Olá minha gente! xD
Aqui trago os dois capítulos de "Quase Sem Querer". Espero que gostem, eu pessoalmente gosto, depois digam a vossa opinião! :D Isto está para o grande, foi para compensar, e tambem porque esta história (comédia romantica) tem poucos capítulos... Se não gostarem assim, digam que eu depois post mais pequenos... Aqui tambem vão dois, de qualquer forma, por isso é que é tão grande xD
Capitulos dedicados á vera Martins!! Espero que gostes querida! :)
Divirtam-se todos! :)
3º Capítulo
Quando decidi passar a tarde com Ryan, nunca iria imaginar que o tempo junto com ele teria sido muito mais que delicioso e ao mesmo tempo atribulado. Nunca fui tão eu mesma, desde… sempre. Ele não se importava com a minha estupidez, e ria de mim, e eu… eu não me importava nada. Como ele também não se importava quando eu ria dele.
Quando ele me foi buscar a casa de carro, sentia-me reticente, porque ele tinha dito que os seus pais não estariam em casa (o que foi óptimo para mim, não queria conhece-los naquelas circunstancias), mas ele tinha dito que também não queria-me apresentar. O que só podia ser, porque achava que não ia apresentar uma rapariga como eu aos pais, tão sem noção e tão burra. Eu podia ser boa para desfilar na escola e impressionar esses, mas não os importantes, porque esses definitivamente achavam o Ryan muito melhor e que perdia tempo comigo.
No entanto, o silêncio foi posto de lado, com a sua gentileza, e o bom humor que eu começava a descobrir nele. Era engraçado em como ele vinha a surpreender-me, pela positiva. Mostrou-me a sua casa (eu acho que é mais uma mansão, sinceramente), mas não me mostrou toda, porque eu não estava interessada em saber qual era a sala que a mãe dele recebia as amigas, e a sala onde recebia as esposas do seu pai dele, e definitivamente não queria saber qual a sala que o pai dele ia depois do jantar para beber um copo do whisky.
E Ryan também não se importou nada, porque não se sentia orgulhoso daquilo, era normal para ele, alem de que, aquilo tudo não tinha sido uma conquista dele e isso justificava o seu tom de voz desinteressado quando me explicou isso. Eu disse-lhe que a casa dele era muito sofisticada, muito luxuosa e moderna, mas muito impessoal supunha. Ele concordou e disse que era porque a mãe dele contratara um decorador, e tirara toda a personalidade que uma casa devia ter e fazendo-a parecer uma casa de revistas de decorações e moveis, e não onde vivia uma família feliz.
O quarto dele, no entanto, era totalmente diferente. Era completamente a cara dele, amplo e cheio de espaços onde eu o imaginava a caminhar e divagar sobre temas que eu nunca iria chegar perto de compreender. Tinha uma enorme estante cheia de livros que quando fui ver, descobri que estavam organizados por temas, dentro dos temas estavam organizados por autores em ordem alfabética com aquelas plaquinhas típicas de biblioteca a indicar e dentro dos autores ordem de publicação. Mostrava a sua organização estrema!
Sentei-me na cama grande dele, coberta por uma colcha azul, enquanto observava tudo o resto. A secretaria dele, onde devia estudar, estava mais organizada do que a minha no fim de eu a arrumar (isto é, a partir de que comecei a estudar com ele, já que antes a secretaria não tinha utilidade alguma). Ao lado dessa secretaria, havia outra onde tinha o seu computador, um microscópio, e o peças robóticas que deduzi serem do tal projecto que ele estava a fazer por diversão. Ele estava sentado na cadeira giratória na secretaria do projecto enquanto me observa, cadeira que eu já o imaginava a arrastar da secretaria de estudos para aquela e vice versa.
Ele olhava-me, enquanto eu reparava nas paredes pintadas de branco, com quadros de prémios dele, e alguns quadros decorativos.
- O teu quarto é completamente a tua cara!
- Hum, nem sei se estas a dizer que isso é bom, ou não.
- Eu gostei – ri. – Só, acho estranho… Quer dizer, tu tens aqui todos quadros e taças dos prémios ganhas-te… Porque as tens aqui? De certeza que a tua mãe ia gostar de as ter na sala, para mostrar a todos… Quer dizer, todos os concursos que ganhei de beleza desde pequena, a minha mãe tem espalhado em lugares que todos possam ver, acho que são coisas de orgulho de mãe…
- Não coisas da minha mãe.
Com aquela simples resposta, percebi que a mãe dele ou o pai, pouco se importavam com o filho. Como se desde que ganhe e passe na TV o seu único filho, para o nome da família ser mencionado com mais uma vitoria para ela estaria perfeito. Senti uma revolta, quando percebi que eles vinham o filho mais como uma aquisição que tinha de ganhar, como se fosse um desses cães que ganham medalhas. A quem se dirige com disciplina rígida e que não podem lamber o nosso rosto.
- Bem, eu tenho orgulho por namorar, embora de mentira, um rapaz tão inteligente – sorri-lhe.
- Mas isso significa que sou um Nerd, Caroline. E que eu saiba isso é coisa que te faz alergia.
- Mas, já que tens de ter um namorado Nerd, ao menos que seja um que seja o melhor – brinquei.
Levantei-me da cama, e pedi-lhe para me dizer o que estava a fazer no tal projecto.
Não percebi nada, mas gostei de ouvir, porque ele falava animado e entusiasmado, com paixão. Mostrou-me alguns esquemas no computador que mostrava o projecto final, e todas as etapas que ele criara para chegar lá.
Depois passamos um bom tempo, a jogar playstation, onde eu ganhei. Desconfiei que ele me deixou ganhar, embora ele tivesse dito que não. Lanchamos e voltamos para o quarto dele, onde conversamos sobre preferências musicais, que até eram parecidas, mas tudo o resto éramos completamente diferentes.
