terça-feira, 29 de junho de 2010

24º Capitulo - Inferno - Meu e Teu.

Aqui vai o ultimo capitulo. (nem acredito que cheguei até aqui!) Espero que gostem. E que passem um bom tempo a lê-lo. (para quem lê) :P


Este é para todos nós que lemos e vimos a evolução dos personagens. Eu sei que em algumas pessoas provocou lágrimas e risos. Sei que se identificaram com as personagens e que se tornou mais que uma simples história. Sei que ficavam “acampadas” no blog praticamente o dia todo (em certos casos o dia todo mesmo) à espera de capitulo. Que liam a fic até as duas da manha com frequências no dia seguinte (certo margarida?) que ficavam á espera do capitulo nem que fosse á meia-noite e depois comentavam apesar da hora! (Soraya ás vezes era tão tarde e o teu coment sempre lá! assim como a Margarida que enviava e-mail mesmo ás 2 da manha! :P Adoro isso! ;)) Pessoas que viram nascer a história e que se tornaram amigas.
Pessoas que fizeram isto valer a pena.


Os personagens como Alain, Alex, Nikka, Kawit ( a badalhoca ;)) O "vurro" do Michael, Nereida e o medo dos planos da Nikka ( quando bebeu de mais tambem! ;)) a Jullianne, o pai da Nikka foram acarinhados por todos! Obrigada por isso! ;)


É verdade, A Rita Cullen disse que se ninguem quiser o Alain, ela fica com ele! ;)
Pode ser? XD
Team Alain, Rita? :D


Todos sabem a quem me refiro. Ritas (Batista, cullen, ritinha646), jana, mafalda, , martas (boo e marta, martinha Black), Maggie, bruna, Marisa, Isabella-Samantha, Xana, lobas (catavita) ;) Vítor, Sofia, Inês, verita, lisa, barbara b, margarida, soraya, lusa Fátima , aos anónimos, á cat, á catiatwilighth, md, samara, M mon, Emily, Raquel, Katty, Andreia, a minha melhor amiga Marília, Drica’s, ello … e a todos que nunca comentaram. (se esqueci alguém, por favor digam! ;))
Todos foram importantes. Muito obrigada!
A todos vocês, quero que saibam que “Amor & Sangue À Meia-Noite” não seria o mesmo sem o vosso apoio.
Muito obrigada! (mais uma vez! :P)









Abri os olhos.
Estava no colo de Alexander. Aquele que me tinha condenado.
Olhei o seu rosto que me olhava deslumbrado e cheio de amor. Embalava-me e sorria-me.
O seu rosto que agora poderia ver muito melhor. Ver com olhos de falcão, olhos de vampiro. Um puro. Era mais belo que tudo. Mas belo que recordações que guardava.
- Este é o primeiro dia da tua vida. – sorriu – Amo-te.
Os lábios dele roçaram os meus, num beijo simples e carinhoso.
Afastei-o e levantei-me.
Sentia-me tonta e meio aos tropeções, entrei na casa de banho e fechei-me lá dentro.
Caminhei para o chuveiro. Despi a bata do hospital e entrei dentro do box. Liguei a água.
Água fria, pois a quente lembrava-me dele. Não queria.
A água caia pelo meu corpo, acalmando a temperatura elevada que sentia. A minha pele queimava, o meu cérebro fervia.
Enquanto esfregava o meu corpo branco, percebi que assim que esfregava os braços, os pequenos pelos ruivos caiam. Os pelos deixavam de cobrir o meu corpo e não sabia o porque. Não sabia o que acontecia comigo. Que eu saiba isso não acontecia. Mas os finos pelos caiam e escorriam pelo ralo. Envergonhada reparei que acontecia o mesmo até com pelos púbicos. Sentia-me nua, não era eu. Alexander não era assim, lembrava-me perfeitamente dos momentos em que brincava com os pelos suaves do peito dele. Seria uma coisa de fêmea?
Parecia que me transformava em algo como uma estátua. Perfeita de mais, inalcançável. Era assustador.
Ainda tonta saí do chuveiro. Pinguei tudo, e limpei-me numa toalha felpuda. Enrolei-me num robe preto que estava por lá.
Seria aquele corpo o meu? Aquele corpo que no fundo não tinha alterado muito. Tinha a mesma estatura, continuava esguia e as curvas eram delicadas. Mas a pele era mais branca, sem nenhuma imperfeição. Pequenas marcas que tinha nos joelhos, fruto de quedas quando era pequena tinham desaparecido. Não havia nada que pudesse apontar como um defeito.
Era perfeita, não existia um único defeito.
E sentia nojo disso. Simplesmente não era eu. Simplesmente aquele corpo fora construído como uma mascará, uma pele que não era minha.
Respirei fundo e olhei para o espelho. Avaliei melhor a imagem lá reflectida.
Era eu, sim. Mas… Estava perfeita.
Os meus traços eram os mesmos, mas a minha pele era perfeita, estava mais branca, mais branca que o próprio Alexander. Branca como a lua. E os traços estavam meticulosamente alinhados. Algo que nunca aconteceria, sem ser pela peculiaridade de ser transformada num puro.
Puro. Aquela palavra criava-me ânsias. Desespero.
O cabelo estava igual, talvez mais deslumbrante e brilhante. As sobrancelhas e cílios continuavam avermelhados e belos.
E cada traço do meu rosto parecia desenhado minuciosamente. Realmente, nunca tinha visto mulher tão perfeita como eu.
Formava a mais perfeita máscara de beleza.
Esbocei um sorriso irónico e conheci as covinhas que apareciam na bochecha. Os meus dentes, absurdamente alinhados e brancos. Toquei os meus lábios e eles tinham a mesma textura, mas agora era óbvio a perfeição das linhas.
Perfeita. Sempre a mesma palavra. Perfeita, perfeita e perfeita.
E… Não senti nada além de uma profunda onda de ódio.
Aquela não era eu. Não era perfeita e gostava disso. Gostava de ver a pequena cicatriz que tinha no queixo, praticamente invisível, mas que fazia parte do meu passado, da minha história. Que agora tinha desaparecido. Gostava das pequenas imperfeições, gostava de ser imperfeita na humanidade.
Os meus olhos continuavam grandes e verde-esmeralda.
Mas havia uma diferença. Não eram gentis e brilhantes.
Estavam cruéis. Com sede de vingança. Brilhavam pela crueldade. Frios.
Porque agora eu era assim.
Não queria aquilo, nunca quis. Sentia-me presa dentro daquele corpo que não era meu. Sentia-me desconfortável, sentia nojo.
Não sentia o coração bater, parado para sempre.
Não era humana. E a humanidade é um presente que tivemos o privilégio de receber.
Um presente abençoado que me foi roubado. Roubado por um acto egoísta.
E era fadada a viver para sempre assim. Décadas, séculos, milénios.
Alexander não podia ter feito aquilo comigo. Simplesmente não podia.

Afastei-me do espelho. Tinha-me despedido de uma Nikka que não existia mais. Não era a Nikka humana. Não era a “pequena e frágil humana”.
A raiva subia-me ao rosto e poderia ter jurado que o espelho reflectiu o meu rubor raivoso. Mas só poderia ser a minha imaginação, pois os vampiros não coram. Aquilo que tantas vezes desejei que não acontecesse, pois reflectia os meus sentimentos, agora provocava-me saudades. Tinha saudades de roborizar.
Dei um murro no espelho que se partiu em mil pedaços. Olhei o meu punho.
O vidro tinha cortado a minha pele, muito pouco mas tinha. Podia sangrar?
Parecia que sim, pois uma gota de sangue vermelho vivo saia de um pequeno furinho.
Estranho. Pensei que teria uma pele impenetrável, talvez com o tempo ficasse. Mas agora a gota de sangue vermelho vivo escorria pela minha pele.
O sangue do meu criador misturado com uma pequena parte do meu.
O meu criador. O meu Rei.
Um sujeito que não teria o meu agradecimento, só a minha profunda revolta.
Ele tinha-me condenado. Condenado o que podia sentir por ele.






