de maneira parva associava aquilo a um mau presságio.
O meu coração doía. O medo bombeava nas minhas veias. Ele não podia ir embora! Não podia!
Ele abriu a porta enorme e castanha quando eu ia bater.
Apareceu lindo e perfeito. Sensual como sempre. Vestido de preto a cor que melhor lhe assentava.
- É verdade que vais embora? – perguntei rápido sem me preocupar se ele entendia.
- Sim. – olhou-me intensamente.
Aquela simples palavra quase me derrubava no chão.
- Porquê? – gemi.
- Não posso continuar aqui… - respondeu como gelo. – Sabes que tenho noiva e pretendo casar.
- Quando… - nem conseguia acabar a frase.
- Vou casar no mês que vem.
Nem pensei. Apenas o abracei forte. O meu coração batia ruidosamente e eu abrasava aquele corpo duro como pedra e quente como fogo.
Ele ficou rígido, tenso, mas depois abraçou-me também.
Ele alisava os meus cabelos enquanto eu só implorava baixinho para ele não ir.
Ele não podia deixar-me. Não podia. Não podia!
Não ia aguentar se ele partisse e nunca mais o visse!
Mas depois percebi o que fiz.
Dei um passo atrás e o meu corpo reclamou. Ele queria sentir o calor de Alexander.
- Desculpa… Eu não devia… Desculpa! – escondi o rosto nas mãos incapaz de o olhar.
Como eu era imbecil! Ele ia casar pelo amor de Deus! O que se passava na minha cabeça deficiente?
- Nicholaa… - gemeu com dor e puxou-me para dentro.
Fiquei surpreendida. Não esperava que ele me desse bola. Ele devia ter ficado com pena. Eu não queria isso…
- Não tenhas pena de mim… - pedi baixinho a olhar os sapatos do meu uniforme.
Ouvi o som da porta a ser fechada.
Senti mãos quentes e rígidas, mas incrivelmente carinhosas, levantarem o meu queixo. O meu olhar encontrou-se com o dele. Ele olhava-me atormentado.
- Não tenho Nicholaa. Sinto tudo, menos pena. E tu sabes disso muito bem.
Ficamos em silêncio e eu percorri o lugar com os olhos. O amplo espaço estava vazio. Era verdade.
- Ias embora sem te despedires? – ele já devia ter preparado tudo à algum tempo.
- Era melhor assim…
- Só arranjo problemas não é? – olhei-o triste – Até com o professor… Eu juro por tudo que não faço mais nada! – implorei – Prometo que não tento me aproximar, que nunca mais te toco! Eu juro que te vou esquecer! Mas por favor não vás agora!
Alexander olhava-me tenso e estava muito hirto. Fazia-me sentir ainda mais insignificante. Ele era tão alto que eu tinha que olhar para cima para o encarar. Sentia-me um gnomo de jardim.
- Nicholaa aquilo nunca devia ter acontecido… Confesso que foi parte da decisão…
Eu fixei o olhar no seu queixo definido, para não encarar os seus olhos e acenei afirmativamente. O meu peito doía. Ele… ia mesmo embora. Mordi o lábio que começou a tremer. Faltava pouco para não chorar ali.
- Raios Nicholaa! Não me faças isto!
- Desculpa! Que queres que diga mais?! Lamento! Mas nunca disse nada! Juro que a tua reputação de professor não vai ser afectada! Eu juro! – disse desesperada.
- Raios! Estou-me a lixar para a reputação Nicholaa! – olhei-o sem entender. Ele estava agitado. Mas eu não lhe acabara de dizer que a sua carreira não ia ser arruinada? Não acreditava em mim? – Que inferno!
Depois puxou-me pelo pulso contra o seu corpo duro. Tremi com a proximidade e a minha respiração aumentou. A dele estava muito pesada, parecia que tinha corrido quilómetros.
Ele encostou a testa á minha e ficou com os lábios a centímetros dos meus enquanto segurava o meu rosto.
Aquela espera era agonizante. Não conseguia estar tão perto dos seus lábios e não me sentir tentada. Era fisicamente impossível.
Ele com o dedo acariciou o meu lábio, por reflexo, fechei os olhos aproveitando a experiencia. Sentia todo o meu corpo queimar, parecia que iria rebentar em chamas a qualquer momento.
Então os lábios dele tocaram os meus. Eu gemi de satisfação. Timidamente puxei os seus cabelos sedosos.
E então ele afastou-me.
- Não. Pela última vez não. Não podemos!
- Tudo bem. – eu não ia implorar mais. – Estou aqui sem máscaras ou fingimentos. Quero-te e preciso desesperadamente que me queiras de volta. Mas por mais que necessite de ti, tenho o meu orgulho e bom senso. Não te posso obrigar a ficares comigo. Só tu podes decidir. Portanto, pela última vez te pergunto: queres-me ou não?
Rezei para ele dizer que me queria. Eu largaria tudo por ele. Seria capaz de fugir com ele. Bastava ele pedir. Mas eu não o podia forçar.
- Salta comigo, por favor. Eu sei que sou apenas uma miúda. Sei que és o meu professor, alguns anos mais velho, mas isso não importa! Estupidamente nem ligo a mínima para o facto de estares de casamento marcado! Basta dizeres que me queres e tudo fica resolvido! Mas tens que dizer! – tentei mostrar-lhe mais uma vez que podia resultar.
Podia! Eu não era nada de mais. Só uma miúda problemática.
Não era uma heroína dos meus romances literários. Era apenas uma adolescente irresponsável e com problemas com perdas. A minha grande perda foi a minha mãe. E isso ainda doía para caramba. Alexander quebrara o muro que criei à minha volta e agora queria partir depois de ter arrasado tudo.
Mas talvez fosse suficiente para ele. Para poder ser feliz com ele, para poder perder-me nas sensações que proporcionávamos um ao outro.
Bastava… ele querer.
- Não. – a negativa brilhava em seus olhos – Não quero e nem posso pular.
Fechei os olhos e o meu mundo tremeu. Ouvi o meu coração ser esfaqueado, a minha alma partida e o meu cérebro esmigalhado.
- Certo. – sussurrei e momentos depois abri os olhos, quando tinha a certeza que não iria chorar ali mesmo – Espero que sejas feliz. Realmente Alexander. – não me importei se ele me repelaria.
Caminhei para ele e abracei-o uma última vez, para depois depositar um beijinho nos seus lábios selados e duros com a tensão.
Aquele sabor, aquela textura teria que ficar gravada na minha mente.
- Não te irei esquecer – prometi – Quando passar pelos momentos mais importantes da minha vida, irei lembrar-me de ti. E com uma esperança tola, espero que guardes algum carinho na lembrança. Nem que seja no Natal, lembra-te de mim… - esbocei um sorriso triste – Pode ser que um dia conte aos meus futuros netos que tive uma crise pelo professor misterioso de Inglês. – tentei fazer piada, mas nenhum de nós riu. Alexander simplesmente olhava-me… indiferente – Ok. Não te faço perder mais tempo. – suspirei com dor – Dizem que apenas demora um minuto para encontrar uma pessoa especial, uma hora para apreciá-la, um dia para a amar e a vida inteira para a esquecer. No fundo sei que morrei contigo num lugar especial no coração e tudo o que quero é que encontres a felicidade e que vivas sem arrependimentos. Que vivas uma vida com dor o suficiente, para apreciares as coisas simples da vida. Que tenhas tempestades suficientes para admirares o magnifico raiar do sol. – virei-lhe costas e sem o olhar abri a porta - E que nunca mais digas adeus antes de uma saudação.
Não o olhei. Simplesmente parti com ele no pensamento.
Os momentos seguintes, enquanto via as horas a passar e imagina-lo a caminhar para os braços de outra que não era eu, foram um pesadelo vivido acordado. Demasiado real.





