Posso vir cá, sem ser morta por facas lançadas ou maldições? Ainda posso entrar por aqui?
Bom, aqui têm o capitulo novo. Desculpem. Ele era para ser ontem. Mas não deu.
O meu exame correu super, mas super mal. Depois de tanto estudo, sei que não vou passar. Como é obvio fiquei super mal e nem me apetecia fazer nada. E nem queria vir dar a noticia, pois não queria desiludir-vos. Deram-me apoio e tal e eu não passo… :S
Mais um ano, apenas para matemática.
E também não tive muito tempo para escrever, porque além de me lamuriar –lol – tive que andar a tratar dos papeis para a minha transferência e inscrição noutra escola. O meu colégio é muito exigente. E assim sei que para o ano noutra escola, consigo! Tenho que conseguir! :P
E a tal secundaria é um tanto longe, e tenho que andar sempre de um lado para outro a levar este ou aquele documento. Uma confusão e não deu tempo de escrever o capitulo.
Mas agora já está aqui, para quem quiser ler! :) A demora foi longa, mas compensei com o tamanho! :P
Muito obrigada pelo apoio que me têm dado. A todas que mandaram mensagens de apoio! Vocês sabem quem são! :P
P.S-) Margarida e Soraya o meu tlm não anda bem, por isso não posso rxp ás sms… :S Mas estou bem, e muito obrigada por se lembrarem de mim! :) Mesmo! :)
Bati com a cabeça nas almofadas da minha nova cama. Estava com raiva. Já eram umas 2 da tarde lá e eu não tinha saído do quarto. Deviam pensar que eu estava a habituar-me aos horários, mas não. Pareci que alguma coisa dentro de mim me fazia perceber tudo. As funcionalidades, a relação das pessoas. Durante o dia anterior ficava excitada e até surpresa com as coisas que via. Mas era natural. E era natural aceitar tudo, como os humanos (incluindo eu) aceitam o mundo deles. Aceitam que a terra é redonda, aceitam que pássaros voam e eles não, aceitam a sua cultura. E eu aceitava tudo naquele mundo, porque eu era parte dele. Era natural, como se algo estivesse impresso nos meus genes.
Ali sentia-me em casa. Nunca me tinha sentido em casa, realmente. E o problema era que ali vivia Dominick. O irmão do meu namorado. Namorado esse q ue sorrateiramente veio até o meu quarto e fizemos… sexo. Amor nunca tinha sido bem a palavra. Amor só tinha feito uma vez, e não fora com Kyle. Tinha sido com Dominick, porque eu amava-o.
Com todo o coração e aquilo que para ele tinha sido uma mera aposta, para mim tinha sido o momento mais perfeito da minha vida, que se tornara no meu pesadelo. Eu sou uma pessoa forte, com grande capacidade de aceitação e apesar de as coisas me magoarem não choro (acho que é uma coisa dos habitantes daquela cidade) e tentei superar. Sentia saudades embora o desapressasse, queria que ele sofresse, mas queria-o comigo.
Depois encontrei Kyle e aquilo adormeceu, ficou em hibernação no meu peito. Eu amava Kyle, mas era um amor diferente. Kyle é o rapaz que se encontramos temos que agarrar pois ele nos dará a felicidade. Não queria Dominick. Eu queria Kyle!
Eu queria que aquele animal ruidoso que ontem acordara no meu peito decidido a marcar todo o território do meu coração fosse Kyle. Mas não era. E eu só podia ser doente, pois não se pode amar duas pessoas ao mesmo tempo. E eu no fundo sabia que isso não me acontecia, que amava apenas um. Mas lutava desesperadamente para que o tipo de amor que sentia por Kyle se transformasse em mais.
Antes estava bem com o facto de Kyle ser o meu companheiro. Não era importante ele acelerar o meu coração e fazer borboletas voarem no meu peito. Ele era perfeito para mim, dava-me segurança e amava-me pelo que era. Sentia-me bem com ele, sem vergonha. Meu companheiro.
Mas agora queria que ele despertasse o que Dominick despertava. O coração rápido, a adrenalina, as borboletas, a electricidade.
E acima de tudo queria que durante o orgasmo com Kyle, não tivesse que imaginar os olhos castanhos de dominick, ao invés dos olhos azuis de Kyle. E depois sentir nojo de mim mesma.
