quinta-feira, 25 de novembro de 2010

7º Capitulo – Obsessão

Olá! =)
Este capitulo vai para todos!
Todos merecem! xD

Beijinhos e divirtam-se! =)




Ponto de vista de Alexander



Larguei Nicholaa na entrada do castelo e com o porte orgulhoso que sempre tive virei-lhe costas e caminhei lentamente para o meu quarto. Cruzei-me com alguns súbditos que baixavam a cabeça como sinal de respeito, e podia ver a duvida deles no olhar. Estaria o Rei Alexander realmente de volta?
Caminhei em velocidade mais lenta que humanos, sem qualquer expressão no rosto.
Até que entrei no meu piso. Até que o aroma dela se sentia no ar. Rugi desesperado, agradecido por tudo ser á prova de som, agradecido por ninguém me ver em queda de novo.
De novo e de novo.
As pernas falhavam-me ligeiramente, sentia vertigens.
Ela foi-se. Para sempre.
Nunca mais a ia ver.
E essa era a simples razão por chorar como um bebé imundo e humano.
Eu era um falhado.
Tinha raiva dela, raiva de mim.
Abri a porta do quarto dela, fechei os olhos e inalei o seu aroma. Sentia cortes dentre de mim, navalhas que me cortavam e mutilavam. Lágrimas caiam pelo meu rosto, lembranças invadiram a minha mente.
Ela ali deitada, comigo.
Amava-a.
E ela mentia-me. Enganava-me. A mim! Que tanto fiz por ela. O que rai ela podia querer mais?
Eu na verdade não a conhecia. Eu amava uma miragem, uma mentira degradante que tinha como objectivo fazer-me cair.
Corri asostado do quarto dela, era um covarde.
Assim que entrei no meu quarto, onde passei horas amargurado ansiando por ela, desejando-a!
Desatei a partir tudo, moveis voavam, esmurrava a parede, numa fúria cega, num desespero ridículo! Como eu fiquei assim? Como me resumi a esta merda?
Cansado, não fisicamente, mas cansado de tudo desabei no chão e dei vazão ás lágrimas furiosas que não melhoravam nada. Só conseguia tremer como se estivesse a morrer de frio, enroscado numa bola no chão do quarto destruído.
Eu tinha raiva. Raiva dela.
Mas principalmente, raiva de mim.
O que mais me enojava, era que apesar de ela ser uma miragem, uma maçã envenenada eu ainda ansiava por ela. Ainda a queria.
A minha vontade, era correr para ela e abraça-la, afundar o rosto no seu pescoço e senti-la quente e frágil nos meus braços. Sentir a sua respiração quente.
Senti-la comigo.
Eu era tão patético. Depois de tudo, eu tinha de me controlar, de segurar-me a algum orgulho para não a trazer de volta para mim, depois de tudo! Mesmo sabendo que ela era uma vádia mentirosa, uma prostituta barata que me traíra eu ainda a queria.
Queria-a.
A paixão insana que sentia por ela tornava-me fraco, um ser deprimente e sem orgulho próprio.
Cravei os meus dentes num punho fechado e tugi desesperado.
Eu não a podia ter. Não podia.
Parecia um humano dependente de drogas, em abstinência.
Ela começou a chamar por mim, aos tropeções levantei-me e olhei pela janela.
Lá estava ela, a minha beleza particular, todo o meu mundo. Tudo destruído.
Chovia, e ela chamava por mim.
E eu tinha que me segurar para não ir lá, porque eu queria! Depois de tudo eu ainda pensava em ficar com ela!
Porra!
O meu corpo escorregou pela parede, e apoiei a cabeça nas mãos, enquanto atravessava o inferno.
Então, percebi que ela se levantava e ia embora.
Controlei-me para não a ir buscar e prende-la a mim para sempre.
Nikka partia para sempre, e apesar de ser a minha morte, tinha que ser assim.


O tempo passava, e cada segundo parecia um milénio para mim. Não tinha descanso. Fechava os olhos e via o seu rosto, ouvia a sua voz. Sentia o seu cheiro, lembrava-me da suavidade da sua pele, lembrava-me do que sentia ao colar os meus lábios aos dela.
Em algum momento tinha ido ao quarto dela, e pegado numa camisola dela, e como um maníaco estava deitado no chão do meu quarto enroscado e com a sua camisola no meu rosto. Desesperado por ela. Só implorando para a obsessão terminar.
Não fazia ideia que dia era, estava perdido no tempo. Não sabia como o meu reino estava, não sabia de nada e não queria saber. Queria morrer.
Ainda não percebia como ela me fez aquilo. Primeiro eu tinha-me rebaixado perante o meu reino ao amar, ainda mais uma humana. Fui alvo de chacota, eu que sempre liderei e implantei o terror á minha volta. Tornara-me fraco.
Depois transformei-a e mais uma vez fui humilhado por ela, com a sua constante rejeição.
Quebrei regras inquebráveis por ela!
E depois o ultimo golpe. Todos pensavam que era uma anedota., Alexander King, o inalcançável rei tinha sido atraiçoado mesmo debaixo do seu teto, e ainda assim não conseguira matar a traidora.
E eu estava louco. Umas vezes louco pela raiva que me fazia atacar todos que se cruzavam comigo, outras tremia de dor e chorava como um bebé, depois queria ir procura-la e acabar com o meu sofrimento. E voltava ao inicio, ficava raivoso para depois chorar de saudades e pela traição, para depois querer ir encontra-la. Tudo de novo e de novo num circulo sem fim.
Agoniava, rugia, e não sabia como ainda me mantinha em pé. Como aguentava o passar dos dias, das semanas que me enlouqueciam e fazia co m que batesse com a cabeça nas paredes, desesperado.
Ela tinha matado Alexander King. Quando a coloquei para fora, quando descobri quem ela realmente era, algo em mim morreu.
Ela salvara-me quando me seduziu com aquele jeito doce e tímido, com as bochechas coradas e planos mirabolantes e língua afiada, fez-me sentir aparvalhado e louco da cabeça, só pensando nela. Fez algo renascer em mim, em pouco tempo fiquei apaixonado por ela de tal forma que não existiam palavras para isso.
E depois, ela profanou-me.
Retirou o que eu julgava ser a única coisa de divino em mim. Tirou o amor que aprendi a sentir, sai do meu mundo!
Ela dizia que eu a tinha Profanado, que tinha tirado o melhor dela. Gargalhei. O plano era mesmo eu ter feito isso, tudo meticulosamente pensado.
E fora ela que no fim me Profanara. Desde o inicio tinha isso como objectivo, profanar o meu trono, e acabou por profanar a minha existência, condenando-me a ser nem uma sombra do que era.
Ouvi a porta do meu quarto ranger para se abrir.
- SAI! – rugi com ódio – SAI ALAIN ANTES QUE ARRANQUE AS TUAS ENTRANHAS! EU ORDENEI QUE NÃO VOLTASSES A PISAR AQUI!
Alain já tentara antes chamar-me á razão, mas eu não conseguia ouvir, até o tinha atacado e quase morto. Parei ao ver que ele fugia do meu quarto e nem tive forças para correr atrás dele.
Ele tinha desrespeitado uma ordem mim! Levantei-me pronto a acabar com a raça dele, então estagnei.
- Que fazes aqui? – questionei raivoso.
Ela sorriu. Gargalhei.
Ela tirou-me a camisola das mãos e jogou-a longe, para depois ajoelhar-se aos meus pés.
- Deixe-me consola-lo Rei…
Olhei para os seus olhos negros, a sua boca carnuda e pintada de vermelho, a pele negra em contraste com os dentes brancos que exibiam um sorriso exuberante.
E eu só conseguia pensar numa pele branca como a lua, tão branca como a neve. Nuns olhos grandes e verdes-esmeraldas, numa boca avermelhada naturalmente e numas bochechas coradas.
- Não estou com disposição Kawit.
Ela levou as mãos para as minhas calças, tentado desapertar o botão.
Segurei a sua mão com força.
- Eu disse que não quero.
Ela ergueu-se e começou a tirar o top justo e escandaloso em tons de vermelho. Lançou-o para longe, fazendo os seus seios cheios saltarem e chamou-me com um dedo. Aquela beleza negra tinha estado na minha cama, mais vezes do que me podia lembrar. Ela era bela sim. Muito bela.
Apenas era suplantada pela beleza deslumbrante e irreal de Nicholaa. Aquela que fazia o meu sangue ferver, como mais ninguém conseguia.
Observei Kawit livrar-se da sai minúscula dourada e ficar nua, de saltos altos na minha frente.
Segurei fortemente os seus braços e joguei-a no chão. Observei o tom da sua pele e percebi que ao fitar aquele corpo exuberante só imaginava um corpo pequeno e esguio, branco como a pureza da neve.
Fechei os olhos e rugi.
Abri-os imediatamente, pois uns olhos verdes que sempre me assombravam estavam de volta.
Maias uma vez fitei Kawit que estava expectante ali no chão, á minha espera.
Então, comecei a tirar a minha camisa.





Ponto de vista de Nikka.


Eu precisava de perdão. De absolvição.
Caminhava sozinha por uma estrada qualquer, encharcada pela chuva e pelo sangue das minhas lágrimas. Não me lembrava bem de como tinha vindo aqui parar. Devia ter andado umas horas quando finalmente percebi que Alexander não viria atrás de mim.
Eu tinha perdido o seu amor, assim fácil.
De repente. Tal como o tinha ganho.
Preferia a morte. Sem duvida. Seria tão mais fácil…
E não porque estava sozinha, mas porque cada paço arrastado que dava era uma agonia permanente.
Nunca algo tinha doido assim. Nem sabia que tal dor existia.
Talvez por ser uma vampira e sentisse mais. Mas a dor era bem vinda. Eu merecia tudo aquilo. Simplesmente estava a colher aquilo que plantara.
Eu não merecia ter vivido, Alexander devia ter feito comigo o que fez com Joanne. Seria rápido.
Assim a dor era arrastada.
Doía-a de mais estar sem ele. E eu ainda não tinha recuperado todo o sentimento antes tinha por ele, ainda não o amava.
E já estava a morrer aos poucos.
Nem queria tentar acabar com o que sentia por ele, sentimentos confusos eu nem sabia dar nome.
Sentia-me cruel, muito mais do que quando matei aqueles alimentadores. Eu tinha ferido o meu Alex. Porque ele era meu!
Eu queria morrer de bom grado, mas eu tinha medo de acabar com a minha própria existência.
Não tinha medo da verdadeira morte. Não era isso.
Tinha medo que algum dia ele percebesse que ainda me queria, que percebesse que não éramos nada um sem o outro, por mais problemas que tivéssemos.
Se ele me procurasse , mesmo que fosse apenas por desejo ou até para me castigar, qualquer coisa, eu teria de lutar para mostrar a verdade, a verdade era que ambos erramos mas não podíamos existir um sem o outro. Se eu morresse não poderia esperar por ele.
Então, tinha que sofrer, receber a minha pena, dar paços arrastados até um futuro reencontro.
Mas doía tanto!
Eu estava tão arrependida, embora tarde – demasiado tarde – eu tinha percebido.
Sabia que demoraria muito, talvez anos para ele me procurar. Talvez séculos. O tempo para ele não tinha significado, já era imortal á tanto tempo… Se eu o queria, tinha que me aguentar e esperar que algum dia ele me pudesse perdoar.
Não podia pensar noutras coisas.
Eu sabia que estava fraca de mais, sentia a cabeça a latejar, o corpo a entrar em choque. Estava a ter uma crise. A minha mente trabalhava a mil, com pensamentos nojentos que envolviam uma Kawit a tentar ocupar o meu lugar.
Então, caminhei para a floresta, mesmo sendo de dia e tentei dormir. Não resultou.
Mas a dor física foi na verdade libertadora, ajudava na dor da perda.
Soltei ruídos, gemidos, chamei o nome dele. Lembrei-me dele.
E quando dois dias se passaram, pelo numero de vezes que vi o por do sol, penso que foram dois dias. Mas não estava segura, não tinha certeza.
Só sabia que cada vez doía mais estar longe dele.
E então, então senti fome.
Os meus instintos fizeram-me enrijecer, alerta á procura de alguma coisa que me alimentasse.
A ultima vez que me alimentei foi dois dias antes de o Alexander me expulsar. Engoli em seco com a lembrança. Agora que saia da crise, a fome atacava-me sem piedade.
Era uma recém-nascida, todo o meu corpo ficava em frenesim pelo sangue. E o que faria?
Costumava-me alimentar por bolsas de sangue que Alonzo me dava, mas e agora?
Teria de caçar algum humano?
Eu queria.
Eu tinha medo.
Voltei para a estrada e caminhei naquele lugar deserto. Não sabia o que fazer, estava sem documentos, sem nada!
E tinha fome.