Acordei ao meio da noite com um barulho na minha janela. Tapei o rosto com uma almofada.
O barulho insistia. Olhei e vi que eram 3 da manha.
Resmunguei e levantei-me para tentar resolver o problema.
Caminhei e senti a pelugem do meu tapete nos meus pés descalços.
Ainda a esfregar os olhos e com o cabelo emaranhado puxei a cortina para o lado, á espera de ver algum gato na minha varanda.
Abri a boca sem acreditar.
Alexander estava do lado de fora. Automaticamente puxei a minha camisola larga que me cobria até os joelhos. Era um pouco infantil. Tinha o rato Mickey estampado na frente. Pelo menos era branca e não cor-de-rosa.
Olhava-me com as mão nos bolsos das calças, o vento a desalinhar o seu cabelo sedoso e um sorriso tímido nos seus lábios perfeitos.
Abri a porta der correr e fui para a varanda.
- O que fazes aqui? – perguntei baralhada, ainda a pensar que sonhava.
Ele não me respondeu e caminhou como um felino até mim. O que fez o meu coração bater que nem louco.
- Como…- perdi o raciocínio quando o que nos separava era apenas um passo.
- Como consegui subir? – sorriu torto – Sou um óptimo atleta.
- Eu… n-não…
Ele riu suavemente e tocou a minha bochecha que sentia estar corada.
- Vim fazer-te uma pergunta. – Ele fitou os meus lábios e eu só respirava ofegante.
Senti os lábios dele roçarem a minha orelha e enviar uma corrente eléctrica por todo o meu corpo.
- Queres, ser minha?
Prendi a respiração. Ele traçou um caminho de beijos leves até o canto da minha boca. Mas não me beijou.
- Tua… - puxei o ar. Estava difícil de respirar – o quê?
- Meu anjo – segurou o meu rosto com a sua mão direita, quente e suave, enquanto acariciava o meu lábio inferior com o seu polegar. Simplesmente só conseguia senti-lo e escuta-lo. Nada mais importava – Meu universo… Minha vida… Minha luz… Minha salvação… Minha alma.
Deus. Eu acho que realmente estava a sonhar. Eu não podia ser tão sortuda. Não percebia como um homem, como ele me queria. O meu corpo tremia, e não era por frio. Perto dele eu simplesmente ardia em chamas desconhecidas.
- Só se fores meu também. – sussurrei.
- Sempre teu. Só teu.
E os lábios dele cobriram os meus.
Depois daquele doce inferno ter terminado, abracei-o forte a mostrar o quanto eu era dependente dele.
- Não poço deixar-te ir agora. – sorri para ele que me sorria de volta. Os olhos dele brilhavam com a felicidade dos meus. – Queres dormir aqui comigo.
Ele ponderou. Ele queria, mas talvez tivesse pensado que eu estava a convidar para outra coisa.
Corei.
- Apenas dormir. – esclareci.
Ele riu suavemente e o som fez as borboletas do meu estômago, voarem que nem loucas.
Entrei, mas ele ficou lá fora.
- Não queres entrar? – perguntei confusa.
Ele olhou envolta da porta, antes de entrar para dentro.
- Estava apenas à espera que me convidasses…
Eu gargalhei com a sua postura. Ele olhava tudo curioso.
Ele colou os lábios aos meus sussurrando “ shhh.”
Realmente não ia ser uma coisa boa, o meu pai apanha-lo ali…
Saltei para a cama, e meti debaixo da manta verde clara. Vi-o sentar-se na minha cama e tirar os seus sapatos, para depois coloca-los meticulosamente alinhados no tapete.
Bem, ele devia controlar tudo.
Ele deitou-se ao meu lado, por cima da manta e abraçou-me. Escondi o meu rosto no seu peito, a sentir o seu perfume soberbo e atraente.
- Boa noite, meu pequeno anjo.
E com ele a acariciar o meu cabelo dormi, a sentir-me realmente em casa. A pertencer a algum lugar, como nunca tinha pertencido. Nos braços da minha doença.


Então, gostaram? O-o
Eu adoro este capitulo! :) Acho super fofo! ;)
Também sou suspeita para falar, já que fui eu que escrevi! :P
Finalmente ele, não? ^^ Já era hora!
Espero os vossos coments, como sempre! :) A tal história do que gostaram mais e tal…
Estão a gostar do rumo que a história, está a tomar?
Eu só não quero desiludir-vos! Por isso comentem o que realmente pensam! :D
P.S-) Gostam das músicas que posto?
Na segunda-feira, capitulo novo para vocês! ;)
Beijos, e já sabem… COMENTEM!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Descoberta

Aqui vai um novo capítulo!
Espero que gostem….
Este capitulo é dedicado a todos que lêem e comentam a minha história.
E que me dão apoio! ;) Obrigada!
P.s -) neste capitulo tem uma música a meio… Assim que a música deixar de tocar, coloquem de novo para tocar até o final do post! ;)



Eu estava absolutamente certa quanto à minha teoria dos ciúmes.
Nas duas semanas seguintes ao episódio na sala de aula com Alexander comecei a utilizar mais um dos meus planos.
Provocar ciúmes em Alexander!
Michael – mais uma vez – fizera das dele. Não é que ele foi dizer ao meu pai que eu fazia sexo no WC da escola?
Ele ia paga-las!
Tive que ouvir uma longa conversa sobre os perigos das doenças sexualmente transmitidas, sobre o que uma gravidez seria o menor dos meus problemas se tivesse sexo sem protecção. Que poderia ficar gravemente doente. O quanto era errado fazer sexo na escola.
E o quanto era errado fazer sexo em qualquer lugar.
Foi uma conversa constrangedora com o meu pai. Tanto para ele como para mim. Facto!
Levei um bom tempo para ele acreditar que era tudo mentira e que eu ainda guardava “o meu tesouro”- como ele dizia.
Quase chorou de felicidade quando percebeu que ainda era virgem. Ele tem a esperança que case virgem. Ou melhor… Que morra virgem!
Eu juro que o meu irmão vai pagar caro esta. Mesmo caro!

Estava encostada nos cacifos com Jonh. Estávamos sozinhos pois era hora do almoço, mas ele disse que queria falar comigo no corredor. Ele falava o quanto as raparigas o adoravam e o quanto era óptimo no basquetebol. Eu pensava numa forma de me vingar do meu irmão.
Mas aí vi Alexander subir as escadas ao fundo do corredor. Automaticamente sorri para Jonh e adaptei uma expressão sonhadora.
- Então, sempre queres vir jantar comigo? Lá em casa? Os meus pais não vão estar….
- BROWN!
Fechei os olhos com o grito de Alex. Era impossível não gelar com aquele rugido!
Mas eu queria, era sorrir. Ele sempre gritava ou fazia algo para Jonh ficar longe de mim.
- Venha cá!
Jonh, medricas, fugiu logo!
Cobarde!
Como se não o temesse lentamente caminhei até ele. Ele agarrou forte o meu braço e empurrou-me para dentro da sala dos professores!
- Ei! Bruto! Estás a magoar-me!
O aperto dele era muito forte! Não percebia como ele era tão forte.
Ele soltou-me arrependido.
- Desculpa. Não medi a força que utilizei…
Olhei-o chateada e massajei o braço. A sério! Aquilo ia ficar negro! Parvalhão!
- Magoou muito? – olhou-me com remorso – Juro que não te queria magoar. Mesmo! És muito frágil perto de mim e eu não me apercebi que estava a fazer força de mais…
- Está tudo bem. – assegurei, pois ele estava tenso de mais.
Ele olhava-me como se fosse morrer a qualquer momento. Como se me tivesse espetado uma faca.
Homem exagerado! Credo!
- Dói muito?
- Não exageres! Não foi assim tanto, também! O principal problema foi teres-me arrastado até aqui! O que quer, professor?
- Acho que a formalidade não é necessária, depois de tudo. – falou tenso enquanto levava a mão aos seus desalinhados cabelos.
- Discordo. Depois de tudo – frisei bem a palavra tudo – penso que a formalidade não só é necessária, como é obrigatória Sr.
- Só o teu namoradinho parvo é que te pode falar sem formalidade?
Controlei um sorriso. Ele realmente estava com ciúmes!
- Além disso, sabes dos rumores que espalham pelo colégio? – nem me deu tempo de responder e foi logo acrescentar – Que andas a ter relações sexuais no recinto escolar. – olhou-me furioso – Nem acredito nisto! Olha no que te transformaste! – olhou-me como se fosse um monte de lixo – Estás ciente dos perigos que corres?
- Por favor! – pedi exasperada – Poupa-me ao sermão dos perigos do sexo sem protecção! Lamento informar-te mas o meu pai já se adiantou nesse assunto! Estou muito bem informada obrigada!
Disse com uma bola a se formar na garganta.
Parecia que o meu irmão não tinha dito aquilo ao meu pai, por dizer. Afinal alguém ( e por algum motivo eu pensei em Nora) andou a dizer esse monte de mentiras e agora tinha ido longe de mais.
Eu não ligava a mínima para o que os fúteis da escola pensavam. Mas, por algum motivo ligava e muito para o que Alexander pensava.
- Então é verdade? Tornaste-te numa…
- Não termines. – avisei-o – Não termines se presas algum do respeito quem tenho por ti. – a voz falhou-me.
Tinha que sair dali, pois as lágrimas que me chegavam aos olhos não tardariam a escorrer pelo meu rosto. E eu sem dúvida que não queria que ele as visse.
- Fixes-te? – insistiu furioso – Com ele? – disse como se não acreditasse - Quando beijas-te os lábios dele sentiste aquilo que sentimos quando nos beijamos?
- Não é da tua conta! – gritei com raiva – Além disso pensei que aquilo não tinha sido “uma grande coisa” – baixei o tom de voz. Não queria que ninguém ouvisse a conversa, mas também era visível o rancor na minha voz.
- É da minha conta, sim! – a voz dele estava baixa e controlada. Mas estava tão sombria que arrepiou-me até os pelos da minha alma!
Nota mental : Pesquisar se a alma pode ter pelos.
- Não estás com ciúmes, estás? – tomei uma atitude zombeteira – É que parece mesmo! – ri sem humor.
- E se estiver? – olhou-me sério.