Limpei o sangue numa toalha e percebi que os cortes lentamente iam desaparecendo da minha pele, coravam-se. Mais uma prova da minha inumanidade.
O corpo delicado e deslumbrante que possuía era firme mas estranho para mim. Cada passo que dava, parecia uma criança a aprender a caminhar.
Voltei para o quarto e Alexander estava lá.
- Tornaste-te numa imortal perfeita. A minha criação. Nada se comprara a tua beleza. Deslumbrante.
Aquela voz suave, levemente rouca e cheia de amor e veneração… Provocava-me nojo.
Ao olha-lo não podia negar que ele era belo. Cheio de charme, sexy e deslumbrante.
O homem mais lindo e perfeito que vi, e que algum dia existiria.
E agora com a visão de um puro, percebia ainda mais a sua perfeição. Percebia que o seu corpo era poderoso e feito para batalhar. Feito para dar prazer. Dar e conquistar.
Tomar sem hesitar. Ele quis, e ele conseguiu.
Lindo e perfeito, como sempre tinha sido. O homem que me tinha tornado mulher, que me amara com o corpo e com o coração.
O homem que me tirara tudo.
Quando humana, bastava um olhar para ele e o meu coração voava. Sentia uma paixão imensa.
Mas agora não.
Não sentia.
Simplesmente não podia sentir, não podia.
Vampiros não amam. E eu… não o amava mais.
A única coisa que podia sentir por aquele repudiante ser era ódio, raiva e dor.
Tudo a um nível que um humano jamais poderia entender. Algo que para mim era novo e incontrolável.
- Porque me fizeste isto? – a minha voz estava mais suave, mais… perfeita.
Não era a minha voz.
O sorriso desapareceu do seu rosto. Uma expressão triste apareceu nos seus olhos. As mãos deles passearam pelos seus cabelos num acto nervoso. Um acto que conhecia bem, que o tornava belo.
Um acto que agora me enervava.
- Porque não poderia existir num mundo onde não existisses. Não poderia ficar aqui sem ti. Não te podia seguir e num acto egoísta prendi-te aqui comigo. Um dia vais perceber. Sei que vais, porque amamo-nos.
- A única coisa que percebo é que me condenaste. – soltei um rugido cheio de dor e revolta – Tiraste-me tudo! Neste momento a minha família chora a minha morte! A última imagem que recordo deles é uma imagem de dor e desespero! Ainda consigo ouvir os gritos do meu irmão a querer entrar no fogo. Consigo ver a dor do meu pai. A minha família.
- A tua família agora sou eu. Nikka, somos só dois agora. Vêm para mim. – abriu os braços e uma lembrança dele apareceu na minha mente. Quando ele me beijara para primeira vez, ele abrira os braços e dissera “Dança comigo, Nikka”. Vi a humana que era, envergonhada caminhar para ele. A tola apaixonada, a burra adolescente.
Não agora. Agora era uma adolescente imortal. Não era tola, e certamente não era apaixonada.
- Não és nada para mim. Nada além de alguém que desprezo. Eu odeio-te Alexander King.
- Não podia deixar-te ir. Lamento que te sintas assim. Não é desculpa, mas eu amo-te. Podes vir beijar-me? Por favor? Vou fazer essa mágoa ir embora. Prometo.
- Não. – fechei as mãos em forma de punhos. Sentia raiva.
- Mas eu sinto a tua falta. – passou a mão pelo rosto – Estes últimos tempos foram um inferno. Não me podes culpar por querer cuidar de ti. Não estou arrependido. Faria de novo. Ao menos estás aqui viva na minha frente. A minha Nikka não podia morrer.
- Não estou viva! Não sou a Nikka! Sou a porcaria de um monstro, um morto! Não sou eu! – uma lágrima de sangue quente caiu pelo meu rosto – Porquê? – fechei os olhos com a dor que sentia.
Um vampiro sente muito mais que um humano. Tudo a um nível superior.
O ódio que sentia era inimaginável. A dor impossível.
- Porque te amo. – apenas disse.
Caí ao chão. Sentia-me mal.
- Eu odeio-te.
- Não digas isso, por favor!
Tentou aproximar-se de mim, mas com o meu rugido afastou-se.
- Vampiros não amam, Alexander. E agora… Sou um. Tudo o que sinto por ti é nojo e ódio. Queria poder matar-te.
Ele virou o rosto para o lado e limpou os olhos. Chorava.
- Era um risco. Sabia que poderias não levar o amor que sentias por mim para a tua nova vida. Mas ao menos estás aqui. Iria acabar sempre assim.
- Não devia ter acabado assim! – Gritei desesperada – Ou devia ter morrido em paz na operação ou quando fosse velha. Devia ter-me despedido de ti um dia. Antes que me arruinasses. No dia em que dancei contigo e abrimos a porta que nos aproximou, foi o que me levou aqui! A uma imortal repudiante!
- No fim, acabarias sempre aqui. Acabaria por convencer-te, acabaria por transformar-te. – sorriu triste – Se não bem, ou ao mal.
- Deus, como te desprezo!
- Tu amas-me, da mesma forma que eu te amo.
- Não. – cuspi com nojo – Não mais.
- Só tens de tentar encontrar esse amor. Ele vive aí dentro, com tempo e paciência vais descobri-lo.
- Cala-te! Não percebes? – agora fui eu que sorri. Sorri maldosa – Não quero descobri-lo. Ao tornas-me nisto – gesticulei para o meu corpo – Destruis-te tudo. Não sou mais tua, nem nunca serei.
- Não digas isso – pediu atormentado – Farei de ti minha rainha! Dou-te o mundo! Dou-te o meu amor. Nem em um milhão de anos, poderei para de te amar, Nikka!
- Mão quero nada que venha de ti! O que vou fazer agora? – perguntei desesperada – Não tenho nada! Nem roupa! E… Não tenho a minha humanidade. Deus! Sou a porcaria de uma vampira!
- És a minha Nikka!
- Não sou! Cala-te! Não abras mais a boca! A tua presença contamina-me, a tua voz mete-me nojo, olhar a tua cara faz-me sentir vontade de vomitar.
- Nikka… - uma lágrima escorreu pelo seu rosto – Não digas isso. Por favor…
- Não me chames Nikka. Nikka é uma maneira carinhosa que aqueles que gostam de mim usam. Não voltes a prenunciar o meu nome. Fico mais suja cada vez que o prenuncias.
- Vais perdoar-me um dia. Vais aceitar-me. – tentou aproximar-se de mim, mas parou de tentar porque levantei-me e a cada passo que ele dava eu dava outro para trás – Ficas-te comigo depois de descobrires o que era.
- Não percebes que isto é outro nível? Outra dimensão? Arruinaste a minha vida! O que vou fazer agora? Não posso estar mais com aqueles que me conheciam! Condenada pela eternidade!
- O teu lugar é aqui. Comigo. Pertences ao meu mundo, agora.
- CALA-TE! – respirei fundo – Posso ser uma vampira Alexander. Mas não sou nada tua. Acabou, percebes? Nunca mais vamos ter alguma coisa. Sabes… - gargalhei – Nunca imaginei dizer isto, mas… Vai para a Kawit. Ela quer-te, então vai e afasta-te de mim.
- Nikka…
- Nicholaa! É Nicholaa para ti! Nicholaa ou Brown!
- Nicholaa, - respirou fundo – Este devia ser um momento cheio de felicidade. Tornei-te num ser meu igual. Não existe barreiras. Estamos juntos na morte. Juntos na vida. Juntos na imortalidade.
- Cala-me essa boca nojenta! Não vou ficar nesta merda de castelo nem mais um segundo!
Tentei passar por ele, mas Alexander agarrou-me o braço.
- Não podes ir. Não estás preparada para andar sozinha. E… não te dou permissão para saíres.
- Como é que é?
- Sou o teu Rei. Sou o teu criador. Deves-me respeito.
E aquelas palavras bateram forte. Os laços que apenas vampiros entendem falaram.
Ele era o meu criador, odiava-o. Mas ainda algo dentro de mim me fazia obedecer. E isso era mais revoltante que tudo.
A hierarquia. Ninguém era mais importante que o Rei. E o Rei era o meu criador. Estaria sempre ligada a ele.
- Sim, Rei.
- Não digas Rei como se falasses com alguém que não conheces! Sou o teu Alex, lembras-te? – perguntou desesperado.
- Não te conheço. Não mais. E tu já não me conheces.
- Pára com isto!
- Solta-me! – pedi gélida – Tira essas mãos nojentas de cima de mim.
Ele soltou-me e afastou-se magoado.
- Perdoa-me. Não queria trazer-te sofrimento.
- Sabias perfeitamente as consequências que a tua decisão iria provocar! Odeio-te! Odeio-te! Como te odeio!
- Eu sei. Mas ainda sou o teu Rei e o teu Criador. Não te podes afastar de mim. Deves-me respeito. Deite vida.
- Não! Deste-me morte! Deste-me dor, raiva e desprezo. Por ti e por mim mesma! Desprezo-te e desprezo-me. Odeio-te e odeio-me.
- Eu…
- Oh não… Oh não… Oh não… - agarrei a cabeça e puxei os cabelos desesperada. Em negação. – Não pode… Não pode… Não, não, não!
- O que foi? – perguntou assustado.
- Eu…
Sentia as presas alongadas, os olhos vidrados de sangue. Sentia poder. Sentia anciãs.
Levantei o rosto e fitei-o. Medo, desespero, fúria, anciã, desejo tudo junto.
– Tenho… Fome.
Um sorriso brotou naquele rosto.
E mais uma vez, odiei-o.





Bem… O que acharam?
Devem estar a pensar “isto é o fim? Acaba assim?”
Bem. Aqui vais a surpresa.
“Amor & Sangue À Meia-Noite”, terá uma 2 temporada. :)
Havia coisas de mais por escrever. Então optei por fazer duas temporadas. Desde o inicio que tinha pensado nisso.
A 1 temporada seria aquela onde Nikka era humana e se apaixonava pelo seu professor. Então entrava no mundo dos vampiros.
A 2 temporada será com ela vampira.
Todos querem saber o que vai acontecer com ela e Alex, querem saber como é a relação deles com ela vampira.
Como vai ser a Nikka, o poder dela… A questão dos puros e muito mais, certo? ;)
Se ela o perdoa, o se não é capaz disso.
Eu simplesmente não estava preparada para me despedir “do meu bebezinho”. É a minha primeira fic e tenho um carinho enorme por estes personagens.
Mas não vou continuar já a 2 temporada. Antes disso vou postar a tal fic que eu tinha dito que andava a pensar. Vai ser mais curta que “Amor & Sangue À Meia-Noite”. E quando terminar, vou postar a 2 temporada da Nikka e do Alex.
Gostaram da novidade?
A próxima fic vai ser postada no dia 9 de Julho, mas no dia 5, posto o prefácio e o rosto das personagens.
Espero que estejam aqui para comentar! ;)

Comentem muito! Foi o ultimo capitulo! :D :P Digam qual a vossa cena ou cenas preferidas da fic! ;) Qual o capitulo que gostaram mais. Isso é importante! :P
Pelo menos comentem o ultimo capitulo! ;) Acho que depois destes capítulos todos, mereço não? :P
(Margarida, agora quero saber agora a cenas favorita!:P Nem que seja por e-mail! Tu prometes-te!)

Agora vou responder aos coment's do capitulo anterior! Depois confiram. e obviamente que aos coment´s do ultimo capitulo terão resposta! :)

Eu depois vou fazer uns questionários óbre os personagens de "Amor & Sangue À Meia-Noite". Gostariam que passasem por cá e comentassem! :)

Hoje joga portugal, vamos lá ver se passa ! Espero que sim! :)



Simplesmente tenho a dizer que adorei postar a fic no blog. Valeu a pena para conhecer pessoas fantásticas como vocês.
Os comentários que deixaram e que me faziam rir e até chorar(sou uma chorona assumida). Sorria quando lia o que escrevia, quando diziam que gostava do que escrevo.
O apoio incondicional que me deram… Não tenho palavras.
Simplesmente obrigada por lerem a minha fic, que com carinho escrevi para vocês passarem um bom tempo a ler e se divertirem. O meu “salário” foi os vossos coment’s, conhecer pessoas que formaram a minha família do blog. Ganhar amigos.
Obrigada. Por tudo.
São os melhores leitores do mundo! :) E eu a mais sortuda por ter o privilégio de lerem a minha fic. Muito obrigada.
Beijos.
Ar

Vejam uma surpresa que eu tive! :) Da Margarida e da Soraia! Comentem! :)

http://fics-da-ar.blogspot.com/2010/06/surpresa-amigas-unicas-d.html


Aqui fica aquele video que no capitulo da Primeira vez, fiz. Para os leitores! :)

Já sabem que era o meu primeiro video e não tenho lá muito jeito para essas coisas. De qualquer forme, está para uma despedida da 1 temporada! Vejam em ecra inteiro!


Beijos grandes!

Surpresa! - Amigas unicas! :D

A Soraia e a Margarida, enviaram-me um e-mail que me fez chorar como um bebé!
Elas são perfeita! Já sabem isso também! :P
Como é obvio, já lhes agradeci por e-mail. E pedi para postar aqui, porque elas fizeram uma montagem (linda de morrer!) e todos têm que ver!
Ok, sempre que a vejo fico babada! - o que já aconteceu 1000000000000000 de vezes!
Obrigada mais uma vez menina!

Agora comentem lá, e digam se não está perfeito?
Elas são mesmo queridas, não são?
:D

Comentem, elas merecem!




“Uma imagem diz mais que mil palavras”, e por isso decidimos, em conjunto, criar uma que agradecesse o maravilhoso e incomparável presente que nos deste. Foi o melhor presente que alguma vez recebemos. Foi mais que um simples presente, foi uma grande honra.


Apesar de não nos conhecermos pessoalmente, o que esperamos devotamente que aconteça um dia, é um grande privilégio podermos chamar-te de amiga. Além de ter sido fantástico conhecer o teu blog, pela história que ficamos automaticamente fãs, foi óptimo conhecer-te. Sabes que tens aqui duas amigas para a vida, para tudo o que precisares.


E acima de tudo temos imenso orgulho em ti. Tu tens um dom. És um diamante em bruto, querida. Toda a riqueza, toda a graciosidade do que escreves está dentro de ti. Está dentro de ti todo aquele poder de transmitir um rol de sentimentos que nos deixa totalmente extasiadas, deslumbradas com tanto talento.


Só temos de te agradecer por tudo aquilo que nos deste de todo o coração sem nunca pedir nada em troca. Seja escrita, tempo dispensado, sejam horas de trabalho, seja preocupação, ou até uma palavra amiga. É nisso que vive a amizade. Por isso, tomamos a decisão de nos juntar, para te retribuir tão magnífica oferenda. Para que percebas o quanto te venera-mos e gostamos de ti. Para que fiques com uma recordação nossa.


Nos piores e nos melhores momentos olha para esta imagem, e lembra-te que tens aqui duas pessoas que te adoram, e que te irão apoiar em tudo por mais voltas que esta vida dê.
Apesar de não se poder comparar ao presente que nos deste, foi feito com toda a dedicação e carinho que tu mereces. Demos o nosso melhor. Esperamos que gostes.


Soraia e Margarida


domingo, 27 de junho de 2010

23º Capitulo - Morte e Paraíso

Este capitulo vai para a minha melhor amiga e vizinha louca.
A minha M! :P

Espero que todos gostem. :)



Pegou na minha mão e enquanto me olhava apaixonado nos olhos, beijo-a.
Foi esse o seu erro. Quando foquei a estrada, era tarde de mais.
Gritei.

