segunda-feira, 30 de agosto de 2010

6 e 7 Capitulo


Estes capitulos vão para a Vita, a Marta Boo e a Sofia! :)
:P
Divirtam-se todos! =P

6 Capitulo – Coisas que não percebo




- Bom dia! – beijou o meu rosto Kyle.
- Bom dia, Kyle.
O nosso clima não era dos melhores, depois que recosei a proposta dele. Mas simplesmente não podia casar com ele. Não podia caminhar para ele quando não era ele que amava. A panca pelo Dominick iria ter que passar. Tinha.
- Como estavam os teu pais? – perguntou, referindo-se á visita breve que tinha feito á superfície.
- Bem. Eles pensam que agora estou a fazer uma viagem para espairecer. Para eles é normal. Sabes que eles nunca me prenderam, sempre me deixaram solta enquanto fazem viagens e isso. Não queria ir com eles e eles deixavam á vontade. Confiam em mim plenamente. Nem imaginam onde estou! – sorri.
- Já tinhas saudades deles, não era?
- Claro! Amo-os. Podem não ser os meus pai biológicos, mas para mim são os meus verdadeiros pais. Eles criaram-me e foram eles eu me deram a oportunidade de uma vida diferente. Na instituição que estava antes deles me adoptarem não tinha o que tive com eles. E não me estou a referir aos bens materiais. Na instituição nunca passei fome ou frio. Mas nunca me sentia em família. Não podias ter o amor e carinho de pais, era uma criança no meio de tantas outras.
- Percebo perfeitamente o que os teus pais significam para ti. – tomou a pílula dele – a nossa refeição ali – Eu achei-os incríveis. Um tanto despreocupados de mais, mas contigo estavam sempre atentos.
- Sim. – sorri – Os meus pais gostam é de conhecer novas culturas. Pararam as viagens até ter 15 anos depois voltaram a viajar e queriam levar-me com eles, mas eu preferia ficar. No entanto, não poderia imaginar melhores pais.
- E da tua família biológica, tens gostado?
- Só conheço metade… A da parte humana nunca conheci. Mas os de cá gosto… - dei de ombros – No entanto não são bem família… São todos simpáticos, apesar de nem saber bem os nomes dos primos e tios – ri – Mas é diferente… Não é bem família… No fundo são pessoas que estou a conhecer agora… Além disso é estranho ver tanta gente com olhos exactamente da mesma cor que os meus. E repara, eu não conhecia nunca com olhos da mesma cor que os meus!
- Já voltas-te? – perguntou animado o puto do Clint que entrou na “cozinha”.
- Não… Impressão tua Clint… - Não podia deixar de tentar pica-lo.
Ele olhou-me como se fosse profundamente infantil. Aquele miúdo dava nos nervos!
- Miudo, deixei um presente no teu quarto. – sorri-lhe. Eu gostava do puto.
- O quê? – perguntou animado.
- Vai lá ver…
Ele foi a correr. Kyle começou a gargalhar com a atitude do irmão.
- Que se passa com o Clint? – Dominick perguntou ao entrar. E o meu coração iria reagir sempre da mesma forma com a presença dele. Aos trambolhões.
- Foi a Arianna que deixou um presente no quarto dele.
- Por isso ele deu os bons dias sem parar de correr. – deu de ombros enquanto se servia da sua pílula. – Divertiste-te lá em cima? – perguntou cordial Dominick.
Era muito estranho ter Kyle e Dominick assim perto. Sentia-me uma traidora.
- Sim.
Ouvimos os gritos de Clint.
- O que lhe deste? – perguntou Dominick enquanto sorria – Parece que nunca esteve assim…
Abri um sorriso gigante. O miúdo devia estar a passar-se!
- Espero que os vossos pais não se zanguem…
- Nunca se zangariam quando o Clint ficou tão animado! – riu Kyle – Mas o que lhe deste?
- Algo que ele julgou uma lenda.
- Como assim?
- Kyle… Dei-lhe um cãozinho… - ali não existiam cães.
- Não acredito! – Kyle ficou embasbacado – Como o conseguiste fazer atravessar a passagem?
- Comprei um equipamento. Uma gaiola especial e isso… No outro dia estávamos os dois a conversar. Sabes como ele é curioso e perguntou-me sobre espécies de animais e isso. Então viu os cães no livro e explicou-me que eles aqui não procriavam, mas que existia condições. Meio que dizia que era uma lenda. Ele ficou tão fascinado com o cão… E nem era um cão bebé… Pelos gritos histéricos acho que gostou…
- Sem duvida! – Dominick olhava-me com carinho. Desviei o olhar.
- ARIANA! – Gritou Clint – ARIANNA! NÃO ACREDITO!
Entrou a correr como um furacão e deu-me um abraso que quase me fez cair. O miúdo chorava!
- Ei! Calma!
- Nunca tive um presente tão perfeito! Obrigado, obrigado, obrigado!
- Tens é que cuidar muito bem dele. Os animais são uma responsabilidade. Ele já está vacinado e isso. Tens alimento para ele, mas tens que cuidar muito bem dele!
- Vou cuidar! Prometo!
Todos rimos com o histerismo dele.
- É tão lindo! Que raça é aquela?
- Um Boxer.
- É tão fofo! – bateu palmas – Castanho! Tenho que pensar num nome… Tenho que ver onde ele vai dormir… Tenho que o educar… Tantas coisas a fazer! – e saiu novamente a correr.
- Acertas-te no presente! – gargalhou Kyle. – A minha mãe vai gostar do cão. Ela nunca foi á superfície, mas lembro-me que ela me contava historias infantis onde apareciam cães. Lembras-te Dominick?
- Não ouvi essas histórias. – deu de ombros. Senti um aperto no peito. Dominick não tivera uma infância. Estava demasiado ocupado em se preparar para o trono. Brincar não tinha lugar na sua agenda apertada.




Clint andava sempre com o cão de um lado para o outro. O cão também seguia sempre o Clint. E até a mãe irreverente dele gostava do cão. Era uma espécie de mascote. Clint adorava ser o único na cidade que tinha um cão! E exactamente como a criança que era, adorava fazer inveja aos outros miúdos. Mas ele merecia. Tinha apenas 6 anos e guardava o meu maior segredo. Era um bom miúdo. Pervertido, mas um bom miúdo.
- O Nick? – pensando no miúdo ele apareceu com a mascote sempre a trotar atrás dele.
- Deve estar com o teu pai. – respondeu a mãe dele enquanto se baixava para fazer festa no B (Brown). Como era castanho Clint colocou-lhe esse nome. E eu sorri pensando em como a Nikka tinha recebido a paga de colocar o meu nome numa égua. Colocaram o nome dela num cão.
- Vou chama-lo. Ele tem visitas…
- Quem? – perguntou a Sheila.
- A – Clint olhou-me para me avaliar – Roza.
- Quem? – não pode evitar fazer a pergunta. Sentindo ciúmes.
- Vou chama-lo. – Clint saiu antes de me explicar. Ia atrás dele, mas não podia.
- Quem dera que esses dois se entendam! – Sheila estava demasiado animada.
- Como assim?
- Sabes Dominick é apaixonado por Roza…
- Ai é?
- É! – sorriu animada Sheila – Quem dera que se entendam!
- É… Quem dera…
Respira. Quem era essa Roza? E que historia era essa de Dominick ser apaixonado por ela?
Não gostava nada disso…
E não gostei ainda mais de a conhecer. Quando Kyle me apresentou, não gostei logo dela.
Ok, ela era bonita. Era da minha altura, e tinha curvas como eu. Mas o cabelo era pequeno e cor de mel. E tinha olhos lilases. A sério! Quem tem olhos lilases e roxos? E porque tinham de ser tão bonitos? Salpicados de roxo?
Ptsss. E porque estava sempre a sorrir e exibir os carnudos lábios cor de cereja?
A sério! Rapariga parva!
- És a namorada do Kyle, não és?
- É.
Tínhamos ficado as duas a conversar num canto do salão. Por cortesia não podia virar-lhe costas, já que eu estava no meu canto e ela veio ter comigo. Não me podia deixar sossegada?
Estúpida!
- Eu cá – deu-me um cotovelada leve enquanto sorria para um lado da sala – prefiro o outro irmão, se é que me entendes…
Segui o seu olhar e vi que ela olhava para dominick que conversava com o pai.
- É… entendo… - ela queria levar na cara? Estava mesmo a pedi-las!
Estranhei. Eu nunca fui violenta. Não era de pensar em agredir ninguém. Não era nenhuma Nicholaa Brown. Nenhuma ruiva temperamental.
Sorri meia forçada e deixei-a lá enquanto fui para perto de Sheila que estava agachada com o B.
- Ele é mesmo lindinho! Só que é um baboso de primeira! – riu.
Gargalhei quando vi que o cão correu para Clint assim que ele bateu com a mão na perna.
- Olha só para aqueles dois! Tão queridos!
- Pois é! – Clint estava a ser literalmente lambido pelo B.
- Parecem tão apaixonados…
- Hã? – quando olhei percebi que Sheila não se referia ao seu filho mais novo, mas sim ao mais velho. Ele sorria para a Roza que falava e falava sem parar!
- Mas eles, são namorados ou algo assim? Nunca ouvi o nome dela…
- Dominick é reservado.
- Sei…
- Ele não quer assumir nada com ela por causa do acidente… Não quer que ela fique com um desfigurado…
- Dominick não é desfigurado. – apertei as mãos em forma de punho. Então Dominick era mesmo um pulha que me tentava enganar novamente. E eu parva caia na dele!
Ele todo derretido para aquela estúpida e eu com ciúmes! Quando tinha Kyle que era um amor comigo!
Não sabia se tinha mais raiva de Dominick ou de mim mesma!
Como podia ter caído na dele novamente?
Inacreditável!
Mas eu ia tirar essa historia a limpo, podia ter a certeza disso! Não ia ser a parva novamente!
Não ia cair na dele, não ia!