- Tu gostas tanto de ler! – apontei para a sua estante – Eu acho que nunca li um livro inteiro. Melhor, acho que nunca tive paciência para passar do 2 capitulo no máximo.
- Talvez não tenhas escolhido o indicado. Para começar, tens de escolher um tema que te chame á atenção, um tema que gostes. Por exemplo, disseste que gostas de comedias românticas. Devias começar por um livro do género, ou um romance. E tem de ser um livro com uma escrita suave, e não muito complexa para começar…
- Mas, como eu vou conseguir ficar tanto tempo a ler um livro? – espantei-me.
- Eu sou suspeito para falar, porque eu realmente gosto, mas nem dás pelo tempo passar, só queres desvendar o final da história, da vida que existe no meio daquelas folhas.
- Falando assim, até me dá vontade de ler! – disse tentando não parecer como uma beata cristã a ouvir um pregador de testemunha de Jeová.
- Queres que te indique um, para começares? – eu assenti ainda meio reticente mas ansiosa também para aprender a gostar de ler, para ter algo que partilhar com Ryan. – Acho que tenho um que vais gostar… - levantou-se e procurou na sua estante – Já li este, no entanto não continuei a série. Comporei por insistência de uma amiga, e terminei de ler mais por o ter começado do que outra coisa. No entanto, acho que agrada mais a raparigas. Acho que vais gostar. – finalmente encontrou o livro que procurava e tirou-o da estante com cuidado.
- Muito grande! – tipo, ele não tinha assim um fininho, como uma revista? Não podia começar com um livro de banda desenhada?
- Experimentas, se gostares o tamanho não vai importar. E se realmente achares que a história é fascinante e te apaixonares pelo enredo, vais achar até pequeno de mais. – entregou-me o livro.
A capa, era duas mãos pálidas e femininas, segurando uma maçã. A capa era linda, e misteriosa. Twilight.
- Acho que já ouvi falar. Não é de vampiros?
- Sim. Tenho uma amiga que é muito viciada nisso, por insistência dela comecei a ler, mas não é bem uma historia que me agrade, não sei, só não me entusiasmou. Mas acho que será perfeito para ti. Confia em mim, lê.
- Ok. Obrigada! – coloquei o livro na mala, decidida a fazer um esforço para ler aquilo. Ao menos, para ele ver que tentei.
Recebi uma mensagem, e quando fui ver, fiz careta ao ver que era Chris. Respondi-lhe rápido, tendo a certeza que ele não me responderia de volta. Reparei que Ryan apesar de não me ter perguntado quem era, ficou curioso.
- Era o Chris. Parvalhão, estava a perguntar se já me tinha cansado de brincar contigo. Respondi-lhe que só me cansaria quando ele se cansasse de ser um idiota. Ele não gosta de discutir comigo, não deve mandar mais nada hoje.
- Ele manda-te sms, ainda?
- Ás vezes. – encolhi os ombros – Ele não consegue acreditar que eu o deixei, para ficar contigo. Super ego. E fui logo troca-lo por ti, que ele não suporta – ri – O ego dele não aguenta.
- Talvez, ainda esteja apaixonado por ti. – sentou-se na cama, encostado á cabeceira, pensativo.
- Chris nunca esteve apaixonado por mim. – afirmei.
- Se calhar, não devia ter-te obrigado a acabares com ele. Mas não pensei que realmente gostasses dele. Digo, que o amaces e isso…
- Não penses nisso.
- Mas, eu não quero que fiques triste. – lamentou-se - Não quero ser responsável pelo teu coração partido…
- Nunca pensas-te nisso, antes. – estranhei.
- Como disse, achei que vocês não se gostavam mesmo… Não sei, eu só… - suspirou fundo - Mas, se és feliz com ele, e te estou a fazer ficar triste e com saudades do teu grupo… Podemos acabar com isto.
- O quê? – quase gritei – E os estudos? – agarrei-me á primeira coisa que me lembrei. – Disseste que me ajudavas! – acusei.
- E continuarei. Posso ser teu amigo, só… Não quero que sofras. Acho que nunca pensei que estarias mal longe daquela gente, pelo contraio sempre pensei que eles te faziam mal. Mas, se te faz fazer ficar triste longe das coisas de antes, não quero ser o responsável por isso… - sorriu um pouco tenso – Afinal, já consegui tirar a namorada de Chris, de qualquer forma.
- Mas o combinado foi, até o final do ano, certo?
- Sim, mas estou a dar-te a hipótese de saíres disto agora mesmo.
- Por mim, estou bem assim… Quer dizer, tu sabes que ajuda imenso na relação com os professores eles pensarem que sou tua namorada, já para não falar da minha mãe… Só se não for mais vantajoso para ti…
- Por mim, estou muito bem assim. Então, se está tudo bem para os dois, continuamos com a mentira?
- Sim – assenti fazendo força para não sorrir aliviada. Não sabia o que se passava comigo
- Óptimo! – exclamou sério
- Mas mesmo que não continuássemos, eu não voltaria para Chris. – confessei baixinho.
- Porque? Já não gostas mais dele? – perguntou interessado, chegando-se mais perto, como se como falava baixo ele não fosse ouvir.
- Hum… - nunca tinha contado a ninguém aquilo, mas acho que nunca tive alguém em quem realmente podia confiar. Um amigo de verdade. Acho que podia confiar em Ryan, afinal, nos também tínhamos um segredo. – Acho que posso confiar em ti… Somos amigos, certo? Amigos de verdade, não é?
- Claro que sim – sorriu concordando e incentivando-me a continuar.
- Estranho. Acho que só agora me passou pela cabeça, que nestas semanas, nos tornamos amigos. Se á um mês atrás me dissessem que ia ser tua amiga, eu riria na cara da pessoa. -ri.