Atento. Há espera da minha reacção.
Pisquei surpresa. Não esperava que ele admitisse.
- Não tens o direito. – disse assim que me recompus.
- Sei que não. Não precisas de o dizer. – encostou-se á porta e fechou os olhos. – Mas isso não me impede de sentir…Estou cansado.
- De quê? – eu sentia-me muito atraída para ele.
Lentamente aproximei-me dele e levantei a mão, a medo, para tocar o seu rosto perfeito.
Porque eu não queria vê-lo assim, apesar de tudo. Não queria vê-lo desanimado como estava.
Mas quando estava prestes a tocar a sua bochecha, suspirei e baixei a mão.
- Não. – ele segurou rápido a minha mão – Toca-me, por favor. – implorou com dor.
Os meus olhos encheram-se de lágrimas. Eu não aguentava isto. Era de mais para mim.
A tremer aproximei-me dele e afaguei o seu rosto. Ele tinha os olhos fechados e suspirou quando acariciei lentamente e com delicadeza a sua face direita. A tentar reconforta-lo.
Mas parecia que o meu toque apenas o magoava mais! Que a minha pele delicada em contacto com a dele, quente e suave o fazia ficar mais assombrado por demónios particulares.
- De que estás cansado? – sussurrei, temendo que se elevasse a voz, aquele momento absurdo terminasse.
Que ele se apercebesse que estávamos muito próximos e quisesse fugir novamente.
Eu não aguentaria outra vez, ouvi-lo dizer que não era nada.
Ele abriu os seus olhos e encarou-me sério e atormentado. Com os olhos brilhantes que imploravam por algo.
Mas eu não sabia o que ele queria! O que ele precisasse que eu disse-se!
Ele agarrou a minha mão que tocava o seu rosto e levo-a aos lábios.
Beijou com devoção a palma da minha mão e automaticamente o meu corpo tremeu.
Eu precisava desesperadamente dele.
- Estou cansado de lutar. De lutar para que este… sentimento tolo desapareça! – largou a minha mão como se lhe desse choque e segurou-me pelos ombros e olhou-me com dor e zangado – O que fizeste comigo? Porque não sais da minha cabeça? O que és? O que queres de mim?! – ele estava alterado. Olhei-o assustado quando ele me balançou, a tentar arrancar uma resposta minha – Fala! Não percebes que isto está a arruinar-me? Que no final do dia, no silêncio da noite, escuto a tua voz, vejo o teu rosto e sinto o teu perfume e o teu toque acolhedor? Que não consigo ter descanso?
- Alexander… - ele tremeu e fechou os olhos. Mas antes de ele fechar o seu poderoso olhar azul acinzentado, vi a emoção que o som do seu nome nos meus lábios lhe provocou.
- Eu estou cansado de mais. Não consigo esquecer… - olhou-me desesperado – O que fizeste comigo? Porque não posso deixar de pensar em ti? A todo o segundo? Porque a tempestade não termina nunca?
Eu suspirei com dor. Não tinha respostas para as perguntas que também me fazia constantemente.
Eu também não tinha mais forças. Eu queria-o! Eu precisava dele!
Sabia exactamente como se sentia.
- Pensei que não tinha significado nada para ti… Afastaste-me…
- Podes chamar de instinto de auto-preservação… És uma criança, ainda. Não podemos ficar juntos.
- Por seres meu professor? – perguntei desesperada – Eu posso esperar… Daqui a pouco acabo o 12 ano… Já não serás mais meu professor… Só temos que esperar uns 3 meses…
- Achas que isso tem alguma importância? – soltou um riso amargo – Não percebes que só estou aqui para te observar? O emprego não significa nada! Como se eu necessitasse desta merda!
- Então…
- És muito jovem. Se me envolvesse contigo, ambos sairíamos magoados. Não temos futuro juntos. Um dia irás perceber perfeitamente o que te digo. Acredita.
- Então… Fica tudo igual? – olhei-o sem acreditar – Queres que te esqueça depois de me teres dito que não me és indiferente? Que por mais estranho que seja, partilhamos algo que não sabemos expressar?
- Esquecer… - levou a mão ao seu pescoço e massajou. Fechou os olhos cansado – Apesar de tudo, quero que te lembres de mim. Que me mantenhas na memória. Não consigo imaginar que daqui a algum tempo, nem te lembrarás de mim…
- Fica comigo… - implorei de olhos fechados.
Não podia suportar a negativa que sabia que ouviria.
- Não posso. – sussurrou com os lábios na minha testa.
Tremi com o calor do corpo dele. Tremi com o seu aroma. Tremi pela proximidade dele.
- Quando estou perto de ti, penso que estou a destruir um anjo. Não posso. Por ti. Pela primeira vez, penso em alguém que não seja eu. Apenas por ti.
- Eu não sou um anjo. – gemi com dor. Sabia que ali estava a ser o fim. Não havia volta a dar. – Não pensas em mim. Se pensasses ficarias comigo…
- Lamento. Não posso.
Então, segurou o meu rosto e deslizou os lábios pela minha testa, pelo meu nariz e fez-me prender o ar, depositou um beijinho nos meus lábios.
E o mundo girou novamente, apenas por tê-lo com os lábios encostados aos meus. Por sentir a sua respiração misturar-se com a minha.
- Como posso encontrar dor e conforto nos teus lábios? – sussurrou ainda com os lábios nos meus.
- Não me deixes… - implorei mais uma vez.
-Serás sempre o meu anjo. – murmurou rouco – Voaria contigo, para bem longe. Mas não posso. Não posso fazer-te isto. Não me podes pedir isto. – suspirou e encostou a testa na minha tremendo com dor, e fazendo-me querer morrer por tê-lo tão perto e tão longe.
Eu não iria conseguir alcança-lo.
- Vai. – acariciou o meu lábio inferior com o dedo e abriu-me a porta.
Respirei com dificuldade e saí de lá.
Caminhei até ao WC e escondi-me lá.
Deixei as lágrimas caírem livremente.
Segurei o meu corpo que parecia querer quebrar.
Eu amava-o. Tinha certeza.
Ele gostava de mim. Não a ponto de amar, pois se não largaria todos os preconceitos e ficaria comigo.
Mas gostava o suficiente para sofrer com a minha ausência. Assim como eu sofria por ele.
Tive exactamente 40 minutos para me recompor e ir para a aula.
Tremia, pois era a aula com Alexander.
Sentei-me, calada. Não ousei olha-lo. E ele não disse nada. Apenas nos mandou fazer uma ficha.
Estávamos a meio da aula quando distraída, deixei cair o lápis.
Quando me inclinei na cadeira para o apanhar, Alexander estava lá ajoelhado com ele na mão.
- Não fiques assim, por favor – implorou olhando-me atormentado.
Eu engoli em seco e peguei no lápis.
Por um segundo louco os nossos dedos tocaram-se e senti que o meu lugar era ao lado dele. Como se ele fosse a minha casa. O lugar onde realmente eu pertencia.
Parecia que existia para ele, para ficar com ele.
E ao olhar os seus olhos, ele percebeu exactamente o que pensava. Era como se tivéssemos esta ligação.
Como se palavras fossem desnecessárias.
- Como se nascesses para mim. – sussurrou como se mais nada existisse naquela sala que pela primeira vez estava barulhenta. Mas aos meus ouvidos estava silenciosa e só nós os dois existíamos ali. – Como se foces o anjo que veio para me guiar.
Depois alguém chamou-o para tirar uma dúvida e a nossa bola rebentou.
Tão perto de mim, ali mesmo, só bastava agarra-lo e dizer que o amava. E ele me beijaria e diria que também me amava.
Podia estar a 1000 Quilómetros de distancia, que as probabilidades de acontecer, seriam as mesmas.
Demasiado perto e impossivelmente longe.
Alexander levantou-se rápido. Tão rápido que nem consegui acompanhar os seus movimentos, e mais uma vez me deixou sozinha.
Assim que tocou, todos arrumamos.
- Turma. Tenho um comunicado a fazer.
Todos o olhamos com atenção, à espera de novos trabalhos absurdos.
- Hoje foi o meu último dia de aula. – tive que voltar a sentar-me. A sala girava à minha volta – A direcção já resolveu o problema e apenas amanha não terão aulas de Inglês. Irei casar e irei mudar-me da Villa. Aposto que estão super felizes de se livrarem do professor chato de inglês – fez piada e depois saiu.
Todos saíram.
Eu fiquei na sala. Atordoada.
Ele… ia embora?
Fiquei estática lá, naquela sala que se tornara assustadora.
Por mais de 30 minutos fiquei feito deficiente mental a encarar o quadro, a lembrar-me do rosto de Alexander.
A lembrar-me do primeiro momento que o vi… De quando ele brincou comigo nas escadas, evitando-as… Quando Nereida desmaiou e pela primeira vez o vi a fazer uma piada…
Um sorriso brotou nos meus lábios ao lembrar-me e sentir os lábios dele sobre os meus, no dia que nos beijamos pela primeira vez - Quando tive o perfeito primeiro beijo.
Inevitavelmente, lembrei-me das noites que chorei por me ter rejeitado, da dor que me infligiu ao me rejeitar.
Mas lembrei-me dos seus ciúmes, da nossa cena na sala dos professores, quando ambos deixamos a máscara cair e apesar de saber-mos que não íamos ficar juntos, mostramos que algo nos ligava. Algo forte e que ambos temíamos definir.
E uma certeza abalou todo o meu ser.
Arrumei tudo rápido e corri para a saída, entrei feito bala no meu carro e conduzi o mais rápido que podia.
Para tentar uma ultima vez. Para tentar ser feliz. Porque sem ele, eu nunca seria feliz.
Dirigi a prego a fundo até a casa assustadora de Alexander.