Eu nunca podia chegar a ter fome, tinha sempre cuidado para me alimentar antes. Mas agora eu não tinha as bolsas de sangue, tinha que matar algum humano e estava petrificada de medo.
Umas luzes de carro apareceram ao longe. Uma carrinha na verdade, azul escura.
A carrinha parou e saiu de lá um homem, devia ter uns 33 anos á volta disso. Vestia roupa de empresário. Alto, moreno, e olhava-me preocupado. Falou alguma coisa, não percebi a língua.
- Só falo inglês. – informei baixinho.
- Meu deus, estás a sangrar! – Dominou completamente a minha língua, apenas tinha um sotaque. Abriu o casaco e tirou de lá um lenço e começou a limpar o rasto das minhas lágrimas vermelhas. Fechei os olhos e senti o cheiro dele. Um cheiro que me fazia salivar. Respirei fundo. Péssima ideia. – És tão linda! – soltou um grito de surpresa.
- Obrigada. – respondi mecanicamente e percebi que a minha voz o atraia. O seu coração batia acelerado pela minha presença. E por mais que ele me desejasse, me apreciasse como todos os humanos e vampiros, ele não se aproveitou. Pelo contrario, tirou o seu casaco e colocou nos meus ombros. – Estás toda molhada e a arder de febre! – disse assustado. – Deves estar cheia de frio!
- Não. – olhei nos seus olhos verde musgo - Eu não tenho frio, nunca tenho.
- Estás com febre, tenho de te levar a um hospital…
- Não tenho febre. – aproximei-me dele, e ele deu um passo para trás – Sou naturalmente quente.
Ele soltou um risinho, pensando que estava a seduzi-lo. Eu queria-o, mas não dessa maneira. Alías, eu já podia imaginar como seria morder o seu pescoço.
- Está bem menina, és muito linda mas muito novinha. Vá, porque estás aqui sozinha?
Deu de ombros e fitei o seu pescoço.
- Alexander expulsou-me.
- Vá, tenho a certeza que o teu namorado assim que perceber que estás no hospital vem atrás de ti! – tentou animar-me – Anda, podes confiar. Levo-te ao hospital, alias… - tirou um telemóvel topo de gama do bolso – Liga para ele!
- Não posso…
- Olha, tens mesmo de ir a um hospital, não te posso deixar aqui sozinha…
- Eu estou sozinha - murmurei – Como te chamas?
- Eriko. E tu?
- Nicholaa ou podes chamar-me por Nikka… - tentava arrastar o inevitável, mas não podia aguentar muito tempo. Numa ultima tentativa disse: - É melhor ires Eriko. Eu fico bem. Vai. Vai.
- Não te posso deixar assim… - aproximou-se de mim e colocou uma mecha molhada do meu cabelo atrás da minha orelha totalmente deslumbrado – És muito linda…
-Obrigada de novo. – aproximei-me do seu rosto e encarei os seus olhos dilatados.
Ele tossiu embaraçado, murmurando algo como podia ter idade para ser filha dele e que não devia sentir coisas dessas, que devia ter juízo.
- Eriko – triste coloquei uma mão no seu pescoço e aproximei-me mais, sentindo o sangue dele correr, ouvindo cada pulsação do seu coração – Pareces ser uma óptima pessoa. – cheirei o seu pescoço, fazendo o seu corpo tremer – Desculpa. – beijei o seu pescoço, sentindo as minhas presas alongarem.
- Porque? – ofegou enquanto as suas mãos trementes percorriam as minhas costas.
- Por acabar com a tua vida. – e mordi-o.
Ele soltou um pequeno grito e enquanto delirante bebia o seu sangue grosso e forte o corpo dele enfraquecia, fazendo-me sentar no chão e agarra-lo forte, como um animal que se preocupa com a presa que pode escapar. O sangue dele era tão rico, iria manter-me saciada por uns 3 dias. E embora estivesse absolutamente num frenesim para beber até a ultima gota, sentia um pesar imenso. Especialmente quando ele sussurrou totalmente fraco:
- Pelo menos morro nas mãos de um anjo…
- Não sou um anjo. Sou um monstro. – murmurei sem nunca parar de o morder.
E quando o seu corpo deu o ultimo espasmo, afastei-me e limpei os lábios. E o remorso vinha.
Eriko era bom, e eu suguei a vida dele, como se o mundo não precisasse de pessoas como ele.
E agora o que faria com o corpo? Não queria deixa-lo ali, assim… Mas, tinha de ser. Pensariam que foi um animal que o atacara e bebera o seu sangue, algum tipo de animal louco. E teriam razão.
Ele deichou o carro ligado e eu entrei, respirei fundo e liguei o carro. Parei um momento, com os pensamentos a mil, ponderando para onde devia ir. O que deveria fazer.
Então, tomei atenção e ouvi uma respiração. Alarmada olhei para trás.
NÃO!
Estava uma criança no banco de trás, numa cadeira e dormia tranquilamente. E eu tinha matado o seu pai! Tapei a boca horrorizada!
Oh meu deus, o que fizeste?
Fiquei a encarar a menina por uns 20 minutos, sem saber o que fazer. E só pensava que a sorte da pobre criança era que o sangue de o seu pai me tinha saciado, se não…
Então a menina acordou e olhou-me ensonada. E depois alarmada. E começou a fazer perguntas.
- Prointo, não chores… Vai ficar tudo bem…
- Quem +és tu? – a menina começou a falar perfeitamente em inglês – Onde está o meu pai?
- Falas inglês?
- A minha mãe era de Inglaterra… - respondeu assustada – O meu pai?
- Ele… Ele teve uns negócios, e pediu-me para te levar a casa… Sou, a tua babá!
- Mas… - estranhou, muito desconfiada – Nos vamos visitar a minha madrinha…
- Pois! Eu vou levar-te á tua madrinha! Ah… Só que eu perdi-me… Mas não tenhas medo… Achas que tenho cara de fazer mal a alguém? – olhei-a tentando ser charmosa, parecendo um anjo em quem ela poderia confiar.
- Não! – soltou um risinho, também deslumbrada – És tão bonita…
- Obrigada. – liguei o carro, ainda sem saber o que faria com a miúda. Só não a queria assustar nem traumatizar. Ela não podia saber quem eu era, ou teria de a matar. Ela não podia ver o pai.
Arranquei e segui a estrada, tremia ligeiramente.
- Estás toda molhada! – riu – O que foste fazer lá fora?
- Ah… Fui ligar ao teu pai… Não sei o caminho… - engoli em seco – O Eriko não atendeu…
- Eu acho que tens de andar sempre em frente, até aparecer a aldeia… - olhou pela janela e animada completou – Não falta muito! Lembro-me da outra vez ter visto ali aquela casa de caçadores!
- Hum… como te chamas?
- Rachel. Como a minha mãe. – eu tinha morto um pai e um marido.
- E a tua mãe está com a tua madrinha?
- Não. – disse triste – Morreu quando eu nasci.
Sufoquei um gemido e as lágrimas. Eu tinha matado o único pai daquela menina que deveria ter apenas 7 anos.
- A minha mãe também morreu. Quando tinha 5 anos. Sei que é difícil.
- Mas o pai toma bem conta de mim! – sorriu, mostrando os dentes que nasciam novos.
Não tomaria mais.
- Desculpa Rachel.
-Porque?
- Tens o cabelo parecido com o meu. – mudei de assunto, ainda totalmente transtornada.
- Oh, o teu é mais bonito! – riu alegremente – Não gosto do meu é quase como se diz… da cor dos limões!
- Loiro. Diz-se loiro… ham… Devias gostar. As loiras arruivadas são mais bonitas que as ruivas! – ri tentando animar o ambiente – Vais ver que vais ser muito bonita quando fores crescida!
- Como tu?
- Mais ainda!
- Uau!
- Oh! Estamos a chegar, olha! – apontou para umas casas que apareciam lá ao fundo
Soltei um gemido de alivio. Conduzi até lá, com a Rachel sempre a falar e nervosa estacionei a carrinha em frente á casa que ela indicou. Saí e abri a porta dela ajudando-a a se libertar dos cintos que a prendiam.
Ela saltitou para fora e disse para batermos á porta logo, para ir para a lareira que estava toda molhada.
- Rachel – abaixei-me e apertei os ombros da menina – Ouve, bates á porta e entras na frente, eu vou estacionar, está bem?
- Sim! – sorriu desdentada. Fechei os olhos e dei-lhe um rápido abraço, não podendo prolongar o contacto pois podia sentir fome.
- Desculpa.
- Estás sempre a dizer isso! – riu de mim – Está bem, eu desculpo! – deu um risinho.
- Lamento tanto miúda… Vai, vai lá para dentro – entrei na carrinha e vi ela saltitar para bater á porta.
Arranquei rápido dali. Lágrimas escorriam pelo meu rosto.
- Oh Alexander, preciso tanto de ti…
Eu queria o seu abraço, a sua protecção. O amor dele!
Mas estava sozinha, e não sabia o que fazer. Tinha matado um homem bom, tinha deixado uma menina adorável órfã.


Então, gostaram?
Desculpem só ter saído hoje, mas só deu mesmo agora!
Curiosa para saber o que acharam!
A 1 musica é uma das minhas musicas preferidas de sempre! Acho linda o.O dos bom jovi, se tiver que escolher uma talvez arrisque e diga que Bed Of Roses é a minha preferida! xD
O que acham que vai acontecer agora? =O
A Nikka trincou um humano ;)
E o Alex, tadinho… =S
E a Kawitt? =O OMG!
Lol

Muito obrigada a todos que comentaram o ultimo posto e me perceberam, a quem falou no chat e quem enviou e-mail! Obrigada queridas! E é verdade, eu sou fã de Harry Potter xD Já vi que aqui tem muitos fãs dele tambem! Quando virem o filme, digam-me o que acharam! =)

Beijinhos grandes! Comentem! :)

=*

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Too Tired



Olá a todos! =)

Queria falar sobre um assunto, que é um bocadinho chato, mas eu já devia ter feito um post sobre ele…
^Então, porque não fiz?
A mesma coisa de sempre… A falta de tempo.

Vou utilizar o exemplo de ontem para abordar o tema xD
Ontem, mais uma vez (já perdi a conta =/) adiei o capitulo para o dia seguinte, e isto já se está a tornar de praxe. – acreditem que não é algo que me agrade. Porque acreditem, não é mesmo! (quem não viu, é o post anterior)

E ouve alguém, que utilizando o nome da Marta boo disse que era sempre a mesma merda.
E realmente tem razão. É sempre a mesma coisa. Umas vezes eu consigo cumprir a suposta programação, e outras vezes nem por isso.
Como disse á pessoa que disse isto, eu compreendo a revolta. Mesmo. Só que não há necessidade de utilizar o nome de outros porque isso já é maldade, pode sempre utilizar o anónimo ou simplesmente dizer o nome, né? Mas pronto.

Eu sei que deve dar mesmo raiva quando ficam a pensar que é naquele dia e depois não é, que deve meter mesmo nojo. Eu percebo, se fosse eu saltava-me a tampa. Eu sei que deve meter mesmo raiva…
E eu sinto-me lisonjeada e muito agradecida por estarem aqui sempre, por acompanharem sempre o que escrevo, por apoiarem e se ficam irritadas quando não posto é sinal que acompanham sempre e eu fico super feliz! Não pensem que não sou grata, porque sou MUITO! Muito mesmo! Todas sabem o quanto são importantes por aqui, já o vos disse isso individualmente até nas respostas aos coment’s.

E ninguém se sente pior que eu, acreditem! Acham que goste de falhar? Não. Não gosto.
E eu percebo a “revolta” e isso tudo. Juro que sim. Eu só peço que pelo menos tentem perceber o meu lado também.

Eu sou uma pessoa normal. Gosto de fazer coisas normais.
Tenho uma vida “real” além da vida “virtual”.
E ás vezes uma impede a outra de correr normalmente. Ás vezes abdico de coisas da vida real para a virtual e outras a virtual é que perde, como foi o caso de ontem- mas acreditem que a vida real já foi muitas vezes privada tambem.

Sou apenas uma adolescente.
Gosto de aproveitar a vida também, tal como toda a gente. Eu quando for uma velhota não quero pensar que desperdicei a minha vida!
Só tenho uma vida, só serei adolescente por uns tantos anos, e tal como qualquer etapa da minha vida quero aproveita-la ao máximo. Aproveitei muito a minha infância, quero aproveitar a minha adolescência e pretendo aproveitar todas as situações da minha vida. Apenas viverei uma vez. Só umas décadas e é isso.
Tenho que me divertir bem agora, percebem?

Eu amo isto por aqui. Sabem bem disso. Aqui conheci pessoas únicas, incríveis que tive o prazer de falar, que me deram a honra de ler o que escrevo. Isto aqui é o meu refugio, sinto-me bem aqui, não me arrependo de ter criado o blog – nem por um segundo - pois foi maravilhoso conhecer-vos a todos.

Mas é que eu também tenho estudos, família, amigos, vida social, gostos, passatempos… Existem barreiras, e não podem ser passadas. Tambem tenho que pensar em mim e pessoas que ás vezes “deixo para trás”, amigos que reclamam que nunca mais fui a mesma que não sabem porque… - obvio que não sabem que eu tenho blog. Isto é só algo meu.

Por mim eu passava a vida aqui! Já olharam bem para o meu blog? Deve ser o mais feio da blogosfera! Que template e visual medonho! Eu para já não tenho jeito para isso, mas nem tenho tempo para o melhorar! É deprimente, mas é a verdade.
Acham que não queria um blog todo lindo? O-o
Tento apenas que o conteúdo seja apelativo e tudo estar organizado para vocês. Pode até ser feioso, mas é fruto do meu trabalho e o conteúdo vale muito para mim, as vossas palavras, os vossos presentes, simplesmente não tem preso para mim.

EU AMO ISTO AQUI!=D

Apenas ás vezes eu não consigo cumprir prazos – imaginem quando não chegam a horas a um lado, ou não entregam o trabalho a tempo. Não é porque gostem ou querem, ás vezes simplesmente acontece e não deu para ser de outra forma – isso agora é de praxe para mim. Sempre cheguei atrasada a todo lado, agora está pior.


Talvez o problema é sempre querer e tentar ser perfeita em tudo.

Uma aluna perfeita.
Uma filha perfeita.
Uma irmã perfeita.
Uma amiga perfeita.
“Uma escritora” e blogueira perfeita.
Uma pessoa perfeita.


E eu simplesmente não sou perfeita. Tenho falhas como todos!
Sou apenas UMA!

Só espero que me percebam um pouquinho e tentem ver o meu lado tambem. Eu vejo o vosso, a ansiedade, falo com muitas e percebo quando dizem que querem mais que querem os capítulos logo, que estão ansiosas e nervosas á espera que quando acaba ficam com mais vontade, eu percebo e AGRADEÇO muito. Eu amo isto aqui, mesmo! Adoro responder aos vossos coment’s – apesar de demorar um pouco – os vossos e-mail’s! Não me estou a queixar disso, muito pelo contrário! Estou a agradecer!
Mas é que eu também quero muito coisas, também fico ansiosa por elas, também fico triste quando não as faço porque tenho que fazer outras coisas.