- Então, já não gostas do Donavan? – insistiu no tema.
- Eu… Bem, no inicio eu achava que gostava. Quer dizer, ele é o capitão e isso tudo. Parece fútil, mas era como se toda a gente esperasse que namorássemos. E bem, não havia ninguém que de quem gostasse, então, ficamos juntos. Mas, eu não gostava dele, e ele sentia o mesmo por mim. Tinha-mos este acordo, tipo o nosso. Só para ficar bem na fotografia, sabes? – falava baixinho, pensativa.
Admirei-me, porque Ryan começou a gargalhar divertidíssimo.
- Ryan? Estás bem? – olheio como se ele fosse o louco do jardim perto de minha casa, que falava com as formigas, com tom paternal, para depois as esmagar e começar a chorar e gritar “Porquê?”
- Sim, sim… - tentou controlar as risadas – Só, nada. É que, não podia imaginar isso. Quer dizer, vocês disfarçavam bem…
- Nós também disfarçamos bem. – apontei – Ao primeiro as pessoas não queria acreditar, mas agora ninguém desconfia do que planeamos. Realmente acreditam que deixei o Chris, porque nos apaixonamos, Ryan.
- Verdade. Mas, o Chris dizia… - ele ficou tenso novamente – Bom, já que vocês fingiam, ele andou a dizer coisas que namorados de mentiram não fazem.
- Ah. – encolhi os ombros.
- Não te importas? – estranhou – Avisaste-me para não andar a fazer essas coisas, de me gabar, e na verdade não te importas que o imbecil o diga? – zangou-se - Oh, deixa-me adivinhar, com ele é diferente, porque ele é o capitão de equipa e com ele tu também parecerias bem. Já comigo, o nerd, não pareceria tão bem para ti! – acusou furioso.
- Ey, calma aí! Eu só disse que não queria ser falada, e continuo a não querer! E tu disseste que não eras esse tipo de rapaz!
- Não sou. Mas não muda o facto de teres vergonha de namorares comigo, mesmo de mentira.
- Não é isso! – disse calmamente, não querendo chatear-me com ele. – É que é meio normal o Crish dizer isso, percebes? Não esperaria outra coisa da parte dele.
- Então, o facto de ele ser um imbecil, desculpa-o?
- Não, desculpa-o o facto de que o que ele disse, provavelmente ser verdade. – disse de com rapidez, levantando-me quando vi o rosto surpreso de Ryan.
- Ah. – ouvi-o dizer.
- Eu só… não penses mal de mim, ok? – virei-me atrapalhada para ele – Eu só, pensei que ele gostasse de mim.
- Caroline, isso não me interessa. A tua vida sexual não me diz respeito…
- Então, porque me estás a olhar dessa forma? – acusei – Não fiz nada de mal.
- Eu sei, eu só, não sei… Não te estou a julgar ou isso. – tentou esclarecer. E falhou.
- Sim, claro. Notasse perfeitamente! – com um gesto de mão apontei para o seu rosto. – Vejo perfeitamente a compreensão! – não pode evitar as lágrimas caírem, mas limpei-as rapidamente – Sinto-me tão humilhada neste momento. – peguei na minha mala sem olhar para ele – Acho que é melhor ir embora. Podes levar-me? A minha mãe não está em casa, e não pode vir-me buscar.
- Ey – tirou-me a mala e segurou-me pelo braço firme, mas não com força o bastante para me magoar – Não vais assim. Eu não quero humilhar-te. Não é isso. Nem te estou a condenar ou qualquer outra coisa. Estás a ouvir? – assenti sem nem olhar para ele – Não tenho nada que condenar as tuas escolhas, ou o que quer que seja. É a tua vida. Eu sempre pensei que tinhas sexo com o ogre dos bosques – soltei quase um sorriso com o apelido dele - todos pensaram, e é normal. Afinal era o teu namorado, e tiveste outros antes. É normal teres relações sexuais com o teu namorado. Eu só estranhei, foi quando me disseste que era um namoro de mentira também, como o nosso. Por isso te avisei do que ele dizia, porque fiquei com raiva dele.
- E então, ficaste desiludido comigo, por ter feito com ele. Não foi? – ele ia negar, mas eu cortei – Não mintas, ok? Eu vi no teu olhar. Mas que queres que diga? Eu acreditei que gostava dele, e que ele gostava de mim! Caso contrário, como é que ia perder a virgindade com ele?
- Não sabia que foi com ele que fizeste pela primeira vez. – notei o seu ar de espanto.
- Certo, pensas-te que a fútil da Caroline é também uma puta. Muito obrigada! – eu acho que nunca me senti tão humilhada – Toda a gente pensa isso, não é? Que lá por gostar de roupas, ser vaidosa e gostar de ser bonita e sensual tenho de ser uma puta que vai para a cama com todos? E depois sou eu que sou burra! Cambada de preconceituosos! – rugi – Queres saber Ryan, lá por adorar ser bonita, e gostar de ser sexy, gostar de mostrar que o sou, não significa que não tenha respeito por mim mesma! E se… Se foi para tentares a tua sorte, já que eu sou uma puta, estás muito enganado! Saí da minha frente! – tentei passar por ele, que tentava barrar o meu caminho.