Então vi. Só tive tempo de olhar assustada para Alexander, e ele retribuiu o olhar assustado. Em fracções de segundos, estava em cima de mim, a formar um casulo impenetrável.
Ouve um som ensurdecedor e o camião enorme que vinha a alta velocidade, descontrolado, chocou-se contra o carro de Alexander.
Senti dor, e soltei um grito. A visão turvou-me e ao longe ouvi a voz de Alexander a chamar-me.
Tudo tinha acabado. A colisão tinha amassado completamente o carro de Alex, e ele ainda estava a protege-me.
Havia fumo e os meus pulmões tinham dificuldade para trabalhar. Doía-me a cabeça. Doía-me o corpo todo. O corpo quente de Alexander estava colado ao meu, separava-me da chapa do carro que colava-se às costas dele. Carro que ficara destruído assim como a frente do camião.
- Nikka! – a voz de Alexander estava verdadeiramente assustada, o que me fazia desejar livra-lo do medo. Mas a minha cabeça ainda girava confusa, os meus olhos ainda não conseguiam ver sem aquela névoa. – Fala comigo! Diz alguma coisa, por favor!
Como resposta tossi com dificuldade. A garganta doía-me.
- Vou afastar o metal. Junta-te a mim para não te magoares nos destroços.
Ainda tonta, fiz o que ele mandou. E o som do metal a ser rasgado foi arrepiante. Mas rápido ele tirava-me do carro. Pousou-me no chão, encostada a um poste que iluminava a estrada. Afagou o meu rosto, totalmente descontrolado.
Sentia um líquido quente escorrer pela testa. Toquei confusa e quando olhei para a mão, percebi ser sangue. Também percebi que o sabor a metal que tinha na boca, era também sangue.
- Onde dói? – Olhei Alex, e tive vontade de chorar. Não pela dor que sentia, mas pela sua expressão.
O meu amor olhava-me apavorado, sem saber bem o que fazer. A dor nos seus olhos, era angustiante. Tentava parecer calmo para não me assustar, mas as mãos trementes que seguravam a minha mão ensanguentada, desmentiam isso.
Ele repetiu a pergunta.
- Aqui… - levei a mão á cabeça e com uma careta de dor descobri que tinha um corte profundo na fonte direita. Levei a mão às costelas. – E aqui… - o meu corpo doía todo, devido ao embate, mas eram ali que doía mais.
Atrapalhado, começou a rasgar a minha camisola para apalpar o meu abdómen.
- Tens as costelas partidas. Oh meu amor! – acrescentou angustiado – Respira com calma.
Assenti e fiz o que ele mandou. Alexander segurou o meu rosto, enquanto foi beijar o corte. Deslizou a língua por ele. Era tão cuidadoso que nem doeu. Sabia o que ele fazia. Tratava de cicatrizar.
- Foi uma mensagem de Menez.
Alex ficou tenso e olhamos para o som da voz. Uma mulher que saía do camião. Então com um sorriso nos lábios espetou uma estaca no coração. E o seu corpo começou a desfazer-se em cinzas na nossa frente. Alex soltou um rugido, e voltou a concentrar-se na minha ferida.
- Pronto Nikka. – beijou atrapalhado a minha boca ensanguentada – Agora vou pegar em ti com calma.
- Ok. – ia afagar o seu rosto, mas acabei por desistir porque tinha as mãos com sangue e não queria sujar o seu perfeito rosto.
Ele estava alterado. Estava um vampiro. Não sabia se era pela fúria, ou pelo cheiro do meu sangue. Talvez ambos.
Quando pegou em mim ao colo, como se fosse uma criança não pode segurar as lágrimas. Doía. Não disse nada, pois sabia que Alexander sofria ao ver-me assim.
Voltou a beijar-me calmamente e senti a língua dele passar pelos meus lábios que tinham sido cortados pelos dentes no embate. Sabia que já estava cicatrizado. Então, ele escondeu a minha cabeça no seu pescoço e levantou vou-o.
Subimos e os destroços do acidente explodiram em fogo. Sentia o vento esvoaçar o meu cabelo. Não tinha frio, pois Alexander estava quente. A dor já começava a abrandar.
Rápido chegamos ao castelo. Alex gritava ordens noutra língua.
- Que aconteceu? – Alain tinha saltado de uma janela e aterrado ao nosso lado – Nicholaa? Ela está bem?
- Sim. – um rugido furioso saiu do peito de Alexander – Mata todos do clã Menez. Cada um, mesmo que digam que não fazem parte da revolução. Leva a Kawit, e não voltem até terem dizimado cada um deles. Descobre quem os anda a ajudar. Agora Alain!
Alain rápido acatou as ordens e no minuto seguinte quando Alex subia as escadas, ele e Kawit passaram por nos. Kawit olhou-me, mas ao contrário do que pensei, ela não sorriu desdenhosa. Não mostrou qualquer reacção. Simplesmente estava concentrada na sua missão.
- Jullianne! – chamou Alexander.
- Sim? – Jullianne num segundo estava ao nosso lado – Procura Alonzo.
- Quem é Alonzo? – perguntei.
- Ele é o medico dos alimentadores aqui no castelo. Irá tratar das tuas fracturas. – o seu rosto ficou sem expressão – Poderias ter morrido com o embate.
- Estou bem. – assegurei.




Mas não estava. Não pelo acidente. Fui levada para uma sala do castelo, onde parecia um hospital. Os humanos que lá estavam pareciam felizes. Percebi que eram utilizados para o tal de Alonzo estudar os humanos, e quando não servissem para mais nada, seriam utilizados como alimentos dos vampiros.
Doentio.
O tal Alonzo, que era um homem de 40 anos, enfaixou-me. Tinha partido três costelas. Mas já nem tinha dores. Ele dera-me um medicamento. Tinha tomado um banho e vestia uma camisola larga de Alexander, já que as minhas malas arderam quando Alex explodiu com os destroços.
Então não percebi porque aquela expressão no rosto do homem ao caminhar para perto de mim e de Alexander.
Alexander ficou tenso.
- O que foi?
- Rei… Eu lamento dizer, mas… A situação não é muito boa… - Alonzo tinha um sotaque carregado, mas dava perfeitamente para perceber.
Mas então começou a falar com Alex noutra língua. Em cada palavra, a expressão do meu amor, tornava-se sombria. Provavelmente Alexander mandou Alonzo sair, porque ele olhou-me e depois saiu.
- Que foi? – perguntei alarmada.
- Nikka, eu…
- Fala de uma vez.
- Quando Alonzo fez exames à tua cabeça, descobriu um antigo ferimento…
- O quê?
- Tens um coágulo no cérebro Nikka! – disse exasperado e passava as mãos pelo cabelo nervoso.
- Mas... – acho que a notícia ainda não tinha entrado bem na minha mente. – Posso sempre operar…
- Não. Não pode ser operado. – Alexande fechou os olhos, e pode ver que uma lágrima de sangue escorria pelo seu perfeito rosto.
Então percebi. Eu ia morrer.
- Mas… - engoli em seco. – Oh! – imagens apareceram na minha mente – Foi naquele dia! Alex, quando discutimos pela primeira vez! Discutimos porque tinha ido andar de skeit! Caí e bati com a cabeça.
- Nikka… - beijou a minha mão enquanto tremia assustado.
- Eu… Leva-me ao meu pai.
Ele olhou-me com os olhos ensanguentados. Não por se ter tornado num vampiro, mas por chorar. Respirei fundo e toquei a sua bochecha.
- Leva-me para casa.

Então tudo se passou rapidamente. Parecia uma morta viva. Não queria falar com ninguém. Alex sempre estava ao meu lado, mas também optava pelo silencio. Ele levou-me de volta para casa.
Fiquei no quarto enquanto Alex falava e contava ao meu pai que… ia morrer.
Então, na mesma hora ele levou-me para um hospital. Fiz testes durante toda a semana.
- Alex. – segurei a mão dele.
Estávamos no hospital, no meu quarto. Fitávamos a tv que exibia desenhos animados. Tom & Jerry. Só para passar o tempo.
Alexander ficara ao meu lado sempre. Deveria ser o meu pai, mas Alexander não deixara margens para dúvidas sobre quem iria ficar. Só se ausentava por algumas horas, quando ia dormir, sabe-se lá onde.
- Sim? – colocou uma mecha de cabelo meu, atrás da orelha.
- Lamento.
- Porque? – beijou o meu nariz.
- Por te ir abandonar. Eu… Desculpa.
- Não. – olhou-me furioso – Não digas isso. Não quero ouvir.
- Mas…
- Shhh – calou-me com um beijo.
Algumas horas depois, o meu médico apareceu junto com o meu pai e o meu irmão.
- Então, como anda a cabeça de fósforo? - riu o meu irmão.
- Cala-te cabeça oca! – lágrimas marejaram os meus olhos.
O meu irmão desviou os olhos castanhos dos meus. Fitava subitamente atento a tv.
- Nikka. Temos uma alternativa. – o medico avaliava os papeis na sua frente – Podemos operar.
Alexander ficou rijo.
- Não podem. O médico que a avaliou disse era impossível.
- Bem, eu tenho outro diagnóstico.
- Está errado. O médico que examinou Nikka tem muitos conhecimentos. O corpo humano não tem segredos para ele. Anos e anos de pratica.
- Pois eu digo que pode. Sou médico á 10 anos. Nicholaa não é o meu primeiro paciente com coagulo no cérebro.
- Eu disse… - apertei a mão de Alexander para ele parar. – Nikka. – baixou a voz para mim – Alonzo examina humanos á 170 anos. Conseguiu corar enfermidades como HIV em certos pacientes. Não ouças este impostor. Alonzo avisou que não te podiam tocar. – olhou-me zangado.
- Deixa o médico falar. – afaguei a mão dele.
- Bem. – continuou o médico enquanto olhava o meu pai - A partir da metade da década de 90, foi desenvolvido um método denominado por embolização por cateter que consiste em introduzir um cateter na artéria da virilha e através do cateter, que é levado até ao aneurisma, promover o bloqueio do aneurisma com inserção de micro molas de platina. – então os olhos do medico fitaram os meus - Nisto reside o tratamento endovascular, também conhecido como embolização. Há casos em que a estrutura vascular do paciente não permite a passagem do cateter. Nikka, estás incerida nesses casos, não existe alternativa a não ser o tratamento cirúrgico.
- E… Vou ter chances de sobreviver? Antes tinha dito que podia viver normalmente com isto…
- Podes. – esclareceu o medico – Só que não sabemos em que momento o cagualo se pode romper.
- Ainda não percebi bem isso do cagoalo… - disse Michael.
- Para não variar. – piquei-o. – Nunca percebes nada.
Ele nem respondeu á provocação.