Sentia-me suja! Dominick não prestava, eu sabia disso.
Mas ali todos pareciam idolatravam, incluindo Kyle. Kyle sabia o que um Dominick fizera, não sabia era que esse era o irmão. E eu não tive coragem de contar. Ele adorava o irmão.
E afinal de contas, tinha sido tão insignificante para Dominick, que ele nem me reconhecera. O que no fundo era normal pois estava diferente. Muito diferente. Mas se ele sentisse algo por mim, ele tinha reconhecido, por pequenas coisas.
Eu não tinha conhecido o bastardo mesmo através daquela mascara de porcelana?
Depois de tomar um banho fui ter com Kyle, que me levou para comer algo. Mas ali comer algo significava tomar uma pílula. Não existia comida ali. Era tudo mais evoluído e ali não nasciam as proteínas necessárias para a sobrevivência. Tínhamos uma pílula que representava uma refeição do dia, com as vitaminas em doses certas que nos tornava mais saudáveis que humanos que comiam coisas que prejudicava a saúde e até alimentos poluídos e de má qualidade pela contaminação que fazia no seu próprio solo e ambiente. Aquelas pílulas saciavam a fome e poupavam muito mais tempo. E tinham sabores variados. A minha foi de melancia. Adorava melancia. Enquanto a comia sorri ao lembrar-me de uma amiga da superfície que morava longe. Nikka. Ela um dia vomitou quando me viu comer deliciosamente uma melancia inteira. Só o cheiro a enojava. Teria que saber alguma coisa dela. Desde a pascoa que não sabia nada.
- Kyle – chamei a atenção – Ontem disseste que podíamos entrar em contacto com o exterior, como posso faze-lo?
- Queres falar com os teus pais?
- Não. Eu disse-lhes que estava contigo numa longa viagem onde não ia poder contactalos. Eles não estão preocupados. Quando fazia viagens por causa das competições aquáticas eles ficavam habituados. Queria entrar em contacto com uma amiga…
- Olha, aqui não podes utilizar coisas como telemóveis… Não temos cobertura de rede… - por isso antes Kyle só usava a net…
- Espera! Tu usavas a net para falares comigo! Falávamos pela Web e tudo!
- Isso podes. Se a tua amiga tiver net, é fácil. Fizemos umas ligações de cabos e assim. TTudo subterrâneo mas funciona como na tua casa.
- Fixe! – sorri – Podes levar-me até lá?
- Claro!
Kyle levou-me até uma sala que era o mais parecido com a superfície que já tinha visto. Era uma sala tipicamente “humana”. Era sempre onde via Kyle. O único senão é que a tela do computador, era um plasmado tamanho da tela de um cinema. E não existia teclas reais. Era tudo como se fosse suspenso no ar, meio invisíveis e que pareciam apenas reflexos. Mas parecia que já sabia mexer naquilo, como se sempre tivesse sabido.
Entrei no msn.
A Nikka estava of. E a mensagem que tinha era estranha “ A moda é estar doente”- ok, ela era um ouço estranha - Provavelmente seria hora de dormir no Alasca. Não fiz as contas sequer. Ela também poucas vezes andava lá, e nunca a apanhava. Ela não era viciada em internet como eu. Ela era mais do tipo de fazer esquemas e loucuras. E descobrira na pascoa pelo e-mail dela, que o facto de ter um namorado que definia como “o homem mais lindo do mundo”, devia ocupar o seu tempo livre. Ela dizia que era “ciumento” e que até tinha ciúmes do tempo que ela passava com a Nereida.
Mas então reparei num contacto que estava one.
“Michael – Sinto a tua falta...”
Achei estranho o irmão burro de Nikka ter uma frase séria. Só tinha frases porcas de musicas de rep. No fundo Michael, Mik como eu o chamava e cabeça oca para a Nikka, era bom. Ajudara-me muito e eu tinha uma enorme amizade por ele. Sabia que ele ainda tinha aquela paixoneta aguda por mim, mas com o tempo ele iria encontrar alguém compatível com ele.
Arianna disse:
“Olá Mik, tudo bem?”
Michael – Sinto a tua falta… disse:
“Olá Arianna. Tudo bem contigo miúda?”