- Pára! Não digas parvoíces! Não pensei nada disso, não ponhas palavras na minha boca, entendido?! – gritou também – Nunca que iria usar-te dessa forma, estou a fazer-me entender?! – agarrou os meus braços e abanou-me ligeiramente – Alguma vez tentei algo? Alguma vez te toquei sem autorização, ou tirei vantagem da minha posição? Não. Eu pensei que me visses como um amigo. E, sim eu pensei que já tinhas iniciado a tua vida sexual antes do Crish. Mas não por seres uma puta, mas é normal sendo tu tão bonita. E o número de parceiros sexuais, não diz nada sobre uma mulher. Eu não julgo uma mulher pela sua experiencia sexual. Agora, acalma-te e pensa direito. Não metas palavras na minha boca, e muito menos me ofensas com esses pensamentos ridículos e ofensivos sobre mim. – ficamos a encarar-nos muito tempo, e ele só me largou quando percebeu que estava mais calma. – Melhor?
- Sim.
- E eu não estou desapontado contigo. – disse com firmeza. – Nunca o podia fazer, ainda mais quando gostavas do palhaço. Por mim, eu dava-lhe era um bom murro, por tirar vantagem de ti, quando tu gostavas dele e ele fingia. Imbecil.
- Eu não sou uma vitima. – esclareci – Fiz porque quis. Arrependi-me? Sim. Mas afinal, é a errar que aprendo. Podes ter a certeza, que noutra não me meto. – arrepiei-me surpresa, quando ele afagou a minha bochecha, molhada pelas lágrimas. Mas não fugi do gesto. Gostei da sensação do seu toque gentil e suave.
- Não chores. Ele não merece. – Quase fechei os olhos, com a sua carícia. Nunca um rapaz me tinha acariciado assim, tocando-me na pele e fazendo-me sentir no coração.
- Eu sei. Não estou a chorar por causa dele. Mas por mim, e por tudo o que pensam de mim. Não é que me importe o que os outros pensam, é só que, também não quero que pensem que sou uma puta.
- Caroline, muitas raparigas fazem o que fazias com o Crish. Praticar sexo a 3, é uma coisa que muitos casais fazem. – olhei-o espantada sem saber se tinha ouvido bem, enquanto ele falava calmo e compreensivo – É normal. Aliás, eu já fiz. – sorriu envergonhado com aquilo - Estava muito bêbado, é verdade, mas embora não tivesse amor envolvido. O que foi a coisa que me espantou, sendo ele o teu primeiro e como gostavas dele deixares outra mulher entrar na vossa relação sexual. Porque pensei que eras daquelas raparigas que gostam de exclusividade. O que não significa que te critique, pois é natural hoje em dia separar-se o prazer do amor e…
- ESPERA AÍ! – gritei tão alto, que ele saltou de susto, pois estava a raciocinar sobre o que conversávamos atentamente e a mão que ainda fazia carinhos leves na minha bochecha saltou – O que estás a falar?
- Estou a dizer, que não te cesuro, ou qualquer coisa parecida…
- Diz-me uma coisa. O que aquele filho da puta disse de mim? – sussurrei, aquele sussuro calmo que dava quando a minha mãe tingia uma camisola Dior.
- Eu…
- Ryan, eu não sei o que ele disse de mim, quantas vezes disse que fez, ou o que disse que eu fazia ou ele fazia durante o sexo. Embora eu achasse meio normal ele exagerar na sua performance. Típico de rapazes dizer isso. Não o julguei, porque é normal os rapazes falarem disso com os rapazes, ainda mais nos balneários, e tudo o mais. Mas pensei que ele falasse ao menos um pouco verdade.
- Nem todos os rapazes. – afirmou, mas eu não estava a tomar atenção a ele.
- Mas, eu juro, que o que ele disse é mentira. Eu não tinha relações sexuais a 3. Eu na verdade, tive uma relação sexual com ele. – suspirei fundo, para não me emocionar e não me deixar atingir pela raiva e magoa – Uma relação falhada. Eu disse-lhe que era virgem, ele disse que esperava por mim o que fosse preciso. Claro que ele esperava, mais tarde percebi porque ele não forçava muito. Tinha Alice e outras para o satisfazerem. Então, como ele era tão atencioso, me defendia e tudo o mais que o namorado perfeito possa fazer, eu pensei que ele era o tal. E disse-lhe que queria fazer com ele, no dia do meu 19 aniversário. Queria que fosse especial. Ele disse que me levaria para um hotel, numa suite porque eu era especial. Que seria perfeito. Quando íamos a caminho, parece que ele recebeu um telefonema do hotel, e ouve um problema, não teríamos a suite. Ele pediu-me desculpas, e eu disse-lhe que estava tudo bem, que eu não me importava com isso, que bastava só estar com ele. Tão burra, acreditei direitinho. Então, ele levou-me para um motel decadente, e posso te dizer que não foi especial, não me senti única, w não foi tudo aquilo com que sempre sonhei. Pelo contrário. A coisa toda demorou 5 minutos, sendo ele o único a ter prazer. Eu fiquei com a dor e a falta de carinho e compreensão da parte dele comigo, que nunca tinha feito nada daquilo. E no fim, ele levantou-se, deu-me uma latada na coxa murmurando algo como “foi bom”, nem me deu um beijo e foi tomar banho. Só faltou atirar-me uma nota para cima de mim pelo serviço. Levou-me a casa e aí eu percebi que ele não gostava de mim, e eu muito menos gostava dele. Quis acabar, então ele propôs a farsa. – suspirei pensando nas recordações - Aceitei, afinal era vantajoso para os dois, e não valia a pena fazer um drama por aquilo. Acontece a muitas raparigas e eu não ia morrer por isso. Ao menos, ele usou preservativo. – nem percebi como ele se moveu, só senti os seus braços á minha volta, quentes e calorosos. Um ombro amigo - Portanto Ryan – o som das minhas palavras saiam agora abafadas pelo seu ombro - qualquer coisa que ele tenha dito, alem de termos feito uma vez, e ele ser o meu primeiro e tudo ter sido óptimo na mente dele, foi mentira descarada.
- Eu vou matar aquele filho da puta! – rugiu.