- Bom. Deixa-me explicar-te de uma maneira mais simples. – o medico falava com o meu irmão – Um coágulo é sangue coagulado, obviamente. Então isso acontece onde possa existir derrame de sangue. No caso da tua irmã, aconteceu quando ela deu uma forte pancada com a cabeça. É muito difícil de se diagnosticar estes casos. E Nicholaa não fez qualquer teste antes de ter aquele acidente. Foi uma sorte no final das contas, pois caso contrario poderíamos nunca ter descoberto antes da ruptura. – o meu irmão estava atento. Como nunca o tinha visto – Formou-se também porque o sangue não tem para onde escorrer.... ao contrário de um simples corte na pele. Com a batida, rompem-se alguns vasos. Existiu sangramento. Se o sangramento ocorresse entre a pele e o osso, Nikka teria um galo... Mas infelizmente ocorreu entre o cérebro e o osso, formando assim um coágulo no cérebro.
O meu irmão engoliu em seco, e eu percebi que lhe custava ouvir aquilo. Acho que ele tinha uma noção das coisas, mas ele sempre tinha sido meio sem noção. Talvez preferisse a ignorância.
- Esse coágulo no cérebro – continuou o médico - por estar preso entre o órgão e a caixa craniana, está a pressionam o cérebro. Como se o teu pé estivesse com uma entorse e inchasse dentro de um sapato muito apertado – voltou a olhar os exames e acrescentou um tanto ausente – Vamos abrir a cabeça e drenar esse coágulo... quando é da caixa craniana para fora é menor perigoso, mas mesmo assim temos fé que será uma operação de sucesso.
- Números. Fale em números. – exigiu Alexander.
- 80%.
Alexander olhou-o furioso.
- 80% de quê?
O medico lançou um olhar nervoso a Alexander e tossiu.
- De as coisas não correrem como planeado – Alexander soltou uma gargalhada maldosa e olhou-o como se lhe fosse arrancar o coração, mesmo ali – Mas são só números. Garanto que será um sucesso. – acrescentou aterrorizado.
- A sua palavra não vale nada para mim. Não vai colocar essas mãos nela!
- Nikka – o meu pai interrompeu Alex. Olhei-o e vi o seu rosto cansado e com dor – Filha… O que queres fazer?
- Não sei. – admiti.
- Não vai ser operada. Fim da história.
- Alexander. – chamei – Também não posso viver com medo de dormir. Posso não acordar! – olhei o médico – Irei acordar da operação?
- Sim.
- Então trate das coisas.
O medico assentiu e saiu. Alex furioso levantou-se e caminhou para a porta.
- Alexander. – ele olhou-me a tentar controlar-se – Espero que o medico não tenha nenhum contratempo. – ele percebia o que queria dizer.
Não me respondeu. Sai furioso.
- Tens a certeza?
- Sim pai. Vai correr tudo bem.
O meu pai estava doente. Sabia que ele pensava que 12 anos depois, como ele mesmo me tinha dito, viriam tirar a mulher da vida dele.
- Nikka. – o meu irmão sentou-se na minha cama – Vais safar-te desta, certo? Algum plano?
- Não tenho um plano. Mas não te vais livrar de mim, cabeça oca.
- Aida bem que não tens planos. Todos sabem como eles acabam.
Sorri maliciosa.
- Michael. Fui eu que roubei o teu autografo do Jordan…
- O QUÊ?
Sorri.
- Quando saíres daqui, vais paga-las. Prepara-te!
- Medo!
Gelei. Ele abraçou-me. Fiquei sem reacção. O meu irmão não me abraçava desde os meus 12 anos, quando no dia de Natal tinha tido pesadelos com a minha mãe.
O meu pai, abriu a porta e saiu. Ainda consegui ver lágrimas caírem dos seus olhos. Senti lágrimas no meu pescoço.
- Michael? – perguntei baixinho – Estás a chorar?
- Não! – afastou-se ofendido e limpou os olhos – Foi a merda do teu cabelo que entrou-me no olho!
- Oh Michael! – ri e lágrimas correram pela minha face – Também te amo, seu miserável.
Ele voltou a fitar a tv.
- É. Eu também. - deu de ombros e limpou mais uma vez os olhos – Mas não vamos dizer mais nenhuma vez isso em voz alta. Todos temos defeitos. – olhou-me a fingir-se de zangado – E o meu autografo?
Gargalhei.





Ia ser operada amanha, de manha. Alexander estava no meu quarto. Caminhava pelo quarto, como se fosse um animal enjaulado.
- Pára Alex. Já me sinto tonta!
- Nikka! – esfregou o rosto alterado – Pela ultima vez, não entres naquela sala!
- Alex… Tenho que tentar.
- Não posso… Não vou permitir… Não consinto…
- Alex. – levantei-me e fui ter com ele – Não é uma alternativa viver a pensar que morrerei na hora seguinte. O médico disse que tudo correria bem.
- Nikka! Aquele médico não percebe nada! Falei com Alonzo, ele disse que se entrasses lá, não saias mais.
- Um vampiro não pode saber isso.
- Foda-se Nikka! – agarrou o meu rosto desesperado – Não percebes que se entrares lá, não te voltarei a ver com vida?
- Alexander. – dei-lhe um beijo no canto da sua boca perfeita – Preferes que não vá?
- Sim.
- Então… - respirei fundo – Não vou. Amanha digo que quero alta.
- Obrigado.
- Sabes o tempo que me dão em média, não sabes?
Silêncio.
- 2 meses.
Ele abraçou-me enquanto tremia com medo.
- Sabes que o tempo corre. 2 meses já serão maravilhosos, mas 2 meses já seria sonhar alto. Parece que foi ontem que te vi pela primeira vez. Vou morrer antes que dês conta.
- Não… Não vou permitir.
- Já imaginas-te se não fossemos á Roménia, se não existisse revolução? Um dia podia-mos amar-nos e quando adormecesse nos teus braços, não acordaria mais.
- Shh! Não fales nisso, por tudo Nikka. Não me deixes!
- Sou uma privilegiada por te ter conhecido. A vida não teria sentido sem ter tido um deslumbre teu. És o meu verdadeiro amor. O meu único amor. Esteja onde estiver, será contigo no pensamento que darei o ultimo suspiro. Eu prometo.
- Não quero que dês um último suspiro!
- Alexander, já tivemos esta conversa. Sabes que prefiro morrer como humana, dói que viver para sempre como vampira.
- Não…
- Alexander. Eu também não viveria até estar pronta. Só me podes transformar quando tiver 23 anos. Não vou chegar lá. – lágrimas caíram pelo meu rosto – E mesmo que tivesse 30 anos, a resposta seria não. Podes perdoar-me?
Ele perdeu as força nas pernas e cai aos meus pés. Como uma criança agarrou-se ás minhas pernas, e chorou. Chorou. E eu perdi as forças e cai ao lado dele também. Ficamos meio ajoelhados, meios sentados agarrados um ao outro.
Um rosnado de dor, sai pelo seu peito. Um anima l ferido. Vi-o morder a própria pele, tentava que a dor física fosse mais suportável que a que eu lhe provocava.
Puxei o seu rosto ensanguentado pelas lágrimas. Beijei os seus lábios. Beijei-o com promessas que não iriam acontecer. Nada ficaria bem.
Não seriamos feliz. A vida era assim.
- Isto é uma despedida? – perguntou aos soluços.
Tremia nos meus braços. Tinha que ser forte por nós.
- Queres que seja? Queres dizer-me alguma coisa?
- Queria ser humano. Queria seguir-te. MAS NÃO POSSO!
A dor batia forte. A minha alma destroçava-se.
- O final perfeito para o amor de uma humana e de um vampiro.
- Não me deixes, não me deixes, não me deixes. – repetia atormentado, vezes sem conta.
- Amor, vou sair daquela sala de cirurgia. Vou sair para ti. Acredita. Vamos ter fé. Talvez Deus, não seja mau para nós.
- Não acredito em Deus. – olhou-me sem forças. O seu rosto completamente ensanguentado. Um anjo que chorava. O meu anjo negro que chorava sangue por mim – Mas já rezei. Nikka… Oh Nikka! Eu rezei horas seguidas, para um Deus que não sei se existe. Implorei-lhe que não te levasse para longe de mim. Achas que ele me ouviu? Achas que ele vai atender ás minhas suplicas? – olhou-me com esperança.
- Eu quero acreditar que sim.
- Acreditas Nele?
- Sim.
- Rezas?
- Sim.
- Pelo quê?
- Para poder olhar para o teu rosto, por mais alguns anos. Para não sofreres se partir.




- Eu estou a sofre. Dói de cada vez que respiro. Dói a cada segundo. Não consigo suportar. Eu amo-te. Eu venero-te. És o meu mundo. Quando olhas para mim… - tocou os meus lábios com os dedos trémulos – Sinto-me um rei. O teu Rei. Sinto-me no topo do mundo, porque… és minha. E cada parte do meu ser é teu. Não é muito, eu sei. Mas cada parte deste coração podre, onde a vida não floresce é teu. És a semente que impregnou o meu coração, a luz que iluminou a escuridão. Se Deus, existe, está a castigar-me. Está a condenar-me. A punir-me. Tira-me a única coisa que me importa.
- Deus não castiga. Deus perdoa.
- Foste o meu milagre. O meu pequeno e lindo milagre. Depois de milénios na solidão, eu encontrei-te. A minha pequena e frágil humana. A minha mortal paixão. Não terei outro milagre. Deus não existe.
- Nisto. – toquei o seu coração que não batia – No vampiro que se apaixonou, no vampiro que sentiu – beijei de leva a sua boca – Eu vejo Deus.
- Diz que me amas… Por favor… Diz que… Não sei. Não pares de falar comigo… Nunca…
- Eu amo-te. Eu venero-te. És o meu mundo. – repeti as suas palavras com todo o meu coração.
- Estás com medo? – perguntou baixinho.
- Sim.
- Se partires, não vai doer. Eu vou carregar toda a dor. A dor de segui uma vida depois de ti. Uma vida depois da tua doce lembrança. Sempre sentirei o sabor dos teus lábios.
- Não tenho medo pela dor. Agora dói. Tenho medo por ti. Medo de ficar sem ti. Prometes-me que vais ficar bem?
- Não. Não vou ficar bem. – beijou as minhas mãos – quero dizer-te que neste momento… Queria ser humano. Queria o teu lugar. Não queria desiludir-te. Queria ser bom o suficiente para ti. Queria ser humano, porque… Assim – fechou os olhos e das suas pálpebras fechadas, lágrimas de sangue correram – Assim podia morrer. Assim saberia que não me comparas a alguém. Que em cada toque poderias desejar que fosse um humano. Que não desejasses que eu fosse outro que nunca poderei ser… Eu só queria ter nascido de novo. Nascido como teu vizinho. Queria dar-te tudo aquilo que desejas. Tudo aquilo que mereces.
- Não continues. – abracei-o forte – Alexander, eu amo-te. - Afaguei as suas bochechas e com a minha camisola limpei o seu rosto até ficar limpo. Mas novas grossas lágrimas brotavam furiosas, sem poderem ser retidas. – Se fosses humano, não te amaria mais. Acho que te devia ter dito isto, vezes sem conta. Admiro-te. Amo-te pelo que passas-te. Pelo que lotas-te e conquistas-te. Amo-te por sentires. Amo-te por me amares, apesar das diferenças. Amo-te, porque viste em mim, mais que uma adolescente problemática. Amo-te por seres o vampiro que se apaixonou. Amo cada parte tua.
- Verdade?
- Juro.
- Eu juro que te amo. Juro pela minha alma.
- Aquela que provavelmente não tens? – gargalhei enquanto lágrimas caiam pelo meu rosto.
- Apanhado! – sorriu – Juro pela minha alma. A minha alma és tu.
- Vais amar-me? – perguntei, embora fosse um pedido.
- Vou amar-te todos os dias, todos os segundos da eternidade.
- Vais sentir a minha falta?
- Sempre e sempre. Cada paço que darei no inferno, será contigo no pensamento. Será com a ânsia do teu toque.
- Beijas-me? – implorei.
- Agora. – engoliu em seco, e com os lábios nos meus confessou – Beijar-te-ei na minha mente vezes e vezes sem conta.



Alexander embalava-me, jurando-me amor eterno. Jurando que viveria na memoria dele. Pedia-me para que também viveria com ele no meu coração.
Claro que ele viveria. Era o meu amor.
Lembro-me de adormecer, cansada pela dor. E acordei com a voz implorante de Alexander.
Ele rezava.
O imortal, indestrutível vampiro rezava.
Por mim. Implorava a alguém em quem não acreditava, em alguém em quem não compreendia.
Rezava com todo o fervor que podia. Dizia ser pequeno perante Ele, que Ele fizesse um milagre. Que salvasse a sua vida. A minha vida. Que me fizesse acordar depois da operação.
A voz do meu anjo, pedia por mim
- Por favor, por favor… Meu Deus, por favor, por favor … Pai Nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome. Venha a nosso o vosso reino
- Seja feita a vossa vontade – rezei com ele. As nossas vozes pediam inspiração divina, mesmo sabendo que de nada adiantaria porque…. A esperança, era a ultima a morrer. – assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos daí hoje, perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido. E livrai-nos de todo o mal. Amém.
- Dorme. – mesmo ali Alexander não parava de dar ordens. Sorri. Era o meu Alex.
- Está bem. – encostei o meu rosto ao seu ombro e fechei os olhos.
- Pai nosso que estais no céu… - Alexander continuou a rezar. Incansável. – Santificado seja o Vosso nome…
E rezou vezes sem conta. Rezou e rezou. Na última esperança do nosso amor.