Estranho. Ele nem respondera como estava. Normalmente dizia que estava devastado por não estar perto dele, ou que não podia sobreviver sem mim. E dizia freses incrivelmente românticas – mais tarde a Nikka disse-me que ele ia busca-las á net, antes de mas enviar. Era bem a cara de Michael, já que a inteligência nunca fora o forte dele. No entanto, era bem bonito e bom atleta. E no fundo era boa pessoa. E sentia mais do que admitia.
Arianna disse:
- Estou bem. :) E tu, não estás devastado? ;)
Michael – Sinto a tua falta… disse:
- Muito.
Algo se passava, pois aquele muito não parecia ser divertido. E não parecia ter a ver comigo, pois não vinha com um boneco qualquer a mandar beijos e corações gigantes.
Seria possível que ele finalmente me tivesse superado? Seria bom, pois ele merecia. A frase dele… Seria que a namorada dele tinha ido passar férias longe?
Arianna disse:
- Posso perguntar porque?
Michael – Sinto a tua falta… disse:
- Podes ligar a câmara?
Arianna disse:
- Claro :)
Aceitei a ligação e vi Mik na tela gigante. Assustei-me um pouco, pois ele tinha a barba um pouco grande e ele andava sempre com ela feita. O rapaz bonito estava cansado e um pouco péssimo. Pouco, estava a ser simpática. E nem fizera um filme por estar a falar comigo.
- Que se passa Mik?
- Não sei como dizer isto… - a voz dele estava tensa.
- Diz lá! Já estou a ficar nervosa.
- A Nikka… Morreu.
- Ah ah Mik! – revirei os olhos – Muito engraçado! Como se eu caísse na tua!
Duas lágrimas caíram pelo rosto dele.
- Céus! – sentei-me na cadeira – Estas a falar a sério, não estas? – perguntei aflita e desnorteada.
Ele suspirou e limpou os olhos. Eu tinha lágrimas nos meus, mas apenas uma caiu. A dor era grande, mas a minha natureza não me fazia chorar pela morte de uma grande amiga. O único que me fazia chorar era o bastardo do Dominick.
- Como aconteceu? – esfreguei os meus braços subitamente frios pela grande perda – Ela era tão cheia de vida!
- Foi uma coisa tão parva… - mais lágrimas caíram pela face bonita de Mik. E senti um aperto no coração ao lembrar-me que eles eram como cão e gato, sempre se picavam e ali estava Mik devastado pela ausência da irmã. Sinto a tua falta… - ela foi com o namorado numa viagem… Por lá teve um acidente de carro…
- E… - engoli em seco, com os olhos a arder.
- Não. Só teve algumas costelas partidas. Aí descobriram um coagulo no cérebro… Sabes o que é? – assenti sem fala – Era inoperável… - a voz dele falhava muito – O Alexander sempre dizia que não era para ela operar… Mas ela preferiu fazer a operação do que esperar pela morte. E ela não tinha planos… Devia ter dado tudo certo…
- Ela morreu na operação. – foi uma das frases mais difíceis de dizer, em toda a minha vida.
- Ela nem chegou a fazer a operação. Ouve uma explosão… Não consegui salva-la… Devia ter entrado lá dentro… Eu tentei, mas não me deixaram…
- Oh Mik! Não digas isso! Não tens culpa nenhuma!
- Sabes… Eu disse-lhe que a amava. Ao menos a cabeça de fósforo – riu e chorou ao dizer o “nome” da irmã – Sabe que a amava. E ela também me amava.
- Claro que sim!
- Foi á um mês, mas parece que foi ontem… Nem imaginas como a casa fica sem ela… Sem os seus histerismos, os seus dramas, os gritos… Os seus esquemas loucos. Tenho saudades de implicar com ela, tenho saudades das brigas… Tenho saudades dela.
- Mik… tenho a certeza que ela não quer que chores…
- O meu pai anda de rastos. O velhote nem se ri mais. Mas espero que com o tempo as coisas mudem.