- Não importa. – abracei de volta, já que até ali tinha resistido e mantido os braços junto ao meu próprio corpo. Mas era tão bom, poder só… Abraça-lo de volta. – Se é isto que ele quer, ele que me aguarde. Que não pense que vai ficar assim. – sorri, um sorriso de vingança – Eu não sofro mais com isso. Só que custa, ouvir todas as mentiras que ele disse. Nem quero imaginar o que ele pode ter dito mais. Aquele porco!
- Eu vou acabar com a raça dele! Filho da puta!
- Ey, calma – tentei brincar – Ele ainda continua maior que tu. – não, na verdade Ryan era mais alto - Ao menos, mais músculos ele tem que tu, Ryan… - sim, Chris tinha músculos firmes e volumosos, enquanto Ryan tinha um corpo mais alongado e esbelto, no entanto, ali abraçada a ele senti a firmeza dos seus músculos, pela sua tensão. Não era magro como eu pensava. Nunca me tinha aproximado o suficiente para o saber, e a descoberta fizera o meu coração acelerar um pouco.
- A inteligência ganha á força bruta. Garanto-te que um murro com a força certa e no sitio certo, ele não se levanta mais. – ainda o sentia tenso, quando se afastou e beijou a minha testa. – Como ninguém lhe deu um bom murro e o deixou continuar a contar aquelas historias? – era melhor eu nem perguntar quais eram as historias.
- Foste o único a quem contei. – dei um sorriso tímido, enquanto ele corou e passou a mão pelos cabelos alinhados.
- Prometo-te que isto não vai ficar assim.
- Não te preocupes. Já foi á bastante tempo, já superei isso. Nem penso nisso. Só te contei, porque me senti mal e senti que me recriminavas, quando eu não tive culpa além da culpa de ser uma burra que acredita em tudo. E tu, só estavas a basear-te nas historias daquele imbecil…. E tu, ainda estavas a dizer que não me censuravas…
- E não censuraria. Desculpa se te fiz sentir mal.
- Não fizeste. Ainda bem que te contei, sinto-me mais leve. Acho que o facto de te contar algo assim tão intimo, e que não contei a ninguém, faz de ti, tipo, o meu melhor amigo. – disse timidamente.
- E eu fico muito lisonjeado com a promoção. – brincou – Caroline, estarei aqui para tudo, percebes? Não estás sozinha. Sei que te sentias assim naquele grupo de merda, onde todos lixam todos, mas eu sou teu amigo de verdade.
- Obrigada. – sorri – Achas que agora me podes levar a casa?
- Claro. Deves querer estar um pouco sozinha, depois disto…
- Algo assim.
Íamos no carro, quando me lembrei de uma coisa que Ryan dissera.
- OMG!
- O quê? – espantou-se.
- Espera aí, eu ouvi bem, ou tu disseste que já tinhas feito sexo a 3? – abri a boca totalmente, completamente chocada – O…M…G – ele estava muito corado.
-Volto a frisar que estava bêbado. Muito bêbado, mesmo.
- OMG…
- As raparigas não eram inocentes, nem nada do género. Acho que estávamos todos bêbados.
- Não sei o que dizer… OMG, 1º tu estavas bêbado! Nunca pensei sequer que bebias álcool! 2º Em que tipo de festas andaste para isso acontecer? Pensei que nem frequentavas festas! E 3º OMG, sexo a 3? Eu pensei que eras virgem!
Estava completamente chocada. E Ryan corara até a raiz dos cabelos.
- Eu…
- Não era suposto seres Nerd? Quer dizer, eu… estou chocada.
- Não estejas. Lá por ser o Nerd na escola, não significa que não tenha vida? Ok? E lá por me achares desinteressante, não significa que ninguém queira ter sexo comigo.
- Ey, não disse isso! Só achei estranho…
- Certo, porque eu tinha de ser virgem, não é? Porque o Nerd nunca teria ninguém que se sujeitasse a fazer sexo com ele, certo? Posso não ser bonito, mas tenho outros atractivos! – dizia zangado – E para que saibas, perdi a minha virgindade quando tinha 16 anos, e garanto-te que a rapariga teve bem prazer. Eu não durei 5 minutos! E, sempre tive relações sexuais com frequência, e as parceiras estavam ansiosas por elas! – eu realmente devia ter ofendido o seu orgulho masculino, já que ele quase gritava – Posso não te interessar nesse campo para ti, mas não significa que não interesse outras. Se não for mais, pensa que como filho do governador, com um futuro promissor e uma conta bancária razoável para alguém da minha idade, isso soa bastante atraente para algumas raparigas. – respirou fundo – Pensas-te o quê? Vou fazer 19 anos em Setembro, já me vias como aquele personagem ridículo do filme virgem aos 40? Não é? E caso não percebes-te, estás a ofender-me com a conversa.
Silencio.
- Desculpa – murmurei – Não era minha intenção que soasse dessa forma. Só estava surpresa.
- Claro.
- Não havia necessidade de gritares comigo. – resmunguei baixinho, e ele não respondeu.
Só ligou o rádio e colocou uma musica de rock – que descobrira que ele gostava, hoje.
- Alem disso, escusavas de mandar a boca do “Eu não demorei 5 minutos!”, ou garantires-me que a parceira com quem perdes-te a virgindade teve prazer. – ele apertou o volante com força, percebi pela tensão dos seus punhos - Parabéns, suponho que foste mais feliz do que eu nesse campo.
