Capitulo novo! :D
Este é um pouco maior, porque não sei se repararam, mas…
Amor & Sangue À Meia-Noite faz hoje um mês! :D Quem se lembou, quem?
Aposto que ninguém! Não é? :P
Não faz mal, tem eu aqui para lembrar! :P
Sinto-me feliz por chegar até aqui, e por assima de tudo, ter tido contacto convosco!
Obrigada a todas! :)
Este capitulo é dedicado a todas que gostam da fic (incluindo eu que me esforço para ter tempo para postar! :P)
Divirtam-se!
Depois de 5 semanas maravilhosas de namoro, tivemos a nossa primeira discussão.
Não daquelas que constantemente tínhamos, aquelas trocas de provocações que no fundo alimentavam a nossa paixão.
Não. Desta vez, ele disse palavras destinadas para me ferirem, e eu queria magoa-lo também.
E tudo começou porque eu tinha ido com uns antigos colegas do skeit até uma colina e experimentar uns saltos.
Caí e tive que ir ao hospital. Fiquei com um corte na cabeça e, alem de nódoas negras. Nada de mais comparado com as trapalhadas em que me metia constantemente.
Quando cheguei a casa de Alex no dia seguinte depois das aulas, ele viu-me com pontos na sobrancelha, preocupado, perguntou o que aconteceu. Quando lhe disse ele simplesmente passou-se.
- Como podes ser tão criança? Para que te metes nestas confusões?
- Fui criança porque? Só por ter ido divertir-me e não te ter dado explicações? – actualmente ele estava a começar a pensar que tinha que dizer onde e com quem estava. E eu realmente não tinha – Não és meu pai, ok? Caí, azar o meu! Qual o teu problema? Até parece que foste tu que te magoaste!
- Comportas-te como uma irresponsável! Sabias perfeitamente que te podias magoar! Tinhas logo que te ir meter em confusões? É pedir muito, não fazeres porcaria, durante a porra de algum tempo?
Engoli em seco. As palavras dele magoavam-me. Faziam-me pensar que realmente só trazia problemas. E que estava a cansa-lo, como sabia que iria acontecer.
- Se estás assim tão farto, porque continuas aqui? – explodi – É isso não é? Estás farto de me aturar? É isso que queres dizer? Pois não tenhas medo! Diz logo! Se calhar eu também estou farta de ter por perto!
- Queres que vá, é?
- Quero que vás, se quiseres ir!
- Só quero que mudes, caramba!
- Eu sei que tu estás, é farto de mim, ok? Não sou burra! Andas super estranho e evasivo! Chega a alturas em que nos beijamos e depois paras e escondes o rosto, nem me olhas na cara!
- Porque não quero avançar nisso!
- E eu aceito! Até parece que te obrigo! Fogo Alexander! Eu também não quero assim, quando ainda existe algo que me queres dizer! É isso não é? Queres ir embora e tens medo que aqui a parvinha não aguente! Pois diz logo de uma vez! Era essa a conversa?
- Não ponhas palavras na minha boca! Só estou farto das tuas criancices. Da tua imaturidade e da tua irresponsabilidade.
- Pois eu sou assim! Já sabias muito bem como sou. Fogo, tanta coisa por ter ido andar de skeit! Fiz isso milhares de vezes enquanto criança! Além disso costumo faze-lo montes de vezes! E não vou deixar de fazer o que gosto só porque te deu uma panca!
- Não é só o facto de ires andar de Skeite! Merda! É a porra de te meteres em porcarias constantemente! Não tens noção das coisas! Sabes qual o teu problema?
- Não! Mas diz lá! Quero saber o que achas, já que sabes sempre tudo, sobre tudo e todos!
- O teu problema – olhou-me furioso – É seres uma mimada. É esse o problema! Não suportas deixares de ser o centro das atenções. Mas sabes que mais? O mundo não gira à tua volta Nicholaa! Não existes só tu, sabes? – eu queria responder, queria magoa-lo como ele me magoava. Mas a única coisa que conseguia era ouvir aquelas palavras que mexiam de mais na minha consciência, que no fundo eu sabia serem correctas. Um grande bolo formava-se na minha garganta – Armas-te em rebelde, mas no fundo és uma hipócrita. Vives essa suposta rebeldia, mas todos sabem que és mimada e egoísta! A tua mãe morreu? – gelei. Ele não se atreveria a falar da minha mãe. – Temos pena! – fechei os punhos com raiva e ódio e senti as unhas afundarem-se na palma da minha mão – Supera! Tantos perdem os pais, tantos nem os conhecem! Pois eu digo-te que nem tudo é como queremos! Pois se eu pudesse, certamente não me aproximaria de uma criança parva e egocêntrica! Já passou tempo de mais para ainda utilizares a morte da tua mãe como desculpa para tudo! Sê adulta! – molhou-me com os olhos a faiscarem – Hora de cresceres!