Então estive a pensar e decidi que a partir de agora só há capitulo 1 x por semana e não direi o dia. Quando sair, saiu. Não direi “é amanha” ou algo do género. Dá sempre confusão. Eu não sou um robô, não controlo certas coisas. Sou humana, ás vezes fico doente, ás vezes apanho gripe, ás vezes até estou naqueles dias do mês que todas as meninas têm lol e fico com dores e furiosa, e mesmo assim tento sempre esforçar-me por vocês. Tento sempre estar aqui, postar para vos divertir, para afastar os problemas a todos por um tempo. Isto também é óptimo para mim, mas á dias, ocasiões que não posso controlar. Bem que preferia ter tempo para tudo, disponibilidade para tudo e mais alguma coisas mas não tenho. Assim tentarei não desiludir a ninguém, mas especialmente não me desiludir a mim.

Eu estou cansada!

Quero tempo para ficar sossegada, na minha cama, simplesmente a ouvir musica. Quero mimar-me a mim própria xD Quero ter tempo para ficar na brincadeira ou a “picar” o meu irmão sem estar sempre a olhar para o relógio a pensar que devia estar a postar pois estão a contar com capitulo.
Quero ter tempo para aqueles que amo, fazer o que amo.
Escreverei 1 vez por semana, sim. Mas quando tiver tempo livre. Nunca mais vou deixar de jogar videojogos com o meu irmão – ou sozinha – para postar porque disse que postaria naquele dia e estava a chegar a hora. – Porque não prometerei nada.
Não me vou privar de novo.

Então eu tracei objectivos e vou cumpri-los todos até o final do ano, dê por onde der!
E começarei já hoje.

A minha lista….

1º Não ouvir mais “Fogo, nunca tens tempo para mim!” da boca do meu irmão – que eu amo. Simplesmente não vou.
2º Não direi novamente “Espera um bocadinho que eu depois ajudo-te nisso!” ou ”Agora não, ok *****? Depois” ao meu irmão.
3º Irei passar na porra do meu exame de matemática – e estudarei umas 3 horas por dia para isso, começando amanha!
4º Acabou a maioria das recusas de saídas com os pais ou amigos para ficar no pc.
5º Ter umas horas seguidas a falar com a melhor amiga (da qual morro de saudades) no msn tal como nos velhos tempos! – embora isso não dependa só de mim! xD
6º Irei deitar-me na cama e ler um livro inteiro todo de uma vez!
7º Irei ficar com uma amiga no quarto a falar de parvoíces e ouvir música com tempo minimo de 1 hora.
8º Ver uma serie de TV completa que adoro!
9º Aos sábados faço greve.
10º Cumprir aquilo de postar uma vez por semana xD

^E começo amanha mesmo.

Não sei se me percebem… Se percebem como me sinto.
Mas eu realmente tenho de fazer isto, e se por aqui isto do blog é sempre a mesma merda, desculpem, vai deixar de ser. Agora quando der eu posto, o dia não sei, mas uma vez por semana devo consegui.
Tenho de começar a olhar para mim um pouco também. Se vos desiludo, desculpem. Faço o meu melhor, acreditem que já pensei muitas vezes em deixar de postar, já falei disso com a Margarida e ela é que me dizia sempre para não parar, por favor xD Não é minha querida? Eu AMO VOCÊ! =)

Tambem tenho direito de estar cansada.

P.S-> São 4 e 20 da manha, mas não consegui dormir com isto “entalado” na garganta. Dava voltas e voltas, dormia mas voltava logo a acordar, sempre a pensar que já estava na hora de mudar algumas coisas. Agora já devo dormir bem – nunca consegui dormir quando tinha algo por dizer mesmo! Não gosto de deixar coisas pendentes.
Como digo desde que tinha uns 4 ou 5 anos “Muitos beijinhos, bons sonhos, boa noite, dorme bem e até amanha!” – é que existiam muitas formas de despedir á noite dos meus país e eu simplesmente não conseguia decidir qual usar! xD Então utilizava todas. Nunca consegui para de dizer isso, já é habito, hoje ainda digo sempre isso! LOL ( Serei completamente atrofiada da cabeça?)

domingo, 21 de novembro de 2010

Mais um aviso - chato, eu sei... desculpem... =S

Olá meus queridos!
Venho avisar que hoje não vai haver capitulo =/

Fui ao cinema – também tenho direito, ne? xD – fui ver Harry Potter e os Talismãs da Morte, parte I!
^Sim, eu sou mesmo fã! =D – tipo, daqueles fãs que têm os filmes em edições especiais, todos os livros – da saga, ou os “extras”… Sou fã desde a primaria lol Sim, eu já na primaria lia livros “gigantes” – para uma menina de 8 ou 9 anos, era sim! =P
Eu só pode ir hoje, quando sobrou um tempinho (devia estar a escrever o capitulo, mas não consegui recusar o convite para ir o.O Se ninguém me convidasse, era capaz de ficar a escrever e tal´s e dejar para a próxima semana, mas assim não deu xD A vontade de ver o filme era mesmo MUITA e eu não pode dizer não.)
Para aqueles que são fãs, just like my, não percam! O filme esta brutal, e eu adorei – o facto de ser fã não está a interferir na minha avaliação xD porque eu nunca me deixei influenciar por isso em qualquer coisa, musicas, filmes ect.
O filme estava fiel ao livro, efeitos especiais o.O musicas o.O e o director de fotografia – que julgo ser português, salvo erro – fez um bom trabalho, no mínimo. Desempenho dos actores, nota 10!
Eu não tirei os olhos do ecrã um único segundo! Suspance – ok, eu sabia que ia acontecer, mas pronto! xD – apanhei alguns sustos lol, olhem eu RECOMENDO e muito! =P
O melhor filme da saga, até agora – eu acho.
Quem não é fã e tem aquela coisa de hããã Harry Potter (torcem o nariz) é uma boa oportunidade para gostarem. O filme estava realmente bom. Não é jogar fora o dinheiro do bilhete.
Eu já não ficava vidrada num filme assim, desde Eclipse! xD Vá fui na estreia do Gru, o maldisposto e digo que aquele filme também é qualquer coisa! O.o Adorei! =D -> Sim, eu adoro filmes de desenhos animados, não perco 1! xD


Bom, como devem imaginar andei a divertir-me – o que eu REALMENTE já precisava, e não pode escrever. Agora também não tenho vontade de escrever e já está para o tarde, só me apetece relaxar um bocado e talvez veja os Ídolos LOL (estudar, hoje fiz greve – que já dura á alguns dias, mas pronto xD)

Eu amanha posto. Hoje foi mesmo para tirar o dia de folga! =P
^Desculpem, mas eu tambem mereço, né?
Sou uma boa menina, portei-me bem este ano e tal… xD


Então, quem é que aqui gosta de HP? Ehhh não vale ofender a saga ok? ;) Quem não gostar, pode dizer apenas “não gosto ;)” lol

Quem já viu o filme ou pretende ver?

Vá beijinhos a todos e até amanha! =P




P.S-> Desculpem, eu vi agora que estavam á espera de capitulo. Muito obrigada por tudo, até fico “coiso” de não postar, mas amanha eu posto! Sem falta! Mas não recriminem uma fã por cair em tentação. Quem é fã de qualquer saga, percebe isto… =)

Beijinhos a todos! =)

domingo, 14 de novembro de 2010

6º Captulo - A vingança

Aviso: Tem cenas fortes. Sangrentas. Quem for mais sensível a sangue está avisado! XD


O capitulo vai ser dedicado para a Just me que comentou pela primeira vez ontem! =D
^Se não me engano, é leitora nova! Então, bem vinda querida! Espero que gostes de estar por aqui porque eu gosto de te ter por cá e és sempre bem vinda, querida!!
Beijinhos querida! Espero que gostes do capitulo, afinal estavas ansiosa, espero não desiludir – e a todas que também estavam ansiosas!

Divirtam-se! =D



Estava no piso 4, onde era o “consultório” medico de Alonzo. E Joanne vinha novamente com a história de injectar Alex.
- Por favor, Nicholaa! – Joanne respirou fundo – Já tiveste tempo para fazeres o que tem de ser feito!
- Eu já te disse que não vou fazer isso! – exasperei-me – Outro plano pode ser, menos isso! Não vou tolerar que se enterre o Alex, nem exterminar os puros!
- Os Democracy estão a contar contigo, Nikka. – informou Joanne.
- Eu sei. – tremi ao pensar quando á três dias fui com Alexander ao covil dos Brandon. Aí descobri que o clã Brandon, eram os intitulados Democracy. Um suor frio corria o meu corpo de todas as vezes que me lembrava dos olhares expectantes que todos me mandavam, como se esperassem que ali mesmo injectasse Alexander. Como enquanto ele rodeava os meus braços para me proteger, eles esperassem que eu o apunhalasse com a injecção em frente a eles todos. O olhar de Pierre Brandon, aquele que era Alexander pensava ser o líder. Pierre era só uma cobertura para o verdadeiro líder. Joanne. Pierre e Joanne eram parceiros, embora Joanne dormisse com Alonzo. – Joanne, se aquilo que ouvi da boca de Pierre é o que querem fazer quando estiverem no poder, não sei se é o mais indicado.
- Como assim?
- Os humanos estariam extintos por todos aqueles pedófilos! – tremi com o pensamento – Estupidamente nunca te perguntei, mas o que farás quando estiveres no poder? Não queres democracy? Então não precisas de liderar. E se queres mesmo saber, Alexander é um Rei perfeito, ele não tem sentimentos, não hesita em fazer o melhor para o Reino dele.
- O melhor para ele!
- Talvez isso também. Mas a verdade é que durante o seu Reinado tudo funcionou perfeitamente.
- Estás a dizer-me que queres Alexander King no trono? – olhou-me incrédula – Pensei que querias vingança.
- E quero! – disse nervosa – Quero tirar-lhe o trono sim. Não estou a dar para trás. Vou seguir com a minha vingança, mas Joanne, não vou enterra-lo vivo. Nem consentir com a exterminação dos puros. Achas que sou tão burra ao ponto de te dar tudo?
- O que queres dizer? – olhou-me zombeteira.
- Pensas que por ter sido transformada á pouco tempo, não penso? – gargalhei – Não sou burra Joanne. Se os puros forem exterminados, se Alexander for enterrado, o que será de mim? Na primeira oportunidade apunhalas-me pelas costas. Matas-me. Não ias permitir alguém mais poderoso que tu. Além do mais, não arriscarias um dia que eu libertasse o meu criador do seu tumulo.
- Desculpa informar-te, mas tu és deficiente! Não tens poder, não tens força como os puros. És como se fosses uma criança perto deles. – riu – Alonzo disse-me que nem pode dar garantias que és uma verdadeira imortal. Podes ter prazo de vida tal como eu. Não tens poder Nikka. Tal como eu. Podes muito bem teres paço de validade.
- Alonzo não falou isso comigo. – disse séria.
- Porque está a tentar descobrir tudo sobre ti. Nem imaginas o que um homem conta por certos favores.
Torci o rosto com nojo.
- Eu não tenho as tua debilidades. Não tenho que dormir em caixões, a luz do sol não me carboniza como a ti, a prata não me afecta, o olho não me repele. Presumo que nem a águas benta.
- Talvez isso seja verdade, mas não podes ter certeza. Não tens poder, é como se não tivesses o segredo da vida a correr-te nas veias. – riu – Nem mesmo com um criador como Alexander King, descendente da primeira linha de Caim, o primeiro vampiro. Um criador indestrutível e sais-te um aborto da natureza. Uma imperfeita nessa pele de perfeição.
Tremi de raiva. Ela estava a irritar-me, estava a fazer o sangue rugir nas minhas veias.
- Não me provoques Joanne. Digo agora mesmo a Alexander quem és. Não sais deste castelo. – ameacei, mesmo sabendo que não faria isso.
- E entregas-te? – riu.
- Alexander perdoa-me. Porque me ama. Ele faz tudo para ficar comigo. – afirmei cheia de confiança.
- Não tinha tanta certeza! – gargalhou. – Se eu morrer, alguém dirá ao teu precioso Alexander certas coisas que ele vai adorar saber. Eu caiu, mas levo-te comigo!
- O que queres dizer com isso? – rugi.
- Nada. – sorriu candidamente – Apenas deixa-te de merdas e enterra logo o veneno nele. Só assim ele cairá - Não haverá outra forma de ele cair, não percebes? Ele não pode morrer, só enterrado é que o imobilizamos e não para sempre. E mais ninguém chega perto do Rei para lhe cravar o veneno, além de ti. Ele só baixa a guarda contigo. Temos de actuar rápido!
- Cala-te! – rugi – Não vou fazer isso. Tens noção que és mesmo uma vadia?
- Sim. – riu – Mas tu ainda és mais. Eu estou a trair o meu Rei. No entanto tu, trais o teu Rei e o teu criador. Quem é mais vadia no final?
Ficamos as duas a encararmo-nos. Durante mais de meia hora em absoluto silencio. Encarando-nos nos olhos. Aqueles olhos azuis cruéis fitavam os meus e eu só podia pensar em como me meti com os Democracy. Como me deixei arrastar com aquela escumalha dos Brandon que apenas eram uns pedófilos e sedentos de sangue e poder. Eu realmente não me devia ter deixado levar pela amargura e ódio ao ponto de me meter com aquela vadia.
E eu? Não me tornei numa vadia também?