Á noite, fui bater na porta do quarto dele. Ainda era cedo, ele não ia estar a dormir.
- Quem é?
- Sou eu. Escusas de estar a colocar a mascara. – disse com raiva – Abre logo, quero falar contigo. – rosnei baixo.
Ele abriu e quando entrei vi que realmente não usava a mascara. Mas ainda tinha um pouco de vergonha.
- Passa-se alguma coisa?
- Sim. – disse assim que ele fechou a porta – É só para te dizer que não me vais fazer de parva novamente. Podes ter a certeza disso!
- O quê?
- Olha Dominick – respirei fundo – Estou bem com o Kyle. Pára com isso. Não sei o que ganhas em fazer mal aos outros, mas realmente estou farta destes jogos.
- Eu sei bem qual o meu lugar. Não faço jogos alguns.
- Vamos falar abertamente Dominick. Gozaste com a minha cara um ano atrás e queres repetir a façanha novamente. Mas não vou permitir. Não desta vez. A porca gorda abriu os olhos!
- Pára de dizer isso! Não estou a gozar contigo nem gosto de te ouvir dizer isso de porca gosda. Gargalhei.
- São tuas palavras. Não minhas.


7º Capitulo – Francamente.



- Minhas palavras?
Sorri amarga.
- Eu estava acordada Dominick.
- De que estás a falar?
- Na nossa primeira noite juntos. Na verdade, na minha primeira vez com um homem. Acordei e ouvi o que falavas com aquele teu amigo nojento. Ouvi o que me chamavas. Senti-me humilhada. Usada. Simplesmente… Uma aposta.
Ele cobriu o rosto com as mãos.
- Desculpa.
- Só sabes pedir desculpa! Foi nojento! Estar lá deitada e ouvir aquilo! Ainda por cima o porco do teu amigo levantou um pouco do cobertor e viu as minhas costas, que na altura eram as costas de uma porca gorda, não é?
- Arianna…
- Ouve-me bem Dominick… Fui humilhada, já não chega? Fazes-te de vitima comigo, tentas acabar com o que tenho com o Kyle… Rondas-me… Porque? Que mal te fiz? Foi ter-me apaixonado por ti, é? Uma porca gorda não devia ousar gostar de um príncipe herdeiro? Pois na altura nem sabia! Eras um rapaz que trabalhava num dos bares do meu pai! Desculpa de te ofendi. Apenas… Deixa-me em paz, ok?
Nem quis ouvir o que ele tinha para dizer. Sai do quarto dele e fui para o meu.
Não ia chorar. Não ia!
Claro que o parvo tinha que vir atrás de mim! Entrou sem pedir, tirou a mascara pois devia tê-la colocado – não iria correr o risco de ser visto sem máscara nos corredores.
- Arianna, já nem me lembrava disso. Juro que não pensava aquilo. Foi um acto desesperado para ver se parava de te amar. Não podia, percebes? Amar-te significava que teria de enfrentar o meu pai. Então disse aquilo como um ultimo grito de revolta. Não era pela aposta. mNão era. Contigo era o verdadeiro Dominick. Não o Dominick o futuro rei. Era apenas eu mesmo. Podes não acreditar, mas cheguei a enfrentar o meu pai e quando regressei para te contar tudo sobre mim, para te perguntar se querias ficar comigo… Tinhas simplesmente ido embora. Não sabia o motivo. Agora sei. Não fiquei com aquele dinheiro. Ian ficou com ele junto com um bom par de murros. Errei ao chamar-te aquilo. Sim. Errei. Lamento!
Ele estava agitado. Passava a mão pelos cabelos e eu só me concentrava naquelas palavras. Tentava impedir-me de acreditar nelas. Mas havia uma parte de mim que queria desesperadamente acreditar naquilo. Como se a minha sobrevivência dependesse disso.
- Fui um crápula, um pulha, um desgraçado! Entrei na merda da aposta, disse merdas que não pensava. Fiz coisas absurdas. Mas amava-te. Foi tudo por isso. Pode ter sido medo, medo de me entregar pois não era simplesmente um miúdo que trabalhava para o teu pai. Tinha uma cidade, um povo que dependia de mim. Anos de ensinamentos nas costas que não podia simplesmente esquecer. Errei muito. Mas acredita que já +paguei. E não estou a falar apenas do que aconteceu fisicamente comigo.
- Eu…
- A minha punição foi perder-te. Para o meu irmão.
Ficamos em silencio. Olhávamos nos olhos. Aquele chocolate derretido, que mostrava a sua alma. Desviei o olhar.
- Podes perdoar-me?
- Eu…
- Não estou a pedir para voltares para mim. Não estou a pedir nada além de um simples perdão. Não terei paz sem ele.
- Eu…
- Perdoa-me Arianna.
- Dominick eu… - suspirei derrotada – Eu perdoo-te.
Simplesmente me puxou para abraça-lo. Apertou-me forte, deixando-me sentir o coração que batia tão forte como o meu. Tão acelerado, tão alucinado. Como se tivesse levado choques eléctricos. Afastou-se e segurou o meu rosto.
- Amo-te. – sussurrou.
- Eu… - arregalei os olhos arfante.
- Shhh – calou-me com os seus dedos nos meus lábios – Não digas nada. Eu sei que no fundo também me amas.
- Não sabes nada! Nada! – empurrei-o.
Ele suspirou.
- Também preferia não sentir isto. Estás com o meu irmão. Irmão que adoro e não posso trair. Simplesmente não posso evitar sentir. Sei que não podemos tentar nada, mas podes recriminar-me por sentir isto?
Não respondi.
- Tu tens a Roza…
- A Roza é apenas uma amiga de infância.
- A tua mãe disse que…
- A minha mãe tem os seus devaneios românticos.
- A Roza gosta de ti…
- A Roza gosta de mim como amiga. Os pais dela é que insistem para tentar algo. A minha mãe quer que me junte a alguém desesperadamente. – riu cínico – E os pais de Roza, pensam que como já ninguem me quer podia contentar-me com uma amiga.
- Tu… não gostas dela?
- Não acabei de dizer que te amo? – passou a mão pelos cabelos. – Já sabes. Mas também tento esquecer-te. Assim como sei que tentas esquecer-me nos braços do meu irmão.
- Eu gosto do Kyle.
- Não o amas. – afirmou. – Não o olhas como me olhas. Nem sei se isso é bom ou mau…
- Eu quero amar Kyle. – admiti baixinho.
- E eu quero deixar de te amar. Quero não ter ciúmes. Quero que sejas feliz com o meu irmão. Nunca te poderei dar nada.
- Não digas isso. Estás sempre a desvalorizar-te pelas marcar… Elas não são o Dominick. Não fazem de ti a pessoa que és…