Fechei os olhos, para ele não ver a minha dor. Assim era mais fácil.
- Acabou?
- Merecias ouvir outras tantas verdades, para ver se acordas para a realidade. A vida real não é a porcaria dos livros a que estás habituada! Não é um conto de fadas! Mas deixaremos outras lições, para mais tarde. Já que nem as verdades suportas ouvir! – ele gritava muito.
- E agora, terminas-te?
- Por hoje. – respirou fundo para se acalmar.
- Bom. – olhei-o raivosa. Sentia a raiva a fluir pelo meu corpo. Sabia que estava vermelha pela raiva e dor – Agora ouve-me tu, com muita atenção! – ele tomou uma posição descontraída, que me fez desejar esmurrar a cara dele – Tu não sabes nada, NADA! Nada sobre mim, sobre a minha vida! Chegas e pensas que sabes tudo, que podes controlar e mandar! NÃO PODES! TU, É QUE NÃO ÉS O CENTRO DO UNIVERSO! – Tremi e as lágrimas caíram – E NUNCA MAIS MENCIONES A MINHA MÃE! NUNCA MAIS! – Peguei um cinzeiro da mesa dele e atirei-lho com todas as minhas forças. Desejei que lhe acertasse bem na testa. Mas ele apanhou-o na mão como se nada fosse – E sabes que mais? Eu é que acabei! – cheia de raiva e dor gritei – Acabei com isto! Não te quero! EU NÃO TE QUERO! Estou a terminar qualquer que tenha sido, a farsa que partilhamos!
Virei costas e corri para a porta, batia com força.
- E mais uma vez, Nicholaa Brown vira costas aos desafios! – disse em tom zombeteiro.
Corri pelo jardim seco dele e acabei por tropeçar. Cai mas não doeu. Embora tenha batido com o braço magoado. A dor, que não era física, doía tão mais que a física parecia insignificante. Sentei-me e abracei os joelhos. As lágrimas caiam e eu só tremia de medo e dor. Medo de realmente ter acabado, dor pelas palavras dele e pelas minhas.
Parecia que o meu corpo quebraria, como se a dor que vinha do meu coração fosse de mais e o meu corpo pequeno e frágil de mais para aguentar. Mordi os lábios para não gritar. As lágrimas molhavam-me a cara e não conseguiam limpar a minha alma. Não conseguiam levar a dor embora.
Levantei-me rápido. Olhei para a porta.
Mesmo nesse instante a porta abriu-se e vi Alexander.
Ele abriu os braços para mim.
Corri o mais rápido que pode. Como se a minha vida dependesse nisso. Corri para o meu lugar. Para os braços daquele parvo.
Saltei para o seu colo e ele abraçou-me forte. Afundou o rosto nos meus cabelos enquanto afagava as minhas costas. Eu só conseguia envolver as mãos nos seus cabelos e chorar.
Ele levou-me para dentro e com as mãos atrapalhadas limpou o meu rosto, para logo cobrir os meus lábios como os seus.
- Desculpa, desculpa, desculpa… – pediu nos espaços de cada beijo.
- Desculpa, desculpa, desculpa… – implorei sempre que procurava ar.
- Não te posso perder Nikka.
- Não me podes deixar… - funguei com a boca no seu pescoço e a sentir os seus braços quentes e acolhedores á minha volta.
- Nunca! – lentamente pousou-me no chão – Desculpa pequena! Não devia ter dito aquilo, não devia ter falado aquelas coisas para ti. Não pensei.
- Não. – concordei – Não devias ter mencionado a minha mãe. – uma lágrima caiu – Ela não. Não sabes o que realmente se passou nem o quanto da sua morte é minha culpa. Mas sabes que mais? – engoli em seco - Aquilo custou tanto, porque me atingiram. Por no fundo saber que eram verdade… - fechei os olhos e mais uma solitária lágrima caiu – Talvez seja hora mesmo de crescer…
- Eu não devia ter dito aquilo. Só fiquei passado por te teres magoado. Imaginei que podia ter acontecido algo sério e eu não estaria lá para te proteger. E aí seria o meu fim. Não podes andar a fazer coisas arriscadas. Pelo menos sem eu estar ao teu lado. – beijou os meus lábios e segurou os meus lábios – Não podes terminar comigo, não por esta parvoíce. Não podes atingir-me assim nunca mais. Não quero sentir isto novamente.
- Oh Alex… - puxei-o mais para mim – Desculpa ter dito aquelas coisas para ti também. Eu não quero que vás. Fica e faz de mim uma melhor pessoa, por favor…
Eu queria tanto dizer-lhe que o amava mais que a mim mesma. Mais que tudo no mundo. Mas ele poderia assustar-se e fugir de mim. Teria que esperar até ele me amar e aí confessaria. Confessaria que para mim ele era tudo.