Ouvi a porta abrir-se e automaticamente paramos o duelo de olhares e focamos quem entrava. Alexander que fechou a porta calmamente e sorriu para nós.
Sim, ele tinha sorrido. Mas os olhos dele não eram os mesmos. Não eram cálidos quando me fitavam, estavam febris. E não como quando fazíamos amor. Foi como se tivesse levado um pontapé no estômago e um murro na cara.
- Desculpem, não queria interromper. – disse educado – Só me perguntava por onde andava a minha pequena.
Tossi para limpar a garganta.
- Querias falar comigo? – perguntei.
Então gelei. Vi ele pousar a maldita caixa em cima de uma mesa redonda pequena. Vi-o abri-la. Vi ele girar a injecção nas mãos.
Fechei os olhos.
Deus. Não. Não.
Joanne tentou fugir, tentou correr para a porta. E no minuto seguinte estava colada á parede pelo poder da mente de Alexander.
Calmamente ele pousou a injecção na caixa e voltou-se para Joanne.
E de repente ele já não estava calmo. Ele rugiu enfurecido e lançou-se sobre ela.
- OMG! – gritei histérica ao velo puxar o cabelo de Joanne e arranca-lo. Fazendo sangue escuro escorrer pelo rosto dela contorcido de dor e medo, enquanto um grito de agonia sair da sua boca.
Alexander soltou uma gargalhada maléfico, fazendo o meu corpo tremer de pavor.
- EU VOU ARRANCAR O TEU CORAÇÃO! – gritou no rosto dela que pedia clemência. - NESTE MOMENTO O TEU CLÃ ESTA A SER EXTINTO! – Rugiu enfurecido – Mas eu próprio lido contigo… - e então ouvi os ossos do braço dela serem partidos até aquele mesmo braço ser arrancado do corpo dela e sangue salpicar por todo o lado.
Joanne olhou-me implorando que a ajudasse. Não podia fazer nada. Eu só consegui fechar os olhos e tapar os ouvidos para deixar de ouvir aquele som de agonia.
Mesmo assim, ouvi gritos e mais gritos. Só rezei que terminasse rápido. Mas Alexander queria dor. Queria vingança. E não foi rápido. Foi demorado, Alexander saboreava a morte dela, o som dos gemidos de agonia. Arrancava pedaços de pele, os braços dela.
O que ele faria comigo? De repente a certeza que ele me perdoaria facilmente desapareceu.
Então silencio. Tentei controlar o medo irracional. Alexander não me faria o mesmo.
Abri os olhos, e vi a cabeça de Joanne longe do corpo dela, os membros arrancados do corpo. Um Alexander ajoelhado perto do tronco da que um dia foi a líder dos Democracy, com um sorriso no rosto.
Se fosse humana já teria desmaiado ou vomitado ao ver que ele segurava o coração de Joanne nas mãos, enquanto os restos do corpo dela começaram a arder.
Então Alexander calmamente se levantou e sentou-se num sofá de couro preto observando o coração que tinha nas mão ensanguentadas. Estava pensativo, um tanto desagradado, como se o facto de ter torturado até a verdadeira morte Joanne, não tivesse abrandado o que sentia.
Engoli em seco. Nunca tive tanto medo em toda a minha vida. Em toda a minha morte.
Ali não era Alexander. Ali era o Rei traído. O homem que procurava vingança. O vampiro sedento pela sua justiça.
Eu não queria aquela calma dele. Eu queria gritos, queria ameaças. Não aquele pacifismo que era aterrorizante. Aquela aparência sossegada que escondia uma ameaça.
- Então – suspirou e começou a falar tão lentamente que ondas de pânico corriam o meu corpo - imagino que deves perguntar-te como descobri a tua sujeira… - enfadado levantou-se e encaminhava-se de novo para a caixa, ainda com o coração de Joanne nas mãos – Digamos que alguém descobriu o teu tesouro no teu armário.
- Quem? – perguntei imaginando já Alexander ver com os próprios olhos a caixa escondida no fundo do meu armário.
- Kawit. – fechei os olhos. Tinha que ter sido ela. Como ela se atrevia a ir ao meu quarto? Suspirei. Não importava. Só importava que eu tinha magoado Alexander e de alguma forma isso já não abrandava a minha mágua, pelo contrário – Ela sempre duvidou de ti, nunca se deixou enganar pela tua mascara perfeita. Viu aquilo que não vi. Viu a verdadeira merda de que és feita. Ouviu conversas tuas com Joanne, mas não quis arriscar dizer-me, uma vez que eu a mataria por me dizer tal coisas da minha rainha. Mas então, encontrou hoje a caixa. Mostrou-ma e eu ainda acreditei que alguém a tinha colocado no teu armário – gargalhou descrente – Inacreditável, eu sei. Então foi apenas necessário chamar Pierre á sala do trono, em uma hora ele veio do seu covil para cá sem imaginar o que lhe esperava. Confronta-lo. E numa tentativa de escapar com vida, contou tudo. Jullianne matou-o. E eu desabei na dor da traição, caí em frente aos meus súbditos, mostrei-me fraco! – silibou com raiva – E tudo isto acontecia, enquanto te encontravas com a tua líder, mesmo debaixo do meu teto…



- Alex…
- Não me chames Alex de novo. – respirou fundo – Então, – viu-o injectar o veneno no coração de Joanne que ardeu instantaneamente. Limpou as mãos ensanguentadas na sua camisa branca com sangue negro – conta-me. O que achas que te vai acontecer? – parou para pensar – Qual o castigo que devo aplicar a quem quebrou as leis? Quem traiu o Rei, e o criador? Bom, arrancar o coração seria uma possibilidade. Ou então, torturar-te para sempre. Ou quem sabe, utilizar o meu túmulo para ti. – suspirou – Tantas oportunidades, o que escolherei?
- Oh Alexander! Perdoa-me por favor! – eu não estava aterrorizada pelas palavras dele, eu não tinha medo que ele fizesse aquilo. Eu só queria apagar a dor que via nos seus olhos, voltar a ter o meu Alex de novo. Aquele Alex que por mais merdas que fazia sempre me olhava com aquela devoção, com aquela dimensão de amor que eu defenitivamente não merecia…
Ele olhou-me descrente e depois começou a rir desalmadamente enquanto eu chorava em pânico.
- Inacreditável! Ias enterrar-me vivo, e pedes perdão? Não sejas patética.
- Eu não ia! – gritei desesperada para ele perceber – Eu disse á Joanne que não faria isso! Juro-te que disse, juro que nunca faria isso contigo! Nunca seria capaz de enterrar alguém vivo, nem a Kawit, quanto mais a ti que…
- Imagino que sabes que agora que todos os Brandons estão mortos, que podias inventar as mentiras que quisesses e eu mais uma vez estaria exuberante por te ouvir. Mais uma vez acreditaria nas tuas mentiras. Cala mas é a porra dessa boca porca! Não percebes que Peirre abriu a boca? Que contou tudo? – gargalhou com a minha confusão – Eu sei Nicholaa. Eu sei. Sei que desde o inicio estavas com eles. Que foi tudo um plano e eu fiz papel de imbecil de cada vez que dizia te amar. De cada vez que te acariciava. Como deves ter rido de mim! Como devias rir quando subi á tua varanda e te pedia para seres minha! Como deve ter sido hilariante contares tudo isso á tua querida Joanne…
- O quê? – finalmente compreendi o que ele queria dizer. E não podia acreditar nisso. Simplesmente era doentio de mais. – Tu achas que eu estava metida com eles quando te conheci?!
- Eu tenho a certeza. Poupa o teatro, sim? – falou enfadado. – Sempre foi tudo sobre nós. Sempre foste a minha debilidade.
- Tu não estas a falar a sério! – rugi descontrolada enquanto chorava – Eu amava-te! Amava-te tanto que te dei tudo! Até o meu sangue! E quando roubas-te a minha humanidade, a minha família, quando me mataste… odiei-te. Mais que tudo! Odiei-te mais que a mim mesma. – limpei os olhos enquanto ele me olhava com a sobrancelha erguida dando-me raiva e dor - E foi aí que a Joanne me falou. Eu queria tirar-te o trono. Não vou mentir, eu nem sentia remorso de trair a tua confiança. Queria que ficasses sem o que mais anseias como me fizeste a mim. Olho por olho. Dente por dente. – ficamos em silencio por um minuto. Enquanto controlava a minha respiração para depois continuar calmamente - Não antes. Foi depois de me teres traído também, ao me transformares contra a vontade.
E ele simplesmente gargalhou de novo.
- Não te dês ao trabalho. – cortou-me novamente sério – As tuas lágrimas já não me comovem, as tuas palavras já não importam para mim. E sabes que mais? És ridícula, criança. – soltou um risinho debochado, enquanto eu não podia acreditar que aquilo estava a acontecer - Bastava pedires-me o reinado, dizeres que assim serias feliz. E eu dava-to. Eu teria trocado a minha imortalidade por um sorriso teu. Como era patético! Tu tinhas o mundo na mão, se pensasses terias deixado os Brandon e ficavas comigo. Eu daria te o mundo! Dava-te tudo, bastava ter um sorriso em troca. – abanou a cabeça descrente - O que eles te prometeram? Não te podiam dar mais daquilo que eu te dei! Tu fodias comigo, enquanto me enganavas! – acusou - E ainda coravas e sorrias docemente! És uma puta mentirosa como nunca pensei que fosses! Mas eu devia era bater palmas para ti. Programas-te tudo! Imagino que o coágulo no cérebro só adiantou o plano que estavas desejosa de completar. Tudo foi perfeito. Ao menos comi-te quanto quis, bebi de ti quanto quis. – rugiu com ódio enquanto lágrimas de sangue incontroláveis caiam pelo meu rosto - Mas sabes? Não foi uma troca justa. Porque quando descobri a traição, foi como morrer. No final, mataste-me. A tua missão foi completa com sucesso.



- Não digas isso, por favor! – Tentei aproximar-me dele que deu um paço atrás enquanto ria do meu desespero.
- Não te canses. Ainda não percebes-te pois não? Trais-te o Rei. O teu criador. Trais-te aquele que te amou acima de tudo e todos. Aquele que te amaria para sempre, como nunca ninguém chegou perto de fazer. E tu simplesmente mordes-te a minha mão que te amparou sempre.
- Alexander…
- Sabes que mais? Estou farto de olhar para a tua cara, sua puta.
- Não me chames puta. Não sou. Mais de metade do que me acusas é falso.
Ele rugiu-me.
- Calou!
- Ouve Alex, estás magoado, mas tenta escutar o que te quero dizer! Eu trai-te? Sim! Eu fiz isso, e lamento porque tarde de mais percebi que mais ninguém pode governar como tu. Eu enganei-te, eu admito! Podes castigar-me, podes matar-me se quiseres por essa traição! Mas não digas que eu dormia contigo por mentira!
- Então, não estavas na cama comigo, com essa merda no armário? – riu – Eu vi-te com a caixa na mão, quando acordei depois de te ter amado pela primeira vez desde que eras imortal! Preparavas-te para me envenenar depois do que tínhamos compartilhado juntos. O que eu acreditava ser belo, para ti era uma encenação!
- NÃO É VERDADE! EU PENSAVA EM COMO ME LIVRAR DAQUILO!
- Oh, cala a boca! Eu via como andavas estranha. Temias a minha aproximação. O medo de seres apanhada.
- Alexander, por favor…
- Por favor, o quê? – questionou – POR FAVOR, O QUÊ?
- Tu amas-me. – respirei fundo – Estás apaixonado por mim e tens de me ouvir porque…
- Errado. – olhou-me descrente – Não te amo mais.
- Mas… - gele em pánico- Tu disseste que me amarias para sempre. Tu és louco por mim, tens de ouvir, por favor!
- ERRADO DE NOVO!
- Alexander, tenta pensar direito, por favor! Tens de me ouvir… Pelo menos ouve-me como um gesto de respeito pelo que partilhamos…
- Eu não tenho de fazer nada. ABSOLUTAMENTE NADA! “Tu metes-me nojo!” As palavras que sempre me proferias são perfeitamente aplicadas ao que sinto agora! E mesmo essas palavras eram ensaiadas, para me desnorteares mais um pouco… Um sinal de respeito pelo que tínhamos? Essa é a piada do milénio! Nós tivemos a porra de uma MENTIRA!
- Não foi uma mentira, eu não estava com eles quando era humana! Juro-te!
- Não sou um cego de novo, Nicholaa. Agora vejo claramente. Sem aquele brilho doente para me cegar. Aquela paixão destruidora. Mas, em defesa da minha ignorância digo que a maça era muito saborosa e eu não senti nenhum vestígio de veneno.
- Porque não existia veneno!
- Oh, cala-me essa boca! Eu não quero saber, percebes? Mesmo que não estivesses com aquele miserável clã desde o inicio, mesmo que fizesses isso por vingança ou qualquer outra mentira que te dás ao trabalho de inventar, continuas-te a trai-me. Continuas-te a trair o Rei, o Criador e a porra da pessoa que mais te amou! Continuas-te a pedir informações, a sentares-te no meu colo para arrancares coisas de mim para dizeres á vagabunda da Joanne! Continuas-te a fingir teres dores para me afastares das pistas certas! Claro que a Kawit me contou hoje, e eu na altura corroído pela dor de te imaginar a sofrer! Continuas-te a dormir comigo enquanto preparavas a minha queda!
- NÃO FOI ASSIM! – Gritei desesperada- Por favor, não digas essas coisas… Eu sei que errei, mas já estava arrependida! Acredita em mim, por favor! Eu fui sim uma puta de uma vadia, mas eu não pensava claramente! E quando eu fingi ter dores Alexander, foi apenas porque tive ciúmes teus…
Ele gargalhou.
- Porque não me ouves? Quando fiz amor contigo…
- Não uses essa palavra. Nos fodemos, foi o que fizemos.
- Quando fizemos AMOR eu não consegui resistir ao desejo! Tinha o sórdido plano nas minhas costas, e embora não o fosse seguir NUNCA, eu não devia ter ido para a cama contigo. Fui uma puta sim, mas foi apenas porque não resisti! Porque te desejava de mais! Eu nem cheguei a dizer que te amava, não te menti pois não? Tu fizeste comigo mesmo sabendo que ainda não te amava como antes, usas-te o meu corpo também! Ou foi o desejo? Conseguias dizer não? RESPONDE!
- Não, não conseguia parar.
- Foi o que aconteceu comigo. Não me julgues por isso. Depois esforcei-me para me afastar! Eu tinha medo que descobrisses, não queria magoar-te…
- Deixa de tentar enganar-me! Não caiu mais nessa. Os teus lábios estão cheios de veneno! Eu devia matar-te! – rugiu-me com o rosto contorcido numa careta de nojo - Mas como sou patético, não tenho coragem. Porque de alguma forma, aquilo que sentia por ti não permite. Então, vou deixar que te fodas sozinha. – gargalhou.