Então, que tal este capitulo? O-o
Eu gostei muito de escrever esta parte da história… Mesmo! ^^
E adoro o Alexander! :O Quem não adoraria?
Bem, qual a parte que gostaram mais?
Acharam boa a parta da conversa deles? :S
Ouve alguma que não gostaram… Se ouve digam que é para eu poder melhorar! :D
Muito abrigada por tudo Mesmo!
P.S-) Não sei se curtiram a música… Ou se acharam “azeiteira”. Mas eu gosto muito dela e acgei que ficaria bem naquela parte… :S Vocês gostaram, ou preferiam sem musica nenhuma??
Sexta-feira, hà novp capitulo! ;)
Desculpem se demorar a aceitar e responder aos vosos coments, mas ando com problemas com a net! Mas ei, não deixem de comentar! ;) Sabem que eu "vivo" de coments! ;) Para saber se estão a gostar ou não! ;) Isso é mesmo importante!
Beijinhos, e já sabem… COMENTEM!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Ciúmes

Olá! Espero que gostem deste capitúlo!
Divirtam-se!
Este capitúlo é dedicado à Marta, que ontem me apoiou quando li certas coisas...
Á Catavita que poblicita constantemente o meu blog.
E á porca/louca da marilia que me deixou aceder á net. (Vida miseravel a minha! Ficar sem net! Decadente!)
Obrigada a todas que lêm a fic!


As semanas passaram. Já estávamos no inicio de Março. Eu simplesmente fechei tudo aquilo que sentia por Alexander. Ele ignorava-me, eu ignorava-o. Não ligava a mínima para ele.
Por fora, claro. Por dentro ainda vibrava por ele.
Mas uma pessoa tem o seu orgulho. E eu, definitivamente, não ia andar atrás dele. Não mesmo.
O mais complicado, eram as noites. Essas sim. Eram um tormento. Só o via a ele, ele invadia todos os meus pensamentos. Aí podia deixar de fingir. Podia sofrer sozinha e não ter que compor uma mascara.
Desci para tomar o pequeno-almoço e preparar-me para mais um dia (infernal) de aulas.
Estava a terminar de comer, quando o imbecil do meu irmão aparece. Sorria pervertido.
Apostaria que teve, o que ele chama de: “uma noite louca”. Ele saíra com uma rapariga ontem. Eu é que não entro no carro dele, antes de ser lavado!
- Bom dia! – não disse que estava animado? – Tudo Nikka?
- Nada Michael.
- Hã?
- Esquece! – tenho que me lembrar constantemente que o meu irmão não teve o prazer de nascer com cérebro.
- O que?
Não respondi. Era evidente que a mente deficiente e inútil do meu irmão não conseguia perceber coisas básicas como: A irmã dele gozava com ele!
- Olha lá – começou a anta – o Jonh anda por aí a dizer que vocês andam.
- Claro que ando. Não sou paraplégica. E pelo que sei, Jonh também não tem problemas motores. – ironizei.
Ele não percebeu. Olhou-me confuso e coçou a cabeça loira. Respirei fundo e olhei-o com impaciência.
- Era uma ironia Michael! Céus! Usa a cabeça para algo, ao invés de só servir para pores gel!
- Qual o mal de usar gel? – olhou-me ofendido – Pelo menos não sou cabeça de fósforo!
- És cabeça oca! O que é um facto provado e universalmente conhecido!
Ele olhou-me chateado e sentou-se. Sem resposta.
- Só quero saber se é mesmo verdade que namoras com o Jonh. Ele anda a dizer que sim. Vocês falam muitas vezes… Ele já disse que tu estás apanhadinha por ele! Eu não quero ouvir essas coisas nos balneários! Não quero saber de ele a dizer que te beija e essas coisas! Não com a minha irmã!
- Michael, eu e o Jonh não temos nada. E se tivéssemos não era da tua conta – esclareci para o imbecil não pensar que manda em mim – Conversamos algumas vezes. É só. É normal, já que ele anda na minha turma. – Ri-me – E muito menos o beijei, quanto mais fazer outras coisas! Como se eu não percebesse quem é o Jonh!
- Antes, não pensavas assim! – acusou.
- Mudei de ideias.
Levantei-me e fui para a escola. Conhecer Alexander fez-me ver o quão crianças os adolescente são.Como é que não percebia que Jonh era um adolescente parvo, como o meu irmão? Que via as mulheres como troféus?
Alexander podia ser um hipócrita. Um imbecil. Um camelo arrogante. Um filha da puta de aproveitador, mas não era criança e fazia coisas parvinhas como Jonh.
E eu… ainda não esquecera Alexander. Por mais forte que tente.


Na aula de Inglês, um aluno do 11 ano da turma do meu irmão e que é da equipa de basquetebol, entrou com um ramo de margaridas amarelas na sala.
- Desculpe incomodar aí, prof. – o rapaz não tinha noção do perigo. E certamente não devia ter aulas com Alexander. Se tivesse, nunca teria a ousadia de interromper a aula dele e falar daquela maneira.
Alexander, simplesmente o olhou ameaçadoramente. Todos trememos com aquele olhar, mas o rapaz não viu já que olhava para os alunos.
- Ah! Aí está a ruiva! – o parvalhão musculado dirigiu-se a mim – Toma. Comprimentos do teu admirador.
E deixou o ramo na mesa. Saiu sem dizer mais nada. Andava com as pernas meias abertas, o suposto estilo.
Todos olhavam-me e eu corei. Estava envergonhada.
- Pode-mos continuar, Brown? – Alexander fez-me gelar com aquele tom de voz e expressão do rosto – E se isto voltar a acontecer, será a menina a levar o castigo!
Não consegui manter contacto com ele e baixei o olhar, ignorando todos que me olhavam.
- Nikka! – chamou Jonh depois de algum tempo – Desculpa! – disse assim que o olhei – Não fazia ideia que sobraria para ti. – tentou dar um sorriso galanteador. Falhou completamente – Gostas-te das flores?
Era obvio que tinha sido ele. Tinha utilizado um dos jogadores da sua equipa e tudo!
- Claro. – sorri cordial. Também não podia deixar de agradecer o gesto. – Obrigada!
- Para amanha – o professor de repente elevou a voz – quero um trabalho sobre Shakespeare de 20 páginas. Vida e obra. Não se atrevam a não faze-lo!
Boa! Ele é mesmo um parvo! Imbecil!




No dia seguinte, Alexander tinha acabado de me dar um sermão. Eu simplesmente escotava e rabiscava no caderno.
- Ouviu? – gritou.
Eu tremi e olhei-o fingindo desprezo.
- Sim. Acabou?
- Nem de perto! Porque não entregou o trabalho que pedi sobre Shakespeare?
- Não tive tempo. - dei de ombros. Tradução: Não me apeteceu.
- Vou tirar um valor à sua média, pela sua atitude! Não faz os trabalhos e não está atenta nas aulas!
- Tudo bem.
Então, ele furioso recolheu os trabalhos de todos. Eu fazia tudo para o irritar e depois desprezava-o. Como se ele fosse invisível. Não era isso que ele queria? Que o vise como um simples professor?
Então aí tinha!
Estava, era simplesmente cheia de raiva dele. Cada vez era mais impossível fingir indiferença! Umas vezes queria bater-lhe (como agora) outras queria beija-lo e agarra-lo (como agora).
Muito confuso. Acho que estou a ficar louca.