- Pequena, tu é que fazes de mim, um melhor ser. Lembra-te que és o meu anjo, o meu universo, minha vida, minha luz, minha salvação a minha alma… - suspirou com a testa colada na minha. – Eu não era assim fraco antes. Acho que já não sei viver sem ti! Nem sonhes em terminar comigo.
- E tu és meu. Só meu. – completei.
Eu queria tanto dizer que o amava. Eu amava Alex, mais que a mim mesma. Mas eu sabia que ele ainda não me amava. Que sentia carinho por mim. Paixão, desejo.
Mas isso podia ser passageiro. Amor, acredito que é algo mais forte, mais intenso. Como o que eu sentia por ele. E tudo o que eu queria era que ele me amasse também. E o dia em que ele disse-se que me amava – porque eu sonhava com esse momento desde sempre – eu seria completa. Mais do que me sentia agora, com ele colado a mim. Mas sem saber se o seu coração era meu.
No dia seguinte, depois das aulas, fui para casa de Nereida. Ultimamente não passava tempo nenhum com ela fora das aulas. E ela já reclamava que eu só queria saber de Alexander para cá, Alexander para lá.
Alex queixou-se por eu “perder tempo” em ir até casa dela. Enfim. Nereida tinha ciúmes de Alex e Alex de Nereida.
A tarde foi passada a ver filmes românticos e a comer muito chocolate. Ao jantar comemos pizza.
Realmente a nossa amizade estava a precisar de algo assim.
- Cheguei pai! – avisei enquanto sabia as escadas.
- Amanha, quero que o teu namoradinho venha cá para o conhecer.
Tropecei nas escadas. COMO?
– Ele tem que falar umas coisinhas comigo… - Não gostei nada desta ideia…
- Depois falamos nisso… - esquivei-me.
- Amanha, quero conhece-lo oficialmente, Nikka. – Pronto. Estou feita.
Quando já estava pronta para dormir lembrei-me que tinha que telefonar a Alex. Ele pediu/exigiu que eu lhe ligasse quando voltasse. E também tinha que o avisar que o meu pai queria “conhece-lo”. O meu pai sabia exactamente quem ele era!
- Estou aqui. Fala o Alex. – Alex era memo trengo a atender o telemóvel.
- Alex – ri – É obvio que és tu… Liguei para ti, certo? Ah, e também estou aqui.
Ele não me respondeu.
- Era só para dizer que já cheguei. – atirei-me para a cama – Satisfeito?
- Muito.
- Olha… tenho uma coisa chata para te dizer e tal…
- O quê? – ficou logo alarmado. Ele simplesmente esperava sempre más notícias. Pessimista ele!
- Nada de mais, não… - engoli em seco - É o meu pai… Quer que venhas cá a casa…
Silencio.
- Ele quer conhecer-me? Está farto de saber quem sou. – falou depois de um tempo.
- Oficialmente Alex. Desculpa, mas ele não vai tirar isso da cabeça…
- Tudo bem. – aceitou – Depois vamos fazer alguma coisa? Queres ver um filme aqui? Até podes ver um de vampiros se quiseres – riu. – É sexta, podemos ficar até mais tarde e tudo…
- Não vai dar…
- Porque? – ficou chateado.
- Não fiques assim. Combinei ir até a casa da Nereida depois do jantar…
- Pois. Preferes ela…
Gargalhei com a atitude dele.
- Ciúmes?
- Menos Nikka. Até parece que eu ia sentir ciúmes. Poupa-me!
- Sei…
- Vai dormir que já estás a delirar.
- Tudo bem. – ri – Até amanha então. Vens cá jantar?
- Jantar?
- Sim.
- Tudo bem – suspirou – Eu apareço aí por volta das 7 e 30…
- Obrigada! E desculpa a situação chata.
- Deixa lá isso. Dorme bem pequena. Até amanha.
- Dorme bem gigante. – piquei.
E com uma gargalhada desliguei o telemóvel.
Este é um pouco maior, porque não sei se repararam, mas…
Amor & Sangue À Meia-Noite faz hoje um mês! :D Quem se lembou, quem?
Aposto que ninguém! Não é? :P
Não faz mal, tem eu aqui para lembrar! :P
Sinto-me feliz por chegar até aqui, e por assima de tudo, ter tido contacto convosco!
Obrigada a todas! :)
Este capitulo é dedicado a todas que gostam da fic (incluindo eu que me esforço para ter tempo para postar! :P)
Divirtam-se!
Depois de 5 semanas maravilhosas de namoro, tivemos a nossa primeira discussão.