- Caroline…
- E não estava a dizer que eras repulsivo nesse campo ou algo assim. Só me surpreendi, porque sempre pensei que nem te interessasses nessas coisas, e antes que digas que te estou a chamar de gay ou algo assim, não é isso. Só fiquei surpresa, porque nem sabia que bebias, ou que frequentavas festas. Nunca te vi a fazer nada disso. E eu estava a brincar, a exagerar um bocado na reacção como sempre faço. Depois destas semanas, já devias estar habituado ás minhas cenas. – olhava pela janela, enquanto falava – Além disso, não te via como o virgem de 40 anos, e não vejo qual o mal disso realmente. Para mim pior são os rapazes como o Crhis. Parabéns, tu vais fazer 19 anos em Setembro, e tens uma vida sexual óptima, não és um virgem. Eu vou fazer 20 em Outubro, e nesse dia não vou deixar de pensar em como um, ano atrás perdi a virgindade e em que circunstancias. E vou desejar ser virgem. Mas parabéns de qualquer forma. És um macho.
- Caroline… - tentou novamente.
- E para a próxima, ficas já a saber que não gosto que gritem comigo, ou esbracejem dessa forma. Tanto que as pessoas da rua viraram a cabeça com pena de mim, como se estivesse prestes a apanhar do namorado. Não faças isso de novo, não por uma parvoíce destas. Por uma coisa séria, estás a vontade de mostrares o teu ponto de vista, eu seria a primeira a faze-lo. Mas por isto? Eu não reagi dessa forma no teu quarto, e parece-me que teria mais razões para o fazer do que tu.
- Eu… Desculpa! E lamento mesmo aquilo de ter dito aquela boca, nem me apercebi e…
- Estamos a chegar. – disse só para o interromper, já estava a ver a minha casa – Obrigada pela boleia.
- Caroline, espera… - segurou o meu braço, enquanto eu tirava o cinto e ia abrir a porta. – Não vás assim chateada comigo…
- Não estou. Até segunda.
4º Capitulo
E saí do carro, entrando em casa sem nem olhar para trás. Só quando ia subir as escadas, é que ouvi o motor do seu carro potente a arrancar a alta velocidade. Ele ás vezes era tão fofo e meigo, outras enervava-me e magoava-me. Mas afinal, eu também não era perfeita.
Deixei o assunto de lado, e comecei a abrir o meu e-mail, procurando pelos e-mail’s de Crihs onde ele pedia desculpas por não me ter dado prazer naquela noite, e que prometia para a próxima09 aguentar mais. Aqueles e-mails onde falávamos em como íamos mentir e na verdade não tínhamos intimidade e outros do tipo. Imprimi tudo, junto com fotos que ele me mandava com cuecas de mulher, na brincadeira. Ele ia-me pagar por ter andado a inventar coisas sobre mim, podia apostar!
Depois de ter imprimido tudo, fui á gráfica que havia na minha rua, e pedi cópias daquilo tudo, muitas cópias. Ele que me aguardasse, se pensava que aqui a burra e fútil da escola ia ser burra o suficiente para deixar as coisas para lá, estava muito enganado. Quando cheguei a casa, a minha mãe estava a fazer o jantar e perguntou-me como tinha sido a tarde com o meu namorado. Disse-lhe que tinha sido boa, e ela disse que devia ter sido para só chegar aquela hora, mas não o disse como se me estivesse a recriminar ou assim, só foi uma observação.
- Não, eu já cheguei á quase duas horas, só tive a fazer um trabalho no computador e depois fui á gráfica. Por isso só cheguei agora.
Subi para o meu quarto, e guardei todas as cópias, para na segunda levar para a escola. Abri a minha mala que tinha levado para casa do Ryan, e tirei o livro que ele me emprestou e coloquei-o ao lado da cama para antes de dormir ver ler alguma coisa. E quando ia tirar o telemóvel, vi que no visor mostrava que tinha 11 chamadas não atendidas, e 4 mensagens. Tudo de Ryan.
Comecei a ler as mensagens, a primeira devia-me ter enviado mal chegara a casa dele, depois de me ter trazido, deduzi pela hora.
De: Ryan
Para Caroline
18:05
Estás zangada comigo, não é?
De: Ryan
Para Caroline
18:15
Desculpa, fui um imbecil. Estava com o modo parvalhão/bruto one. A sério, lamento mesmo ter sido assim contigo. Perdoas-me?
De: Ryan
Para:Caroline
18:35
Caroline, tens toda a razão para estares assim comigo. Fui imbecil, mas podemos fazer as pazes? Lamento, a sério. Podes dar-me uma estalada se quiseres, que tal?
Ás vezes os melhores amigos, podem chatearem-se e assim… Mas, acabam por ficarem amigos de novo, se a amizade for forte…
De:Ryan
Para: Caroline
19:00
Já percebi que estás mesmo chateada comigo. Já perdi desculpas, e disse que lamento… Espero que esteja tudo bem… Por favor, responde.
As chamadas começavam das 19:15 até á ultima, 5 minutos atrás, ás 20:05. Ele tinha ligado 11 vezes nesse espaço de tempo. Sorri revirando os olhos e decidi mandar-lhe uma mensagem.
De:Caroline
Para: Ryan
20:12
Desculpa só responder agora… Não estava em casa, nem tinha levado o telemóvel comigo. Quer dizer, devia estar quando mandas-te a primeira, mas não tinha o telemóvel ao meu lado, e como estava em silencio, não percebi. Se tivesse, tinha mandado a resposta.
Não estou zangada contigo, Ryan. Como já te tinha dito no carro.
Dois minutos depois, ele respondeu.
De: Ryan
Para: Caroline
20:14
Pensei que não respondias, nem atendias porque estavas mesmo zangada comigo…
E agora dizes que não estás, mas eu sei que estás. Eu conheço-te. Mais uma vez desculpa.
De:Caroline
Para: Ryan
20:17
Eu não estou zangada contigo, Ryan.
De:Ryan
Para:Caroline
20:18
Está bem, se não estás zangada, estás triste ou desiludida comigo.
Não sei escolher qual é pior.