A aula acabou e enquanto ia com Jonh e Nereida para fora, ouvi Alexander chamar-me e dizer que tinha que falar comigo.
Fiquei na sala e enquanto ele fechava a porta. Eu suava das mãos.
Quando ele se virou para mim, fingi observar as unhas.
- Nicholaa.
- Sim? – olhei-o desinteressada.
- Não pode continuar assim! Que raio se passa? Pode-me explicar?
- Não se passa nada. O que poderia se passar? – olhei-o inocente.
Eu era boa de mais nisto. Quem se mete sempre em confusões tem que ter sempre uma expressão de: “Eu não fiz nada!”; “Não sei do que está a falar!”.
- Está diferente. Não se comporta igual nas minhas aulas.
Ele queria dizer que não baba por ele? Que não o olhava como se fosse um Deus? Que deixara de venerar tudo o que ele dizia ou fazia?
Se era isso, tinha razão. Eu não me humilharia mais! Isso podia ter certeza!
- Comporto-me exactamente igual em todas as outras aulas.
- Mas… - passou a mão nos desalinhados cabelos, num tique meio nervoso – Não era assim na minha aula… Tem algo a ver… com…
- Com o beijo?
- Sim.
- Não. Já nem me lembrava disso! – soltei um risinho como se o que ele acabara de diser fosse um disparate enorme.
Meu Deus! Eu ainda podia sentir o sabor dos lábios dele ao tocarem os meus!
- Pois… Tem, um namorado agora, não é? – ergueu uma sobrancelha parecendo meramente curioso.
- Acho que isso não é da sua conta.
- Tem razão. – assentiu, mas os olhos dele faiscaram e eu quase que poderia dizer que vi rasgos de fúria no seu olhar poderoso – Fico contente que já tenha superado aquela coisita que os adolescentes normalmente têm por celebridades, ou pelos professores…
Era isso que ele pensava? Não sabia que eu era louca por ele?
Ainda bem. Assim não tinha o meu orgulho ferido.
- Pois. – concordei com ele – Foi uma estupidez. Alem disso é demasiado velho para mim.
Ele olhou-me ofendido. Eu sorri interiormente.
Ele não era velho.
- Nem tanto assim.
- Sério? – fingi-me de descrente.
- Serio. Tenho… - ele hesitou um pouco como se tentasse lembrar-se da sua idade, o que eu achei estranho. Afinal, todos sabemos a nossa idade. – 26 anos.
- Ah… Pensei que tivesse 35… Tem aparência disso… - MENTIRA DESCARADA! Ele era lindo e jovem. Tinha exactamente a idade que eu pensei.
Ele olhou-me com os olhos arregalados e profundamente ofendido.
- Pois não deve ter muito jeito para adivinhar idades!
- Provavelmente. – sorri de maneira solidária – ou o professor deveria começar a usar cremes para evitar as rugas… É que já começam a aparecer, agora que reparo. Só estou a tentar ajudar…
Ele trincou o maxilar e olhou-me com os olhos apertados.
- Imagino também que não faça o seu género.
- Não. – Mentira! Ele era o meu sonho de como seria o homem perfeito!
- Prefere loiros, suponho…
- Não resisto a cabelos claros… - suspirei sonhadora.
Como eu estava a adorar faze-lo ficar irritado! Tirar-lhe uma reacção!
Algo que não seja sobre a matéria, ou sobre as minhas atitudes durante a aula.
Se ao menos não o podia atingir de outra maneira, atingiria o seu ego!
- E jovens…
- Claro. Mais ao menos da minha idade… O Sr. compreende… Os mais jovens são os mais divertidos, e não tão rabugentos…
- Claro. – levou a mão ao ombro e massajou, como se estivesse tenso – E olhos claros, também não fazem o seu estilo, não é? É mais para dourados, imagino eu.
- Certo! Prefiro cabelo claro e olhos para o escuro… Sim. Homem perfeito teria essas qualidades. – MENTIRA!
Eu fingia que estava simplesmente a ter uma conversa desinteressante e que ele me aborrecia. Mas parecia que ele queria informações, que de alguma forma, para ele pareciam importantes.
- E deduzo que, pele morena seria o ideal, não era? – os olhos dele estavam com raiva? Ele tinha os lábios numa linha fina de tensão?
- Como eu sou branquinha, prefiro alguém que tenha a pele morena para fazer contraste…
- Parece que tem sorte. O seu colega de turma tem essas qualidades. – o seu rosto parecia impassível, mas o brilho furioso do seu olhar denunciava que algumas emoções fervilhavam nele. Prontas para sair a qualquer momento - Fico feliz. Assim não anda a suspirar pelo professor mais velho.
Eu corei e respirei fundo.
- Lamento se o embaracei com a minha conduta. Mas isso já passou. – não valeria a pena desmentir. Ambos sabíamos que eu o admirava em todos os momentos – Coisas parvas de adolescentes! – desvalorizei com um gesto de mão – Não tem que se preocupar mais com isso. Já me recuperei totalmente.
- Claro.
- Bem, tinha mais alguma coisa a dizer? É que estou com um pouco de pressa…
- Não. Pode ir ter com o seu namorado. – ele acabou de elevar a voz? De me olhar como se fossemos militares e eu o tivesse apunhalado pelas costas quando me julgava o seu parceiro? - Mas quero e exijo que mude de atitude na sala de aula.
- Mas eu não me comporto mal!
- Mas não mostra empenho!
- Vou tentar mudar. Até amanha.
Dei meia volta e sai. Respirei fundo. Ao menos ele ainda reparava em mim. Melhor que indiferença. E talvez lhe tenha ferido o ego. Sorri com malícia. Era uma espécie de vingança.
Também o que lhe importava o que fazia? Ele não tinha namorada? Não se ia casar com ela?
Não tinha que se meter na minha vida!
Não éramos nada um do outro.
E aí uma vozinha pareceu sussurrar na minha mente.
Ciúmes.
Será?




Gostaram do capitúlo? o-o
Já sabem o que quero... A velha história do que parte gostaram mais... ect, ect...
Beijinhos, e Já sabem.... COMENTEM! ;)

Agora queria falar de uma cena que se passou no Chat...
Ofenderam-me. A mim e às "minhas fic". Mas parece que nem se deram ao trabalho de ler, pois eu não posto fics e sim UMA fic.
De qualquer maneira o problema não foi, não gostar. Mas sim a maneira como o disseram. Eu não sou uma merda. Nem explicou o pork. Apostaria que nem sabem de que se trata a história.
Quem não gostar, avisa. De forma civilizada e me explique o pork. Agora vir aqui só para ofender e chamar nomes é k não.
Quem não é "em condições" é a "pessoa" que se intitulou como 2vão é se foder a todas". Já que nem a cara deu.
Se voces não gostarem da história é só dizer. Explicar e pronto. Não posto mais se não quizerem.

P.S-) Sou capaz de não aceitar os coments e respondelos´até segunda. Problemas com a net.
Mas se ainda quizerem, segunda posto novo capitulo.
Beijinhos e obrigada pelo apoio constante! :*

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Confronto

Aqui vai outro capitulo! ;) Espero que gostem!



As féria de Natal passaram.
Foram infernais. Alias todas as férias de Natal são porque tem o Natal. Odeio o Natal.
A minha mãe morreu na véspera de Natal. E esse dia sempre é horrível para mim.
O dia 24 e 25, foi passado no meu quarto. E além de estar na fossa pela minha mãe, também estava na fossa por Alexander. Nunca mais o tinha visto. Os vizinhos intrometidos (que pelo menos nesta vez serviram para algo) disseram que ele tinha ido passar o Natal com, nada mais, nada menos, que a sua namorada.
BOA! EXPLENDIDO! MAGNIFICO!
Mais uma latada na cara por ser tão burra e não ter capacidade de perceber que era apenas “uma miúda mimada e irresponsável”.
Chorei, desabafei e descabelei-me. Mas passou. Tinha tomado a decisão de não querer saber mais dele. Ele era apenas o meu professor de Inglês. Nada mais. E eu tinha que me lembrar constantemente disso.
Além disso as férias só servem para o meu irmão me infernizar a vida. A última dele foi espalhar pelos vizinhos que, coitadinha de mim, tina feito um exorcismo para me tentar livrar do mal que morava em mim.
Falou com tal convicção que todos acreditaram e até o padre da Villa ficou a saber e veio a minha casa perguntar ao meu pai se queria que ele fizesse outro exorcismo, pois o padre que me tinha feito podia não ter tido sucesso na tarefa, já que me tinha visto de tarde a gritar com uma criança sem motivo aparente. (A criança era um miúdo de 13 anos que me apalpou o rabo e me pediu o numero de telefone)
Eu, claro que não ia ficar quieta. Coloquei laxante naquela coisa nojenta que ele toma todas as manhas. Um tal suplemento alimentar para ficar mais musculado.
O que aconteceu, foi que quando estávamos a almoçar ele dá um pum tão mal cheiroso que eu vomito todo o almoço na cozinha.
A sério? Porque tudo acaba por dar errado?
A Nereida sabia que eu estava prestes a enlouquecer (e nem sabia da historia do Alex) então veio convidar-me para fazermos alguma coisa. Eu escolhia.
Convenci-a a dar-lhe lições a como andar de skeite.
Resultado: Nereida zangada comigo e com o braço esquerdo partido. E a clavícula…
Ah! E pontos na sobrancelha…
Nada podia ter corrido pior.