Não daquelas que constantemente tínhamos, aquelas trocas de provocações que no fundo alimentavam a nossa paixão.
Não. Desta vez, ele disse palavras destinadas para me ferirem, e eu queria magoa-lo também.
E tudo começou porque eu tinha ido com uns antigos colegas do skeit até uma colina e experimentar uns saltos.
Caí e tive que ir ao hospital. Fiquei com um corte na cabeça e, alem de nódoas negras. Nada de mais comparado com as trapalhadas em que me metia constantemente.
Quando cheguei a casa de Alex no dia seguinte depois das aulas, ele viu-me com pontos na sobrancelha, preocupado, perguntou o que aconteceu. Quando lhe disse ele simplesmente passou-se.
- Como podes ser tão criança? Para que te metes nestas confusões?
- Fui criança porque? Só por ter ido divertir-me e não te ter dado explicações? – actualmente ele estava a começar a pensar que tinha que dizer onde e com quem estava. E eu realmente não tinha – Não és meu pai, ok? Caí, azar o meu! Qual o teu problema? Até parece que foste tu que te magoaste!
- Comportas-te como uma irresponsável! Sabias perfeitamente que te podias magoar! Tinhas logo que te ir meter em confusões? É pedir muito, não fazeres porcaria, durante a porra de algum tempo?
Engoli em seco. As palavras dele magoavam-me. Faziam-me pensar que realmente só trazia problemas. E que estava a cansa-lo, como sabia que iria acontecer.
- Se estás assim tão farto, porque continuas aqui? – explodi – É isso não é? Estás farto de me aturar? É isso que queres dizer? Pois não tenhas medo! Diz logo! Se calhar eu também estou farta de ter por perto!
- Queres que vá, é?
- Quero que vás, se quiseres ir!
- Só quero que mudes, caramba!
- Eu sei que tu estás, é farto de mim, ok? Não sou burra! Andas super estranho e evasivo! Chega a alturas em que nos beijamos e depois paras e escondes o rosto, nem me olhas na cara!
- Porque não quero avançar nisso!
- E eu aceito! Até parece que te obrigo! Fogo Alexander! Eu também não quero assim, quando ainda existe algo que me queres dizer! É isso não é? Queres ir embora e tens medo que aqui a parvinha não aguente! Pois diz logo de uma vez! Era essa a conversa?
- Não ponhas palavras na minha boca! Só estou farto das tuas criancices. Da tua imaturidade e da tua irresponsabilidade.
- Pois eu sou assim! Já sabias muito bem como sou. Fogo, tanta coisa por ter ido andar de skeit! Fiz isso milhares de vezes enquanto criança! Além disso costumo faze-lo montes de vezes! E não vou deixar de fazer o que gosto só porque te deu uma panca!
- Não é só o facto de ires andar de Skeite! Merda! É a porra de te meteres em porcarias constantemente! Não tens noção das coisas! Sabes qual o teu problema?
- Não! Mas diz lá! Quero saber o que achas, já que sabes sempre tudo, sobre tudo e todos!
- O teu problema – olhou-me furioso – É seres uma mimada. É esse o problema! Não suportas deixares de ser o centro das atenções. Mas sabes que mais? O mundo não gira à tua volta Nicholaa! Não existes só tu, sabes? – eu queria responder, queria magoa-lo como ele me magoava. Mas a única coisa que conseguia era ouvir aquelas palavras que mexiam de mais na minha consciência, que no fundo eu sabia serem correctas. Um grande bolo formava-se na minha garganta – Armas-te em rebelde, mas no fundo és uma hipócrita. Vives essa suposta rebeldia, mas todos sabem que és mimada e egoísta! A tua mãe morreu? – gelei. Ele não se atreveria a falar da minha mãe. – Temos pena! – fechei os punhos com raiva e ódio e senti as unhas afundarem-se na palma da minha mão – Supera! Tantos perdem os pais, tantos nem os conhecem! Pois eu digo-te que nem tudo é como queremos! Pois se eu pudesse, certamente não me aproximaria de uma criança parva e egocêntrica! Já passou tempo de mais para ainda utilizares a morte da tua mãe como desculpa para tudo! Sê adulta! – molhou-me com os olhos a faiscarem – Hora de cresceres!
Fechei os olhos, para ele não ver a minha dor. Assim era mais fácil.
- Acabou?
- Merecias ouvir outras tantas verdades, para ver se acordas para a realidade. A vida real não é a porcaria dos livros a que estás habituada! Não é um conto de fadas! Mas deixaremos outras lições, para mais tarde. Já que nem as verdades suportas ouvir! – ele gritava muito.
- E agora, terminas-te?
- Por hoje. – respirou fundo para se acalmar.