- Arianna… Existe mais. – abaixou-se e dobrou as pernas como os chineses. Fiz o mesmo e estendi as mãos para ele que as segurou. Costumávamos fazer aquilo…
- Queres contar-me?
- É vergonhoso. Apenas o meu pai sabe. Tentamos arranjar solução agora.
- Podes falar comigo se quiseres.
- Eu sei… - sorriu e beijou as minhas mãos – Tu não te importas com elas. – falavas das cicatrizes que nem reparava – E contigo nem eu me importo…
Sorri-lhe. Para mim aquele era o homem mais perfeito do mundo. O amor que nunca teria. Perto dele com as mãos dadas, mas muito longe. Impossível de alcançar. O que sentíamos um pelo outro, não era suficiente. Não podíamos passar por cima de outras pessoas, de normas importantes na sociedade dele. Tentávamos transformar o amor numa bela amizade. E tentávamos desesperadamente acreditar que seria possível.
- Mesmo que não existisse Kyle, mesmo que não existisse esta grande confusão… Mesmo que não me tornasse num homem que tem qe se esconder atrás de uma mascara… Não podia pedir que ficasses comigo. Não podia.
- Porque? – perguntei baixinho. Olhava nos olhos dele. Perdida naquele chocolate derretido.
- Sou apenas metade homem.
- O quê? Não percebi. – admiti.
- Não poderia dar-te filhos. Não posso ter herdeiros. Neste momento não sei como ultrapassar isto, pois eu fui criado para governar. Não poderei ceder o trono pois sou o mais velho e Kyle não é feito para governar. Nem Kyle nem Clint. Penso que os filhos de algum deles é que me irá suceder.
- Estás a confundir-me com esta conversa.
- Sabes que é muito importante para aqui os filhos, não sabes? É sinal de respeito ter muitos filhos. Uma bênção.
- Acho que é como antigamente na superfície. As famílias de antes eram muito numerosas.
- Sim. É mais ao menos isso. E numa família real, é algo ainda mais importante. Os herdeiros são tudo.
- Já percebi isso. – afaguei as mãos dele – Terás os teus. – afaguei as suas mãos. A ideia de ele ter filhos era dolorosa, pois sabia que nunca seria a mãe.
- Não. Não posso ter filhos.
- Estás a tentar dizer-me que és estéril? – perguntei baixinho.
- Mais ou menos isso.
Apertei as suas mãos, pois sabia que para ele era muito grave. Era algo inconcebível para o futuro Rei. Como se não fosse viril nem homem. Daí ele dizer que não era um homem inteiro. Odiei todas as normas daquela sociedade.
- Isso não faz de ti menos homem.
- Espera… - suspirou – Eu antes não era.
- Foi depois que…
- Sim. Depois do acidente…
- Oh Dominick… - beijei as suas mãos que tremiam levemente. Ele estava envergonhado.
- Não poderia pedir-te que ficasses comigo… Não poderia de qualquer maneira.
- Isso não é importante. Não ligaria para isso. Vais ver que ninguém vai ligar para isso…
- Arianna… - suspirou e baixou a cabeça, não suportava olhar-me – Já não sou mais homem. Com o acidente fiquei impotente.
Gelei.
- Não poderei voltar a amar uma mulher fisicamente.
Choque. Respirei aceleradamente. Dominick não me olhava. Lágrimas caíram pelo meu rosto e abracei-o. Sofria por ele sofrer. Para um homem, aquilo devia ser um tormento. Para um rapaz de 20 anos, ainda mais. Para alguém como Dominick, futuro Rei numa sociedade como aquela… Era um pesadelo.
Daí ele sentir-se tão inferior, sentir-se tão mal. Com vergonha. Dizer que não era para mim… Que não me podia dar nada…
- Oh Dominick…
Ele beijou o meu rosto e afastou-se do meu abraço. Levantou-se e colocou a mascara. Eu odiava aquela mascara!
- Não sou homem agora percebes? Nem sei porque ainda fiz alguma operação e me livrei de coisas disfuncionais! Não funciono como homem percebes? – exaltou-se – Não poderia voltar a amar-te como no bar. Não posso voltar a sentir-me completo como naquela noite em que estive contigo. Não posso voltar a viver um clímax contigo. Não posso te dar filhos. Não sou homem para isso. Depois de gritos com o meu pai sobre herdeiros que não poderia ter contigo, agora o destino encarregou-se de não me permitir ter filhos com ninguém.
- Dominick…
- Isso no fundo é bom. Porque se não for contigo também não queria com ninguém. A vida continua. – Abriu a porta e sussurrou – Espero que não comentes a minha vergonha com ninguém. – e saiu.
Deitei-me na cama e chorei. Como tudo acabava ali?
Como podia Dominick sofrer tanto?
Não era justo! Não era!
Eu só queria abraça-lo e dizer-lhe que se não fosse Kyle ficaria com ele, porque com Dominick não importava o amor físico. Ele dava-me muito mais que uma cara perfeita como o namorado da Nikka tinha. Dava-me muito mais que um homem viril como esse rei. Ele amava-me. E eu amava-o de volta.
Ele sentia-se sozinho, e eu não queria a solidão para ele.
Era insano… Mas eu queria Dominick mesmo assim. Para mim, ele não era uma metade.


Então?
Gostaram dos capitulos?
Dois como prometi! =)
Surpresa isto do Dominick, não?
As coisas não são fáceis para aqueles dois. Vamos ver como isto tudo acaba.
Se Arianna vai preferia “um homem inteiro” como o Kyle, ou um “metade” o Dominick.
Na quarta á mais! :P
Já tinha saúdes vossas! :D

Beijinhos! Comentem! =P

P.S-) Como raio é que as férias acabam tão rápido? :/ Porcaria! Breve as aulas começam novamente…

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Noticias!

Olá meus amores! :)


Finalmente dou notícias, não?
Bom, lamento mas as noticias não são nada boas.
Andei uma semana sem postar, devido ás minhas ferias ( toda a gente merece, não? =) Tambem tenho s meus direitos! :P)

Mas os post’s serão suspensos até segunda.
Lamento. Mas sei que irão compreender.

A avó da minha amiga louca (aquela vizinha porca que já todos ouviram falar… ;)) infelizmente a avó e madrinha dela, faleceu.

Ela adorava a avó e sem duvida que a simpática senhora irá deixar saudades. Para todos.

Como tal, só posto na segunda. Espero que compreendam, pois neste momento tenho que apoiar a minha amiga, e também será uma espécie de respeito para com a senhora.
A Marília precisa do meu apoio. Espero que compreendam. Eu sei que irão, pois são pessoas incríveis das quais eu já não sei viver! :P A minha família do blog. =)

Para recompensa, na segunda irei postar dois capítulos. Na quarta mais um. E na sexta outro. Para recompensar este tempo.
Espero ainda ter por cá os meus leitores.

As meninas que têm deixado recados a perguntar quando sai novo capitulo, obrigada por continuarem a vir cá. =) É muito bom saber que gostam e estão á espera de mais! :) Mesmo. Obrigada. Dá logo vontade de escrever mais. Espero que me percebam agora.
Carolina, Vita, Raquel, M Mooon… A Marta Boo, Bruna…E todos os outros que cá vêm, OBRIGADA! :P
^E Vítor, obrigada pela compreensão. :) Embora eu adoro ter as minhas queridas leitoras a perguntar, pois fico toda feliz e sei que ainda se lembram de mim. Estando de ferias e tudo o mais. Mas obrigada por compreenderes. Realmente dá trabalho, mas no fim compensa. Fiz grandes amizades aqui. :)

Beijos grandes.

Ar
P.S-) Não se esqueçam… Segunda 2 capítulos! :P

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

5 Capitulo - Dominick

Este capitulo vai para a minha perfeita/maravilhosa/incrivel/ect amiga Margarida!
Obrigada por ontem! =P E boa viagem!
P.S-) Logo á noite respondo ao e-mail… Agora estou com super pressa! =* Beijinhos
Este capitulo, eu sei que não está nada de especial, mas é para percebermos as coisas e tal…
P.S2- ^^Lembrei-me daquilo dos My Chemical Romence, aqui vão duas (das muitas) que eu adoro! )





Ponto de vista de Dominick.

Não devia estar ali. Não devia, mas também cansa fazer sempre o que devemos. Sempre seguir as regras quando não as queremos seguir. Quando nos queremos soltar e viver uma vida completamente diferente – mas mesmo assim, não podemos.
Então, eu devia estar em qualquer parte da cidade, menos onde estava. Estava a “espiar” o meu irmão com a mulher que amava. Sorri amargo, e a mascara pesou mais ao mesmo tempo que parecia que sentia as minhas cicatrizes serem abertas novamente. Uma lembrança da metade de homem que agora era. Já não era inteiro, seria para sempre um homem pela metade. Marcado.
E mesmo assim, estava ali, numa esquina ao fundo do corredor, enquanto ouvia Kyle pedir Arianna em casamento.
Eu sabia que ele iria propor. Foi a primeira pessoa com quem ele falou. Doeu de mais.
- Casa comigo. Prometo amar-te para sempre. Fazer-te feliz e partilhar toda a minha vida contigo. Eu amo-te, por favor sê a minha mulher.
O mundo parou. Sentia suor na minha testa, o coração acelerado de mais. Parecia que a minha vida, dependia da resposta dela.
Séculos passaram. Não podia ver o rosto dela, pois eles poderiam ver-me. Apenas escutaria a resposta. E desejava com todas as minhas forças que ela disse-se não. Mesmo sabendo que pensava contra o meu próprio irmão, não podia desejar que ela ficasse com ele. Não ela.
- Kyle… - mal ouvia a voz dela. Os meus ouvidos zuniam. O coração bombeava tal, que o meu peito doía. – Eu…
- Não queres? – o meu irmão ficará desiludido, no entanto continuava a ser egoísta e querer o não.
- Nós somos muito novos… Não estou preparada para isso… Não agora… - o alivio foi tanto, que escorreguei pela parede, e escondi o rosto nas mãos.
Ela dissera não.
- Mas… Não me amas?
- Amo. Mas não posso dizer sim… Desculpa…
- Mais tarde, voltarei a fazer o pedido. – avisou brincalhão o meu irmão. No entanto, sabia que por trás daquela voz, existia a decepção, a amargura.
- E mais tarde, pode ser que esteja pronta para dizer o sim…
Não pensava em mais nada, apenas que ela não casaria com o meu próprio irmão. Como poderia conviver com o casamento deles? Como poderia velos felizes e mais tarde com filhos, e eu sem ela?
Não era justo. Para nenhum de nós.
Lentamente levantei-me e fui para o meu quarto. Fechei a porta à chave, como sempre. Fechei as janelas para ninguém me ver e tirei a mascara. Despi-me e fui tomar um banho quente. Senti a água nas marcas e não pode deixar de pensar que para Arianna, elas não eram merecedoras de importância. Era como… Vela a olhar para mim, e ver o que fui.