- O que queres dizer com isso?
- Não querias a liberdade? Então, como teu criador, eu liberto-te!
Olhei-o aterrorizada.
- Alexander…
-Estás livre para ires. Sai. Sai do meu castelo e nunca mais pises aqui. Quebro qualquer ligação que tive contigo como criador, ou outra porra qualquer!
- Não, Alexander…
- Os nossos elos estão quebrados! – rugiu – Mas aviso-te, se nos expões, se quebras mais alguma regra não duvides que te irei caçar, e comerei o teu coração. Lentamente.
- Alexander…
Ele puxou-me pelo braço e ignorando os meus pedidos para me ouvir tirou-me dos limites do terreno do castelo.
- SAI! Não voltes, não quero olhar a tua cara de novo.
- Mas eu não posso estar sozinha! – gritei agoniada – Eu não sei ficar sozinha! Por favor, Alexander, eu não posso! Não me podes abandonar! Não me sei controlar, preciso do acompanhamento de Alonzo, não tenho dinheiro, as minhas roupas estão dentro do castelo, não tenho ninguém!
- Alonzo é outro que receberá um castigo parecido ao da sua amante.
- NÃO! – Gritei e segurei o seu braço, largando-o novamente com o olhar que ele me mandou. – Alonzo não sabe de nada. Nos enganamo-lo também. O pobre homem é leal até a medula. Joanne meteu-se com ele para poder frequentar o castelo á vontade. Ele nunca desconfiou.
- Mais um tolo enganado pelas mulheres. Mas obviamente irei tirar as minhas próprias conclusões quando falar com ele.
- Alexander, deixa-me ficar aqui! Por favor! Eu juro que nem tens de olhar para a minha cara! Para onde vou? Onde vou ficar? Não posso ficar a vagar por aqui! Nem documentos tenho! É como se não existisse! EU PRECIÇO DE TI!
- Que tal chamares a tua família? E perderes o controle e os matares com o desejo de sangue? – ele divertia-se com o meu terror. – Ia ser divertido.
- Alexander, eu não sou forte como tu. – murmurava aterrorizada - Não tenho dinheiro, lugar para dormir, não tenho como me proteger, não posso nem sair do país! Não poderei viver entre humanos. Eu… Não posso ficar longe de ti!
- Não é meu problema. – sorriu.
E virou-me as costas. Estava sozinha.
A tremer esperei e esperei que ele voltasse atrás e disse-se que só me estava a castigar pela traição. Que sabia que eu nunca seria capaz de o envenenar, que nunca pensou que eu o enganava e fingia quando era louca por ele em humana. Que foi tudo invenção dele para me castigar. Eu nem me importava. U só queria os braços quentes dele a envolverem-me possessivamente como sempre fazia.
Mas ele não veio.
Não vei, nem viria.
Chovia torrencialmente, como se os céus mostrassem o estado da alma que provavelmente não tinha.
- ALEXANDER! – gritei e gritei. Ele poderia ouvir-me.
Mas não ligou.
Ele já não me amava. Eu matei aquele Alexander que despertou para o amor.
Esse foi o meu verdadeiro crime.
Os únicos que vi, mesmo antes de amanhecer foram os outros 3 puros. Jullianne, Alain e Kawit.
Passaram por mim cobertos de sangue, certamente depois de terem acabado com todos os Brandon e qualquer um que tivesse contacto com eles.
Alain e Jullianne nem me olharam ignorando-me. Kawit ao passar por mim, cuspiu para o chão.
Eu nem me importei com eles. Vampiros não têm amigos, mas o mais próximo disso que eu tinha era o Alain e talvez Jullianne. E eu nem ligava, só me importava com o que Alex pensava.
Então, quando já eram 5 horas da noite do dia seguinte mentalizei-me que ele não viria. Não me iria pegar no colo.
Não mais.
Ele tinha completado a sua vingança.
Olho por olho. Dente por dente.
Ele tinha feito justiça á sua maneira.
Eu estava sozinha.
Esta aterrorizada.
Eu tinha perdido Alexander.
E Sim… Eu estava arrependida.


Ai… :S Que tal? o.O
Eu estou super triste por estes dois :S
Mas teve que ser.
A Nikka meteu-se onde não devia, e o Alex reagiria assim. Ele não lhe bateria ou assim, mas ela traiu-o. O Criador e Rei!
E ele a única coisa que fez, foi ama-la acima de tudo.
Repito. Profanação ainda esta no inicio. Este é o 6 capitulo. Muita água ainda vai rolar! xD
Para melhor? Para pior? Eles vão ficar juntos?
^Não sei, fiquem para ver! =P
p.s-> Que tal as musicas? Eu adoro! =D
Beijinhos a todos! E já sabem o que eu quero, não é? Coment’s claro! =P
Nem que seja um eu li. Ou para me ameaçarem por os ter “separado”! =P


terça-feira, 9 de novembro de 2010

5º Capitulo - Confissões de um Rei

Este capitulo vai para a Vita!
Beijinhos querida, espero que te emociones (como espero que todos o façam! xD)
P.S-> Desculpem se passou algum erro, ou repeti alguma palavra do género ( e e ela) lol, mas nem deu tempo de ler. Estou tão atrapalhada que teve que ir mesmo assim. Se dei algum erro desculpem! Beijinhos!


^Este foi um presente lindo que a Soraya me enviou. Logo depois de ter lido o capitulo anterior. Achei que ficava muito bem aqui! xD
OBRIGADA SORAYA! EU AMEI!
^Obvio que depois farei um post de presentes – OMG eu recebi muitos que TENHO de partilhar aqui! São lindos, vão ver! =P

Confissões de um Rei

Ponto de Vista de Alexander King.



Quando se é imortal, o tempo perde um pouco de sentido.
A motivação é basicamente a vitoria, a liderança.
O prazer pelo sangue derramado, o desejo pelo sofrimento, a anciã pelo terror.
O pensamento de nunca poder encarar a verdadeira morte, tornou-me um homem sem medos, um milhão de oportunidades surgiam. Todo o mundo para mim. Sexo, mulheres, poder, liderança, respeito, dinheiro, imortalidade.
Eu quero e tomo. Sempre foi assim, e sempre será.
Então, ela chegou. Tão bela e selvagem.
Nikka.
O nome que vagava na minha mente, 24 horas por dia. 60 minutos por hora e 60 segundos em cada minuto. Tudo, porque eu simplesmente a amava.
Não sei como aconteceu, mas rápido o meu mundo não era o mesmo. Eu já não era intocável, já não me importava com poder, não me importava com absolutamente porra nenhuma, nada além de todos os dias ver aqueles olhos verde-esmeraldas que me faziam tremer. Observar aquelas bochechas coradas, e aquele revolto cabelo ruivo.
Era o meu paraíso particular.
Eu literalmente vivia apenas por mais um deslumbre seu.
Não era a beleza inquestionável dela, não era os seus lábios que certamente foram desenhados pelos deuses como um tormento para mim, não era a sua suave e doce voz. Não. Era tão mais que isso.
Era o felino que vivia nela, o instinto lutador, a sabedoria estranha para alguém da idade dela, a doçura que tentava esconder naquela muralha impenetrável, o brilho nos olhos mostrando segredos que me atormentavam, os seus altos valores morais que não compreendia, a forma como ria com os que gostava e fulminava os que desprezava.
A forma como ela olhava para mim. Ela via-me como um herói, ela admirava-me.
E, quando percebi, eu estava obcecado com ela. Eu queria de formas não muito puras, com volúpia, luxúria, paixão. Eu queria o corpo, o sangue, pela primeira vez que a vi. Imagens do que faria com ela já rondavam a minha mente, provocando tremores prazerosos por todo o meu corpo.
Então, eu olhei os seus olhos, e percebi. Ela era alguma espécie extinta de anjo.
E seria um crime hediondo, até para mim, privar o mundo de tal beleza. E todos os planos de seduzi-la e brincar com ela, caíram. Eu simplesmente não podia fazer isso. Ela não era apenas mais um brinquedo. Ela não iria aceitar dormir com o professor pelas notas como as colegas humanas dela fariam a qualquer momento. Ela não aceitarei que eu a dobrasse num canto da escola.
Tudo, porque ela simplesmente era a porra de um anjo. Eu não me podia aproximar.
Não sei em que momento eu me apaixonei por ela, desconfio que foi quando foquei os seus olhos pela primeira vez, só sei que rapidamente só ela importava.
Passava horas a pensar nela, cheguei a passar pela porta de sua caça e ficar a escutar as discussões com o irmão enquanto sorria apaixonado. A voz carregada se sarcasmo e aborrecimento, mas eu podia ver perfeitamente pelo tom que ela se preocupava com o irmão da mesma forma que ele se preocupava com ela.
Lembrava-me das noites em que acordava com anciãs dela. Do seu copo. Mas não podia acabar com o desejo com outra. Eu nem via outras mulheres, o mundo passou a ter apenas uma mulher. Nikka.
Era impossível como eu depois de milhares de anos, sentia alguma coisa. E tudo se resumia a um pensamento:
Ela fora feita para mim.
Alguém a fez para me salvar e me fazer sentir vivo de novo, experimentar o céu. Um presente. Mas eu não merecia um presente, talvez ela fosse uma maça envenenada. Um cavalo de Tróia, a beleza que me arruinaria.
Lutei para não me render, não por mim. Porque eu simplesmente a tomaria e fim da história. Mas, e o meu anjo?
Eu sabia que quando me aproximasse eu não queria metades. Eu iria sugar cada parte dela, eu iria acabar com o anjo. Obvio que não a mataria, mas aquele brilho no olhar iria desaparecer, aquela doçura morreria, a sensibilidade desapareceria.
E eu estaria pronto para isso?
Ela era apenas uma menina de 17 anos. Eu era doente.
Mas ela também me queria, e quem pode resistir ao canto da sereia?
Eu já estava num inferno, então eu ia queimar totalmente.
E eu iria toma-la, simplesmente por eu a queria. Como nunca quis nada em mais de milhares de anos. Eu queria um pouco de paraíso.



- Então, vamos? – aquela que ocupava os meus pensamentos chamou-me enquanto descia apresada as escadas.
Nunca poderia deixar de reagir assim ante ela. Sem fôlego. O sangue a rugir nas veias.
Ela era a minha perdição. Ela sempre foi bela, tão lindinha. Mas agora, ela era o pecado. A sua beleza acentuou-se, a imortalidade fora desenhada para ela. Assim como ela estava feita para levar á loucura qualquer homem, especialmente a mim que fazia tudo por ela.
Amando-a insanamente, mesmo quando ela se queria vingar de mim, quando ela me fazia sofrer, me fazia chorar na noite, morrendo cada vez que ela dizia ter nojo de mim.
Sentir desespero cada vez que dizia que eu lhe dava vómitos.
Mas, eu simplesmente a amava. Amava-a tanto, que nunca seria saudável.
Mas eu fi-la sofrer, de certa forma mereci isto. Sabia o que lhe faria ao transforma-la.
Eu sabia. E mesmo assim fiz.
Claro que faria de novo.
Ela ao menos ainda estava presente no mesmo mundo que eu. E ela iria voltar a ser totalmente a minha Nikka, eu podia esperar.
Eu esperaria por ela, nem que fosse por 1 milhão de anos.
Ela era minha.
Eu tinha que a perceber, porque eu sabia o que era ter a humanidade roubada, e eu nunca fui muito humano. E Nikka, ela tinha a humanidade como uma dadiva.
Ela era nada mais, nada menos, que uma adolescente de 17 anos, congelada para sempre. Além da dor emocional que sofria, ainda tinha as complicações que sofria por eu ter quebrado as regras. Mas eu sempre estaria ao lado dela, eu sempre a seguraria firme, sempre a protegeria, sempre a amaria. O tempo todo.
- Vamos sim, querida. – sorri-lhe.
Ela franziu o cenho. Sorri internamente. Ela esta semana andava muito irritada. Respondia sempre de forma rude. Mas nunca mais disse que lhe metia nojo, ou que me queria ver morto. Isso era um avanço. Mas havia outra parte. Porra, nestes dois meses nem me deixou toca-la. Apenas estive a fazer amor com ela naquele tempo louco que foi o natal até o ano novo. E eu queria mais e mais, mas ela andava estranha.
Assustava-se quando eu entrava no quarto dela, fugia de mim, andava irritada e nervosa. Algo a incomodava.
Eu queria saber o que era para a poder ajudar, mas Nikka só se desviava das minhas perguntas ou atacava-me. Então, eu sabiamente calei a boca para não estragar o que já tinha conquistado. Precisava ter paciência.
- Mas tu estás a ouvir, Alexander?! – ela bateu o pé toda furiosa.
- Claro, pequenina. - Oh, Nikka como eu te amo!
Aproximei-me dela e dei-lhe um beijo rápido no canto do lábio. Ela deu-me uma latada toda selvagem e saiu do castelo apressada.
Um sorriso formou-se nos meus lábios. Eu adorava irrita-la. Uma centelha acendia nos seus olhos, e ela é simplesmente encantadora com os olhos brilhantes e as bochechas coradas.
- Vamos de limusina? – ela arregalou os olhos ou ver a limusina preta na entrada – Estás a brincar, não?
Abri a porta para ela, pois sabia que ela adorava o cavalheirismo. E por mais que ela disfarçasse, eu sabia que ela estava empolgada pois nunca tinha andado numa. Eu conhecia bem Nikka.
- Então, gostas-te da surpresa?
Deu de ombros. Tradução: Adorei, obrigada.
Ao vela ali, com um vestido curto que mostrava a perfeição das pernas dela, não pode evitar pensamentos. Aquelas pernas já rodearam a minha cintura enquanto os seus lábios se abriam para receber a minha boca.
Ela mexia de mais comigo.
Percebi que uma erecção começava a surgir. Perfeitamente normal em mim, já que sou viril e era impossível pensar essas coisas de Nikka.
Se eu a puxasse para o meu colo, podia agarrar o cabelo dela e sugar os seus trémulos lábios, depois era só erguer o vestido dela e...
Respirei fundo. Sim, aquilo não iria acontecer. Era apenas mais uma das milhares fantasias que eu tinha com ela.
- Que foi? – olhei Nikka sem perceber. – Estavas a olhar para mim, como um pervertido! – acusou chateada.
- Não estava.
- Estavas sim! – apertou os olhos – Só pensas nisso?
Claro!
- Não, Nikka! – sorri torto fazendo-a bufar e dizer algo como “Estúpido vampiro pervertido!”. Como se ela não gostasse tanto como eu.
Peguei na sua mão e beijei-a.
- Amo-te anjo. – confessei mais uma vez.
Ela olhou fundo nos meus olhos, para depois desviar o olhar. Suspirei. Eu sabia que ela não estava pronta para repetir essas palavras, mas que tinha que as ouvir da minha boca.
Ela ainda era tão Nikka. Ela reagia como a Nikka humana reagiria. E ela só podia amar-me.