- Bom. – olhei-o raivosa. Sentia a raiva a fluir pelo meu corpo. Sabia que estava vermelha pela raiva e dor – Agora ouve-me tu, com muita atenção! – ele tomou uma posição descontraída, que me fez desejar esmurrar a cara dele – Tu não sabes nada, NADA! Nada sobre mim, sobre a minha vida! Chegas e pensas que sabes tudo, que podes controlar e mandar! NÃO PODES! TU, É QUE NÃO ÉS O CENTRO DO UNIVERSO! – Tremi e as lágrimas caíram – E NUNCA MAIS MENCIONES A MINHA MÃE! NUNCA MAIS! – Peguei um cinzeiro da mesa dele e atirei-lho com todas as minhas forças. Desejei que lhe acertasse bem na testa. Mas ele apanhou-o na mão como se nada fosse – E sabes que mais? Eu é que acabei! – cheia de raiva e dor gritei – Acabei com isto! Não te quero! EU NÃO TE QUERO! Estou a terminar qualquer que tenha sido, a farsa que partilhamos!
Virei costas e corri para a porta, batia com força.
- E mais uma vez, Nicholaa Brown vira costas aos desafios! – disse em tom zombeteiro.
Corri pelo jardim seco dele e acabei por tropeçar. Cai mas não doeu. Embora tenha batido com o braço magoado. A dor, que não era física, doía tão mais que a física parecia insignificante. Sentei-me e abracei os joelhos. As lágrimas caiam e eu só tremia de medo e dor. Medo de realmente ter acabado, dor pelas palavras dele e pelas minhas.
Parecia que o meu corpo quebraria, como se a dor que vinha do meu coração fosse de mais e o meu corpo pequeno e frágil de mais para aguentar. Mordi os lábios para não gritar. As lágrimas molhavam-me a cara e não conseguiam limpar a minha alma. Não conseguiam levar a dor embora.
Levantei-me rápido. Olhei para a porta.
Mesmo nesse instante a porta abriu-se e vi Alexander.
Ele abriu os braços para mim.
Corri o mais rápido que pode. Como se a minha vida dependesse nisso. Corri para o meu lugar. Para os braços daquele parvo.
Saltei para o seu colo e ele abraçou-me forte. Afundou o rosto nos meus cabelos enquanto afagava as minhas costas. Eu só conseguia envolver as mãos nos seus cabelos e chorar.
Ele levou-me para dentro e com as mãos atrapalhadas limpou o meu rosto, para logo cobrir os meus lábios como os seus.
- Desculpa, desculpa, desculpa… – pediu nos espaços de cada beijo.
- Desculpa, desculpa, desculpa… – implorei sempre que procurava ar.
- Não te posso perder Nikka.
- Não me podes deixar… - funguei com a boca no seu pescoço e a sentir os seus braços quentes e acolhedores á minha volta.
- Nunca! – lentamente pousou-me no chão – Desculpa pequena! Não devia ter dito aquilo, não devia ter falado aquelas coisas para ti. Não pensei.
- Não. – concordei – Não devias ter mencionado a minha mãe. – uma lágrima caiu – Ela não. Não sabes o que realmente se passou nem o quanto da sua morte é minha culpa. Mas sabes que mais? – engoli em seco - Aquilo custou tanto, porque me atingiram. Por no fundo saber que eram verdade… - fechei os olhos e mais uma solitária lágrima caiu – Talvez seja hora mesmo de crescer…
- Eu não devia ter dito aquilo. Só fiquei passado por te teres magoado. Imaginei que podia ter acontecido algo sério e eu não estaria lá para te proteger. E aí seria o meu fim. Não podes andar a fazer coisas arriscadas. Pelo menos sem eu estar ao teu lado. – beijou os meus lábios e segurou os meus lábios – Não podes terminar comigo, não por esta parvoíce. Não podes atingir-me assim nunca mais. Não quero sentir isto novamente.
- Oh Alex… - puxei-o mais para mim – Desculpa ter dito aquelas coisas para ti também. Eu não quero que vás. Fica e faz de mim uma melhor pessoa, por favor…
Eu queria tanto dizer-lhe que o amava mais que a mim mesma. Mais que tudo no mundo. Mas ele poderia assustar-se e fugir de mim. Teria que esperar até ele me amar e aí confessaria. Confessaria que para mim ele era tudo.
- Pequena, tu é que fazes de mim, um melhor ser. Lembra-te que és o meu anjo, o meu universo, minha vida, minha luz, minha salvação a minha alma… - suspirou com a testa colada na minha. – Eu não era assim fraco antes. Acho que já não sei viver sem ti! Nem sonhes em terminar comigo.
- E tu és meu. Só meu. – completei.