Flashback

Ela chegou ao bar, e sorriu meia acanhada. Como o seu sorriso era belo… Como os seus cabelos eram tão loiros, e os olhos de um azul tão intenso?
- Olá Dominick. – cumprimentou enquanto se sentava perto do balcão.
- Olá. – cumprimentei um tanto contrariado. Não gostava do rumo dos meus pensamentos. Se não tivesse cuidado, ia acabar por fazer alguma parvoíce.
- Estou a incomodar?
- Não. – esbocei um ligeiro sorriso, e percebi os seus belos olhos arregalarem-se – Queres alguma coisa?
- Uma limonada, por favor.
- Por conta da casa. – coloquei a garrafa em frente a ela.
- Obrigada…
Aquela rapariga, tinha-me sido apresentada por Ian. E ele sugeriu uma pequena aposta. Parecia que aqui na superfície, isso era normal. Brincar com os outros. A aposta consistia em leva-la para a cama, e em troca receber dinheiro. Era algo que os humanos faziam, segundo percebi. Estava aqui á pouco tempo. Tinha-me revoltado contra o meu destino, cansado de fazer tudo e mais alguma coisa pelos outros. E nada por mim. Era a minha vida, porque tinha de ser gerida pelo meu pai?
Então vim parar aqui, e conhecera um grupo onde Ian estava inserido. E também fui apresentado a Arianna. Gostei dela logo no inicio. Do seu sorriso brilhante, da sua franqueza, do seu forte carácter – coisa que os humanos não pareciam possuir.
- Então… - comecei a falar com ela, pensando em melhor me inserira naquela sociedade estranha em que nunca vivi, apenas sabia como funcionava teoricamente. – Gostaria de ir ao cinema comigo?
- Claro! Gostaria muito…
- Hoje o meu torno é só até as 9 da noite. Saiu em 30 minutos. Podíamos ir ver alguma coisa…
- Por mim… - deu de ombros. Mas sabia que tal como eu, ela estava radiante.
O filme foi passado entre gargalhadas, e dei por mim a ouvir o seu riso límpido. E a aposta já nem me passava pela cabeça. Só queria beber mais daquilo que aquela incrível rapariga, me podia oferecer. Era franca, e importava-se com o que dizia. Sempre atenta e fascinada com as minhas palavras – coisa que por aqui não acontecia.
Nunca me diverti tanto na minha vida. Nunca fui… tão eu próprio. Não era o futuro Rei Dominick. Era apenas Dominick, um mero rapaz no cinema com uma incrível rapariga ao lado. E a sensação era maravilhosa. E viciante. Não podia deixar de querer mais, de desejar mais.
Acabamos a noite a passear descalços pela praia. A minha casa, debaixo daquelas ondas e eu não queria voltar para o lugar tão diferente do que estava. Queria que a noite não acabasse. Queria apenas… ficar com Arianna, apenas mais um bocadinho.
- Disseram que és muito boa nadadora…
- Sim. – tirou o cabelos dos olhos, deixando-me fascinado com isso – Modéstia à parte, sou muito boa. – sorriu.
- Eu também dou um jeitinho nisso de nadar… - sorri enquanto apreciava a piada privada.
- Claro. – duvidou.
- Não acreditas?
- Não.
- Sou o melhor nadador da minha zona!
- E eu da minha!
- Ai é?
- Sim. – sorriu orgulhosa.
Não sei o que me deu. Peguei nela e lancei-a á agua. Ela voltou á tona, toda molhada e engasgada com a água. Gargalhei. Ela fez-me uma rasteira, e quem acabou por engolir água fui eu. Não me pode vingar, pois ela fugiu para a areia enquanto ria. E eu também ri. Era fácil com ela ser apenas eu mesmo. Apenas o Dominick que nunca poderá ser.
Levei-a á sua grande e luxuosa casa, para os padrões que aprendi sobre a sua sociedade.
- Grande casa. – comentei.
- Sim. Os meus pais têm profissões lucrativas.
- Amanha podemos repetir? – perguntei apreçado. Já tinha tido algumas namoradas, mas nada como a Arianna. Ela era… Única.
- Acho que sim.
Sorri e beijei o seu rosto. Afastei-me. Observei os seus lábios e não pode evitar beija-los. Eram doces. E eu queria mais. Quando o beijo terminou, fiquei ainda um tanto baralhado em como acabei por fazer aquilo. Senti o sangue subir ao rosto, e com um “adeus”, afastei-me dela. Sempre a imaginar como ia ser o dia seguinte.

Fim do Flashback.



- Chega Dominick! – afastei as lembranças. Não era para andar a sonhar com a irmã do meu irmão. Não era.
Mas antes de ela ser dele, tinha sido minha. E nunca pode esquecer como ela me fazia sentir. Enciumava-me saber, que talvez Kyle sentisse o mesmo com ela.
Depois de termos feito amor, e de finalmente ter tido uma noite completa, ela desapareceu. Nunca entendi. Tive que me ausentar uns dias, para voltar a casa e explicar ao meu pai que se quisesse que fosse Rei, tinha que ser á minha maneira. Não á dele. Quando voltei, ela desaparecera, e ninguém sabia onde ela andava. E não voltou tão cedo, mesmo procurando-a, não achei. Ficara sem ela.
E pensar que tudo começara de uma forma tão parva, como uma aposta. Que logo depois joguei o dinheiro na cara de Ian. No fundo, queria que não tivesse passado disso mesmo – uma aposta. A vida seria mais fácil assim. Mas acabei por me apaixonar, mesmo em negação. E depois que volto de Atlantis, e venho pronto para tudo… ela deixara-me.
Nada valera a pena. Argumentos contra o meu pai, discussões e mais discussões… Para quê?
Vesti-me, e não olhei para nenhum espelho. Alias só tinha um espelho, que só fitava quando tinha a mascara colocada.
Perdi-me em pensamentos. Memorias antigas. Que se resumiam a Arianna – como sempre era.

Flashback

- Enlouqueces-te Dominick? – ralhou o meu pai – Não podes estar a falar a sério! Desapareces de casa, voltas com essas ideias… Nem parece teu!
- Porque digo o que quero, pela primeira vez na vida? – rematei calmo. Não adiantava exaltar-me.
- O que queres é irreal.
- Já disse. Ou a trago comigo – se ela quiser vir – e um dia a torno parte desta família, ou não assumo o trono.
- Tens que assumir! És o varão! Anos de treinos… Não pode ser outro, além de ti!
- Eu sei. Mas tenho uma condição. Traze-la comigo.
- Não. – foi implacável – É uma humana, não tem lugar aqui. Não pode ser parte da nossa linhagem.
- Não haverá linhagem sem ela. Estou a avisar. – começava a ser difícil manter a calma. – Não me podes obrigar a nada.
- Vais falhar ao teu povo? – provocou.
- Não vou falhar. O facto de escolher uma humana como parceira, não irá afectar em nada as minhas atitudes!
- Não podemos misturar. Ela não pertence aqui. Humanos não se juntam a nós.
- Se bem me lembro, já estudei a historia de um dos mais importantes habitantes, que teve um caso com uma mulher da superfície. Ele trouxe-a para cá e viveu com ela durante algum tempo!
- E o que aconteceu? Ela fartou-se, e mesmo grávida de um dos nossos, desapareceu com a criança. Os humanos não aceitam a vida de cá. E por essa irresponsabilidade, ainda procuramos a criança perdida. E talvez nunca a encontremos!
- Com calma, Arianna, ia-se habituar…
- Não filho. Lamento, mas não posso consentir com essa loucura… Os herdeiros têm que ser de uma perfeita linhagem, como sempre foi. Ela daria te híbridos. O teu herdeiro não estaria pronto para o trono.
- Eu faria estar. Pai. Eu quero a ela.
- Lamento meu filho. Mas tenho que recusar.