A manha chegou. A manha eterna finalmente me alcançou. Entre lágrimas, despedi-me da minha família. E nereida também esteve lá. Mas acabou por desmaiar. Gargalhei e entre lágrimas recitei “não sigas a luz”.
O meu irmão chorou e disse que se voltasse para casa, iria fazer uma faixa a dizer “eu amo a minha irmã” na porta, para todos verem. O meu pai disse que até tratava bem Alexander.
Abraçava-os só com um braço, pois ajoelhado ao lado da cama, Alex segurava a minha mão e com os lábios encostados na minha pele… Rezava.
Então a hora chegou. Uma enfermeira veio buscar-me para me preparar para a operação.
Antes de a maca ser empurrada, os lábios de Alex caíram sobre os meus. Pareciam queimar-me. Faziam-me flutuar. Ser feliz.
- Eu amo-te. – murmurou nos meus lábios.
- Eu venero-te. – respondi – Amo-te.
- Volta para mim, por favor meu amor.
Passei a mão nos seus cabelos castanhos, no seu rosto perfeito. A memorizar. Memorizava-o enquanto ele me memorizava também.
- Adeus , meu amor. Adeus minha vida, meu mundo. – os seus olhos encheram-se de sangue – Adeus minha pequena Nikka.
- Adeus meu amor.

E levaram-me.



Estava deitada na maca, dentro da sala de cirurgia. Preparavam as coisas. Fechei os olhos e só pensei no meu amor. Os médicos tratavam das últimas coisas e eu pensava só nele. No meu Alexander.
Então, nem me apercebi que tudo ficou em silêncio. Um silencio assustador. Vazio.
Quando abri os olhos, vi uns azuis acinzentados. Uns cabelos desalinhados, um sorriso perfeito. A beleza deslumbrante.
- Nikka…
- Acabou? – perguntei confusa enquanto ele afagava o meu rosto, sempre com amor. – Não senti… Estamos no céu?
- Paraíso? – perguntou o anjo.
- Estamos?
- O meu paraíso é onde tu estiveres. Então, se estiveres ao meu lado, sim é o paraíso.
- Podemos sentir? – perguntei ao fitar os seus lábios que se abriram num sorriso perfeito.
- Porque? Queres sentir-me?
- Todos os dias. – sorri – Sempre.
A sua língua percorreu os meus lábios, deixando-me ofegante. Tremula.
Sim. Eu sentia.
- Sim. É o paraíso! – sorri, antes da boca dele cair sobre a minha.
Enrosquei os braços no seu pescoço e enquanto ele percorria as minhas costas.
Ele segurou o meu braço e afastou os lábios dos meus.
- Porque estás de branco? – perguntei confusa – A tua cor é o preto. Ficas sexy e perigoso.
- Gostas que seja sexy e perigoso.
- Claro! Não teria piada ter um namorado vampiro que não fosse perigoso nem sexy.
Ele sorriu-me. O sorriso torto.
Sim, era o paraíso. Ali estava o meu sorriso torto. Só meu.
Senti uma picadela.
- O que… - olhei e vi uma injecção na mão do meu anjo que perfurava a pele do meu braço.
Olhei-o sem entender.
- Alex?
- Tudo vai ficar bem. – prometeu.
- Prometes?
- Sim. Vou fazer com que fique.
- Tudo bem. – comecei a sentir-me com sono – Tenho sono.
- Dorme. Estou aqui a tomar conta de ti.
- Eu sei. – sorri – Sempre cuidas de mim.
- Sempre.
Os meus olhos fitaram o chão.
Gritei. Uma mão cobriu a minha boca e escutei um sussurro no meu ouvido:
- Vou cuidar de ti.
Olhei o anjo assustada. Agora via que a sua bata branca tinha sangue. Assim como a sala de cirurgia. Sangue dos médicos e enfermeiras que estavam mortos no chão.
As forças abandonaram-me. As pálpebras fechavam-se. A mão de Alexander deslizou pela minha boca e levantou-me da maca. Pegou em mim ao colo e sai da sala. Ia-mos no corredor e a sala de cirurgia explodiu. Pessoas gritavam por ajuda.
Vi a minha família correr para a entrada da sala. Enfermeiros segurarem o meu irmão para o impedirem de enfrentar o fogo. Vi o meu pai chamar o meu nome ajoelhado no chão. Pessoas a chamarem por ajuda, a chamarem nomes que desconhecia. Nomes dos médicos.
Ninguém parecia reparar que um homem vestido de médico carregava uma paciente.
Ninguém desconfiou quando Alexander me deitou no banco traseiro do seu carro. Completamente drogada.

Acordei horas depois. Reconheci o jacto de Alexander. Então vi-o pegar noutra seringa e mais uma vez drogar-me.
- Vai ficar tudo bem.
Voltei a apagar enquanto fitava os olhos mais lindos que alguma vez vira. Os olhos do meu carrasco.
A lucidez voltou entorpecida, quando estava no castelo de Alex. Quando ele subia as escadas e a minha cabeça prendia para traz. Os meus olhos vidrados viram Jullianne, Alain que me fitavam expectantes. Vi Kawit com uma mascara impenetrável. Todos estavam no fundo das escadas e assim que subíamos, perdi-os de vista.
Senti os lençóis da cama de Alex nas minhas pernas nuas pela bata de hospital.
Ajeitou-me e colocou-me no seu colo.
- Espero que me perdoes. – abraçou-me rápido – Perdoa-me.
E os seus dentes cravaram a minha pele.
Drenou-me. Não doeu, apenas sentia-me entorpecida. O coração a bater fraco, a visão a faltar. O corpo a tremer.
Senti um pulso molhado nos meus lábios. Sabor a metal.
Sangue que escorria pela minha garganta e me davam vida.
Uma vida na morte.
Porque ali Nikka tinha morrido. Seria um morto vido. Uma vampira. Um puro.
E não queria isso.
Nunca quis.



Então?
Por favor comentem muito!
Muito mesmo!
É o último capitulo! Na terça posto o ultimo.
Quem nunca comentou ao menos comente hoje e o ultimo. É muito importante.
Esta história é o “meu bebe”.
Comentem, pois quero saber o que acharam!
Partes favoritas, o que sentiram… Tudo e mais alguma coisa! :P
Ou um simples “eu li”.
Imaginaram que ia ser assim?
P.S-> Que tal Margarida? Surpreendi? Desculpa! Eu disse-te que postaria entre as 8 ou 9 horas. Mas a culpa é do pc! Grrr! Ainda anda doente Filha da mãe! Estive n’s tempo a ver se conseguia aceder! Que raiva! E só funcionou depois de reiniciar!
P.S2-> Vou postar um presente lindo que tive, das maravilhosas amigas que tenho. Margarida e Soraya. Depois comentem! ;) Elas merecem!
P.S3-> Parabéns Rita Cullen! Tudo de bom, tu mereces! :)

sábado, 26 de junho de 2010

22º Capitulo - Discussão (Kawit no seu melhor. Ou não)

Desculpem, mas a net andava completamente louca. Não, na verdade o problema não era da net, era mesmo do pc que não dava para aceder á net. A Soraya avisou ontem que logo que pudesse iria postar. Só agora é que consegui por o pc a funcionar devidamente ;) Mas pronto, cá está o capitulo… :P
Grande para compensar. Bruna, será que está bom deste tamanho? ;) Beijos.
Este capitulo vai para a Barbara B, a lisa à Raquel e à Rita Cullen e Rita Batista :) E ao amigo Vítor que é o único rapaz que comenta ! :)

Divirtam-se todos com o capitulo! :)
Informação: tem partes para maiores. Já sabem como funciona. Quem não quer salta as partes dos ***
Exemplo:
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lkjhgfghjklkjr
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Ok. Cheguei e ia logo embora. Mas simplesmente era melhor do que complicar a vida de Alex. Ele tinha sérios problemas a tratar. Reparei que ele teve que deixar Alain a “tomar conta” de mim e dispensou o poder de Alain, que como ele dissera, era muito útil. Não queria complicar-lhe as coisas.
E principalmente não queria viver aqueles segundos novamente. Aqueles segundos onde Alex entrou coberto de sangue no meu raio de visão.
Organizei as malas ( só abri para tirar a roupa daquele dia e para pegar as coisas de higiene pessoal para tomar banho). Alex andava a fazer algo relacionado com o seu posto. De rei (ainda não consigo vê-lo como um rei. Dos vampiros).
Aproveitei para tomar banho. O meu cabelo já estava seco e Alex ainda não regressara. Já cansada de o esperar saí do quarto e fui procura-lo.
Ainda não conhecia bem os locais do enorme castelo, mas tentei. Era estranho pois não encontrava ninguém lá. Não vi Alain, nem Jullianne. E não encontrei nenhum vampiro.