Eu queria tanto dizer que o amava. Eu amava Alex, mais que a mim mesma. Mas eu sabia que ele ainda não me amava. Que sentia carinho por mim. Paixão, desejo.
Mas isso podia ser passageiro. Amor, acredito que é algo mais forte, mais intenso. Como o que eu sentia por ele. E tudo o que eu queria era que ele me amasse também. E o dia em que ele disse-se que me amava – porque eu sonhava com esse momento desde sempre – eu seria completa. Mais do que me sentia agora, com ele colado a mim. Mas sem saber se o seu coração era meu.
No dia seguinte, depois das aulas, fui para casa de Nereida. Ultimamente não passava tempo nenhum com ela fora das aulas. E ela já reclamava que eu só queria saber de Alexander para cá, Alexander para lá.
Alex queixou-se por eu “perder tempo” em ir até casa dela. Enfim. Nereida tinha ciúmes de Alex e Alex de Nereida.
A tarde foi passada a ver filmes românticos e a comer muito chocolate. Ao jantar comemos pizza.
Realmente a nossa amizade estava a precisar de algo assim.
- Cheguei pai! – avisei enquanto sabia as escadas.
- Amanha, quero que o teu namoradinho venha cá para o conhecer.
Tropecei nas escadas. COMO?
– Ele tem que falar umas coisinhas comigo… - Não gostei nada desta ideia…
- Depois falamos nisso… - esquivei-me.
- Amanha, quero conhece-lo oficialmente, Nikka. – Pronto. Estou feita.
Quando já estava pronta para dormir lembrei-me que tinha que telefonar a Alex. Ele pediu/exigiu que eu lhe ligasse quando voltasse. E também tinha que o avisar que o meu pai queria “conhece-lo”. O meu pai sabia exactamente quem ele era!
- Estou aqui. Fala o Alex. – Alex era memo trengo a atender o telemóvel.
- Alex – ri – É obvio que és tu… Liguei para ti, certo? Ah, e também estou aqui.
Ele não me respondeu.
- Era só para dizer que já cheguei. – atirei-me para a cama – Satisfeito?
- Muito.
- Olha… tenho uma coisa chata para te dizer e tal…
- O quê? – ficou logo alarmado. Ele simplesmente esperava sempre más notícias. Pessimista ele!
- Nada de mais, não… - engoli em seco - É o meu pai… Quer que venhas cá a casa…
Silencio.
- Ele quer conhecer-me? Está farto de saber quem sou. – falou depois de um tempo.
- Oficialmente Alex. Desculpa, mas ele não vai tirar isso da cabeça…
- Tudo bem. – aceitou – Depois vamos fazer alguma coisa? Queres ver um filme aqui? Até podes ver um de vampiros se quiseres – riu. – É sexta, podemos ficar até mais tarde e tudo…
- Não vai dar…
- Porque? – ficou chateado.
- Não fiques assim. Combinei ir até a casa da Nereida depois do jantar…
- Pois. Preferes ela…
Gargalhei com a atitude dele.
- Ciúmes?
- Menos Nikka. Até parece que eu ia sentir ciúmes. Poupa-me!
- Sei…
- Vai dormir que já estás a delirar.
- Tudo bem. – ri – Até amanha então. Vens cá jantar?
- Jantar?
- Sim.
- Tudo bem – suspirou – Eu apareço aí por volta das 7 e 30…
- Obrigada! E desculpa a situação chata.
- Deixa lá isso. Dorme bem pequena. Até amanha.
- Dorme bem gigante. – piquei.
E com uma gargalhada desliguei o telemóvel.
7:30, Alex bateu á porta. Sabia que era ele porque o roncar do seu potente carro tinha sido escutado.
Quando abri a porta, não quis acreditar.
Gargalhei muito! OMD!
- Qual a piada? – perguntou chateado.
- Tu! – ri mais – É só um jantar…
Alex estava de facto e gravata. O seu cabelo lindo, normalmente desalinhado, estava impecável. Ele estava demasiado apresentável.
- Quero causar boa impressão… - Admitiu.
Revirei os olhos. Ele estava lindo “apresentável”. Afinal, ele era lindo. Sempre seria.
Alex entrou e ambos olhamos para a minha família.
O meu pai olhava Alex com um olhar intimidador, olhando-o de cima a baixo.
O meu irmão olhava-o ofendido.
- Prazer em conhece-lo Sr. Brown.
O meu pai assentiu contrariado e apertou a mão de Alex. Olhava-o como se fosse o seu maior inimigo.
O jantar decorria. O estufado estava maravilhoso, agradecimentos para a Cindy. O clima estava agradável e todos conversávamos animados. O meu pai adorou Alex e até o meu irmão era agradável e falava coisas com sentido e lógica.
Pena que o dia 1 de Abril já passou.