- Não estou a pedir autorização! – gritei com raiva, o que era raro acontecer – Eu só estou a dar-te duas opções. Ou aceitas, ou não. Eu vou ficar com ela, quer queiras ou não. Lá em cima, ou cá em baixo.
- Não podes ficar na superfície! És o futuro Rei!
- E isso fez-me ficar sempre em reserva com ela! – mesmo depois de nos termos amado fisicamente, fiquei retraído depois. Porque sempre pensava no meu povo. Mas nunca que Arianna faria mal à minha raça, nunca que contaria o segredo. Nunca o facto de ela ser humana, iria influenciar em algo o povo. Não podia continuar com reservas, com medos infundados. - Mas não posso mais, partilhei tantas coisas com ela… Não posso afastar-me. Não mais. Pela primeira vez, mostro a minha vontade. – olhei-o inflexível – E vou fazer prevalecer a minha vontade. Pelo menos uma vez, farei a minha escolha. Demorei a perceber e analisar bem, mas o facto de ela ser uma humana não vai perturbar em nada o nosso mundo.
- E se ela fugir com os teus herdeiros um dia?
- Esse dia vai demorar muito a acontecer. Não tenciono ter herdeiros tão cedo! Pára de reduzir tudo á linhagem!
- Mas a linhagem é o que importa! O teu povo merece isso Dominick!
- Estranho dizeres isso. Logo tu. – ri irónico – Não estavas disposto a ficar sem herdeiros pela mãe?
- Como… sabes? - o meu pai engoliu em seco – É um segredo.
- Quando contei a situação á mãe, ela contou-me. Para ti, já não importava a linhagem? Era muito pior. Não haveria ninguém para dar seguimento ao trono. E mesmo assim ficas-te com a mãe. Da mesma forma, que quer queiras quer não, vou ficar com a Arianna.
- A tua mãe teve filhos… - tentou argumentar.
- O mais provável é que não tivesse.
- A tua mãe vem de uma linhagem impecável…
- O que serviria de muito se não te desse o herdeiro.
- Não vai acabar bem…
- Pai, já estives-te apaixonado?
O meu pai não falou mais e abandonou a sala com um simples “vai acabar mal, meu filho”.

Fim do Flashback

E acabara mal.
O meu pai, acabara por aceitar. A minha mãe foi importante nisso, pois o velho Jared, pensava acima de tudo no povo. Assim como me ensinou a ser. Apenas uma vez esqueceu isso – com a minha mãe. O que de alguma forma era parecido comigo. Arianna.
E quando voltei com a notícia de que ela me tinha abandonado, e fugido não se sabe bem para onde, tive que ver a recriminação no rosto do meu pai. O “como disse” estampado no seu rosto. E afinal… ele tivera razão. Não devia ter sido impulsivo.
E algum tempo depois o meu irmão surgiu com a noticia de que tinha encontrado a filha perdida. Que a traria para casa. E trouxe. Uma linda e perfeita Arianna, com o nome igual á que roubara o meu coração. Era estranho a química que tinha com a Arianna, como se já nos conhecêssemos. E fora a única que me chamara a atenção depois da minha Arianna.
Então ela conta-me quem realmente é. Olhar aqueles olhos, olhos que não me permitia olhar profundamente pois era a namorada do meu irmão, vi quem ela era. Estava mais perfeita, fisicamente falando, mas ela sempre o fora.
Parecia acreditar que não gostava dela, e fosse talvez porque o porco do Ian lhe tivesse contado algo. Era a única explicação e fazia todo o sentido. Mas o que podia fazer? Ela agora era do meu irmão e não importava se algo nos unisse. Não ia lixar o meu irmão. Não iria aprofundar este assunto, mas como poderia deixar de querer estar perto dela? De me alimentar da sua presença? De a admirar e amar, mesmo que ao longe?
Era tudo complicado.
Coloquei a mascara e olhei o espelho, que reflectiu a metade do homem que era.
- Sim… Tudo complicado.



Olha eu de volta, com capitulo mais cedo? =P
Espero que tenham gostado, apesar de saber que está assim um bocado para o fraquinho… Mas era para esclarecer as coisas. O Dominick.
Comentem! Beijinhos!
O próximo capitulo vem para a próxima semana!
Vou tirar umas feriazitas! :P Ainda hoje vou ver se respondo ao resto dos coment's! =D

terça-feira, 10 de agosto de 2010

4 º Capitulo - Duvidas e mais duvidas

Este capitulo vai para SROF, a Lipa, a Joana, Phills, Andreia, outra Andreia, Raquel, Sofia e Barbara. As Ritas tambem! :P
^Espero que gostem! =)
Divirtam-se todos! =D



- Viste aquela senhora? – falava animado Kyle.
- Sim. – tentei prestar atenção no que ele dizia, mas só pensava que não tinha visto Dominick ainda. Depois daquela “conversa” à noite nunca mais falamos sobre nós. Mas sempre nos olhávamos. E eu tinha que o ver, para saber se ele estava bem. – Estás a falar daquela que meio que usa uma bengala, não é?
- Sim. – sorriu e no rosto lindo de Kyle, surgiu uma covinha minúscula no bochecha direita. Era algo que reparei quando o conheci, que o tornava ainda mais lindo – Ela tem 120 anos.
- 120? – abri os olhos descrente – Como assim 120?
- Aqui a esperança media de vida é uns 130 anos e pode chegar a uns 160. Somos mais fortes que os humanos.
- Mas nós somos como os humanos… O corpo funciona igual, tirando o facto de podermos respirar debaixo de água e não ficarmos com a pele toda enrugada. – ri no final.
- Sim. Mas aqui não tens a poluição de carros, não tens os problemas da camada do ozono, não tens problemas com a alimentação. Tomas as pílulas com exactamente o que necessitas e de forma mais saudável possível. Daí a sra. Anne ter 120 anos e parecer ter uns 80 no máximo dos maximos.
- Pois… Tem lógica… - assim como tinha lógica estarmos sentados e encostados a uma das muitas arvores com folhas cor-de-rosa, que dava o oxigénio para respiramos fora da água.
- Arianna… Porque agora andas a evitar-me? – fechei os olhos com medo.
- Não ando…
- Andas sim… - passou a sua mão pelos meus cabelos e massajou com carinhos, como gostava, a minha cabeça – Passa-se alguma coisa?
Levantei o rosto e olhei-o. Os seus olhos azuis, com aquelas pintinhas castanhas que tanto me faziam lembrar o Dominick, estavam repletas de amor. E isso fazia-me sentir mal e uma pessoa desprezível por fazer o que estava a fazer – mesmo não crendo continuava a amar o irmão mais velho do meu namorado. Levei os dedos ao seu rosto e acariciei a sua bochecha. Eu tinha muito carinho por Kyle, ele era muito especial para mim. Porque não o podia amar como se ama um homem e não como um amigo?
- Não se passa nada Kyle. Está tudo bem.
Ele sorriu fazendo aquela covinha quase imperceptível aparecer. Beijou os meus lábios aliviado. Era bom beijar Kyle, seria sempre bom pois ele era o Kyle e sabia beijar. Mas faltava aquelas borboletas, o som descompassado do coração que sempre acompanhava os apaixonados – aquilo que aconteceu apenas quando os meus lábios tocaram os de Dominick. Apenas um simples roçar.
E lá estava eu, mais uma vez beijava Kyle a pensar em Dominick. Mesmo ao sentir o coração acelerado de Kyle sobre a palma da minha mão.
Quando os nossos lábios se separaram, senti-me ainda pior. Sentia que traia Kyle. E pior, sentia que traia Dominick.
Insano.
Então gelei, pois quando fitei o horizonte vi uma silhueta. E eu conhecia aquela silhueta. Aquele corpo musculado só podia ser de Dominick. O meu coração disparou.
Vi ele voltar a caminhar para nós, pois parara para nos observar. E em segundos que pareceram décadas, estava á nossa frente. Com a sua mascara, com a sua dor.
- Vinha chamar-vos. A mãe pediu, disse que queria falar contigo sobre a tal possibilidade de saíres de casa. – falou com Kyle e depois saiu.
- Anda. Vamos! – levantou-se Kyle enquanto me puxava para o palácio.
Eu só queria que tudo ficasse bem.


Estava numa das varandas do palácio, enquanto Kyle falava com os pais. Fitava aquele belo panorama. Aquela cidade de cristal, onde rapidamente se tornara a minha casa. Já era raro pensar no mundo lá cima, já nem queria ir para a universidade, e ponderava ficar ali para sempre. Na minha casa, no meu mundo. Quem não trocaria aquela cidade perdida, onde não existia descriminações, o ambiente era preservado e todos respeitado pelo imundo mundo que os humanos fizeram?