- Vais ver que sim… Queria ter ido ao funeral…
- Não sobrou corpos. Nada. – fechou os olhos com dor – Nem o dela, nem os dos médicos e enfermeiros. Mas fizemos uma lápide para ela e tudo o mais…
- Eu lamento tanto…
- E o filha da puta do namorado dela nem deu as caras! – disse com raiva – E ele sempre esteve ao lado dela, sempre lá. Nem saia de perto quando a família estava com ela. Sempre pensei que aqueles dois iam casar e isso mais, daqui a uns anos… Tenho que admitir que nunca vi ninguém apaixonado como eles. Parecia que quando os víamos eles estavam envoltos em chamas de paixão. Eu não admitia, pois era um tanto errado… Ele tinha sido nosso professor…
- Eu sabia isso. A Nikka… - um nó na minha garganta – Tinha-me dito que se tinha apaixonado e namorava com o professor de Inglês. E que tu te passavas por ele não te ter dado positiva…
Ele riu e assentiu.
- Mas ela gostava do gajo. E tanto para mim como para o meu pai, aprendemos a ver que era o melhor para ela. Mas o bastardo desde que ela entrou na operação, desapareceu! Se o apanho, até o mato… Ok, ele é um tanto grande para meter a porrada nele, mas arranjava amigos.
Tive que rir de Michael.
- Se poder fazer algo… Por favor diz-me…
- Obrigado, mas por enquanto apenas o tempo vai ajudar… Pelo menos o meu pai deixou de ficar bêbado. É um começo.
- Oh Mik…
- Arianna vê se te cuidas. Agora tenho que ir estudar…
- O quê? – engasguei-me – Tu? Estudar?
Ele riu.
- Estou a tentar aplicar-me. Sei que tenho umas notas péssimas, mas tento recuperar. Nem que esteja mais 5 anos…Vou ver se entro para medicina. Não faças essa cara, eu se quiser consigo. Ao menos tento…
- Porquê medicina?
- Para… - desviou o olhar – Salva a irmã de outros. Adeus miúda. – e a ligação acabou.
Passou-se duas semanas, e Dominick nem dera sinal de me conhecer. Era simpático, gentil. Alias, até estava sempre a perguntar se precisava de algo, sempre atencioso. O irmão de Kyle e Dominick, o puto Clint era um terror. Só obedecia a Dominick. E eu sentia-me cada vez mais presa a Dominick. Já não conseguia ter intimidade com Kyle e isso revoltava-me de mais.
- Bom dia. – cumprimentou Dominick no corredor.
- Morre cretino! – gritei com raiva. Só me apetecia esbofetear a cara dele para apagar o que sentia por aquela espécie de homem.
- Desculpa? – perguntou confuso – Fiz algo que te desagradasse?
- Sim! Existires! – dei meia volta e comecei a afastar-me dele.
Ele agarrou o meu braço rapidamente. Agora já não mancava sequer, e era muito rápido.
Um calor bom correu as minhas veias com o toque dele. Ele largou-me.
- A minha aparência incomoda-te? – ele resumia tudo á aparência.
- Não tanto como o facto de ser uma gorda porca! – ripostei zangada. E percebi que ele nem fizera ligação.
- Mas não és gorda…
- Pelo amor de Deus! Não te lembras mesmo de mim, pois não? Ou não queres admitir? Porque passas a vida a evitar-me? Parece que foges de mim!
- Eu… - não soube o que dizer e percebi que se sentia inferior pela mascara que usava. Realmente não sabia quem era. Percebi isso nele. – Só acho que o meu irmão não ia gostar muito que passasse tempo com a namorada dele…
- Sei. – ri irónica.
- Querias… que passasse mais tempo contigo? – perguntou um tanto corado.
Sim, ele corava. Sempre corava. Estranho num homem.
- Não. Quero que fiques bem longe!
- Percebi.
- Óptimo! Não quero que sejas simpático para mim, nem quero sorrisinhos discretos. Quero que nem olhes para mim, que não espies quando beijo Kyle! Isso mete-me raiva, nojo! – avisei num sussurro – Pensas que não reparo, que nos observas?
Ele parecia ter levado uma bofetada na cara. Nem sabia o que dizer.
- Pensas que não sou boa o suficiente para o teu irmão, não é?
- Nada disso! – defendeu-se – É isso que pensas?
- Que mais poderia ser? – perguntei já exasperada.
Ele deu de ombros.
- Nada importante.
Suspirei.
- Apenas… Pára de olhar para mim. Não gosto. – caminhei na direcção contrario e ainda ouvi o “desculpa” dele.
Não queria contactos com ele. Não mesmo.