Sim, ela amava-me. Ela tinha que amar.


Oh, Nikka! Não lutes contra. Deixa o amor preencher o teu coração, deixa que juntos o alimentemos, deixa ele crescer mais, deixa o milagre salvar os dois.
Ou então vamos acabar por perde-lo, para sempre.

Ela era só MINHA!
Eu queria bater no peito e rugir, como um gorila. Rugir que ela era minha. Apenas o meu anjo. Para sempre.
- Alex? – o meu estômago embrulhou. Ela nunca mais me chamara de Alex. Apenas quando fazíamos amor e ela delirava. Agora, ela estava á minha frente, chamando-me de Alex novamente. E eu senti que o paraíso abria as portas para mim, uma nova vez – Nunca percebi bem.
- O que não percebes-te, amor? – Eu venero-te, anjo.
- Eu em humana era louca por ti, e sempre fui eu que tentei uma aproximação. Quer dizer, foste tu que foste á minha varanda dar o paço final, mas apenas porque fui a tua casa e te implorei para não me abandonares. Como me podias amar tanto, se não me querias por perto?
- Porque eras um anjo. – respondi.
- Não entendo. – confessou.
- Nem eu Nikka, nem eu. – fitei-a com a veneração que sentia só por ela – Eu estava completamente apaixonado por ti. Perdidamente louco. Mas tinha medo de te tocar, de te partir. Imagina um coleccionador de objectos de cristais, guardados em caixas de vidro. Ele admira-os horas sem fim, mas nunca os retira da caixa para ficar mais perto deles. Venera-os de longe, embora morrendo de anciãs de os tocar, de sentir tal tesouro. Mas, são tão frágeis que se podiam partir, e então, perder-se de forma irremediável. Percebes?
- Sim. – sussurrou.
- Eu temia saquear o meu próprio tesouro.
- Então, porque acabas-te por me tocar?
- Porque – suspirei – o inferno me alcançou. E eu só queria queimar de novo.
Peguei na sua mão, e encostei no meu rosto. Fechei os olhos e senti a pele macia e delicada dela. A sua pele quente, algo que poderia ter sido transmitido por mim, era um bálsamo para abrandar a dor da sua ausência.
Miss you love
Beijei a palma da sua mão, e ajoelhei-me em frente a ela. Nunca me ajoelhei perante ninguém, sem ser ela. Existia algo que não faria por ela?
Beijei a sua pele, deslizando os meus lábios pelos seus braços delicados.
Ela era tão delicada! Tanto que me enlouquecia, tanto que me torturava. Puxei-a para perto de mim, e dei-lhe um suave beijo, ao que ela tentou resistir.
Suspirei. Encostei a minha testa na dela, respirar o mesmo ar que ela.
Eu sempre a amaria.
Olhei nos olhos dela, perder-me naquela imensidão do verde-esmeralda que me acompanhava sempre. Fechamos os olhos em simultâneo e foi ela que me beijou, fazendo-me tremer e o meu coração aquecer para tolerar mais um pouco a tortura a que ela me submetia. Só ela me podia corar.
Miss you love – movi os meus lábios, que ela observava.



A viagem foi feita em total silencio, eu só apreciava a beleza dela, enquanto o motorista nos levava para a reunião a que iria. Quando chegamos, fui cumprimentado pelo representante do clã Brandon, que me deu as voas vindas e falávamos de forma educada sobre o que ele acreditava ser o melhor para o seu clã.
Nikka abraçou-me mais forte, ela estava intimidada pois os vampiros não paravam de olhar para ela, obviamente pela curiosidade que sentiam. Isso era bom, pois assim ela deixava eu rodear os seus ombros e ela também enlaçava os braços na minha cintura enquanto eu bebia sangue por um copo.
- Então, deixa-me ver se entendi, Pierre. Queres ter os teus próprios alimentadores em dobro. – ponderei – Queres um grupo de crianças humanas para poderes tirar a sua virgindade. – Nikka abraçou-me mais forte. – E com elas criar um bordel.
- Exacto! – riu o vampiro. – Todos querem a virgindade de alguém. Pelo menos, na cultura que tive, e que passei ao meu clã. – ouvia-o enquanto analisava o sangue do meu copo – Mas obvio que só poderia manter essa infra-estrutura aqui com a sua permissão, Rei. E pode ter a certeza que poderá usufruir das meninas também.
- Acreditas que crianças fazem o meu género? Sou mais requintado que um pedófilo. Os meus gostos não envolvem violar ninguém. Isso é escolha tua. Mas não autorizo nenhuma construção para esses actos. Chamariam a atenção, para além de incomodar a minha Rainha e por consequente, incomodar-me a mim.
- É impossível não queres desflorar uma virgem! Com todo o respeito, Rei, não vejo como pode nos recusar isto. Seria um alto negócio, para todos! Claro que lhe daríamos uma comissão pois tenho certeza que o negocio cresceria e…
- Cala-te. – ordenei – Já disse não. Eu já desflorei a minha virgem – ironizei sentindo Nikka corar – Não se fala mais nesse assunto. Acredito, que tal como eu, a maioria dos vampiros não gosta de crianças, especialmente para sexo. Até nós, temos certos padrões Pierre. Esse assunto não será mais mencionado. – falei calmamente bebendo o resto do sangue e depositando o copo na sua mão. – No entanto, concedo que transformes mais 50 membros, já que alguns do teu clã se aproximam da idade limite. Não temos mais que conversar. Alias, vim pensando que seria uma proposta rentável que proporias, não algo como a podridão de satisfazer desejos sexuais por crianças. O que fazes pelas ruas é da tua conta, mas nenhum bordel infantil será erguido para agradar vampiros. Não enquanto for rei – gargalhei – o que sempre irá acontecer.
Dirigi-me para a saída com Nikka, mas ela estava a apreçar-se de mais. Talvez estivesse com medo. Ela estava comigo, nunca estaria tão a salvo.
Então uma vampira loira parou-nos com um sorriso. Rugi pela ousadia, e ela recuou.
- Só vinha cumprimentar Nikka..
Olhei Nikka. Como ela conhecia a mulher de Pierre?
- Olá Joanne. – mostrou-se nervosa – Já estou de saída, falamos quando fores ao castelo, está bem?
- Claro, parceira. – sorriu mais uma vez para Nikka e foi para o lado de Pierre. – Tudo com muita, Democracy.
- De onde conhecias a mulher de Pierre, Nikka? – perguntei assim que a limusina arrancou. Um sexto sentido me fazia ficar alerta.
- Ela… - tossiu desconfortável – É amante de Alonzo.
Gargalhei.
- Por isso o desconforto! – revirei os olhos – Bom, não é de admirar que o gordo do Pierre não seja suficiente para uma mulher. Ele prefere crianças.
- Ele é tão nojento!
- Nikka, o clã Brandon sempre foi a escumalha dos clãs. – dei de ombros, enquanto Nikka não parava quieta – Calma, amor. Eu não deixarei eles criarem um centro de exploração infantil, os vampiros não gostam de humanos para prazeres sexuais, muito menos crianças. Preferimos alguém da nossa raça. – sorri e adiantei-me a uma possível argumentação dela – Eu é que me apaixonei por uma humana problemática, talvez também seja um vampiro problemático.



A dor que sentia era atrofiante. Era inacreditável. Sentia que veneno corria pelas minhas veias, sentia uma dor tão forte no peito que me fez cair de joelhos e lágrimas de sangue escorrer pelo meu rosto e pingarem o chão.
Senti um uivo de dor brotar dos meus lábios, senti uma agonia cada vez maior. Suores frios por todo o meu corpo, a alma que nunca tive arrancada de mim, as minhas vísceras contorcidas. O meu coração apodrecido esquartejado de uma forma medonha.
Era a verdadeira morte?
Eu desejava que fosse. Que aquilo parasse.
Não aguentaria. O meu corpo tremia, dando espasmos de dor.
Eu implorava silenciosamente por misericórdia. Eu implorava pela verdadeira morte, mesmo sabendo que ela não chegaria. Que ficaria a contorcer-me de dor, para sempre.
Eu só queria morrer. Parar de pensar nela. Na traição que me provocava tamanha dor atroz.
Sentia-me indefeso, sentia-me nada mais que cinzas.
Nikka. Nikka. Nikka. Nikka. Nikka. Nikka. Nikka. Nikka. Nikka. Nikka. Nikka. Nikka.
- Porque? – perguntei baixinho, a voz custava sair.
Ouvi paços, e uma cabeça morena de cabelo africano apareceu na minha linha de visão.
- Ela estava nisto desde sempre.
- Eu sei. – gemi agoniado.
- Temos que acabar com ela, temos de…
- Cala-te Kawit. – ordenei. Não aguentava ouvir nada naquele momento.
- Ela traiu-te! Ela organizou a tua caída! Ela quer-te morto! Ela nunca te amou nem em humana, não percebes Rei? Ela fodia contigo enquanto via a melhor forma de te injectar e enterrar-te vivo!
- Cala-te… - fechei os olhos.
- Ela traiu todos! Iremos trespassa-la, arrancar o seu coração! Tivemos sorte de descobrir antes de a vaca ter tido a oportunidade… Se eu não tivesse desconfiado dela, amanha poderias estar enterrado vivo…
Senti mãos levantarem-me e sentarem-me de volta no meu trono. Cabelos loiros apareceram-me enquanto me levantavam e me seguravam no trono.
- Rei. – a voz de Alain, o que me tinha erguido do chão falava – Não desmorones, precisamos de ti para revolver a bagunça… Não és a porcaria de um humano fodido! És o nosso líder, o nosso Rei! Podes lidar com isto.
- Calem-se… - agarrei o meu pescoço, custava entrar ar, apesar de ele me ser indispensável – Onde ela está? Nikka. Nikka. Nika. OH NIKKA! – lágrimas escorriam cada vez mais. Não tinha controle sobre mim mesmo. Era patético.
- Ela não sabe que descobrimos. – tive a ligeira impressão que era Jullianne que falava – Esta no piso 4 com… a Brandon.
Rugi desesperado.
- Eu sempre soube que ela era uma traidora! – cuspiu Kawit – Devias ter ouvido o que te disse, Rei. Desde o principio os Brandon sabia que te atraia, e entraram em contacto com ela, para a tornar próxima a ti, para mexer com a tua cabeça. Tudo fez parte do plano para te destruir. Eu sempre desconfiei da puta, e eu disse que ela era uma víbora! Ninguém acreditou em mim. Pensas-te que era o despeito de uma mulher. Agora…
- EU DISSE QUE JÁ SEI! – Com a mente atirei-a na parede, fazendo rachas aparecer na parede, e todos assustados saírem da sala do trono. Temendo a minha demência.
Gargalhei.
Entre tremores levantei-me. Arranhei o meu rosto. A traição em cada articulação minha. O meu amor nunca me amara, fora tudo um plano sórdido.
Ela era uma mentira.
Ela nunca existiu.
Ela foi uma arma desde o inicio.
Ela deixava-me dormir com ela, quando esperava a oportunidade de…
Ela era a porra de uma mercenária, ela era uma vadia mentirosa.
Ela não era um anjo.
Ela nunca foi minha.
Imagens dela com a porra da caixa na mão, apareciam na minha mente. O medo de ser apanhada…
Ela queria enterrar-me vivo. Trair o seu rei, o seu criador. Trair quem a amou mais que tudo
Rugi.
Ela tinha sido realmente o cavalo de Tróia dos Brandon.
Desde o inicio. Tudo uma grande encenação! Uma perfeita encenação!
Ela fez-me apaixonar por ela, iludir-me de tal forma para chegar aqui. Tudo meticulosamente pensado.
Gargalhei histericamente. Ela até era virgem.
Eu devia aplaudir todo o plano. Por pouco, eu não tinha caído. Por muito pouco.
- Não devias ter feito isto, Nicholah. – rugi -Não devias mesmo!

^Então? O.O
Agora comentem, por favor! =P
O que virá a seguir? O.O O que acham que Alex vai fazer?
Olhem, não vou dizer que é hora de saltarem do barco, pois as coisas vão ficar muito feias e mortes vão acontecer xD
Tambem não vou dizer que o Alex vai esquecer tudo e eles vão viver felizes para sempre.
Fiquem para ver! =P
A historia ainda tem muita coisa para dar. Estamos no inicio. Só no 5 capitulo! xD
Eu fiquei com tanta pena do Alex! =S
Tadinho =S

Nikka, onde te foste meter... =S

Margarida, lembras-te das conversas que fomos tendo?
^Curiosa para saber o que pensas! =P
=*

Bom, venho pedir desculpa ás queridas “Andreia, Bruna, Bella, TTF(inês),Lipa,á Martinha e á M Moon” porque não pode responder aos coment’s. Mas quero que saibam que os li, e que agradeço cada palavra. Do fundo do coração, mesmo! Obrigada por comentarem, por lerem, por estarem aqui. São mesmo queridas. Fico toda emocionada com as vossas palavras, e lamento muito não ter respondido, mas não deu mesmo. Até tive que só postar hoje! =S Desculpem mesmo queridas. Neste capitulo respondo sem falta!