- Importas que me junte a ti? – perguntou baixinho alguém.
Dominick. Não era preciso olhar. Sentia pela electricidade que correu o meu corpo.
- Claro. – respondi também baixinho.
- É lindo, não é? – meditou enquanto se apoiava com os cotovelos na varanda – Achas que é um lugar justo?
- Sim. – apoie-me nos cotovelos também – Fizeste um bom trabalho.
- Obrigado – disse com simplicidade e orgulho ao mesmo tempo pela sua raça – O meu pai agora já está cansado de governar. Governa desde os 8 anos. Tem 60. – ao notar a minha admiração contou – eu sei. Aparenta ter 40. Mas ele e a minha mãe andaram muitos anos sem ter filhos. Ela não podia, teoricamente. E a minha mãe segredou-me que deixou o meu pai por isso durante uns tempos. Ele tinha que ter herdeiros. Era o único descendente vivo, por isso começou a governar com 8 anos. Ninguém sabe o que aconteceu entre o meu pai e a minha mãe, é um segredo.
- Porque me estas a contar? – afastei o cabelo que o ligeiro vento quente desordenada. Nem percebia porque ali existia vento.
- Não sei – deu de ombros – E acho melhor não analisar.
- Sim. – concordei. – Então… Como é que a tua mãe acabou por ter 3 filhos? E eles ainda estão juntos?
Ele sorriu.
- O meu pai não casaria com outra. Mesmo que houvesse montes de problemas. Ele podia ficar sem herdeiro, mas não ficaria sem a minha mãe. Ela pode ser um tanto estouvada, como o Clint, mas ama incondicionalmente. – era tão evidente o amor que aquela família partilhava…
- E acabou por correr tudo bem. Sheilla teve 3 filhos. Maravilhosa historia.
- Sim. – concordou – Eles tiveram o seu final feliz para sempre. – Sabes, aqui o que vai herdar a coroa é sempre o filho varão. O primeiro filho homem, e a minha mãe diz que teve uma “sorte dos diabos” por ter conseguido gerar 3 machos. – riu. O som do seu riso… - Ela queria uma menina que fosse parecida com ela quando estava grávida do Clint. Não é uma menina, muito pelo contrario – riu mais – Mas em personalidade, é exactamente como a minha mãe.
- O teu irmão, é cá uma figura… - ri também, sem me preocupar muito com a nossa camaradagem. Como dizia Dominick, era melhor não analisar muito – Ele é muito espevitado!
- Clint é muito inteligente. Muito.
- Eu sei. – concordei – O miúdo também é solidário. Ajudou-me a integrar-me e tudo. Tem um respeito imenso por ti. Ele venera-te mais que ao próprio pai.
Ele sorriu e pensativo levou a mão ao seu rosto e murmurou um sim.
- Mas não sou o pai dele. – disse entre risos – Ele tem os mesmos olhos que Kyle, a mistura do azul veludo da minha mãe, com salpicos do pai. Normalmente os filhos saem sempre assim. Uma mistura dos dois, ou exactamente a cor dos pais. Os varões levam a cor do pai.
- Sim. Já me tinha apercebido dessa peculiaridade. Não sabia que era uma regra, mas reparei na vossa família. És muito parecido com o teu pai.
- Sim. Sou o varão. – deu de ombros.
- Quando vais ser rei, oficialmente? – disse oficialmente, pois já era ele que tratava da paz por naquela cidade perdida.
- Ainda neste verão.
- Vais ser um óptimo rei. – controlei-me para não tocar a mão dele. Foi difícil, pois os meus olhos só focavam a sua mão grande, marcada por cicatrizes invisíveis aos meus olhos.
- É a minha obrigação. – disse automaticamente.
- Não queres ser Rei? – perguntei baixinho.
Ele olhou-me com os olhos a brilharem com algo.
- Não sei. Realmente não sei.
- Porquê?
Ele voltou a focar o horizonte e murmurava baixinho:
- Nunca disse isto em voz alta… Mas… Eu não tenho escolha, percebes? Sou o varão. A minha vida ficou marcada quando dei o primeiro suspiro. Tenho esta responsabilidade. Estas pessoas todas – focava as pessoas na praia ao longe – dependem de mim. A minha família depende de mim.
- Não podes levar esse peso se não o queres.
- Eu tenho. – disse firme – Tenho que governar, tenho que manter a família unida, tenho que proteger todos. Não posso abandonar. E não sei se quero… - baixou mais ainda a sua suave voz – É complicado.
- Não poderei imaginar. – disse baixinho.



- Sabes, eu nunca tive uma infância como a do Kyle ou do Clint. – murmurava perdido em lembranças – Enquanto eles brincavam e eram acarinhados pela minha mãe, eu tinha aulas e mais aulas infinitas com o meu pai. A decorar a historia da superfície, que é a base da nossa. A decorar todos os povos. A decorar a historia daqui. A decorar todas as famílias, todas as linhas das gerações… Um bom Rei, conhece acima de tudo o seu povo. Cresci a ouvir essa frase. Não brinquei. Não havia tempo para isso. Aprendia a ser um bom lutador, tácticas para batalhas. Apesar de não querer guerra aqui, quero paz.
- Isso é um pouco triste… - murmurei – Lamento.
- As coisas são assim. Eu desde sempre sabia quais as minhas responsabilidades. O Reino precisa do melhor Rei possível. O meu pai não era mau sempre deu palavras de incentivo, sempre foi bom pai mas um tinha o legado, e todos mereciam o melhor de mim.
- Acho que uma criança, deve ter direito a brincar.
- Era o que tinha que ser feito. Um dia, quando tiver filho terei que passar os ensinamentos. Mas não vai ser como aconteceu comigo. O meu herdeiro terá infância.
Era estranho pensar em Dominick como pai. Mas tinha uma certeza, ele seria o melhor pai do mundo.
- Vais ser um óptimo Rei e um maravilhoso pai.
- Obrigado. – agradeceu ausente. Perdido nos seus pensamentos – Obrigada por ouvires. Sempre ouves. – acrescentou vários minutos depois.
- Dominick – ele fechou por segundos os olhos, a ouvir o som do nome dele na minha boca – Porque te escondes na mascara?
- Nem todos olham as minhas cicatrizes. Na verdade, sem ser a minha família e médicos é que viram o meu rosto. E a única que tocou as minha feridas, além de ti, foi a minha mãe. Elas chocam.
- Não digas isso… Tu só vês as cicatrizes. Vais viver para sempre atrás de uma das tuas mascaras de porcelana?
- É o plano.
- Péssimo plano.
Ele deu de ombros.
- Nunca tiras a mascará?
- Só no meu quarto, quando está tudo fechado e estou sozinho. Ou tomo banho e deicho a água tocar as marcas.
Aquilo doeu. Mais do que palavras poderiam explicar.
- Podes tirar agora. – murmurei tão baixo, que não me admiraria que ele não ouvisse.
Ele olhou-me triste e radiante ao mesmo tempo.
- Tu realmente não te importas com elas, não é?
Dei de ombros. Ambos sabíamos a resposta.
- Podem ver-me… - hesitou como uma criança entusiasmada hesita antes de entrar num carrossel sem a autorização da mãe.
- Ninguém está aqui… - disse baixinho com um sorriso – Ninguém além de mim.
- E se eles virem? – gesticulou para as pessoas da praia. Mas com os olhos a brilharem de entusiasmo e dúvida.
- Dominick – revirei os olhos – Eles nem poderão ver que está alguém aqui na varanda. É muito longe. Ninguém perceberá que és tu.
- Achas?
Assenti com um sorriso.
- Tira é isso e sente o vento quente no rosto. Qual foi a ultima vez que o sentis-te?
- Eu… Não me lembro…
- Então é hora de mudar isso. Tira isso.
- Eu… Não sei se sou capaz. – murmurou com um tanto de medo.
Sem perceber bem como, percebia esse medo.
- Queres que a tire? – perguntei num sussurro.
- Sim. – não ouvi o som da sua voz, mas li os seus lábios.
Com o coração a mil, aproximei-me dele. Não estava tonta com medo de lhe tirar a mascara e ver as cicatrizes que lhe cobriam uma das faces. Mas sim nervosa pela proximidade… No que me estava a meter… E porque não havia outro lugar onde queria estar, sem ser ali a partilhar aquilo com Dominick? Um Dominick que me magoou no passado, mas que de alguma forma ainda amava.
Retirei-lhe a mascara, e o seu belo rosto estava corado. Um pouco envergonhado, e entusiasmado também. Coloquei as mãos sobre os seus rijos ombros e virei-o para observar o cenário. Para sentir o vento quente na cara, para ver o Reino que vivia em paz por causa dele, sem a mascara.
Ele fechou os olhos e o seu rosto suavizou-se. Para depois abrir os olhos a brilharem de alegria e soltou uma profunda gargalhada.
Ri com ele, pois ele parecia uma criança.
Aguardei em silêncio enquanto ele estava num momento só dele. Observa-lo, era mais Belo que observar o por do sol sobre o mar.
Então com um suspiro focou-me e sorriu.
- Obrigada por isto. – tremi pela formo como disse uma frase tão simples – Nunca vou esquecer. Realmente tenho que fazer isto mais vezes. – pegou a mascara das minhas mãos, sem tocar a minha pele. E eu desejei que ele tivesse tocado.
Então de repente ele abraçou-me forte. Senti as batidas fortes e aceleradas do seu coração, num ritmo tão frenético quanto o meu.
- Eu… - afastei-me antes que perdesse o controle – Vou ver se encontro o Kyle…
Ele assentiu.
- Ele deve estar a falar com os meus pais. – colocou a mascara – Talvez tenhas uma surpresa hoje.
- Uma surpresa? – perguntei confusa – Como assim?
- Não me cabe a mim dizer. – pegou na minha mão e beijou-a, deixando-me confusa, baralhada e a tremer – Sê feliz Arianna. Mereces tão mais do que te poderia dar.
E sem mais explicações abandonou a varanda.
Eu fiquei ainda mais confusa, mas atordoada. O que ele queria dizer com aquilo?
E como é que eu perto dele não pensava correctamente e deixava as coisas correrem livremente? Era tão contraditória! Ora penso que não me devo aproximar, ora quero partilhar com ele tudo! Como poderia viver assim?
E porque não me arrependia nem por um segundo de ter partilhado estes momentos com Dominick?
Deus! Estava a enlouquecer!