Quando estávamos no final da tarde, andava toda a gente num alvoroço para receber um convidado importante. Ia-mos receber um vampiro. Sim, vampiros aparentemente existem. Existe os chamados puros, e os dito normais. Os puros têm poderes e vivem para sempre - alem de só poderem ser destruídos pelo fogo. Os normais têm uma esperança media de vida, de 200 anos. E são basicamente como toda a gente conhece… alérgicos a alho, crucifixos, água benta…
Vampiros existirem. Já nada me surpreendia. Eles até tinham um rei. Que aparentemente todas as raças temiam e respeitavam. Por ser indestrutível – obviamente era um puro.
Sorri triste ao pensar em quem adoraria saber disto. Nikka. Nicholaa era obcecada por vampiros.
Todos tínhamos que estar no salão do palácio da família de Kyle, para receber o tal vampiro.
O Rei. Sim, e no fundo todos estavam com um bocado de medo. Eu incluída. Por isso estava um pouco inquieta.
- Paras quieta? És insuportável. – repreendeu-me o puto do Clint.
Simplesmente o olhei.
- Isto é um assunto sério Arianna. O Rei veio em pessoa… - segredou.
- Que Rei? – ri irónica e um tanto nervosa – É o Rei dos vampiros, não o nosso. Nem dos humanos nem desta cidade. Que eu saiba o nosso governa-te é o teu pai.
- Mas é como se fosse. Ele controla todas as raças. – murmurou – É o ser mais velho e mais poderoso do mundo!
- Acho isso uma estupidez. – afirmei - Porque um vampiro têm poder sobre todos os outros?
- Porque ele é imortal e indestrutível. Dãã – bateu na minha testa - E tudo corre pelo melhor. Ele faz com que nenhum ser extrapole as regras. Se algo acontecer por nossa causa, é o meu pai que lhe tem que prestar contas e o mesmo com as outras raças. O meu pai dita as ordens aqui em função de algumas das dele. Percebes?
- Clint, posso ser metade humana, mão não sou burra ok? Sou mais inteligente que tu pirralho.
- Continua a sonhar… Não pagas imposto por isso.
Ok. Eu não conseguia responder á letra àquele miúdo. Nem adiantava.
- Porque ele veio? – perguntei curiosa. – Ou ele vem cá muitas vezes?
- A última vez que um vampiro esteve cá, foi antes de eu nascer.
- Pouco tempo, portanto… - piquei-o.
Ele olhou-me irritadinho. Tal como uma criança da idade dele, mostrei-lhe a língua.
- Tanto faz. – olhou-me como se eu fosse a criança ali - Dominick esteve no comando quando o meu pai esteve doente durante uns meses… E ajudou o Rei em tempos. Acabou com o responsável pelo atentado que fizeram á mulher de Alexander.
- Ele é casado? – estranhei – Desde quando vampiros casam? Kyle disse que eles não sentiam…
- Legalmente não sei, mas é como se fosse… - deu de ombros – Não sei o que ele sente ou isso. Mas é louco por ela. Deve ser tesão – ouvir Clint falar de coisas sexuais era perfeitamente normal. Apesar de só ter 6 anos. Era um puto pervertido - Quando ela entrou na vida dele, todos soubemos. Como os vampiros são a raça superior, foi uma noticia e tanto. E quem lhe fizesse mal, estaria perdido. Era como se fosse a primeira lei. – ficou pensativo, os olhos azuis com pintas castanhos, exactamente como os do Kyle ficaram brilhantes – Deve ser cá um boazona!
- Ela é uma pura? – ignorei o ultimo comentário.
- Agora sim, na altura era uma simples humana. – deu de ombros.
- E uma humana ficou com alguém como Alexander King? – perguntei confusa. As histórias do Rei dos vampiros eram um tanto obscuras – Dizem que têm mais de 5 mil anos… E que não pode ser morto. Controla o fogo. Como uma humana caiu nessa história toda? – aquilo era uma história interessante.
- Bem, não sabemos bem como se conheceram. Rumores dizem que ele era professor dela e acabaram por se apaixonarem perdidamente. Outros dizem que ela era uma alimentadora e acabaram juntos. Outros dizem que ele a raptou. – deu de ombros – Ninguem sabe bem como foi. Na minha opinião… - segredou baixinho – Eles devem ter feito sexo quando se viram pela primeira vez. Ela devia ser uma boazona e pronto, ele ficou com ela.