Ah, no sábado ou Domingo novo capitulo.

Beijinhos grandes! Comentem! =P

domingo, 7 de novembro de 2010

Não sei o que colocar no título! LOL xD




Parabéns VITA! Feliz aniversário!

Vita, muitas felicidades, desejo¬-te tudo de bom!

Obs: Eu sei que hoje era dia de capitulo, mas aconteceram imprevistos que me impediram de escreve-lo. Lamento mesmo =S Mas não deu MESMO!
Por questões pessoais só poderei postar na terça. Espero que me perdoem e tentem compreender, por mais revoltante que seja..
Cada vez mais a minha “vida real” atrapalha a “vida virtual”.
Eu sei que muita gente se desiludiu e peço tantas, mas tantas desculpas! Não foi por mal, acreditem. Eu queria mesmo ter postado, mas foi impossível. Acreditem, que eu bem queria ter postado o capitulo, porque ao não o fazer fico sempre a sentir aquela coisa, que sabe a derrota e dever por cumprir, fico sempre revoltada quando não posto sinto sempre que falhei (e acreditem, custa bastante isso).
Na Terça eu posto! Amanha á noite, dê por onde der, eu escrevo! Deculpem, desculpem,desculpem!
Só posso postar 1 vez por semana, mas como esta não postei e adiei para terça, não significa que no sábado ou domingo deixará de haver capitulo. Havera na terçam e no sábado(ou Domingo) Desculpem mesmo. =S
Penso que não tenho de dizer que vos adoro.
Muito furiosos? Ainda serei bem vinda no próximo capitulo ou nem apareço?
Beijinhos

P.S-> Vita, eu queria mesmo ter-te dedicado o capitulo, para te dar os parabéns, mas realmente não deu. De qualquer forma, ficou aqui registado que te desejo tudo de bom! Feliz aniversário loba! E, podes contar que o próximo capitulo é teu!
P.S2-> Aqueles comentários que ainda não respondi, peço ainda mais desculpas, mas pelos mesmos motivos pessoais que me levaram a adiar o capitulo n ão pode responder. Desculpem mesmo queridas!
P.S3-> É verdade, o Benfica perdeu! =( *Raiva! Muita* Mas, aos leitores do FCP, parabéns de qualquer forma! No fundo, foi merecido. Ganharam bem (Tipo, o 5-0 fala por si só) =S

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

4º Capitulo – Redenção

Olá!
Este capitulo vai para a Mónica que é nova leitora, e é uma forma de dar as boas vindas! Espero que continues aqui Monica! Muito bem vinda querida!

Este capitulo tem bolinha vermelha.
Sim, é este que tem! Lol

Já sabem como funciona, mas para quem não leu a outra tmporada e não sabe, eu explico! xD
As cenas para maior de 16 estão nas partes entre os símbolos **** quem não quer ler, é só passar essas parte.
Exemplo:

****************************
Aasdfgbhjkloikujfredsfghgfdsa
Gfdsjkjhgfjnbvghjkvkvujvcdtyui
Fdyujvdudrujfdsdighrhsfvihgivf
***************************

DIVIRTAM-SE! :D
^e depois, fazer o favor de comentar! =P


A Joanne, a lider do Democracy...









Pela primeira vez desde que foi transformada, sonhei. Nunca imaginei que sonhar era possível. Mas era. Eu tinha noção que estava a sonhar, porque era tudo muito embaçado. Talvez alguma parte em mim começava a ter paz, embora outra me impedisse de a ter por completo.
O mais estranho, era que sonhava com Alexander. Sonhava que ele sorria para mim e me beijava nos lábios. Depois gritava comigo, perguntava o porque de ter feito aquilo. Ele descobrira.
Acordei sobressaltada
- Ele vai descobrir… - levantei-me apressada e tomei um banho.
Andava com medo da reacção dele, já tivera mais certezas de que ele não ligaria para o facto de, de certa forma, o estar a trair. Não, não era de certa forma, eu realmente estava a trai-lo.
Eu sabia que hoje Joanne estaria pelo castelo, obvio que teria de esperar pela noite. Tinha que falar com ela.
Precisava de tempo para estar sozinha. Saltei pela minha janela, ainda não conseguia aterrar com a suavidade e naturalidade de um puro, mas pelo menos não rolei pelo chão.
Olhei para o céu. O sol estava alto. Brilhava e era lindo. Não me lembrava de um dia de sol, por aqueles lados. Sorri. Era bom sentir a luz do sol.
Tirei o casaco, e fiquei com a camisola de alças. Deitei-me no chão sentindo o sol banhar-me. Suspirei. Já não me sentia tão bem á muito tempo. Apenas porque o sol banhava a minha pálida pele.
- Nikka? – a voz de Alexander suou furiosa.
Sentei-me assustada. Teria descoberto? Ele estava a tapar o meu sol. Tinha uns óculos de sol estilozos.
- Algum problema? – perguntei tentando aparentar calma.
- Deixa de te comportar como criança! – enfureceu-se enquanto com delicadeza mas segurança me puxava pelo braço para me levantar – Pensei que já tinhas parado de te torturar para me castigares.
- Hã?
- Esta sol Nikka. Vem para dentro.
Lembrei-me que Alexander tinha problemas com o sol. Por isso usava os óculos de sol, lembrava-me que ele os usava já no tempo em que nem desconfiava que ele era um vampiro. Os seus olhos eram sensíveis ao sol. Olhei para o sol, e ao contrario de quando era humana, poderia ficar horas a olha-lo e sem ter de fechar os olhos.
- Alxander? – estranhei enquanto ele apanhava o meu casaco do chão e cobria a minha pele – O sol na pele incomoda?
- Sim, Nikka. Odeio quando fazes estas criancices!
Se eu não estivesse muito ocupada a fitar o sol e a minha pele, teria me passado por me chamar criança.
- Tenho de falar com Alonzo. – disse um tanto sobressaltada.
- Quando a noite cair. – enquanto colocava o casaco sobre os meus ombros puxava-me para dentro de casa. – Algum problema?
- Mais ao menos. O que o sol te faz?
- É incomodo, torna-te vulnerável, lento. Precisas de redobrar a atenção. – olhou-me desconfiado – Porque perguntas?
- Alexander, eu sinto-me bem no sol. – sussurrei – Será que estou a ficar doente, ou a perder… a imortalidade?

Quando a noite caiu, foi falar imediatamente com Alonzo. Alexander também estava lá, um tanto nervoso. Algumas teoria tinham surgido. Que eu começasse a perder a essência dos puros. O segredo da criação que nos corria nas veias. E, se eu ficava com diferenças, alem das que tinha, podia querer dizer que estava a perder o segredo. E eventualmente, morreria.
Alonzo tranquilizou-me – especialmente a Alexander – e disse que desde o inicio se sabia que tinha transportado partes humanas comigo. Por ser jovem de mais, eu tinha a pele menos espessa o que me permitia corar e ferir-me facilmente. Talvez o facto de o sol não me afectar, fosse uma característica que guardei dos humanos.
- Bom sinal, não Nikka? – sorriu Alonzo, usando o seu sotaque carregado.
- Sim – ponderei – Mas não muito útil – Dei de ombros
Alxander ficou mais sossegado e foi tratar de problemas – provavelmente Joanne estava a atacar novamente, depois de uma semana quieta.
Aproveitei a Alonzo, para fazer uma pergunta que nunca tinha feito e acabar com a curiosidade.
- Alonzo, é uma característica das fêmeas, com a transformação perder os pelos que cobrem o nosso corpo? Excepto o cabelo, cílios e sobrancelhas? – corei um pouco, pois assim Alonzo saberia que também tinha perdido pelos púbicos, mas afinal, Alonzo era o meu médico.
- Perdes-te? – Assenti – Bom, eu sei que perdem algum, não totalmente. Coisa pouca – pois, eu lembrava-me que Alexander tinha pelos no peito e que eu adorava brincar com eles – Talvez tenhas perdido porque é desnecessário. Os cabelos que cobrem o corpo são lixo de ADN, não têm utilidade alguma, são características que os humanos retiveram de herança genética. Apenas as sobrancelhas servem para impedir do suor cair nos olhos. Como apenas o dedo grande do pé é indispensável pois funciona para equilíbrio. Com o passar dos séculos, os humanos irão se livrando desse lixo de ADN.
- Que nojo, já viste eu sem os dedos dos pés? So com o dedo grande? E usar chinelos de dedos?
E ambos ficamos a rir. Alonzo era um vampiro “bom”, leal e sempre se preocupava comigo. Sempre esclarecia as minhas duvidas, e sempre acrescentava alguma sabedoria. Ele até era divertido.
E, eu, também o traia. Não lhe contava que a sua amante fazia. Alonzo nunca faria nada para me prejudicar, e eu?
Alonzo preocupava-se o suficiente comigo para me estudar e deixar tudo documentado, junto com possíveis situações que me podiam acontecer, como poderia resolver isso, pois ele não viveria para sempre. Faltavam apenas algumas décadas para atingir a sua data limite. Os 200 anos.
O que eu fazia por ele?
- Alonzo, sabes se a Joanne vem hoje? – Ele riu.
- Gostas-te dela, não? – ironizou.
- É que ele é muito feminina e dá-me uns truques.. – inventei, apesar de Joanne ser realmente muito feminina.
- Sim, ela vem. Pelo menos foi o que combinamos.
- Tu… gostas dela?
- Ela é uma boa companhia. – eu percebi o que ele queria dizer. Vampiros não gostavam de ninguém. Mas mesmo assim, eu sabia que ele ia sair mal disto. Especialmente ao trair o seu Rei, ao que era leal até a medula.

Quando Joanne chegou, tentei falar com ela imediatamente, ao que parecia ela também queria falar comigo.
Colocou-me uma caixa nas mão. Quando abri, vi uma seringa com uma agulha muito larga, e um liquido brilhante.
- O que é isto? – perguntei enquanto voltava a fechar a seringa.
- Nikka, breve será a hora.
- Como assim?
- O Rei irá cair. E terás de ser tu a fazer o principal?
- O quê?
- Não podemos fazer este legado por terra, com Alexander no comando. Numa batalha, morreríamos imediatamente. Mas… -sorriu enquanto afagava a minha mão – Se ele não estiver presente, facilmente acabamos com os outros puros.
- Tu queres acabar com o Alain, a Jullianne e a Kawit alarmei-me – Não que tenha algo contra a extinção da Kawit, mas os outros…
- Nikka, os puros não devem existir. São perigosos, e porque eles podem possuir o segredo da criação, viver para sempre com poderes inimagináveis para nos, sem debilidades, enquanto eu e todos os outros temos de existir até o amanhecer? Débeis a prata..
- Estas a esquecer-te de uma coisa. – rugi baixinho Eu sou uma pura. Não quero a extinção da minha raça, e muito menos a minha!
- Permitiremos que existas, desde que nunca transformes ninguém…
- Olha, eu nunca vou transformar ninguém. Alem disso, sou um exemplar com imperfeições – afastei-me dela a odiar aquela conversa - Mas, não podes acabar com os puros!
- Eles, ou nós. Rápido voltariam ao poder. – murmurou baixo e pesarosa – Também não quero a destruição de seres perfeitos. O mundo será mais pobre por isso, mas ouve… Tem que ser num acto único, quando estiverem distraídos. Quando o Rei não existir…
- TU QUERES MATAR O ALEX? – Algum intento me fez alongar as presas e querer saltar para Joanne e acabar com ela ali mesmo.
- Não grites por favor! – afastou-se enquanto m olhava como se fosse um monstro. Respirei e levou alguns minutos para me acalmar enquanto Joanne aguardava em silencio.
- Tu só podes ter ficado louca. Alexander é indestrutível! – exasperei-me embora em tom baixo – Só encaramos a verdadeira morte com o fogo. Alexander é imune. É indestrutível! Mas ficas-te louca? É esse o teu plano?
Ele sorriu e aproximou-se de mim. Olhei-a desconfiada. Muito desconfiada enquanto ela passava a mão pela tampa da caixa que eu ainda segurava.
- Têm certas debilidades.
- O quê? – eu estava confusa, alerta, desconfiada.
- O sol, Nicholah.
- O sol não nos mata, Joanne. Nunca o fará. A ti sim é fatal.
- Sim – sorriu – Mas ficam mais veneráveis. Nessa seringa, esta um concentrado tão potente, que contem partículas de UVA tão concentradas que seria como se ele estivesse a 1 quilometro de distancia do sol… - sorriu perversamente fazendo-me ficar aterrorizada – Quando for injectado nele, pode não morrer mais vai agoniar e nem sonhara em se mover, então, iremos enterra-lo vivo! Numa caixa de 4 metros por 2, um verdadeiro caixão, feito do mais resistente aço com espessura de 10 quilómetros e enterrado a 200 quilómetros de profundidade na terra! Depois de anos, tudo ficou pronto! Gerações de vampiros trabalharam no plano. Nada dará errado! Apenas havia uma falha, conseguir a aproximação necessária do Rei para o injectar. Mas agora – sorriu-me – temos-te a ti!
Eu nem sabia o que dizer. Só estava petrificada, num horror mudo, com todo o meu corpo a tremer.
- Não vou fazer isso a Alexander… - gemi assustada – Não vou…
- Ele traiu-te, quando estavas vulnerável apunhalou-te pelas costas. Hora de te vingares, olho por olho, dente por dente. Não era o que sempre quiseste?
- Tu és louca! Não posso fazer-lhe isso! É… Atroz, medonho, não se pode qualificar tal acto abominável! Queres que o enterre vivo? NÃO VOU PERMITIR!
- Nikka, ele não pode morrer, só assim… Demorou dois séculos para descobrir uma formula para o veneno a ingerir nas suas veias. Apenas o nosso investigador actual sabe a formula, e só um caixão com quilómetros de espessura, enterrado a 200 quilómetros de profundidade, quase no núcleo da terra, o impediria de derreter o aço e se soltar. Mesmo assim, poderá libertar-se, mas demorará cerca de 3 séculos e aí, eu já não lidarei com a sua fúria… Tens de injecta-lo durante o sono, ou quando ele estiver a ter um orgasmo… Isso fica ao teu critério. Poderás faze-lo a qualquer altura, a partir de hoje. Mas seria melhor fazeres uma viajem e afasta-lo do castelo e dos puros e…
- Cala-te! – rugi descontrolada – Não vais fazer isso! O que Alexander te fez? O que os puros te fizeram? Não podes fazer isto! Não podes! Não vou permitir! Quero ver Alexander sem o seu precioso trono, como ele me tirou a minha humanidade, mas não assim! Não assim! Não vou enterra-lo vivo! Não vou injectar veneno nele e faze-lo contorcer-se de dores ! NÃO vou! – comecei a dar passos para traz, só queria ir a correr para Alexander e contar-lhe o que lhe iriam fazer, ele, ele… Alexander não seria enterrado vivo! Não seria!
- Não concordas com este plano? – questionou surpresa Joanne – Mas é infalível!
- Não vou permitir Joanne, tu e o teu grupo não vão enterrar o meu Alexander vivo! Não vais!
- Tu fazes parte do Democracy, Nikka. As coisas são como têm que ser. Alexander tem que cair, os vampiros querem liberdade! Nos merecemos ficar livres da elite que nos trata como animais de sarjeta, como vermes… Chega.
- Joanne, lamento mas nisto eu não vou compactuar. Escolhe outro plano, mas não vou enterra-lo vivo. Não vou.
- Porque lhe és leal? Ele não te ama, nunca amou. Já falamos mil vezes nisso, Nikka.
- Ele pode não amar, mas mesmo assim não lhe vou fazer isso. Não posso!
- Guarda a caixa, pensa e depois falamos. – sorriu gentil – Se não, pensarei noutra coisa…
- Não vai adiantar pensar nisto Joanne. Não vou mudar de ideias. Isto não vou fazer…
- Pelo menos deves pensar. Deves isso ao Democracy, que tem todas as esperanças em ti.
Suspirei cansada. Eu levaria a caixa. Mas apenas para lhe fazer a vontade, e tirar aquilo do poder dela porque eu não faria aquilo com Alexander. Não faria.