Estávamos todos tensos. O meu pai bombardeava Alex com perguntas constantemente e ignorava o meu olhar assassino.
- Então, não trabalhas agora, é? Não gosto que a minha filha namore com um marginal, não…
Engasguei-me com o sumo.
- Pai!
- Eu trabalho através do computador. – respondeu Alex.
Ele já estava a chatear-se com isto. Ele até me segredara que não percebia porque eu simplesmente não mandava matar a minha família.
Estava a brincar. Eu espero…
- A fazer o que?
- Pai! Deixa de ser inconveniente! – recriminei chateada.
- Só quero saber! Ou ele tem algo a esconder?
- Conduzo empresas de petróleo. – Comentou como se nada fosse.
Nem eu sabia isso!
Olhamo-lo todos espantados.
Estava justificado as suas roupas caríssimas, o carro potente, a tv de última tecnologia…
- Ah… Bom…
E o silêncio continuou a reinar ali. Jantar constrangedor? Imagina!
Alex mastigava a comida super devagar. Eu já me começava a passar com a sua mania das dietas. Ainda fica doente à seria!
- Não está bom o jantar? – perguntei-lhe.
Ele levou uma garfada à boca. Mastigou e depois viu engolir devagar como se lhe arranhasse a garganta.
- Óptimo! – sorriu.
Pareceu-me ver ali um pouco de ironia…
- E família? Os seus pais não o vêm visitar?
- Pai. – repreendi pela milésima vez.
Isto sabia. E não queria que estivessem a chatear Alex com isso.
- Não tenho. Sou órfão. Cresci num orfanato. – explicou como se nada fosse.
Alex realmente não ligava muito para o facto de não ter pais. Dizia que isso era absurdo para ele.
O meu pai mostrou o bom senso de pedir desculpa.
- Olha lá… - a anta abriu a boca e eu já tinha a certeza que era para dizer asneira – Ainda não engoli essa história de andares com a minha irmã e teres tido a lata de me dar negativa!
Imaginei o meu garfo espetado na testa do meu maravilhoso e perfeito irmão.
- Imbecil, nós não namoramos enquanto ele me dava aulas seu parvo!
- Isso, dizes tu!
Eu juro que ele vai MORRER hoje!
- Nunca que poderia dar positiva a um aluno que confunde chá com já. Ou escreve burro com um v.
OMD! Alex deixou o meu irmão super envergonhado!
Gargalhei feliz. Alex é perfeito, não era?
- Esquece a cabeça oca – disse – Ele é o burro da família… Uma tristeza… - suspirei triste.
No fim do jantar o meu pai obrigou Alex a comer a sobremesa apesar de ele dizer que já estava saciado.
- Come. Foi a Nikka que fez. – exigiu/mentiu o meu pai.
- Então vamos morrer todos!
Ignorei o imbecil do Michael.
- Pai, foi a Cindy que comprou no super-mercado. – revirei os olhos – Se o Alexander não quer, deixa-o estar!
O meu pai resmungou mas parou de insistir.
Enquanto estávamos na sala, e mais uma vez o meu pai era chato, Michael ligou a tv.
- E quais as suas intenções com a Nicholaa?
O MEU POAI NÃO POERGUNTOU ISSO!
- As melhores possíveis.
- Pai, cala-te com essas coisas! Fogo! – queixei-me chateada – Só me fazes passar vergonha! Eu avisei-te para te comportares, mas tinhas logo que…
- Olha isto! – interrompeu o burro da cabeça oca – Que cena!
- Ontem, mais um corpo foi encontrado drenado. Não sabemos que tipo de animal ou psicopático continua a atacar a população, mas aconselhamos a não percorrer as ruas sozinhos e…
- Fogo! Olha lá, isso não é numa cidade aqui ao lado? – perguntei chocada – Que cena! E eu que pensei que estas coisas não aconteciam por aqui…
- E aposto que já pensas que são vampiros! – riu Michael.
- Cala-te Vurro! – Frisei bem o V.
- Parem vocês os dois. – o meu pai colocou a tv mais alto – Não vos quero por aqueles lados, ouviram?
- Está bem. Alex, levas-me até a casa da Nereida?
Eu queria, era sair desta casa louca!
- Tudo bem.
Alex levantou-se animado, e sorriu-me.
- Prazer – ironizou Alex – Sr. Brown.
O meu pai simplesmente lançou-nos um olhar desaprovador e preferiu ficar atento ás noticias.
- Já viste? – disse enquanto Alex conduzia – O crime já começa a chegar para estes lados…
- Pois é. – disse sem interesse e ligou o rádio.
- Achas-te a minha família muito má?
- Não sei porque tens que ter família. Era mais fácil sem eles, mas pronto… Não podias ser perfeita, deixa lá…
- Ok.