- Sério, Clint. – olhei-o séria – Tens que parar de pensar em sexo. Miúdo, tens 6 anos pelo amor de Deus! Nem erecções tens!
- Falta só alguns anos! – defendeu-se.
Suspirei.
- Esquece. – olhei todos que estavam no salão – Olha lá, e como é que uma humana fica com o vampiro? Tipo, ela já é velha?
- Isso é outro mistério. – Segredou – Ele tem uma regra para idades de transformações. E ela era uma adolescente. Á pouco tempo soubemos que ele quebrou as regras e a transformou. Agora ela é imortal. Um puro como ele. – sorriu pervertido – Agora imagina como ela deve ser! Deve ter umas mamas… Pelo menos do tamanho das tuas. – Quase apertei o pescoço do miúdo.
- Que história linda. Tão diferentes, mas mesmo assim ficaram juntos… - admiti assim que respirei fundo e não matei um príncipe.
- Os rumores são que ela o recusa agora. Ele transformou-a contra a sua vontade…
- A sério… Mas ele é Rei e o criador dela… Os vampiros têm uma coisa estranha com os criadores. Nunca ninguém percebe muito bem isso…
- Juro, que pareces ter mais de 6 anos Clint. Não é normal.
- Sou aquilo que lá na superfície chamam de sobredotado. – sorriu orgulhoso. Ele parecia um anjinho. Mas era mais um diabo. Pervertido.
Passado algum tempo, todos começaram a ficar mais entusiasmados e ouvimos o som da Cirene que simbolizava que alguém entrara na cidade. Uns minutos depois um homem entrou no salão.
Deus do céu! O que era aquilo? Clint deu-me uma cotovelada e eu fechei a boca, com medo de babar. Estava mesmo na frente e podia ver bem aquela perfeição. Ouvia-se suspiros pelo salão.
Ele era muito alto, musculado mas não em demasia. A definição para ele, adaptando o vocabulário de Clint, era um bonzão.
E era lindo de mais. Kyle dissera que os puros eram sem pré belos. Mas aquele homem… O seu rosto era irreal. Mas tinha toda uma aura de perigo e eu teria medo de me aproximar dele.
Ele simplesmente olhou para todos na sala e assentiu.
- Ok… - murmurei para Clint – Como alguém pode recusar um homem destes?
- Eu sabia que eras pervertida! HÁ-hã! Vais por os palitos ao Kyle? Era fixe!
Ignorei-o. Era o melhor.
Alexander King olhou os membros da família real, a mãe e o pai de Kyle. E Kyle (clint não estava lá no topo, pois ainda era muito jovem e a mãe dele (que realmente era insana como o filho mais novo) achara melhor não o ter perto de um vampiro. E eu fiquei com o puto.
Mas todos vimos a espécie de gratidão no olhar de Alexander ao fitar Dominick.
- Venho pessoalmente aqui – traduziu-me Clint – para mostrar a minha gratidão para contigo.
O rei dos vampiros apertão a mão de Dominick que não mostrou medo. Apesar de o homem ser um pouco mais alto e intimidante. E isso era louvável.
- Obrigado. Tens o meu apoio no futuro. Os vampiros estarão ao teu dispor. – continuou a traduzir Clint, pois até a língua dos Atlantis um vampiro sabia e eu tinha dificuldades – E eu pessoalmente também. Nunca poderei pagar completamente. Nicholaa está a salvo com a tua ajuda pessoal, matas-te o líder da revolução. Estarei sempre disponível. Não exites em ligar.
- Não me deves nada. – Clint traduziu o que Dominick disse. – Espero que a tua parceira se encontre bem.
- Ficará. – o vampiro acabara de esboçar um sorriso? Hã? – Nikka consegue ser teimosa, mas acima de tudo amo-a e isso bastará.
- Espero que sim. – Dominick disse e isso apesar de Clint traduzir eu percebi. – E sabes que és sempre bem vindo cá. Tu e a tua companheira. Podes sempre passar uma ferias para acalmar a fera. – pelos vistos aqueles dois tinham um certo companheirismo pois o vampiro pareceu tolerar a ideia. Salvas a namorada de um vampiro e parece que ele te respeita. – Aqui o nosso cristal não vos incomoda como o sol.