De: Caroline
Para: Ryan
20:21
Não estou nem zangada, nem triste, nem desiludida, ou outra coisa qualquer contigo…
De: Ryan
Para: Caroline
20:23
Então, estás indiferente.
Soltei uma gargalhada com a persistência dele, enquanto lhe respondia. Nunca se tinham preocupado com o que eu sentia.
De:Caroline
Para: Ryan
20:25
Ryan, como disseste, até os melhores amigos têm discussões…. A sério, está tudo bem da minha parte. És tipo, o meu melhor amigo, contei-te coisas que nunca contei a ninguém, portanto não vou ficar zangada por aquela discussão parva. Lamento também ter-te dado uma impressão errada… Ficamos bem?
DE: Ryan
Para: Caroline
20:27
Óptimo. Estamos bem. O que achas de amanha vires aqui novamente, ou fazer-mos outra coisa qualquer?
De: Caroline
Para:Ryan
20:28
Depois digo-te. Pode ser?
De:Ryan
Para: Caroline
20:29
Claro.
De. Caroline
Para: Ryan
Tenho de ir jantar, a minha mãe está a chamar…
Quando ia dormir, olhei para o livro, e encolhendo os ombros decidi ler uma página ou duas. Não sei o que se passou, só sei que eram 9 da manha, quando já me doíam os olhos, e decidi parar de ler. Fiquei tão embrenhada na leitura que não dei pelo tempo parar. Não sei o que se passava comigo, eu nunca gostei de ler. Eu NUNCA li um livro. E estava ali, agarrada ao livro. Estava nos capítulos finais, embrenhada num romance tão bonito e puro que eu só podia ter ficado viciada.
Acordei ás 2 horas da tarde, desci para comer alguma coisa, e a minha mãe disse que aquilo a fazia lembrar de quando saia muito á noite. Quando lhe disse que foi porque estivera a ler um livro que Ryan me emprestara até as 9 da manha, sem conseguir parar a minha mãe ficou tão atordoada que nem sabia o que dizer.
Subi a correr, tomei um duche e vesti-me. Estava a calçar-me e liguei para Ryan colocando o telemóvel em mãos livres.
- Bom dia! – disse assim que ele atendeu.
- Boa tarde, Caroline! – riu – São 3 horas da tarde, dificilmente é bom dia.
- Oh, é que eu acordei agora… Só me deitei eram umas 9 da manha…
- Hum… Sais-te?
- Oh, eu disse-te ontem que depois dizia-te alguma coisa sobre fazermos algo hoje, não foi? – disse tirando a toalha da cabeça, e nem ouvi bem o que ele tinha dito – Desculpa, depois esqueci-me de te dizer…
- Não tem problema.
- Estou a dizer agora… Quer dizer, tens alguma coisa combinada?
- Não.
- Podes vir-me buscar? Preciso falar contigo…
- Claro! A que horas?
- Hum, eu demoro uns 30 minutos a acabar de ficar pronta, depois disso podes vir quando te der jeito…
- Então, estou aí daqui a uns 40 minutos, pode ser?
- Sim! Que tal irmos até a praia? Está tão calor hoje…
-Por mim, tudo bem… Sobre o que querias falar comigo?
- Oh, nem vais acreditar! - exclamei.
Ele riu.
- Tenta a ver se eu acredito ou não... – brincou
- Oh, eu apaixonei-me! Descobri o rapaz perfeito! OMG!
- Ah! – disse depois de um tempo, em que eu tive de o chamar a ver se o telemóvel tinha ido a baixo – Foi? Quando foi isso?
- Ontem á noite! – ri – Nem vais acreditar! Estou eléctrica… Mas depois falo melhor contigo! Até daqui a pouco!
- Está bem.
Estava a acabar de fazer a maquilhagem quando ouvi ele buzinar. Fui á janela, que era de frente para a estrada e vi que ele era mesmo Ryan. Estranhei, porque ele chegava sempre no tempo exacto, e só tinha passado uns 20 minutos desde que ele me ligou, e ele tinha dito que só vinha 40 minutos depois. Ainda faltavam 20 minutos, e 10 necessários para eu estar pronta.
Desci a correr, ainda descalça, e só com um olho maquiado, e abri aporta do carro dele.
- Olá! Eu ainda não estou pronta, disse-te que ia demorar 30 minutos… Queres entrar?
- A tua mãe não se importa? – ele parecia estranho.
- Ela não está. Mas mesmo que estivesse, ela não se importa. Nunca se importa quando trago amigos, muito menos se ia importar quando és tu, Ryan.
- Ok.
Sorri-lhe, enquanto o via a estacionar o carro melhor, e depois seguir-me para dentro de casa.
- Fica á vontade, não te convido a ires ao meu quarto porque aquilo está uma confusão e eu tenho vergonha – confessei meio sem jeito – Mas, depois eu convido-te, quando aquilo não estiver a parecer um campo de batalha, está bem?
Ele assentiu, com as mãos nos bolsos, meio sério.
- Estás estranho, hoje… - dei de ombros enquanto comecei a subir as escadas – Fica á vontade. Vou tentar não demorar muito. – brinquei.
Quando desci, já pronta, 15 minutos depois, ele estava a ver as minhas fotos espalhadas pela casa.
- És tu, não és? – apontou para uma foto de uma bebé, de uns 10 meses.
- Sim… Era super gordinha, não era? – abanei a cabeça. Naquela foto eu estava de fralda apenas, a pele dourada e o meu cabelo preto na foto estava pequeno todo despenteado, mas com um lacinho cor de rosa. Os meus olhos cinzentos e grandes, desde bebé que tinham longos cílios que com aquelas bochechas sempre que ria quase escondia os olhos. E estava com o queixo babado, a rir-me só com dois dentes – Ey, não olhes ok? Estava com as maminhas á mostra!