Ainda perdida nos meus pensamentos, andava pelos corredores. Cruzei-me com Clint que me olhava desconfiado.
- Que foi? – perguntei um tanto brusca, pois estava atordoada e a maneira como o puto me olhava não me agradava.
- Já tenho a resposta – suavizou a expressão.
- Hã? Estás bem miúdo?
- Muito. – sorriu como se possuísse um segredo – Estavas defensiva, quando olhei para ti. Por isso respondes-te brusca. Como um ladrão barrado pela policia.
- Não faças filmes, miúdo!
- Vês?
- Vejo é que não gosto da maneira como olhas para mim, miúdo. Não me olhes como se soubesses tudo e mais alguma coisa.
- Mas eu sei o teu pequeno segredo. – segredou. O meu coração disparou, não sei porque mas pensei em Dominick – Não te preocupes. Não vou dizer a ninguém.
- Clint…
- Não tentes desmentir. Ao fazeres ainda provas-te mais que tenho razão. Sabes perfeitamente do que estou a falar…
- Clint, pelo amor de Deus não imagines coisas!
- Eu vi o Dominick a sair da varanda. Vinha com o rosto ausente e nem me viu. Ele nunca anda assim meio perdido. Fiquei uns minutos á espera e vi-te sair.
- Não te ponhas a imaginar coisas pervertidas! Juro que não se passou nada do que essa mente pequena e pervertida pensa!
- Ei! – olhou-me ofendido – Eu sei que Dominick nunca iria para a cama contigo se namoras com o Kyle! Ele não faria isso com o irmão. Nem contigo.
- Nem eu faria isso com o Kyle… - sussurrei. – Nem com o Dominick.
- Eu sei. Olha… Ninguém mais reparou, só eu que tomei atenção aos vossos olhares e depois fiquei desconfiado. Não fiques assim Arianna – deu-me um abraço na cintura e eu fechei os olhos e abracei aquele puto demasiado inteligente. – Eu não vou contar a ninguém.
- Eu sei Clint. – beijei a sua testa - Obrigada.
- Sempre ás ordens! – brincou – Tenho pena do Kyle, mas por mim ficas com o Nick.
Revirei os olhos.
- Não te ponhas a gastar neurónios com isto miúdo. Não á nada a pensar.
- Se tu o dizes…
- Fogo! Odeio esse teu ar de sabe tudo! – despenteei-lhe o cabelo.
- Aqui estás tu! – riu Kyle, surgindo no corredor.
Clint trocou um olhar comigo e depois disse algo que tinha a ver com “vou espiar as empregadas. À uma que veio de sai e penso que anda sem cuecas…”
- OMG! – ri.
- Arianna. – começou sério Kyle.
O meu coração começou a bater alucinado. Como um culpado em frente a um policia.
- Sim?
- Quero fazer-te um pedido.
- Diz.
- Casa comigo. Prometo amar-te para sempre. Fazer-te feliz e partilhar toda a minha vida contigo. Eu amo-te, por favor sê a minha mulher.


^ Então? Como está este capitulo?
Não sei se estão a gostar de como isto se está a desenrolar…
Comentem muito para eu saber…
Team Dominick? Ou Team Kyle?
Kyle, ou Dominick?
Quem vocês escolheriam? Quem vai escolher Arianna dos dois irmãos?
Bom, espero pelos coment’s para ter a vossa opinião. Respondi aos do outro capitulo! A todos (inclusive á tua resposta á minha resposta Joana! =D) =P
O próximo capitulo, em principio – se não tiver contratempos – vai ser na sexta…
^Se acharem que é muito próximo um do outro, avisem. Não quero maçar ninguém. =)
P.S-> Deixa-me dar as boas vindas À Lipa, Andreia, Joana e Phills. Novas aqui no blog! Espero que gostem! =D Ora lá dar as boas vindas! =P
P.S2-> É já amanha Margarida! =P Mal posso esperar! Espero que tenhas gostado do capitulo! Amanha já podemos falar melhor! =P *eu a morrer de ansiedade*… =P

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Quetionario

Perguntas

Andava eu no blog da minha querida/maravilhosa amiga Margarida e vi isto. Como gostos das coisas de perguntas e respostas “roubei”. Espero que não te importes margarida! :P

1. Abre o livro mais próximo de ti na página dezoito e digita a linha sete.
“ O ANTIGO SOLDADO
Estas cantigas são inventadas
No regime de Frei d’Andrade
São cantadas com o estilo
De lá ré ó liberdade”

^Felizmente Há Luar – Luís de Sttau Monteiro


2. Estica o braço esquerdo o máximo que puderes. O que alcançaste?
Um livro de José Saramago que andei a analisar.

3. Qual a última coisa que viste na TV?
Ontem á noite um filme que se não me engano, chamava “Eu sei o fizeste no verão passado”

4. Sem olhar, que horas são?
12:20h

5. Agora olha para o relógio. Que horas são?
13:10h
^Grande diferença! Heheh

6.O que estás a ouvir?
Pink Floyd ( herdei o gosto do meu pai) Wish you were here

7. Quando foi a última vez que saíste de casa? O que foste fazer?
No sábado. Saí com o meu pai para ver o futebol Porto-Benfica. No domingo fiquei em casa a ler, e hoje só vou sair de tarde.

8. Antes de começar isto, o que fazias?
Andava no pc a escrever e ouvir musica.

9. Como estás vestida? O que estás a calçar?
Uma t-shirt super larga e estou descalça.

10. Com o que sonhaste na última noite? Se não o fizeste, com o que gostarias de ter sonhado?
Não me lembro… Mas devo ter sonhado com algo, porque nos sempre sonhamos ás vezes o nosso cérebro não retém a lembrança, mas sonhamos. E não existe nada com que gostaria de ter sonhado.

11. Quando foi a última vez que te riste? Qual foi o motivo?
Hoje de manha. Com as conversas do meu irmão com o meu gato.
^Super interessante estas conversas. Cheias de conhecimento e sabedoria…

12. O que tem nas paredes do teu quarto?
Tinta… Agora a sério, tenho um poster e desenhos meus fixados.

13. Tens visto algo estranho ultimamente?
Muita coisa, vasta olhar para a nossa sociedade. No outro dia (ou noite) eram umas 2 da manha e fui até a janela do meu quarto, ia um carro a passar super de vagar e o homem gritava com a mulher que estava em silencio. Ouvi o som de uma estalada e percebi que o homem bateu na mulher e depois continuou a gritar. Foi pena não ter visto a matricula.

14. O que achas deste questionário?
Interessante.

15. Qual foi o último filme que viste?
^Ontem á noite, como tinha dito anteriormente, “ Eu sei o que fizeste no verão passado” – ou algo assim.

16. Se te tornasses milionário de uma noite para a outra, o que comprarias?
Não sei… Acho que comprava algo para o meu conforto, mas sem duvida que ajudava os outros. – parece cliché, mas é o que fazia.

17. Diz alguma curiosidade sobre ti.
Sei lá… Gosto de desenhar e tenho aparelho nos dentes…

18. Se pudesses mudar uma coisa no mundo, política ou geograficamente, o que seria?
A mentalidade das pessoas, a corrupção na politica ( e em todos os sectores). O racismo, a xenofobia, as desigualdades…
^Ui muita coisa!
P.s-) Acabava com as touradas!

19. Gostas de dançar?
Só se for para assustar alguém!:P
Gosto, mas só se tiver sozinha sem ninguém a ver… Meto medo, mesmo! Se existe algo que não sei fazer de todo, isso é dançar!

20. Pensamentos sobre George Bush:
Homem inteligente.
Péssimo ser humano.

21. Imagina que teu primeiro filho é uma menina. Que nome davas a ela?
Não faço ideia.
Acho que Tulipa Bicicleta.
^Existe uma Rosa Mota, então…

22. Agora imagina que teu primeiro filho é um menino. Que nome davas a ele?
Lucas, Afonso…
^Não sei… Não penso em filhos com a minha idade! lol

23. Gostavas de viver fora do teu país? Porquê?
Sim e não. Sim, porque existe tanta porcaria em Portugal… Mas também não é só em Portugal. A mentalidade, os pensamentos dos portugueses é só lixo. Mas nem todos são assim. -) Como em todo o lado. E Portugal já deu o que tinha a dar. Vamos rezar para estagnar e não retroceder.
Não porque todos os que amo, tudo o que amo está aqui.