Mas encontrei Alex.
A raiva subiu até o meu rosto e deixou-o em chamas. Sentia que corava até no pescoço.
Alex estava na sala do trono. Estava com Kawit. E não estavam a fazer grande coisa. Estavam muito próximos. Ela estava colada ao MEU Alex, com as mãos no peito do MEU namorado.
E o pior não era isso. O pior era que o filha da mãe do MEU namorado afagava as mãos dela!
- Interrompo? – juro que não pode dizer nem mais uma palavra.
A essa altura, eles já sabiam da minha presença. Mal entrara os seus rostos fitaram imediatamente o meu e ficaram congelados naquela posição repugnante. O rosto de Alex primeiro ficou em choque, depois gélido. O da Kawit, obviamente estava vitorioso. Eu simplesmente queria amaçar aquele rosto. Não só o dela na verdade.
- Nikka… - eu não ia ouvir o que aquele miserável tinha a dizer!
- Quando terminares, por favor, trata de encontrar alguém para levar para o aeródromo. – saí daquela sala. Queria ter saído e bater a porta com força, numa saída totalmente dramática. Mas aquela porta era pesada de mais para eu a bater assim.
Na verdade eu queria bater em Kawit. Queria bater em Alex. Queria bater em mim mesma. Ser feita de parva, bem á minha frente! Toma na cara Nikka! Vê se aprendes. As lágrimas furiosas queriam escorrer pelo meu rosto. Não permiti. Não ia! Tinha que deixar de ser chorona, filha da mãe! Não ia chorar!
Assim que entrei no quarto de Alex, tive uma vontade enorme de destruir aquilo tudo. Que só foi impedida pela vontade (ainda maior) de destruir o próprio proprietário do castelo.
- Nikka. – vi-o a fechar a porta – Não é nada do que estás a pensar.
Sínico!
- Não sabes o que estou a pensar. – não elevei a voz sequer. Não teria o gostinho de saber que estava preste a desmanchar-me na frente dele. O rubor que me devia cobrir o rosto e o pescoço não dava para encobrir, mas tirando isso ele não iria perceber mais nada.
- Sei perfeitamente. Já conheço como essa cabecinha ruiva funciona. – sorriu torto. QUE FILHA DA PUTA! – Nicholaa, não imagines coisas. Sabes perfeitamente que não é necessário teres ciúmes. Nem da Kawit nem de ninguém.
Eu ia por aqueles dentes brancos e perfeitos a boiarem-lhe no estômago!
- Certo. Apenas trata para alguém me levar a casa.
- Nikka. – disse exasperado e caminhou para mim – Anda dar-me um beijo. – sorriu e respirou próximo do meu rosto.
Tremi de raiva. Ele ia era levar uma valente estaladona na cara! Isso sim!
- Podes meter o beijo num sítio que eu cá sei! – explodi. Eu não queria ter perdido a pose de “não ligo para ti”. Respirei fundo e tentei acalmar-me. (não resultou) – Filha da puta, Alexander! Nem podias esperar eu sair do castelo? Mandas-me esperar no quarto para ires comer a porcalhona na sala de trono? – Estava a um paço de desfazer-me em lágrimas.
O parvalhão riu!
- Achas piada? – tremi com a vontade de lhe marcar o rosto. Nunca que iria magoa-lo, pois ele além de ser um vampiro era um puro e eu uma simples humana. Mas era bom não me testar! – Óptimo para ti, pois vais achar muita piada a isto! – Dei-lhe uma estalada naquela bochecha feia e repudiante. Infelizmente a única reacção dele foi erguer uma sobrancelha. Eu controlei-me para não agarrar a mão que ardia horrores. Foi como se tivesse dado uma latada com, força numa mesa de mármore. Obviamente que a mesa não sofre dano nenhum – Neste momento, Alexander King, acho melhor nem tentares falar comigo!
- Nikka deixa de ser assim. – Pegou na minha mão e virou a palma vermelhona para cima. Fechei a mão num punho. Queria aquele punho num olho dele. – Não vistes nada, embora aches que vistes.
- Claro que não foi nada! – ri. Histérica. – Só estava coladinho a outra mulher. – que por acaso era perfeita. Ela simplesmente era a mulher mais linda do mundo e eu só uma adolescente. – A afagar as mãos dela enquanto ela fitava os teus lábios. Que romântico! Acho que vou vomitar. Lamento ter estragado a diversão!
- O que tu viste, foi uma Kawit desesperada para chamar a atenção. Vistes um homem a tentar livrar-se de uma mulher sem noção. Viste um homem perfeitamente satisfeito com a sua mulher que se tentava ver livre de outra que nada significa. Foi isso que viste. Juro, por ti, que foi isso. Não aconteceu nada. Nem nunca irá acontecer.
- Primeiro, não sou tu mulher. E claro que a tentavas afastar. – sorri – Por isso é que afagavas as mãos dela! Porco!
- Nikka. Já chega. – olhou-me sério – Disse que estava a afasta-la. Não duvides de mim. Eu simplesmente não te minto. Chegas-te naquele momento peculiar e distorces-te os factos á tua maneira. – suspirou um tanto exasperado – Pára com isso. Agora.
- Vai te foder Alexander! – explodi mais ainda – Não me dás ordens! Não sou a porrra de um empregado teu! Não te vejo como rei e não tens direito algum de me ordenar o que quer que seja! – Ele tinha-me olhado exactamente como um Rei. Autoritário. – Não me ordenas nada e eu simplesmente não obedecerei. É bom perceberes isso!
- Porra! – esbracejou – Às vezes juro que não te percebo. Já não te dei provas o suficiente? Porra Nikka. Já disse o que aconteceu. Agora vês o que queres. Estou no meio de uma revolução como não tinha desde 1500. Esta provavelmente é maior ainda. Organizaram-se quando estava longe. Contigo! Na última batalha perdemos um puro e aí Kawit criou a Jullianne. Nesta, talvez morram mais que um. Podes deixar de ser criança por uns segundos e pensares que neste momento a única coisa que quero é deixar-te em segurança e que tenha o teu apoio?
Pronto. Os gritos dele fizeram lágrimas furiosas caírem pelo meu rosto. Ele enervado passava a mão pelos cabelos, despenteando-os ainda mais.
- Estás a virar as coisas ao que te dá jeito. Porra digo eu! Em primeiro lugar não me querias trazer.
- Para a tua protecção.
- Era porque – ignorei as palavras dele – querias matar saudades dela, não era?
- Pára com isso Nikka. A cena de ciúmes não têm fundamento. Sabes que és a única que importa para mim.
- Não tem? Que bom dizeres isso. Gostava de saber o que sentirias se me visses numa sala sozinha com o Jonh, super colada a ele e quase a beija-lo. Certamente que serias compreensivo, não é? Iria ser super normal, não era? Imagino o que farias quando me visses com as mãos nas dele! Irias ser super compreensivo, certo?
O rosto dele ficou negro. Sério. Não me assustou nada. Na verdade pensava em qual orelha colocar o nariz dele. Pensava se lhe dava um murro e virava o nariz dele na direcção da orelha direita, ou se na direcção da orelha esquerda.
- Porque te lembraste dele? – disse com a mandíbula presa.
Ciúmes? Prova do teu próprio veneno Alexander!
- Porque sim. – nem eu sei. Só o mencionara porque sabia que Alex tinha muitos ciúmes dele na altura em que era meu professor – Porque sempre tive uma queda por ele. Porque neste momento desejava ser namorada dele e não tua! – Se namorasse Jonh, poderia dar-lhe uma estalada e não me magoar. Podia esmurrado que iria fazer estrago na cara dele. E se uma badalhoca ousasse chegar perto dele poderia espanca-la pois não seria milhares de vezes mais forte que eu.
O único problema era não amar Jonh e amar o vampiro milenar à minha frente.



- Já deveria sopor. – sorriu Alex. Um sorriso que era um tanto maníaco. Se Nereida o visse, teria simplesmente desmaiado. A mim não me afectou minimamente – Enquanto fico aqui, tu vais aquecer a cama dele. Faz bom proveito. – sorriu sínico – Os direitos de exclusividade acabaram, não é? Óptimo. Poderei ter sexo fora também.
Simplesmente o olhei com as lágrimas a caírem pelo rosto. Foi por aquilo que me apaixonei?
- És mesmo porco, sabias? – o sorriso dele desapareceu e ficou um tanto assustador – Pensas-te logo que ia para a cama com Jonh quando o que te estava a fazer era tentar que entendas como me sentia. – neguei com a cabeça como se não acreditasse no que ouvia – Ainda me pergunto no que vi em ti Alexander. Mesmo. Tu és lindo. – esclareci enquanto limpava os olhos cheios de lágrimas. Aquela altura já estariam vermelhos e o nariz também. Não me importei – És o homem mais lindo que existe em todo o mundo. Mas no interior… És como se fosses uma concha. Linda por fora, mas dentro não existe uma pérola perfeita. Dentro dessa concha escondesse um mundo de feiura. Não quero esse mundo, Alexander. Não mesmo.
Observei o que as minhas palavras lhe faziam. Cada sílaba minha, fazia o corpo dele ficar tenso. Com os nervos a vibrar. Cada palavra atiçava-o. O instinto predatório dele fazia-o querer atacar de volta. Vi-a pela expressão fria dele. Ele não atacaria fisicamente. Atacaria com palavras. E antes de ele abrir a boca, sabia que me iria magoar.
- Antes de voltares para mim Brown – sorri triste quando ele me chamou pelo “Brown”. Como se estivéssemos novamente dentro de uma sala de aula. Perto e longe um do outro. Sabia que as próximas palavras iriam directo ás minhas feridas. Feridas que ele conhecia. Ele conhecia o meu próprio mundo de feiura. Sabia os meus pecados como eu sabia os dele. Lembrei-me da discussão que tivemos. Uma verdadeira, não aquelas picardias. A nossa primeira zanga. Tirando quando eu soube o que ele era, aquela foi o nosso único momento crítico. Ele soubera exactamente o que me dizer. Sem dó nem piedade, exactamente como o Rei Alexander King era. – Lembras-te do que falamos no miradouro? – assenti já a tratar de erguer um muro á minha volta para me defender do que ele diria. Para nada me atingir. Mas era difícil erguer um muro tão denso que levara anos a construir e fora demolido por Alex. Era impossível ergue-lo em segundos. Eu já não era a Nikka antes de Alexander. E não seria a mesma Nikka depois de Alexander.
- Responde. – exigiu.
- Sim.
- Então recordas-te exactamente que te esclareci no que te estavas a meter. Disse-te exactamente do que sou feito. Disse-te que em mim, não irias encontrar compaixão humana.
Assenti.
- Responde. – era o Rei Alexander que falava. Fitava-me como um dos seus servos desertores.
- Sim.
- Aceitas-te o que te podia oferecer. Não. Na verdade não aceitas-te, porque não queres a imortalidade. És uma criança grande Nikka. Acusas-me de ser feio, mas na verdade, tu é que não vales nada. Falas de coisas que nem entendes. Nunca tentei ser aquilo que não sou. – um musculo pulsava no seu maxilar. – não fingi, não enganei. Sabias para o que caminhavas. Ofereci-te tudo. Em troca, tenho nada. Sou obrigado a conviver com a ideia de não ser importante o bastante para me concederes a tua mortalidade. Queres tudo, em troca de nada! – cuspiu cada palavra – Eu amo-te porra. E amaldiçoo-o o dia que olhei para ti. Tens coragem de me falares em beleza e feiura?! Nunca me darás a imortalidade?
- Não. – ambos sabíamos que não daria.
- E agora eu não a quero. – fitou com o olhar gélido. Aço. Intocável. – Não quero alguém como tu ao meu lado para sempre. Fazes-me sentir doente todos os dias. Como se fosse um objecto que desfilas. A tua tal concha. Porque se não tinhas intenção de algo mais sério, só queres aquilo que te posso proporcionar. Imagino que deve ser divertido. Namorar um vampiro. Pois eu sou um homem e acima disso sou Rei. Envergonhaste-me frente aos meus súbditos ao dizeres que não querias imortalidade quando tudo o que se passa neste castelo acontece em torno das tuas necessidades. Tuas. Portanto Brown cresce. Seria maravilhoso para ti, se eu te disse-se que também só queria brincar um bocadinho contigo, até encontrar alguém o suficientemente boa e digna para ter algo sério?
- Sabias o que eu pensava sobre esse assunto. Aceitas-te as minhas condições. – disse baixinho. A voz não podia sair mais alta.
- Sim. Entrei ás claras. E não te atiro isso á cara. Ao contrario de ti. Tudo é sobre ti. Queres isto, eu dou-te. Desejas isto e eu como a porcaria de um animal corro para ti e ainda dou pulinhos de alegria só por conseguir um sorriso interesseiro. Foi nisto que me tornei. Essa é a feiura que falas. Compreendes o que te digo?
- Sim.
- Compreendes o que te estou a tentar dizer?
- Sim. – sentia-me exactamente como ele queria. Frente a um Rei impiedoso.
- E o que é isso?
- Que não estás mais para atorar as minhas coisas. – não podia olha-lo nos olhos – Que cansas-te e agora sou eu que tenho que escolher.
- Quais as tuas opções?
- Duas. – fechei os olhos com dor – A primeira que é a que queres, seria o sim. Abdicar de tudo pelo tal amor. A segunda seria o não, aquele que eu quero. E aí não teria nada. Agora já não ficas com o que te quero dar. Ou é sim ou não. Nada de meio termos.
- Boa menina. – ouvi o riso maquiavélico nas suas palavras – Não tens outro pormenor importante que mereça ser realçado?
- Sim.
- Qual?
- Que para ti, já não interessa a resposta. Não tentarás mudar as minhas ideias e nem vais correr atrás de mim. Um sim é um verdadeiro sim e quando tiver a idade certa, nem que não te queira, tu transformas. Um não seria também permanente. Acabaria aqui.
- Exactamente. Qual a resposta?
- Não. – disse com toda a certeza enquanto erguia o olhar para ele – E será não para sempre.
Ele assentiu.
- Agora limpa as lágrimas do rosto. – as suas palavras eram implacáveis – Vais voltar para o mundo que tanto admiras. – um mundo sem ele – Agora, se não te importas, vou tratar de assuntos verdadeiramente importantes. O meu reino que poderá cair porque meti na cabeça que uma criança era mais importante. Neste momento tenho exactamente 87 mortes. 87 vampiros com posições importantes apareceram hoje de manha ao sol. Por todo o mundo estão a pagar o preço de uma humana ter entrado cá. Eu quebrei as regras e existe quem quer a minha sucessão. Foi um recado. 87 morreram e terei mais baixas porque ninguém, repito ninguém, me ameaça. – ele olhou as minhas malas – Carrega as tuas malas para a entrada. Irei lá ter para te levar para o aeródromo. – lançou-me um olhar ferino – Não voltarei a carregar as tuas malas. Nem as tuas malas, nem a ti. Estou farto de andar contigo ao colo. Por mim, estás fora da minha vida. Com a mesma rapidez com que entras-te.
Saiu e bateu com a porta. Caí no chão. Ele sabia o que dizia. Aquelas palavras feriam-me muito mais do que podia explicar. E era ali que acabava.
Só sei que cai no chão e parecia que tinha 5 anos novamente. Chorei e não abrandava a dor. A dor da perda.
Já era noite e eu estivera ali provavelmente duas horas. Corri para o armário de Alexander. Tirei de lá uma camisola dele e cheirei-a rápido. Guardei-a na minha mala. Assim tinha algo dele.