Quando entrei na sala de Inglês tremia como tudo. Não sabia como encararia Alexander depois do que se passou. O meu coração batia alucinado pela raiva, dor e… desejo. Desejo pelos seus lábios… E pelo seu toque…
CHEGA NIKKA!
Tu não ligas para ele!
Sentei-me (sozinha numa mesa já que Nereida foi para outra mesa longe de mim. O olhar dela fazia-me pensar que levaria tempo a perdoar-me esta...)
E então ele entrou.
Prendi a respiração e tremi. Ele continua perfeito.
- Bom dia a todos… - como se nada se passasse começou a abrir a mala dele – Não vamos perder tempo a falar das ferias… Vamos logo para a chamada.
E ele olhou a turma e não parou o olhar em mim por mais de 1 segundo. Era apenas mais uma aluna. E não importava o que se tinha passado. A mensagem era demasiado clara.
A hipocrisia dele, dá-me ódio! Raios! Trocamos um beijo! Não podia agir como se nada se tivesse passado! Eu queria uma explicação.
Eu merecia uma! Afinal ele beijara-me e tinha namorada! Que era noiva!
Filha da puta, e nem parecia ligar para o facto!
- Brown? – olhou-me enfadado – Nicholaa?
- Aqui. – respondi desinteressada. Apesar de poder imaginar fumo a sair pela minha cabeça de tal a raiva.
Mas a aula passou e eu irritava-me mais com a atitude dele. Até que tocou e todos saíram.
Atirei a mochila para o chão perto dele e ele muito desagradado olhou-me.
- Sim? O que quer criança?
Ah que ele vai levar um bofetada naquela cara! Pode ser meu professor mas não brinca comigo!
- Não teve problemas em ser criança quando me beijou no baile. – ele olhou-me com raiva, franziu a testa e foi fechar a porta – Medo das consequências? Medo que alguém oiça?
- Não por mim, podes ter a certeza Nikka!
- Não me chames Nikka! Para ti é Nicholaa ou Brown. Pervertido!
Ele olhou-me sério, ofendido e magoado.
- Não deves pensar que sou um aproveitador. Não o sou. Não me aproveitei de ti, nem nunca o faria!
- Claro que não! Andas a beijar alunas nos bailes, menores e isso é super normal! Poupa-me! És um hipócrita! – teria sido a primeira? Ou ele teria um vasto conjunto de conquistas de alunas.
Ele olhou-me amargurado, como se tivesse lido os meus pensamentos.
- Garanto-te que foste a primeira. Nunca tinha dado aulas. – sorriu amargurado – E muito menos estive envolvido com menores.
- NÃO ACREDITO!
- Não me fales assim! – levantou um pouco o tom de voz – Sou teu professor!
- No baile, não te lembraste disso! – acusei com raiva.
- E tu não te importaste nada! Se bem me lembro, ouvi um gemido teu!
Eu abri a boca, mas nada saiu! Eu queria dizer tantas coisas e só conseguia, era gesticular raivosa!
- Tu é que me beijaste primeiro!
- E tu beijaste-me logo depois.
- Mas foste tu que tomas-te a iniciativa! Eu estava lá, na minha, e tu apareces a convidar-me para dançar!
- E?
- E? – olhei-o sem acreditar! Tive que passar a mão no rosto a escaldar para me acalmar – E? E que tu tens namorada!
- E?
Ele quer levar! Só pode! Ai que ÓDIO!
Eu bufei descontrolada.
- Aproveitaste-me de mim!
Ele riu.
- Não seria melhor, esquecermos aquilo? – olhou-me enfadado – Não foi uma grande coisa – mais uma punhalada no meu peito – Aconteceu. Efeito da bebida provavelmente. Podemos continuar como se nada tivesse acontecido?
- Não acredito no que dizes! – a minha voz tremeu com a dor e a amargura – Tu sentiste! – os olhos dele tinham-me dito que viveu o mesmo que eu – Não podia ser apenas eu! Tu tiveste de sentir! Eu sei! Não finjas! Eu sei que tu desejavas repetir, assim como eu!
- Não. Aquilo foi um erro. Não se vai repetir.
- Não é isso que queres dizer! Eu lembro-me de quando me seguras-te nos braços e me beijas-te! Não finjas! – pedi desesperada – Porque fazes isto?
- Porque – olhou-me como se fosse apenas uma criança que pede com desespero um brinquedo ao pai, que ele não tem vontade de dar, pois quebraria assim que chegasse a casa – Eu não senti nada. Como poderia? – olhou-me cansado – Brown, é uma criança. Eu tenho noiva. Uma mulher. Não uma criança. Não insistas. Isso vai passar. Acredita em mim. Estás apenas fascinada pelo professor novo. É normal na tua idade.
- Mas… - olhei-o enquanto engolia em seco. Tinha algo na minha garganta.
- Dói? – perguntou sábio.
- Sim… - admiti, sentindo os olhos encherem-se de lágrimas que eu não iria derramar na frente dele.
- Não vai doer para sempre.
- Como sabes? – gemi.
- Nicholaa – ergui os olhos para ele e reparei que os seus azuis acinzentados mostravam algo, que eu não percebia – Para sempre, é demasiado tempo não achas?
- Claro. – concordei – Nada dura para sempre. – tentei sorrir – Desculpe. Isto vai passar…
- Espero que sim. Deve ter sido a bebida – justificou – Não é nada de mais…
- Certamente. – concordei aparentando calma – Eu bebi de mais no baile – só bebi sumo e água – caso contrario não me teria metido com o prof – E muito menos ter dado o meu primeiro beijo a um ser desprezível como ele. E eu que esperei tanto para encontrar aquele a quem queria dar o primeiro beijo! – Por mim esquecemos, mas digo-te uma coisa…. Desces-te muito na minha consideração. Nem me devia dar ao trabalho de tentar esclarecer as coisas. Esta conversa não me convence e acho que te aproveitas-te de mim, sim. Mas melhor esquecer mesmo. Como desses-te, não foi uma grande coisa.
Peguei a mochila do chão, ajeitei o meu rabo-de-cavalo e depois olhei-o com indiferença.
- E não te preocupes que não contei a ninguém. O teu emprego está garantido.
- Não ligo a mínima para o emprego. – deu de ombros e olhou-me intensamente.
- E eu não ligo a mínima para nada que lhe diga respeito, Professor King. – abri a porta e sem o olhar acrescentei – Até a próxima aula.
- Parabéns Alexander. Realmente conseguiste fazer com que te odiasse. – murmurei enquanto saia da sala.
Cheguei a casa e tive que morder uma almofada para não quebrar a minha promessa de não chorar. Aquele canalha não merecia. E eu, sempre a mesma estúpida romântica
Sempre à espera do príncipe encantado! Puts!
Bem dizia a Nereida que eu tinha que deixar de pensar que a vida real era linda e encantada como nos livros. Que no fim tudo dava certo. Isso não acontecia na maioria das vezes. Um final feliz, era raro. Afinal eu não tinha a história do meu pai e da minha mãe, como prova?
“ Temos que beijar muitos sapos, para encontrarmos o príncipe, Nikka” Dizia sempre Nereida, quando eu dizia que preferia esperar por alguém que fizesse o meu coração bater acelerado e as pernas tremerem. Não queria trocar salivas com alguém que não me disse-se nada.
Pena que quando encontro alguém que me faz delirar, sentir coisas muito mais intensas do que nos livros e torna o meu primeiro beijo no momento mais mágico da minha vida, descubro que afinal “não foi uma grande coisa”.
E… eu não me importo… Eu… não ligo para ele…
Afinal, é só um mau sonho que logo vai acabar…
Logo vou acordar e vai deixar de doer…
Não é?