Ela riu divertido, enquanto olhava a foto e depois olhava para o meu decote da t-shirt branca, fazendo-me ficar um bocado tímida.
- Parece que eles cresceram…
- Ahaha, muito engraçadinho!
- Eras um bebé lindo, o que não é de estranhar.
- Obrigada…
- Realmente, a tua mãe tem aqui registados tu com imensas coroas, miss beleza – brincou.
- Eu disse-te… Vamos? – disse, querendo tira-lo dali, porque estava na ficar um pouco sem saber o que dizer.
- Vamos…
Fomos a ouvir musica, e depois paramos num café, que nos dava a paisagem das lindas praias de Miami, enquanto bebíamos um sumo.
- Então… Não me querias contar uma coisa? – disse sério, enquanto olhava para o mar. – Algo sobre estares apaixonada sobre um gajo que conheces-te ontem.
- Não é um gajo! – revirei os olhos – É um rapaz educado e cavalheiro. Não um gajo!
- Tanto faz.
- Tanto faz!? – perguntei, mas saiu como uma exclamação – Quer dizer, tu não deves estar bem a perceber! Edward, é tão perfeito!
- Edward? Não conheço nenhum Edward… Anda na nossa escola?
- É que és tonto! – gargalhei com a brincadeira de Ryan – Isso queria eu, que ele andasse na nossa escola! Quer dizer, de nada adiantaria, já que ele é completamente apaixonada pela namorada…
- Tenho certeza que vais resolver esse inconveniente?
- Hã? – não estava a perceber nada do que Ryan queria dizer. Parecia que ele estava a falar daquelas coisas da politica, onde eu simplesmente me limitava a ouvir.
- O que quero dizer, é que, tenho certeza que ele pode muito bem deixar a namorada se tu te empenhares em seduzi-lo… - falava, ainda a olhar para o oceano.
- Ryan? – chamei baixinho – Do que é que estas a falar?
- Sentes-te incomodada em demonstrares essa tua paixão obvia a um rapaz comprometido? – olhou-me atentamente – Acho que fazes bem. Fazes muito bem…
- Ryan, bateste com a cabeça? – inclinei-me para a frente, baixando os óculos de sol, para o ver bem. Ele não estava bem, só podia, ou eu é que tinha batido com a cabeça. Porque o que ele dizia não fazia sentido. Não era do sol, já que estávamos numa esplanada, mas estávamos numa mesa á sombra.
- Não. – olhou-me confuso – Só te estava a elogiar pela tua escolha de não queres nada com esse Edward, por ele ser comprometido. Mostra maturidade, sensatez e sensibilidade da tua parte… - começou a beber o sumo de laranja enquanto eu percebi e comecei a ri, enquanto abria a minha mala e tirava de lá o livro de twiligth e mostrei-lho abanando o livro ao lado do meu rosto.
- Eu estava a falar do Edward Cullen! Twilight!
Não sei como avaliar a reacção de Ryan, porque ele estava a beber o sumo e simplesmente… Cuspiu tudo para fora. Os meus óculos escuros ficaram com pingas de sumo de laranja, e senti o sabor do sumo nos lábios, junto com a t-shirt molhada.
- Oh não! – Ryan ficou tão vermelho como eu nunca tinha visto ninguém. Todo o seu rosto ficou vermelho, e pescoço. Enquanto ele se levantou rápido e atrapalhado aproximou-se de mim, com toda a gente a olhar para nós. – Caroline, eu lamento tanto… - dizia baixinho enquanto pegava em papeis e me entregava para limpar o rosto, e me tirava os óculos de sol.
Eu lancei a cabeça para trás e comecei a gargalhar que nem uma deficiente mental. Mas aquilo tinha tanta piada. Porque ver a cara dele, antes, durante, e depois de me ter molhado foi a coisa mais engraçada do mundo. E eu não percebo como ele não se ria, porque imagino que a minha cara ao receber o sumo no rosto tinha sido tão engraçado. Ele ajoelhou-se ao meu lado e começou a acompanhar-me nas risadas, e toda a gente na esplanada começou a gargalhar também.
- Isso significa que não estás chateada comigo? – perguntou hesitante enquanto depois das gargalhadas limpava o meu rosto, quando insistiu para ser ele a fazer isso.
- Não. Está tudo bem, foi muito engraçado. Dói-me a barriga e o maxilar de tanto rir!
- Sinto-me um imbecil por fazer estas figuras! – lamentou-se enquanto limpou os meus óculos de sol – A tua t-shirt branca vai ficar manchada…
- Sem problema. – sorri e tirei a camisola. Ryan corou e desviou o olhar. – Estamos numa esplanada na praia, Ryan. – revirei os olhos apontado para as pessoas. A maioria estava na esplanada de biquíni e eu estava de shorts curtos de ganga, chinelos do dedo, e agora com a parte de cima do biquíni simples e preto. – Não sejas pudico!
- Olhem só quem veio até á praia! – gelei quando ouvi o riso em forma de porco, e o olhar gelado de Ryan subia para o dono dela, rodeado do meu antigo grupo.
Então? Que tal, gostaram? o.O
Comentem, que eu já tenho assim muitas saudades de ler coments e responder :D
Não sei vocês, mas eu tinha mesmo saudades disto por aqui! xD
Ah, o próximo capitulo que irei postarei, vocês querem de “Quase sem Querer”, ou “Profanação”? Qual preferem?
Lá para segunda está bom para postar?
Beijinhos grandes! :*
E já sabem… Comentem! xD
Ah, o próximo capitulo que irei postarei, vocês querem de “Quase sem Querer”, ou “Profanação”? Qual preferem?
Lá para segunda está bom para postar?
Beijinhos grandes! :*
E já sabem… Comentem! xD