Arrastei a mala para fora do quarto e desci as escadas. Um andar já estava. Faltavam mais 14. E já estava a morrer de cansaço.
Ouvi vozes conhecidas a falarem. Estavam a falar em francês. Percebi que era Alain e Jullianne.
- Nicholaa? – perguntou divertido Alain – Se Alexander descobre que andas a arrastar umas malas maiores que tu, passa-se.
- Acredita em mim. Não vai nada.
- Vais voltar? – perguntou curiosa Jullianne. – Estás com uma aura diferente. Não tenhas medo. Alexander irá levar-te em segurança.
- Sim. Eu sei. Foi óptimo conhecer-te Julliane. – sorri. – Sim, senhora!
Ela riu e olhou Alain. Disse algo como que ia buscar a arma não sei das quantas.
- Queres ajuda? – Alain pegou nas malas antes de se oferecer. – Isto aqui é algum desfile de moda? – perguntou brincalhão. – Não sabia.
Eu estava era muito longe de estar bonita. Devia estar com os olhos inchados e o nariz vermelho.
Revirei os olhos.
- Agora é que o senhor me apanhou. Sou nova por estes lados…
Ele gargalhou e começou a descer com as malas.
- Alain. – parei-o – Pousa as malas. Alex passa-se se te vê com elas.
- Ele passa-se se sabe que andas a carregar coisas demasiado pesadas para uma miniatura como tu.
- Foi ele que mandou.
- O quê? – pousou as malas e olhou-me sério – Porque andas-te a chorar?
- Acabou. – simplesmente disse e lágrimas caíram pelos meus olhos.
- Não faças isso ao meu rei. – disse enquanto me olhava revoltado – Se terminas a vossa coisa estranha, não sei o que lhe acontece.
- Alain… Foi ele que terminou comigo.
- Não acredito!
- Parece-te que estou a mentir?
- Mas enlouqueceu toda a gente? De certeza que foi uma discussão de nada.
- Alain, ele simplesmente me mandou carregar as malas porque não iria carregar mais nada meu. Acabou mesmo. – não pode evitar e comecei a chora enquanto o abraçava – Toma conta dele, ok? Não deixes que nada de mal lhe aconteça.
- Nicholaa. – meio atrapalhado deu umas palmadinhas no meu ombro – Tens noção que ele é mais forte que eu, não é? Ele não precisa de protecção.
- Por favor, Alain!
- Tudo bem. – esfregou os meus cabelos para me irritar e eu não chorar. – Mas podes ter a certeza que amanha mesmo ele volta a correr para ti. Podes apostar.
- Não Alain. Não vai. – afastei-me dele e limpei as lágrimas – Foi bom conhecer-te. Vê lá se tens cuidado na batalha!
- Por favor! Todos pensam que sou o mais fraco só porque sou jovem. Quero ver quem é que é capaz de me derrubar, isso sim!
Sorri. Alain seria sempre Alain.
- Eu levo-te as malas até ao 1 piso. Depois levas tu e finges que as carregas-te o tempo todo. – piscou o olho.
E nem pode reclamar. Ele já ia á frente. Tive que correr para o apanhar. Embora não carregasse malas, estava cansada quando cheguei ao primeiro piso.
- Antes de mais – disse Alain – Posso perguntar uma coisa?
- Sim.
- Tu e o Alexander fazem sexo? – corei – Já descobri. – riu – É que andava a pensar nisso. Bom sexo com humanos é um tanto inferior á dos vampiros…
- Fazes-me sentir tão bem Alain. Obrigada!
- Não é isso! – riu – É que eu e a Jullianne fizemos apostas sobre quem tem razão. Como vocês fazem, eu ganho. Quase voz apanhei no outro dia! – riu mais.
- É óptimo saber que existe pessoas a discutir a nossa vida sexual. – resmunguei.
Ele deu umas palmadinhas no meu ombro divertido.
- Quando entrei, ele estava ali na entrada. – informou sério Alain – E tinha vampiros com ele.
- Quer humilhar-me. – dei de ombros – Mas isso não me afecta.
Ele piscou o olho e eu puxei as malas. E elas estavam pesadas só porque Alexander quisera trazer tudo e mais alguma coisa. E só a lembrança desse dia, fez os meus olhos ficarem com lágrimas.
Enquanto descia as ultimas escadas, vi Alexander sério a observar-me. Parecia impaciente enquanto atirava a chave do carro ao ar e a apanhava. Estava com vampiros e vampiras á volta dele. E sabia que ele queria humilhar-me frente a eles.
- Desculpa o atraso. – disse cansada – Podemos ir. – Não ia deixa-lo ver que estava mal.
- Disse para te despachares. Porque demoras-te tanto? A divertis-te com Alain?
- Claro! – respondeu o loiro – Posso saber porque a obrigas-te a carregar as malas? Nem me deixou ajuda-la! – ele mentia bem.
- Assuntos meus. Fica fora disto. – avisou-o.
- Vocês acabaram?
- Não é da tua conta, Alain. – olhou-me e riu sínico – Mas se te interessa tanto, cheguei á conclusão que tanto me disseste. Os humanos são nojentos. Coisas imperfeitas. E como tal não tem lógica ficar com alguém como… ela. – outra facada.
Os vampiros soltaram risinhos e eu desviei o olhar e fitei o único amigo que parecia ter ali. Alain.
- Ficas a saber que discordo do que lhe estás a fazer. Rei, amanha vais arrepender-te.
- Não vou. E não pedi a tua opinião.
- Estás a envergonhar Nicholaa. – Avisou calmo Alain – Ela é orgulhosa. Volto a repetir. Amanha vais arrepender-te. Tal como te arrependeste quando voltas-te no Natal. Ficas-te insuportável. Querias ficar perto dela. E ainda não te tinhas aproximado tanto. Vais arrepender-te.
- Alain. – a voz dele estava gélida – Cala-te. É uma ordem.
- Tudo bem. Mas… - Alain não continuou.
- Vamos. – Alex olhou-me prepotente como se fosse um bicho feio.
- Vai-te foder! – rugi – Vou, mas não contigo!
Os vampiros olharam-me espantados e viravam o rosto ora parta o meu furioso e com lágrimas, ora para o sério de Alex.
- Calou. – ordenou – Vamos.
- Vai para o caralho, Alexander. Rei a ponta de um corno! Agora é que não sou nada tua! Não tens nada que falar comigo sequer! – não ia humilhar-me ali em frente a todos. Sorri diabólica. Ia humilha-lo a ele.
- Nicholaa! – rugiu – Não me ponhas á prova!
- O que vais fazer? Bater-me? – olhei-o zombeteira.
- Não me tentes.
- Gostava de te ver tentar. – desafiei-o.
Sabia que ele não me bateria. Isso tinha noção.
- Fora. – disse para os vampiros que automaticamente correram para longe daquele tom de voz – Não respeitas-te a minha posição em frente a eles. – Rugiu-me – Estou farto de ti!
- Óptimo! – berrei com choro – Porque eu também estou farta de ti! Não me vais humilhar se é isso que queres. Se pensas que me obrigar a arrastar malas e rebaixar-me frente a outras pessoas vai alterar alguma coisa estás bem enganado! – Olhei para Alain – Alain, por favor, levas-me ao aeródromo?
Ele assentiu.
- Tem coisas para fazer. – disse Alexander – Ou vou eu, ou não vai ninguém. Vais sozinha e a pé. Além de não te deixar utilizar o meu jacto. Compra um bilhete. – sorriu maldoso.
Sabia que não podia. Legalmente, nem podia estar aqui.
- Posso usar o telemóvel? – perguntei. Não pedi. Perguntei.
- Não.
Assenti e continuei a arrastar as malas. Alain tentou ajudar-me mas Alex rosnou um aviso.
Aí é?
Olhei para Alain. Abracei-o e beijei-lhe o queixo. Alex pensaria que seria os lábios. Só senti que de repente Alain tinha voado para longe e Alex segurava-me furioso pelos ombros. Estava um autêntico vampiro milenar que era.
- Se tu não queres, eu quero! – disse Alain.
Como resposta o casaco dele começou a arder.
- Aaaahhhh! – assustado Alain atirou-o ao chão – Ela beijou-me o queixo, ok? Antes que morra! Matai-vos vocês os dois! Eu cá gosto da minha vida! – e saiu furioso. – E mantêm o fogo longe de mim! Sou alérgico! – acrescentou enquanto subiu os degraus. – E tenho fobia!
- Nunca mais faças isso. – sussurrou diabólico o vampiro furioso que me fitava – Nunca mais.
- Não mandas em mim. – Não me intimidei pelas presas nem olhos vermelhos. – Mas tudo bem. Não beijei Alain. Ele é apenas meu amigo.
- Nem o beijas a ele, nem a porcaria de mais ninguém! – pegou em mim como se fosse um homem das cavernas e praticamente no segundo seguinte estávamos no quarto dele.
- Leva-me para casa. – ordenei.
- Não assim.
- Já desses-te o que tinhas a dizer. Eu também. The end. Acabou a história. Não me vais mais fazer sofrer. Nunca mais! – lágrimas caíram furiosas e eu rápido limpei-as. Era raiva, dor magoa. Tudo junto. Um bolo enorme na garganta.