Bem, e que tal? Gostaram? *-*
Já sabem…. Digam qual parte gostaram mais… ;)
E se, se divertiram com o capitulo…
Teve “drama”, mas também comedia no inicio, certo? Aquele irmão… *-*
As coisas não correram muito bem para aqueles dois, não é?
:S
Bem, agora que as aulas começaram vai ser difícil para mim postar com a mesma regularidade que fazia… Mas pelo menos dois capítulos por semana vai ter! (talvez menos as semanas que tenha teste e tenha que reduzir para 1 – que seria grande! ;) )
É que o 12 ano, não é assim muito fácil e vai influenciar a minha vida para sempre… Espero que compreendam…
Embora eu ame muito postar para vocês se divertirem e amar ler os vossos comentários, não posso desleixar os estudos… Meio que é a minha vida, o meu futuro que está em jogo… E além disso a matemática, está pela hora da morte, e sem ela não termino o 12 ano este ano… Vai ter que ter muita dedicação… Se não, tenho que gramar com mais um ano de aulas! :O
Tenham paciência, ok? :S
2 capítulos por semana também é bom, certo? O-O
E além disso depois terei as ferias grandes para postar mais, e quem sabe - quando esta terminar - começar outra história… ;)
Espero que não se zanguem comigo!
Beijinhos, e já sabem… COMENTEM! ;)

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O primeiro momento...

Espero que gostem do capitulo! :)
Divirtam-se!


Estava na festa do baile. Comemorávamos o final do 1 período. Era sexta feira, o ultimo dia de aulas e a metade do período de aulas - desde que Alexander entrou para o meu colégio - voou. (p.s -) no teste que fizemos tirei 16 e Alexander deu-me 17 no final do período! O meu plano saiu perfeito)
E eu sabia que voaria muito rápido o ano lectivo. E depois a minha vida nunca mais se cruzaria com a dele. Provavelmente nunca mais o ia ver. E isso era… bem, demasiado doloroso.

Tudo no baile estava lindo. Era um baile em estilo do inicio do século XIX. Vestíamos aqueles vestidos antigos. O meu era de cinzento (pois eu queria levar vermelho, mas a senhora da loja disse que tinha de ser uma cor que realçasse os meus lindos e compridos cabelos). O vestido era um corpete e depois volumoso em baixo que escondiam as minhas confortáveis sapatilhas. Os cabelos caiam em ondas pelas minhas costas e levava pouca maquilhagem. Não gosto de exageros. Uma coisa que mal desse para notar, porque como não me maquio quando o faço parece outra e não gosto muito disso.




Estava a pensar, encostada a uma coluna com um copo de sumo de laranja na mão, no quanto ia ter saudades de Alexander quando fosse para a Universidade.
- Aproveitando a festa, Brown?
Quase que deixei cair o copo com o susto! Ainda a ofegar virei-me e deparei-me com aquele homem lindo. Pelo menos a falta de ar tinha a desculpa do susto, apesar de o susto não ser o único responsável.
- Olá professor King…
- Assustei-a?
- Bastante…
- Não era minha intenção. Desculpe.
- Não tem importância! – sorri envergonhada.
Aquele homem era o sonho de qualquer mulher! Só o facto de o ver fazia-me ficar envergonhada!
Um aluno vestido de mordomo serviu um whisky ao professor e depois saiu deixando-me sem saber o que dizer.
- Gosta da festa, Brown?
- Sim…
Sorri aliviada por aquele silêncio ter terminado. Aquilo era constrangedor ainda mais quando ele olhava para mim intensamente de forma que parecia ler todos os meus pensamentos.
- A ideia do tema até foi interessante.
- Sim. Muito melhor que os anos anteriores. Desta vez a Nora escolheu bem. Está tudo lindo.
- Sim. E diria que o seu vestido também lhe fica muito bem. Parece uma menina bem comportada. – sorriu torto.
- Obrigada, eu acho… - corei e desviei o olhar para as pessoas que dançavam.
Ele parece ter-se arrependido do que disse pois ficou extremamente sério e rígido. Ele levou o copo de whisky aos seus perfeitos lábios e assentiu para depois virar costas.
- Boa noite professor Alexander. – sussurrei.
Ele olhou-me sério e depois deu um sorriso irónico.
- Boa noite aluna Nicholaa. – e dizendo isso caminhou para o meio da multidão.
Ele estava simplesmente lindíssimo com o traje a rigor. Fazia-me acreditar que realmente pertencera a séculos passados. E eu só queria esquecer aquelas coisas estranham que corrompiam a minha alma.

A festa estava demasiado cheia e eu já estava farta de fugir de Jonh que parecia querer algo mais do que eu podia dar. Então enredei-me no meio do bosque para fugir àquela confusão. Tanto a da festa como a da minha cabeça.
Parei no limite do parque, e fui para um tipo de mirante cercado de plantas e de luzinhas.
Podia ouvir ainda a musica que decorria na gigantesca cabana construida no parque para o baile. As vozes perdiam-se no ar, e apenas ficava os acordes distantes da música. Permaneci parada ali por alguns minutos, vendo a minha villa lá em baixo iluminada. Perdida nos meus pensamentos a ver a lua que me observava e banhava a minha pele e todo o mirante. Perdia-me nos meus pensamentos quando ouvi uma voz aveludada e enrrouquecida dizer, mesmo atrás de mim:
— Dança comigo, Nicholaa.
Fiquei tão assustada pela chegada silenciosa de Alexander, que voltei-me toda atrapalhada, levei automaticamente a mão ao pescoço e senti o coração bater forte. Ele lá parado, imponente e belissimo era algo irreal e asustador.
As notas ritmadas da valsa ouviram-se, envolvendonos. Os meus olhos verdes encarando os seus azuis acizentados que pareciam querer dizer algo.
Alexander abriu os braços e vi os seus labios movimentarem-se para repetir o pedido que julguei ter imaginado:
- Dança comigo.
O seu tom de voz, suave e quente, envolvia-me como se tudo fosse um sonho. Eu só podia estar a sonhar. Vivendo numa especie de dimensão paralela caminhei para ele.
Sentiu-o enlaçar a minha cintura, puxando-me contra a firmeza de seu corpo. Musculado, mas esguio. Rijo como rochas e quente como fogo.
Nunca me tinha apercebido do quanto a sua pele era perfeita, do quanto os seus lábios eram convidativos. Nunca me tinha apercebido que o seu aroma era excitante e delicioso nem o quanto o seu alito era inebriante. A sua boca parecia ter sido esculpida por algum Deus da perfeição e era quase imposivel manter uma linha de raciocinio junto dele.
Acompanhei com o olhar a mão esquerda de Alexander fechar-se sobre os meus dedos, e logo senti-me girando, presa no lugar onde nunca mais queria sair, onde parecia pertencer: nos seus braços.
Aquele homem dançava a valsa com profisionalismos, com uma graça tranquila de quem parecia fazer isso milhares de vezes durante toda a sua vida. Fazia-me parecer uma bailarina extraordinária quando na verdade ele comandava cada movimento meu.
Eu simplesmente fitava, fascinada, os seus belos olhos.
Tinha a mão no ombro dele, percebi que era largo, musculoso, rigido, quente sobe o tecido. O braço que envolvia a minha cintura mais parecia uma faixa de aço que me prendendia contra ele com firmesa fazendo-me ter a certeza que não poderia escapar mesmo que –tolamente – o desejasse.
E o meu sonho parecia ter chegado ao fim já que a música acabara.
Com um suspiro coloquei a cabeça no seu peito, inalei e sorri afastando-me dele.