E o dia 24 de Dezembro amanheceu. Odiava aquele dia. Pelo menos no castelo não tinha que levar com os festejos de Natal. Vampiros não festejam o Natal, na verdade eu ontem vi Alain a desenhar um bigode e corninhos numa estátua do menino Jesus, todo delirante.
Com o passar dos anos, eu deixei de pensar todos os dias na minha mãe e lembrava-me ocasionalmente, quando algo me fazia lembrar dela. Mas a dor continuava lá, o sentimento de culpa. E era impossível não pensar nela no dia em que fazia 13 anos que a encontrei na banheira com os pulsos cortados e a vida desaparecer dos seus olhos enquanto murmurava para não acreditar que era uma menina má.
Aquilo doía. Muito.
O dia decorria, e eu nem me levantei da cama. Fiquei enrolada numa bola a consumir-me com lembranças amargas, enquanto sentia lágrimas quentes deslizar pelas minhas bochechas e cair nos lençóis brancos de cetim fazendo pintas vermelhas.
Estava tão perdida nas recordações, que não ouvi a porta ser aberta e fechada novamente, apenas percebi a coberta azul ser afastada e um corpo quente meter-se comigo na cama. Em silencio, puxou-me para ele e abraçou-me com fortes braços quentes. Confortando-me, e lentamente virando-me para ele e afunda o meu rosto no seu peito.
Alexander.
Não sei quanto tempo fiquei lá enroscada em total silencio, mas sei que apenas uns minutos depois de o abraçar a dor abrandou. Como se ele fosse a minha única cura, o único capaz de me segurar e me salvar.
Estava-mos totalmente cobertos pela coberta, num casulo quente só nosso á horas. Numa bolha que deixava tudo o resto fora.
- Eu sei que tu não vês como eu no escuro, pequenina – ouvi o sussurro de Alexander – Mas eu garanto que a minha camisola escura, tornou-se vermelha.
- Desculpa. – sorri – Também devo ter as bochechas todas vermelhas. – falávamos baixo, talvez com medo de quebrar o feitiço.
- Eu acho que sim… Alias, sinto que tenho de dizer, embora não vás gostar muito – ouvi o sorriso na sua voz baixa – Mas continuas a ficar com o nariz vermelho a chorar.
- Raios!
E ambos rimos, feitos dois dementes. Na verdade, éramos.
Alexander, afastou a coberta e pegou em mim ao colo, deixando-me interrogativa.
- Vamos tomar um banho. – beijou o meu nariz. Ele deve ter percebido o meu rubor, porque acrescentou – Juro que manterei as minhas mãos para mim!
- Será que tu podias tomar no teu quarto e eu tomo aqui? – acariciei a sua bochecha – E depois vens novamente para me abraçares?
- Tudo o que quiseres, pequenina.
Terminei o banho, e vesti um pijama salmão de seda, e troquei os lençóis. Coloquei outros brancos e voltei a cobrir-me com a coberta á espera de Alexander que rapidamente se juntou a mim, com umas calças azuis escuras de cetim e sem nada para cima. Mordi os lábios e revirei os olhos.
- Claro que teria de te tentar – sorriu divertido e voltou para debaixo da coberta para me abraçar – Mas juro que não vou tentar nada. Oh pequenina, não fazes ideia como eu senti falta de te abraçar assim, de envolver nos meus braços…
- Alexander? – toquei os seus cabelos enquanto observava como a luz fraca da lua que entrava no quarto o tornava belo – Posso fazer uma pergunta?
- Claro. – o seu dedo delineava os meus lábios – Desde que não seja uma pergunta que venha abrir feridas.
- Tu amavas-me, não era?
Ele sorriu e revirou os olhos.
- Nikka, como podias sequer ponderar que não?
- E agora, amas-me? A nova Nikka? A Nikka que me tornei?
-Continuas a Nikka de sempre, meu amor. Quando estás furiosa reages da mesma maneira, tudo o que fazes é o que fazias em humana. Apenas as tuas características se acentuaram. Assim como a tua beleza.
- Á muito que não me dizes que me amas… - suspirei mostrando que aquilo me fazia pensar.
- Parei quando via que te irritavas. Mas Nikka – os seus olhos brilhavam de veneração, fazendo um no criar-se na minha garganta – Só porque não te digo que o céu é azul, não significa que não seja dessa cor.
Abracei-o e escondi rosto no seu pescoço, enquanto sentia a sua pele quente. Ele amava-me. As duvidas que tinham sido implantadas em mim, principalmente pela Joanne desapareceram. Alaxender King ainda me amava.
- Nikka, e tu? – perguntou baixinho, percebia o seu medo na voz – Tu amas-me? Podes amar-me de volta? Dói de mais amar-te tão loucamente e tu me desprezares… Não sei o que fazer.
- Não me perguntes isso, por favor. – sussurrei contra o seu pescoço – Eu não consigo ainda. Ainda não consegui recuperar essas coisas, e…
- Shhhh – apertou-me forte – Não tens de te justificar.
Eu sentia o sangue dele, correr nas veias fortemente. Da mesma velocidade que o meu corria. A minha mão levemente tremente acariciou o seu peito, e quando com o dedo levemente contornei o seu umbigo vi como os seus músculos se contraiam e ficavam tensos. Como a respiração dele arfava.

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- Não me testes… - disse com a voz rouca e segurou a minha mão – Não quando te tenho assim tão perto e posso perder a cabeça…
Não liguei e comecei a dar beijos no seu pescoço, na pele em baixo da orelha enquanto ele me puxava para cima dele e rapidamente me beijava na boca e deslizava as suas mãos quentes para dentro da camisa do meu pijama e acariciava a pele ardente das minhas costas.
Parei o beijo e escondi o rosto, eu sentia as presas alongadas, os olhos ensanguentados. Sentia-me fora de controle.
Alexander lentamente afastou as mãos do meu rosto e com o dedo debaixo do meu queixo fez-me levantar o rosto e encara-lo. Quando abri os olhos vi que ele também estava com a sua natureza no controle, com os belos olhos cinzentos azulados envolvidos em sangue e vibrantes de luxúria. Com as presas alongadas e a respiração muito longe de ser controlada.
- Não tenhas vergonha meu amor. Não de mim. És linda, perfeita. – deslizou a mão pelo meu rosto – A coisa mais bela em todo o universo. – mordi o lábio corada de vergonha enquanto ele me puxava e sussurrava no meu ouvido – Tu queres mesmo, Nikka? Diz que queres, porque se não, eu vou morrer se não te tiver agora…
- Eu quero…
Alexander soltou um palavrão que me fez rir enquanto ele num acto impaciente atirou a coberta para longe e se levantava.
- Ah Nikka… - observei cada momento dele enquanto tirava as calças de pijama – Como eu te desejo… - as suas cuecas caíram no chão.
Rapidamente estava em cima de mim, desesperadamente os seus lábios sugavam os meus, enquanto sussurrava o quanto me queria.
Lentamente começou a desapertar os botões da minha camisa do pijama, descobrindo a minha pele branca como neve, parecendo adorar um Deus e delirando com as novas descobertas do meu corpo.
- Oh Nikka… Como és linda… - Jogou para longe a peça de roupa e reverentemente alisou os meus seios nus arrancados gemidos meus.
Desceu um caminho de beijos pela minha barriga lisa e tirava as minhas calças junto com as cuecas. Para depois beijar o meu pé, os meus joelho e coxas. Depois…
- Alexander! – gemi extasiada, quando os meus dedos se fechavam em punhos envolvendo os lençóis e o meu corpo arqueava de prazer com as carícias dele num lugar tão sensível.
Quando atingi um orgasmo, Alexander cobriu o meu corpo com o dele e sussurrou no meu ouvido para abrir os olhos. Quando os abri vi o sorriso perigoso dele, enquanto se impulsionava para dentro de mim.
- Tu não sabes… quanto tempo eu esperei por isto… Nikka!
As sensações eram explosivas, morria a cada investida dele e ressuscitava apenas para o puxar para mim uma nova vez. Para o sentir a se mover comigo.
Num inferno paradisíaco.
Agora estávamos a viver aquela experiencia como dois iguais. Não vampiro e Humana. Agora éramos dois semelhantes, e a experiencia era surreal, era delirante. Numa escala que palavras nunca poderia descrever. Num prazer tal que eu jurava que morria a cada tentativa de respiração que tinha.
Eu só queria sentir Alexander, senti-lo comigo. Apenas ele. Apenas o vampiro que jurava amar-me para sempre, venerar-me acima de todas as coisas.
Tal como eu seria fadada a fazer para sempre.
- Nikka… Minha Nikka…
Enquanto puxava o seu cabelo, beijava a sua boca das quais saiam gemidos em forma do meu nome.
Alexander afastou-se de mim, provocando um grito de angustia da minha parte, um grito de perda por não o ter mais dentro de mim, de não sentir o amor dele nem a sua paixão.
- Calma… - riu rouco enquanto me beijava novamente – Vira… Fica de lado, meu amor…- e colocando-se atrás de mim voltou a preencher-me e fazendo-nos delirar novamente.
Naquele tal inferno paradisíaco.

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Quando abri os olhos, estava a dormir nos braços de Alexander que dormia como se fosse um cadáver. Mal totalmente belo.
As lembranças invadiram a minha mente, fazendo-me corar absurdamente.
Eu tinha-o beijado ali? Ali? Era difícil de me imaginar a faze-lo.
Nunca pensei faze-lo. Na verdade, era impossível de imaginar alguém a faze-lo. Mas era natural e todos os casais partilhavam essas carícias.
Mas foi natural. Eu venerava todo o corpo dele, assim como ele venerava o meu. Dar-lhe prazer, ouvir os seus gemidos, apenas isso importava e me fazia sentir bem.
Mas, ainda as lembranças me fazia corar. Todas as lembranças.
Enquanto fazíamos amor senti-me tão vulnerável. Tão livre. Tão dele…
Sim, eu era dele. Sempre dele.
Levantei-me e embrulhei-me no lençol que estava no chão, segurando-o junto ao peito. Fui ao armário e tirei uma longa camisola para a enfiar pela cabeça. Olhei Alexander que dormia pacificamente. Com um leve sorriso nos lábios. Eu sabia que ele me amava, que me amaria para sempre.
Ia fechar o armário e vi a caixa de madeira. Senti o meu sangue gelar. Aquela seringa estava lá dentro. Peguei na caixa, disposta a atira-la pela janela.
- Nikka? Que é isso?
Oh não! Completamente atrapalhada voltei a colocar rapidamente a caixa dentro do armário e sorri para Alexander com um peso enorme na consciência.
- Coisas de mulheres!
- Volta para a cama… - resmungou – Ainda não terminei contigo, pequenina…
- Não? – gargalhei enquanto corava.
- Muito longe disso…
- Promessas, promessas…
Ele semicerrou os olhos e olhou-me perigosamente, enquanto um sorriso perigoso se formava nos seus lábios.
- Vem, cá vem…
E, eu fui.

Que tal, gostaram?
^Olhem, eu já á MUITO que não escrevia as partes de bolinha vermelha. Á muito mesmo. Por isso, desculpem se não está no mesmo nível que as anteriores. É que é difícil para mim escrever estas coisas :S Como nunca vivi isto, é sempre complicado. E já para não falar que fico com vergonha! xD
Mas não podia passar estas partes á frente, e também é um desafio para mim, e eu nunca viro costas aos desafios! xD
Mas se preferirem a história sem as partes intimas, eu paro.
Olhem, comentem por favor, é que eu fico sempre ansiosa (especialmente quando posto bolinha vermelha), e não custa nada pois não? Por favor!
É que os coment’s são combustíveis para me fazer escrever. Olhem lá que eu faço greve! =P
E gostaram das musicas? Eu adoro estas musicas! xD
P.s-> Próximo capitulo é para ti Vita!
Bom, beijinhos! Esperam que tenham gostado!
COMENTEM! ;)