- Falei sem pensar.
- Oh não Alexander King. Tu pensas-te muito bem!
- Às vezes existe coisas que dizemos de maneira errada. Aquelas foram assim. Sabes perfeitamente que não é nada daquilo que sinto.
- Sentes. E pior! Acusaste-me de ser a responsável por aquelas mortes! – gritei enquanto tremia – Não fiz nada Alexander! Não te pedi porra nenhuma, nada!
- Eu sei! – tentou aproximar-se mas eu recuei – Não te acossei.
- Não era preciso. Vi nos teus olhos a acusação. Querias magoar-me. E conseguiste. – limpei os olhos rápido - Sabias o que me doía acima de tudo. Sabias que carrego a morte da minha mãe nas costas e querias que sentisse que carregasse mais aquelas todas!
- Nikka…
- Agora é Nikka? Não é Brown?
- Perdoa-me. – simplesmente disse. E aquela palavra estava repleta de sentimentos. Vinha do fundo do seu coração que no fundo apenas recentemente tinha começado a descongelar – Por favor, perdoa-me. Não sou perfeito. Lamento. Não sou humano Nikka. Ofendeste-me muito ao comparas-me a um. O meu lado mais animal aflorou e eu só queria atacar também. – eu tinha percebido isso. E ele tinha sido implacável – Perdoa-me. Assim que saí arrependi-me!
- E por isso humilhaste-me em frente aqueles que me acham inferior. Deste-me ordens. Mesmo aqui, fizeste-me sentir como se fosse uma empregada tua, Alexander. – lágrimas caiam dos meus já doridos olhos. – fazias perguntas e não pode evitar responder como se fosse uma criança mal comportada!
- Perdoa-me por favor. Mas eu nunca te minto Nikka, e tu desconfias-te quando te jurei, por ti, que dizia a verdade. Eu jurei por ti. Não por outra coisa qualquer. Foi por ti Nikka.
Assenti, mas não disse nada.
- Perdoas-me?
- Tudo bem – disse enquanto limpava as lágrimas que teimavam em aparecer.
Ele sorriu aliviado e abraçou-me - Nikka… Não chores… Não disse por mal… - beijou os meus olhos e o meu rosto. Então ele ia-me dar um beijo e eu desviei a boca. Nunca lhe tinha feito isso, pelo menos de forma séria.
Alex arregalou os olhos e olhou-me assustado tentando beijar-me novamente. Desviei novamente e ele acabou por dar no rosto.
- Nikka, beija-me… - foi meio uma ordem meio um pedido desesperado.
Eu simplesmente não consegui olhar os olhos dele.
- Nikka? – ele obrigou-me a olha-lo. Puxou o meu queixo para cima, para o fitar.
O seu rosto estava assustado e ao ver as minhas lágrimas ficou pior. Limpo-as e abraçou-me. Eu não o abracei como sempre fazia. Estava mesmo magoada. Ele pegou na minha mão e levou ao pescoço dele e com a outra levo-a ao seus cabelos, coisas que ele sabia que eu adorava. Nunca rejeitava um beijo dele. Adorava beija-lo, mas agora não podia.
Deixei cair as mão.
– Nikka, não me assustes pequena… - ele abraçou-me forte e eu senti o seu corpo tremer com medo. Isso fez-me chorar mais. Ele nunca tinha medo. – Nikka, reage amor… Foi só uma discussão parva… Olha para mim – segurou o meu rosto e tentou prender o meu olhar. Não consegui suportar o tormento daquele aço derretido – Pede alguma coisa… Perdoa-me. Oh Nikka! Aquelas horas que ficas-te aqui em cima, sem desceres foram das piores horas da minha existência. Alias fazes viver-me as piores e as melhores horas. Perdoa-me Nikka. Não me faças isto, por favor. Nikka… Amor… Beija-me…
Eu dei um beijo no seu rosto.
Ele rugiu.
- Não no rosto Nikka. Quero um beijo na boca.
- Desculpa Alex. Existe coisas que não consigo esquecer.
- Nikka! Por favor! – agarrou os meus ombros e sacudiu levemente – Eu disse aquelas merdas mas por favor esquece aquilo. Eu fico com aquilo que me queres dar. Nem que seja só mais um dia! Só mais uma hora. Só mais um segundo. Apenas não me atormentes mais.
- Alexander eu não me ando a divertir contigo. Eu amo-te. – lágrimas caíram. Porra! Odeio ser chorona – Apenas não posso dizer sim. Não posso!
- Não falamos mais disto! Não chores, por favor.
- Alex, mas tens que perceber que não é por não te amar que digo não. Nem disse que não ia ser imortal em frente ao Alain e à Jullianne, para te envergonhar. Desculpa se o fiz. – ele ia falar mas eu impedi-o – Se soubece, nem abriria a boca. Ala em baixo disse aquilo tudo frente aos vampiros, porque aí sim, queria envergonhar-te. Também me envergonhavas. Mas eu apenas… não posso. E nunca mais quero que viúvas na villa. Eu venho visitar-te. Também irei para a universidade e estaremos separados. O teu lugar é aqui. Eu nunca mais te peço para ir contigo a lugar algum. Não quero que te sintas um animal. Aquilo que desses-te sobre seres um animal que dava pulinhos por me poderes oferecer alguma coisa, foi atroz. Alexander, devias ter-me dito. Não posso adivinhar. Pedi-te para vir contigo porque tinha ciúmes da Kawit. Se me pedires alguma coisa, menos aquilo que ambos sabemos, eu dou-te. Dei-te tudo Alex. O meu coração, o meu corpo. Apenas te recoso a humanidade. Até o meu sangue te dou, Alex.
- Não! – rugiu zangado – Porra! Esquece o que disse! Vais para a Universidade e eu irei viver lá contigo. Eu só disse aquilo de te oferecer tudo para ver se me dizias sim. Eu simplesmente faria tudo por ti. Se me pedisses para deixar o meu reino, faria na hora. Achas que não te dou valor? Amor, sei que me dás muito mais que eu mereço, mas sou egoísta. Não posso deixar de desejar a tua humanidade.
- Eu…
- Eu sei, Nikka. – colocou um dedo nos meus lábios – E aceito a tua decisão. Apenas não me afastes. Por favor.
- Alex?
- Sim?
- Não se passou mesmo nada entre ti e a Kawit?
Ele gargalhou.
- Sempre a mesma. – beijou o canto da minha boca – Foi exactamente o que te disse.
- É que eu tenho ciúmes. Ela no ontem meteu-me raiva com o vosso passado…
- Passado, Nikka. Tu és o meu presente e o meu futuro. És a única que jamais amei.
Assenti. Ele beijou os meus olhos o meu nariz.
- Tens de deixar de chorar tanto. Nikka, eu entro em maluco com as tuas lágrimas.
- Desculpa. Não posso evitar.
- Não quero essa cara triste. – apertou-me junto a ele.
Tentei sorrir. Saiu um sorriso torto.
Ele sorriu divertido. Saltou comigo para a cama e sussurrou no meu ouvido:
- Sou inumanamente apaixonado por ti, minha pequena humana. Só eu te posso amar para sempre, só eu te posso venerar para sempre. Sou Insana e doentiamente apaixonado.
Fechei os olhos e senti o seu corpo quente enquanto vagueava as mãos pelos seus sedosos cabelos castanhos.


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Lentamente, ele começou a depositar beijos no meu pescoço até a minha boca. Então, selou os nossos lábios num beijo apaixonado e cheio de amor. Um amor onde nos aceitávamos mutuamente. Senti que ele já estava excitado. Sentia pelas presas que roçavam o meu pescoço e pelo membro preparado que tocava a minha coxa.
Gemi e colei-me mais nele. O meu corpo sempre iria querer o dele. Sempre. Não importava mais nadas no mundo. Só o meu amor vampiro.
- Posso rasgar? – olhou-me excitado enquanto segurava a minha camisola.
- Não! – gargalhei – Não vais destruir a minha roupa!
- Depois compro-te outra. – beijou os meus lábios – Não posso esperar que te livres dela.
Revirei os olhos. E ele rasgou mesmo.
- Alex! – ele olhou-me inocente.
Bem, a tentar parecer inocente. Pois acho que alguém com olhos ensanguentados e presas vampíricas não poderia parecer exactamente inocente.
As calças tiveram o mesmo caminho que a camisola. O sutiã e as cuecas também foram praticamente arrancadas. Conseguia percebe-lo. A vontade de nos darmos um ao outro. A vontade de nos amarmos era tanta que a espera era agonizante. Se fosse forte como ele, as roupas dele seriam arrancadas também.
Alex acariciava-me o quadril, o ventre. Nas suas carícias sensuais que me faziam tremer ao mesmo tempo que ouvia a respiração ofegante de Alexander. Timidamente puxei-o para mim e desapertei o botão das suas calças de ganga. Ele sorriu nos meus lábios e rapidamente se despiu.
Era inacreditável, como um homem perfeito como ele ficava comigo. Era-mos tão diferente, mas… tão iguais.
A vida têm destas coisas. Uma humana e um vampiro a amarem-se. Era insano. Era-mos nós.
- Nikka, Nikka… - a sua vos estava angustiada, rouca pelo desejo.
Enquanto fazia a minha pele ficar quente a ponto de estar febril, afastou as minhas pernas e penetrou-me. Sentia novamente tudo a girar. Sentia a paixão que corria pelo meu corpo, sentia o coração a pulsar tanto que poderia ter um ataque cardíaco.
Sentia a respiração quente de Alexander no meu ouvido. A sua respiração ofegante, junto com as palavras roucas e sensuais.
Sentia-me atordoada com a luxúria viril e primitiva de Alex.
Estreitava-me contra ele, investia pulsante, roçava o peito musculado nos meus seios nus. A pele quente dele encostada na minha, os nossos ventres que se tocavam em cada assalto que o corpo dele fazia ao meu faziam um som sussurrante de amor naquele quarto. Os nossos corpos enlaçados, as nossas vidas unidas.
- Oh Nikka… Sinto-me tão vivo ao teu lado…
- Alex…
Ele também se sentia febril. Sentia o nosso desejo desesperado. E algo dentro de mim, parecia dizer que aquela era a ultima vez.
Alex agarrou-me e deitou-se de lado. Acariciou-me lentamente até a coxa e puxou a minha perna até a sua cintura. Para mais uma vez começar o assalto ao meu corpo. Um assalto consentido e mais que desejado.
- Nikka…
Encostei o rosto no pescoço dele, beijei a pele. Amei-o com todo o meu coração. Amei-o enquanto o ouvia dizer que me amava. Quando implorava para nunca o para de amar.
Com a naturalidade que sentíamos em relação ao nosso acto de amor, só nosso, ele ergueu-se e sentado levou-me para o colo dele. Acariciou as minhas costas, beijava o meu pescoço enquanto nos movíamos. Corpo contra corpo, na procura do prazer que apenas o outro poderia oferecer.
Poderia ter mais um milhão de amantes, que apenas Alex poderia me amar assim. Apenas nele poderia encontrar a erupção de um vulcão e a paz de uma lagoa.
Segurou o meu rosto e beijou os meus lábios. Ele fez o pedido.
- Deixa-me dar-te a imortalidade…
- Não posso…
Ele não insistiu, e continuou a amar-me com o seu corpo. Ele amava-me e eu amava-o, simples quanto isso. Mas nada dura para sempre, e eu não iria habilitar-me a uma existência sem ele. Porque tudo o que mais amo, eu perco.
Os seus dentes roçavam a pele da minha garganta e eu já conhecia suficientemente bem o corpo do meu amor para saber que ele desejava o meu zangue.
Afastei o pescoço, para lhe dar acesso.
- Ai Nikka… Não posso…
- Shh… Sou tua…
Calei-o com um beijo e voltei a oferecer-lhe o meu pescoço. Então depois de deslizar um dedo pela minha clavícula, de beijar a minha pele, ele fez.
Sugou o meu sangue, enquanto se movia comigo, e ambos chegávamos ao pico do prazer.
Era-mos só os dois. Humana e Vampiro. Nikka e Alex. Não poderia ser diferente.
Só lhe podia dar aquilo. Apesar de o amar, de morrer por ele, não lhe podia dar a humanidade.
Citando o próprio Alexander “ Para sempre, é muito tempo”.
Talvez, por isso, sentia que era a última vez.

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Já íamos a caminho do aeródromo. Alex estava a fazer-me prometer que não iria olhar/falar/aproxima e/ou ver Jonh. Depois de lhe prometer/jurar que não ia nem chegar perto dele, ele sorriu.
- Ligo-te sempre que possível.
- Alex, mas agora não tinhas que estar numa espécie de batalha, ou assim? – não gostava da perspectiva de ele lutar, apesar de ele ser “o maior”. Já eram 3 da manha e quando amanhecesse, os vampiros não iriam enfrentar as tropas de Alex (que tirando os puros, também tinham que ir para o seu caixão).
- Acho que estivemos a fazer algo bem melhor. – sorriu malicioso o que me fez corar e ele soltar uma gargalhada divertida – Os outros dão conta do recado.
- O Alain ficou assustado quando pegas-te fogo ao casaco dele.
- Teve sorte de não ter sido á sua cabeça. Loiro burro.
- Eu gosto de loiros. – piquei.
- Muito engraçada Nicholaa Alannah Brown. – espicaçou.
- Eu sei, Alexander William King. – ele revirou os olhos.
Pegou na minha mão e enquanto me olhava apaixonado nos olhos, beijo-a.
Foi esse o seu erro. Quando foquei a estrada, era tarde de mais.
Gritei.


Então? Gostaram deste capitulo?
O que será que aconteceu? ;) O que Nikka viu? Ou quem? :O
^Claro que eu sei :P Já escrevi a história até ao fim ;)^
Gostei muito de escreve-lo. Espero que tenham gostado.
Amor & Sangue À Meia Noite está quase a terminar! (Eu já a terminei. Já tenho o final prontinho ;))
Sinto-me feliz, e triste ao mesmo tempo. É possível? - -‘
Bom, amanha teremos o penúltimo capitulo, e na segundo ou terça o ultimo. Amanha quando postar o penúltimo capítulo, aviso! :)
Estejam Atentos! :P
Prometo surpresas ;)
Sei que o capitulo de hoje vai ser muito próximo ao de amanha, mas este era para ser ontem ( net parva) e já tinha os dias programados. Mas só posto se tiver coments! :P Se não, nada feito! ;) Nem que seja um “ Eu li”. Porque não sei quem anda a ler ou quem não. E é sempre bom saber o que as pessoas estão a achar da fic.
Quem poder, e quiser, gostava que me dissessem o que acharam deste capitulo. Partes preferidas. Essas coisas todas que já sabem! ;)
P.S->Margarida é este o teu preferido? :P No final da fic, quero saber qual a tua cena favorita ou cenas ;) Bjs :*
P.S 2-> Posso demorar um pouco a responder aos coments, pois a net ainda não anda muito bem! :S