- Considerarei o convite. No entanto tenho que ir. Não convêm deixar Nikka sozinha por muito tempo. Nunca se sabe o que ela tramará. – voltou a apertar a mão de Dominick. Olhou-nos e saiu.
Tanta coisa por isto?
Enquanto falava com alguns habitantes que diziam ser meus primos em 3 grau uma espécie de click fez-se na minha cabeça. Nikka… Nicholaa… Não era um nome comum. Assim como ALEXANDER KING! O namorado da Nikka! O professor! Será?
Sai do salão a correr e avistei o Rei dos vampiros (porque digo ele dava nas vistas) Já prestes a entrar na areia.
- EI! VAMPIRO! – Ele parou e olhou-me enfadado. E sem paciência. – ESPEREEEEEEE!
Rápido cheguei perto dele, e engoli em seco. É, ele podia ser o homem mais lindo de todos mas metia medo como o caraças!
Ele falou algo em Atlantis, mas não percebi nada.
- Inglês? – arrisquei.
- Algum recado de Dominick? – falou perfeitamente em Inglês. Pelos vistos mais de 5 mil anos, dava para aprender todas as línguas.
- Não. – ele virou costas e ia continuar o seu caminho.
- Nikka. – ele parou. – Nicholaa. Nicholaa Brown. É esse o nome da sua companheira?
Ele olhou-me feros e eu quase morri de medo. Fechei os olhos pronta para a morte. Deus! Ele ia matar-me!
- Como sabes? Ninguém sabe o seu ultimo nome. – rugiu.
- Ela é ruiva. Olhos verde-esmeralda. Impulsiva, e um tanto respondona?
Silencio.
Abri um olho ainda apavorada. Ele olhava-me atento. A perceber se representava uma ameaça.
- Ela morava numa Vila. No Alasca. E a ultima vez que falei com ela, ela disse que namorava com o seu antigo professor de Inglês… O que bate com uma das muitas histórias que contam. Ela têm um irmão chamado Michael, que estava sempre a implicar com ela. – o rosto dele, apesar de impenetrável, mostrava que eu estava certa – É ela! – Saltei feliz – A Nikka! Nem acredito!
- Conheces Nikka? – aproximou-se lentamente, como se me fosse matar. Porra! - - Como?
- Sou… uma amiga…
- Nikka não sabe de Atlantis.
- Nem eu até á pouco tempo. Sou Híbrida. Conhecia Nikka. Mas é ela. Não é?
Ele não respondeu. Ainda me olhava a ponderar se era uma ameaça.
- Ela era louca por vampiros! – gargalhei feliz por saber que a minha amiga estava viva. Ou não? Bem… Ela estava bem, vampira ou não, ela estava ainda neste mundo.
- Não muito depois que descobriu. – não percebi porque parecia irónico.
- Mas… O Michael, disse que ela morreu… Foi uma forma de acabarem com as ligações aos humanos?
- Não é da tua conta.
- Ok! – suspirei feliz – Ao menos ela está bem. E feliz.
- Como poderias saber se ela está feliz?
- Porque ela disse que era apaixonada pelo Alexander. Neste caso, pelo sr. Então, ela está bem e feliz.
Ele olhou-me enigmático.
- Não me lembro de a ver na villa. – disse ainda desconfiado.
- Eu só a conheci no verão passado. – expliquei ainda com um tanto de medo. Como Nikka conseguia sentir-se á vontade com ele? – Passei lá feria e ela foi muito importante para mim.
- O teu nome, seria Arianna?
- Sim… Como sabe?
Ele sorriu com alguma lembrasse, e os olhos não estavam tão frios.
- Ela falou. – esboçou um ligeiro sorriso com outra lembrança – Deu o nome de Arianna a uma égua.
- O que… - ofendi-me – A uma égua?
- Nikka, será sempre Nikka. – ficou um tanto sombrio – Apenas têm que perceber isso.
- Como ela ficou depois da transformação.
- Deslumbrante . – o rei dos vampiros acabou de me parecer apaixonado? – Sempre foi, mas a imortalidade foi desenhada para ela.
- Gostava de a ver um dia… - pensei alto – Poderia dizer-lhe que tenho saudades das suas aulas de skeite?
Ele assentiu.
- Será necessário exigir segredo?