~

- A musica acabou…
Mal acabara de falar uma nova musica começara. Uma musica romantica, para namorados dançarem. Alex puchou-me novamente para ele.
A minha respiração voltou a acelarar e eu volteii a encostar a cabeça no seu peito e fechei os olhos enquanto ele me abraçava e nos moviamos lentamente, apenas alguns paços. Praticamente sentiamos o corpo um do outro e eu só desejava poder sonhar mais um pouco.
- Nikka…
Fechei os olhos com mais força e não deichei o gemido de satisfação sair. O meu apelido nos seus labios… Sosurrados por aquela voz rouca e avelodada… Parecia que tinha sido feito para ele o pronunciar.
Senti Alex puchar o meu queixo para cima fazendo-o encarar.
Quando abri os olhos estava demasiado proxima dele. Ele tinha o rosto demasiado proximo do meu, fazendo com que a nossa respiração se misturace.
- Vou beijar-te – avisou olhando a minha boca.
- Aham… - fechei os meus olhos, esperando.
Então os labios dele cairam sobre os meus.
E então deixei de pensar, apenas senti. E posso garantir que, mesmo antes de os lábios tocar os meus, apenas ao sentir o seu aroma soberbo e a sua respiração quente a bater na minha língua - naquele breve instante de hesitação que era tremendamente sensual - que sem sombra de dúvida, aquele era o memento mais mágico da minha curta vida.
Mas então, os lábios quentes e ansiosos caíram sobre os meus trémulos enquanto os seus dedos acariciava o meu rosto. Os nossos lábios moveram-se com calma, suavidade e doçura. Conhecendo os lábios um do outro. Mas aquele simples roçar de lábios foi o paraíso e o meu inferno.
O beijo doce tornou-se voraz e ardente. Eu queria mais. Segurei os cabelos dele e puxei-o mais para mim ao mesmo tempo que queria colar o corpo dele ao meu. Fazendo-o sentir o meu coração que bombeava alucinado e descompassado.
Fiquei nas pontas dos pés para saborear melhor a sua boca, a sua textura, o seu sabor. Os momentos em que estava tímida passaram e eu só queria saborear os lábios perfeitos que se moviam nos meus. Mas então Alexander abrandou o ritmo, voltando ao doce para depois parar com um simples beijinho nos meus lábios.
Quando abri os olhos estava ofegante, com o coração a bombear a mil e tremendamente feliz.
“O perfeito, primeiro beijo” – pensei.
Sorri um pouco envergonhada com a minha conduta. Alexander olhou-me com um sorriso sonhador nos lábios que tinham acabado de cobrir os meus, mandando uma mensagem clara que mesmo estando atordoada compreendi. Ele sentiu aquele maravilhoso momento, que tinha sido o mais próximo da magia que ambos tínhamos sentido.
Alexander puxou-me para ele e abraçou-me com os seus braços de aço. Fechei os olhos aproveitando aquele incrível momento e senti os seus lábios beijarem os meus cabelos.
Olhei-o corada e depois fitei os seus lábios perfeitos.
- Vou beijar-te. – avisei.
- Aham …
E os meus lábios cobriram os dele. Senti os meus pés deixarem de tocar o solo pois Alexander erguia-me para ter melhor aceso á minha boca ávida da dele.
Desta vez o beijo foi ainda mais profundo e enquanto eu segurava os seus ombros como se fosse a minha salvação, ele pressionou as minhas costas com posse.
A sua língua quente pressionava os meus lábios e eu timidamente entreabri-os deixando que Alexander conhecesse a minha boca profundamente, apaixonadamente. Então um gemido foi ouvido e eu estava tão absorvida pelo momento que nem me apercebi que aquele som tinha saído dos meus lábios.
Com um risinho. Um beijo calmo nos meus lábios.
Alexander voltou a colocar-me no chão e afastou-se de mim. Olhou os meus lábios que sentia quentes por terem sido beijados por ele e depois fitou a lua cheia e brilhante. Perdido nos seus pensamentos.
—Este foi um erro ainda maior do que temia — disse fitando-me sério e depois roucamente acrescentou abalado - Desculpa Nicholaa…
- O que...
Ele aproximou-se de mim e colocou a sua mão quente no meu pescoço, deu um beijinho nos meus lábios, apenas um toque e olhou-me intensamente nos olhos.
Os olhos dele fascinavam. A sua íris ficou maior e o cinzento azulado tornava-se mais intenso transformando-se quase em branco parecendo algo sobrenatural. Provavelmente efeito do luar. Mas sem dúvida que me podia perder naquele olhar meio assustador.
- Esquece o que se passou aqui entre nós. – disse lentamente como se falasse com uma criança que não percebesse uma mensagem de estrema importância – Esquece qualquer sentimentos ou sensações que te provoquei. Vê-me como o teu professor que te é indiferente, que apenas te vê como uma miúda mimada e irresponsável. Odeia-me ou nem penses em mim.
Eu tirei a mão dele do meu pescoço e dei um passo atrás. Profundamente ofendida e indignada.
Ele quebrara o feitiço, a minha bolha mágica.
- Não precisas de falar comigo, como se fosse uma criança de 3 anos!
Ele olhou-me surpreso, assombrado e descrente.
- Nicholaa…
- Já entendi. A sério. Sei que és meu professor e isso tudo. Apenas podias falar comigo normalmente e não come se tivesse problemas mentais. – ele continuou a olhar-me estranho e eu comecei a sentir raiva por ter sido tão estúpida. Não queria acreditar nele. – Não te preocupes que não vou comentar com ninguém e muito menos quero que volte a acontecer.
Nem me importei de mais nada. Virei costas e voltei para a festa deixando-o lá sozinho.
As lágrimas começavam a aparecer nos meus olhos, mas não iria derrama-las. Começava a ver as coisas turvas pela humidade nos olhos, mas voltei á festa.
Não ia chorar. Eu não ligava para ele. Não queria saber. Não acreditava nele. Não ia pensar mais dele.
Certo?
Quando entrei na festa com a música alta e pedi ao meu irmão que estava atracado com uma loira para me levar pois não tinha vindo de carro.
Fiquei á espera dele no meio de todos que dançavam, jurando que não ia chorar. Não ia!
No meio de todos os rostos vi-o.
Vi Alexander entrar na festa e procurar-me com o olhar até encontrar os meus olhos verdes-esmeralda que deviam denunciar o quanto ele me magoara e a raiva acumulada por mim mesma. Rápido desviei o olhar. Só queria ir para casa onde poderia afogar-me nos lençóis e esquecer tudo. Assim espero.
Alexander caminhou para mim no meio da multidão e eu olhei para os lados a ver se via o meu irmão e podia evitar falar com ele.
- Nicholaa… - segurou a minha mão para me fazer olhar para ele.
Olhei os seus dedos brancos enlaçarem os meus. Depois olhei para o seu rosto perfeito e triste.
- O meu irmão está á minha espera…
Larguei a mão dele, sentindo os seus quentes dedos deslizarem pela minha pele macia. E depois praticamente corri para o meu irmão que apareceu na hora certa á entrada.
Não olhei para trás. Quando cheguei perto do meu irmão passei por ele rápido e fui para o seu carro.
Não trocamos uma palavra enquanto ele conduzia e tentava - repito, tentava - cantar uma música estúpida que tocava. Uma letra de rep que falava em sexo. Enfim, aquilo só me irritava mais. Juntei uma música parva a um irmão parvo armado a cantor, depois de terem sido beijadas pelo homem que provavelmente estão apaixonadas e ter proporcionado o momento mais mágico da vossa vida e logo depois ordenarem que esqueçam tudo.
Fantástico não?

E a noite foi passada em claro. Ora a pensar como era mágico ter os lábios dele colados aos meus, ora a chorar por ele pedir que esquece-se tudo.
E foi aí que tive uma certeza. Eu era apaixonada de verdade pelo meu professor de Inglês, que nunca seria meu. Eu ainda não percebia como fui deixar que isso acontecesse comigo.
Como permiti que ele realmente tocasse um lugar que nunca deixava ninguém realmente tocar, para depois, inevitavelmente, sofrer.
E algo me dizia que a dor estava apenas começando.
E já era insuportável.


Então pessoal? Que tal ficou? *-*
Comentem muito!
Digam se gostaram da forma como descobri o primeiro momento deles…
Não sei se vocês curtiram a maneira que fiz o beijo acontecer, nem a forma…
Por favor comentem, porque estou com medo da vossa reacção!
:S
Digam qual a parte que gostaram mais - ou se não gostaram de nenhuma…
Se preferem comedia… Romance… Ou os dois juntos, como tem vindo a acontecer…
Eu pessoalmente não concigo dispençar a comedia, mas se voces preferirem, ela saí! ;)

Eu amo muito esta fic, pois é o meu “bebezinho” lol É a primeira história que escrevo… Além disso não tenho formação para escrever nem nada do género... Tudo o que me vem à cabeça eu escrevo sem mostrar a ninguém… Só uma amiga minha é que sabe do blog e nunca que diria a mais ninguem… Só de pensar que alguem conhecido a ler isto... :O Quase desmaio! :O Sou muito reservada nisso e por isso utilizo o “AR”... Tenho que melhorar muita coisa, aprender muito, ganhar experiencia… Quem sabe um dia siga Universidade de letras para aprender a "escrever"! stou a ver se me dou bem e se tenho geito para isto!;)
Por isso gostava que me dessem a vossa opinião sincera! É muito importante!
Eu posto “Amor & Sangue À Meia-Noite” para que vocês passem um tempo agradável a ler… Se não gostarem, por favor, avisem-me! Mesmo!
Desculpem o testamento! ^^

Aguardos vossos coments! ;)
Beijinhos, e já sabem… COMENTEM! ;)