Fiquei calada até chegarmos a casa de Nereida.
- Ela depois leva-me a casa! – beijei os seus lábios antes de sair do carro, Não conseguia ficar muito tempo chateada com ele – Até amanha!
Nereida abriu-me a porta sorridente e depois fomos para o quarto dela. Acabemos por decidir ir até um bar, que antes frequentávamos. Estávamos a conversar sobre o MEU Alex.
- Ele é assustador…
- Não é nada! – ri-me – Não faz mal a uma mosca…
- Tem um ar sombrio… não sei…
- Isso tem, mas é perfeito. – sorri sonhadora.
Nereida riu em demasia. Provavelmente os responsáveis eram as três garrafas de cerveja.
Por isso eu ficava pela Coca-Cola.
- Eu teria medo perto dele… Mas amiga… - deu-me uma palmada no braço e depois abanou-se (efeito cerveja) – Até eu não o largava! Olha lá, ele é lindíssimo! E tem um corpo… Acreditas que nem na tv e no cinema vejo alguém tão lindo? – era uma pergunta retórica por isso nem me dei ao trabalho de responder já que toda a gente sabia a resposta. E quem tinha aceso aquela boca, quem era? EU! – Eu ficava na cama dele 24 horas por dia! – fiz uma careta. Provavelmente era o que montes de mulheres pensavam. ISSO NÃO ERA UMA BOA COISA! - E eu que pensava que tu eras uma pudica! Para prenderes um homem desses… Deves arrasar na cama! – corei.
- Nereida, não é bem assim…
- Nem venhas! Eu só de olhar imagino que ele deve ser uma bomba! Mas não te censuro por esconderes… - riu.
- Digo-te, que eu não sei mesmo! – afirmei ainda corada.
Ela pousou a cerveja e olhou-me atentamente. Que tal ela nunca mais beber?
- Como assim?
- Nós ainda não… - deixei que ela percebesse o resto.
- Conta-me histórias! – riu.
Olhei-a séria. Ela olhou-me alarmada.
- A Sério? – arregalou os olhos.
- Ainda não aconteceu…
- Porque? Não me digas que tens medo! – olhou-me zangada – Deixa de ser louca rapariga! – depois olhou-me séria e eu percebi que ela iria tentar dar-me uma lição. Lá por ter mais experiencia do que eu neste campo, já pensa que pode inverter os papeis. Eu sou quem a tenta convencer das coisas! O que a cerveja provoca! - Tenho certeza que um homem como ele tem experiencia e que vai fazer com que seja fácil para ti! Ele é um homem e não um adolescente. Está contigo e vai ajudar-te a superares a timidez… E digo-te… Ele deve estar habituado a ter muitas mulheres, porque é lindíssimo e se espera por ti é porque realmente gosta de ti…
- Nereida, não estou com medo. Simplesmente ainda não aconteceu. Não é uma coisa que queira programar. Quando tiver que ser, tenho certeza que será perfeito. Porque o amo de mais.
- Ohhh – começou a chorar – É tão lindo…
- Nereida? – olhei-a assustada.
- O amor! É lindo! Ohhhh – soluçou – Tão fofinhos…
Ok.
Vesti o meu casaco branco até o joelho.
- Leva-a em segurança para casa. – avisei o actual namorado de Nereida, que vinha com uma garrafa de água para ela.
Nereida ficou a chorar no colo dele.
Ok.
Sai do bar e fui para o meu carro, ri-me ao lembrar-me de como Nereida estava bêbada!
Começou a chover e eu corri para chegar mais rápido.
- NÃOOOO! – gelei quando ouvi o grito aterrador de uma mulher!
Devia estar a ser atacada. Ainda com medo, decidi ir ver o que se passava pois o grito suou perto. Segui por uma rua e nem liguei para o facto de estar a chover e sentir frio. Alguem preciçava de ajuda. Não sabia o que faria quando me deparasse com a situação mas estava preparada até para andar á pancada!
Então? O-o
Já sabem o que tem de fazer! ;)
Gostaram do capitulo? Qual a parte que mais gostaram? As musicas e tal! ;)
Se a imoção passou chegou mesmo até vocês, e se as partes “cómicas” realmente voz fizeram soltar uma gargalhada.
É que se não eu preciso melhorar!
Desculpem se não gostaram… :S
Mas eu gostei de escrever a parte da discussão. Foi triste, mas aqueles dois não conseguem ficar longe nem por alguns minutos…
A Nikka teve que ouvir certas verdades, não?
Bem, comentem muito! ;) Hoje é dia especial para a fic! ;)
Mas não podem perder é o capitulo seguinte. Mesmo! O-o
Vai ser muito importante! ;)
Saí na segunda! ;)
Beijos, e já sabem… COMENTEM! ;)