- Não Sr. – aquele rosto era belo, mas demasiado mortífero e perigoso.
- Ainda bem que nos entendemos. – ele procurou dentro do bolso da sua casaca de cabedal (estava calor na cidade, mas parece que vampiros não têm o inconveniente de suar) e tirou uma carteira. Não ri quando percebi que ela estava embrulhada dentro de uma saca de plástico. Não ia rir da porra do rei dos vampiros.
- Estragaria os documentos. – informou e então estendeu-me a carteira aberta. Porra! Ele tinha montes de dinheiro ali!
Mas depressa percebi que ele me mostrava uma foto.
- A minha beleza particular.
Mostrou-me a foto da mulher mais bela que algum dia podia existir. Aquela era a Nikka Vampira? Os mesmos cabelos ruivos mas mais perfeitos ( o que eu acharia impossível) os olhos verdes esmeralda lindos, mas com um toque cruel. O seu rosto uma mascara de beleza. Nenhuma imperfeição, cada ângulo em perfeita criação. A curvatura dos lábios perfeita… A pele…
- Oh! Ela está perfeita! - Murmurei assombrada.
- Ele sempre o foi.
- Mas está…
- Deslumbrante. – completou orgulhoso enquanto voltava a guardar a carteira, depois de a embrulhar na saca.
- Ela quase partiu o castelo ao perceber que lhe tirei uma foto. – sorriu um tanto triste. Mas depressa se recompôs. – A tua mensagem será entregue.
E com a postura de um felino, caminhou para a água. E abandonou a ilha. Quando regressei ao castelo Já ninguém lá estava. Apenas a família real.
- O que fazias lá fora com Alexander? – perguntou Dominick.
Olhei-o um tanto ofendida pelo tom de voz dele.
- Estávamos a falar.
- Eu também queria conversar em privado com ele…
- Sheila! – repreendeu o rei que tinha os olhos de Dominick. Ou melhor, Dominick tinha os olhos dele. Da família de onde vinha o rei. Kyle e Clint tinham essencialmente azul, como a mãe, e pintalgados de castanho como o pai.
- Brincadeira… Sabes que nuca te trairia. Mas olhar não tira pedaço! – coisa que Clint diria.
- Conhecias o Rei dos vampiros, Arianna? – estranhou Kyle – Mas eu pensava que nem sabias da existência deles…
- E não sabia. Só quando o vi é que percebi que tínhamos uma coisa em comum.
- O quê? – Dominick tinha sempre que se meter onde não era chamado.
- Sim, o quê? – perguntou entusiasmado Clint.
- Conheço a companheira dele. – Informei – Somos amigas. Apenas queria saber como ela estava.
- Como ela é? – Clint.
- É tão linda como dizem? – Sheila.
- Como a conheces? – Kyle.
- Não podias perguntar por ela aqui? – Dominick.
- Ela é linda Clint. É mais do que dizem Sheila, e conheço-a á algum tempo Kyle. – Não respondi a Dominick – E não posso dizer mais nada! Mesmo! O Rei ainda me mata!
- Adoro sexy e perigoso…
- Sheila!
- Jared, tu és sexy e perigoso, amor…
Então?
Que tal?
Desculpem se não está muito bom, mas o meu clima para escrever não é dos melhores… Espero que compreendam. No entanto queria coments á mesma! :P
Como já referi ando atarefada e vai ser difícil responder aos coments, mas tentarei! :)
Como disse, esta história vai ser pequena, por isso as Cóias se desenrolam rápido. ;)
Gostaram de rever os personagens de Amor e Sangue À Meia Noite?
^Comentem^ Até eu tinha saudades de escrever sobre aqueles dois! :)
O próximo capito deve sair no dia 1. Eu ando mesmo atarefada! Tentarei postar antes! Mas irei postar algumas coisas no blog… Desafios que me passaram e isso. Mas o clima de sentar e pensar na história não está muito bem. E por isso tenho medo de levar a história para o caminho “errado”. Terá sempre coisas novas no blog, passem e comentem! :P
Amanha posto uma prenda que tive! :P
A Soraya e a Margarida enviaram-me um presente para casa! :O Nem imaginam como fiquei quando recebi! :D
Amanha faço um poste sobre isso, porque lá ando eu hoje, super atarefada! Beijos grandes e mais uma vez desculpem qualquer coisa!