24. O que gostarias que te dissessem antes de morreres?
Nada. Silencio.
Não queria palavras ocas, sem verdade. Um silencio, ou um olhar.

25. Se depois disso te encontrasses com Deus o que lhe dirias?
Então, andas muito ocupado ou míope?

26.Porquê que os gatos caem sempre de pé?
Os gatos não caem sempre de pé. O meu é a prova disso.

27.Que sensação te causa o dinheiro?
Vontade de o gastar e ir pedir mais ao pai ou á mãe! :P

28.Em que parte da tua vida sentes uma profunda tristeza?
Quando me magoam e desiludem. O que aconteceu muitas vezes, acontece e acontecerá sempre.

29. Analisa o mais profundamente possível. Como lidas com uma opinião ou crítica alheia?
Aceito todas as opiniões desde que sejam com educação. E lido bem com isso, e com criticas. Somos muitas vezes criticados e daí?
Eu faço o que me faz ficar com a consciência tranquila.
^Mas não me pensam para ser muito tolerante numa discussão com uma pessoa, por exemplo racista.

30. Diz uma tua total incerteza.
Qual o curso que irei escolher.

31. Alguém te faz uma pergunta embaraçosa. Qual é a tua reacção?
Fico sem reacção, sou capaz de abrir a boca e não sair nada e depois mudar completamente de assunto.


quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Presentes do Vitor!


Este post é completo para o Vítor! :D

Ele presenteou-me com uma maravilhosa capa para CIDADE DE CRISTAL, como já vos tinha mostrado no capitulo que lhe dediquei como agradecimento.
Esta simplesmente maravilhosa, acho que todos concordam! :D
Ele tem mesmo jeito para aquilo! :D


^Perfeita^

Como se não bastasse, ontem ofereceu-me uma nova! :O Só que desta vez para AMOR & SANGUE À MEIA-NOITE - 2 temporada!
Teve um trabalhão enorme, basta olhar para perceber! :O Está linda, perfeita! Já me fartei de agradecer! :D
Mas como sempre tenho que partilha-la convosco! :D
Acho que está simplesmente perfeita! E eu sei que ele passou umas horitas com ela!

Muito obrigada Vitor! És um querido! Obrigada mesmo, já nem é preciso dizer o quão perfeita as duas estão e o quão as amei!







^Linda, Linda, Linda^


Comentem que ele bem merece! Não está linda? Não tem talento o rapaz?

Eu amo as duas! E depois de tanto trabalho só podia agradecer e fazer um post para ele.

Obrigada mesmo! :D

Comentem pessoal! Beijocas! :)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

3 capitulo - Verdades


Este capitulo vai para uma pessoa especial! :) Para o Vitor, que me deu um presente! :) Obrigada vitor, és um querido! Obrigada por leres as minhas fic’s e me apoiares! E pelo presente, claro! :) Adorei, já sabes! :D Fiquei super feliz quando o recebi!

Espero que gostes deste capitulo! :)
Diverte-te! :)



O presente do Vítor^^
Não está lindo? :O Comentem que ele bem merece! :)
Mia uma vez, obrigado Vitor... Mais uma vez... Eu amei! :D


Divirtam-se todos! :)


Kyle entrou no meu quarto com um sorriso gigante, e beijou-me rapidamente enquanto tagarelava sobre o último feito glorioso do seu precioso irmão. Estabelecera acordos comerciais com as fadas (sim, isso também existe), ou algo assim.
- O Dominick deixa-nos cheios de orgulho! Sabes o que isso significa para o nosso povo?
- Sim. – sorri forçadamente – Ele é o melhor.
Ficamos a namorar um pouco, e eu sempre com um peso na consciência por fazer aquilo com ele. Ele era tão bom para mim, e como era capaz de beijar e pensar noutro? As minhas atitudes enojavam-me.





Á noite, andava pela praia sozinha, e vi um volto sentado perto do mar. Percebi que era Dominick e observava o “céu” (no nosso caso, o oceano sobre as nossas cabeças). Atrapalhada, dei meia volta e tentei não correr.
- Arinana! – disse surpreso e meio tímido – Não sabia que estavas aqui. – levantou-se cheio de graça e flexibilidade – Não te segui, ou algo assim.
Suspirei.
- Eu sei. Cheguei depois de ti. Vou-me já embora…
- Espera… - aproximou-se de mim e automaticamente o meu coração queria saltar do peito – Porque andas sempre a fugir de mim? Não te vou atacar… Lá por ter este aspecto não significa que seja um monstro, sabes?
- Não tem nada a ver com a tua mascara! – exasperei-me – Porque só reparas nas aparências?
- Tu é que repares. – disse calmo – Não precisas de me evitar. Eu sei qual o meu lugar.
- Eu é que reparo? Porque não abres logo o jogo, de uma vez por todas?
- Como assim? – olhou-me confuso.
- Não é possível que não te lembres de mim!
- Como assim? Já nos conhecíamos antes?
- Já. – ri cínica e decidi abrir logo o jogo – O nome Ariana não te diz nada?
Os olhos castanhos dele ficaram um tanto atormentados e fitaram longamente os meus olhos, coisa que nunca tinha feito. O seu rosto ficou completamente corado, e ele incrivelmente envergonhado.
- Meu Deus! Ariana? És mesmo tu? Eu…
- Sim. Ariana a porca gorda!
- Não digas isso! – pediu com a voz a tremer.
- São tuas palavras, não minhas!
- Eu…
- Não quero explicações! Não quero saber. Só quero que não te aproximes de mim. E não vou contar a ninguém que o maravilhoso Dominick é um pulha!
- Ariana… - sorriu tristemente – Pensei que nunca mais te ia ver.
- Lamento que tenhas que conviver comigo! – rugi com raiva a magoa.
- Eu não lamento. Desapareces-te assim, sem mais nem menos e…
Gargalhei muito.
- Eu ouvi. – olhei-o com magoa – Ouvi quando aquele porco do eu amigo entrou no bar. Depois de me tirares a virgindade por dinheiro.
Silencio.
- Tens ideia do que isso me causou? Não vales nada Dominick.
- As coisas nem sempre são o que parecem Ariana!
- Elucida-me Dominick, pois a única coisa que vejo quando olho para ti é um monstro.
O seu rosto transformou-se numa mascara de dor.
- Eu sei…
- Não é pela mascara, pelo amor de deus! – cheia de raiva levei a mão ao seu rosto e lancei a mascara para longe.
Ele uivou de angustia e tentou esconder o rosto, sentindo-se inferior.
- É o teu interior que não presta. O teu rosto nunca poderia ser pior do que aquilo que me fizeste. Tu tens marcas visíveis, mas de alguma forma a que tu me fizeste são bem piores!
Ele estava de costa para mim, com as mãos no rosto. E olhava o chão, a ver a mascara que se tornara em cacos ao bater numa pequena roxa.
- Faria alguma diferença se confessa-se que também sai magoado, que algumas coisas ainda doem? Que… Esquece.
- Porque fizeste aquilo comigo? Estava completamente apaixonada por ti! Não se faz aquilo a ninguém!
Ele suspirava aceleradamente, nervoso. Com medo. Sentia-se nu e com medo de me olhar. Não levava a mascara que o protegia.
- Lamento. Paguei bem caro, acredita! Ainda estou em choque! Pensei que nunca mais te iria ver! Acreditavas se te disse-se que te procurei? Que senti a falta do teu olhar apaixonado?
- Não.
- Talvez possas achar que é um jogo, mas eu sentia algo por ti. E por ter medo, tentei afastar-me. Não queria estar apaixonado por ti.
- Não acredito. – fui firme.
- Eras uma humana. Eu tinha um império para governar. Muitas diferenças. Admito que tudo começou com aquela aposta, mas depois não. Depois que te conheci, passei a ansiar pela tua companhia! E aquela noite não me sai da cabeça!
- Não acredito nisso. Não me enganas mais, podes ter a certeza. – avisei-o, embora o meu coração rugise de dor, de vontade de acreditar nele. Não podia.
- Eu sei. Mas é verdade! Nunca olhei para mais ninguém! Só quando apareceste com o meu irmão – soltou uma risada amarga – uma híbrida que pertence ao meu mundo… Eu confesso que me sentia atraído por ti. E não era só físico. Tinha a sensação que te conhecia, mas não podia investigar muito pois não me iria aproximar da namorada do meu irmão quando sabia que podia criar sentimentos por ela. E agora és a Ariana. A minha Ariana.
- Não sou tua.
- Agora és de Kyle…
- Sim.
- Amas o meu irmão?
- Sim - menti para o bem de todos.
- Não sentes nada por mim? Superas-te aquilo que partilhamos?
- Á muito tempo atrás.
- Bom para ti. Agora estou reduzido a nada. E não poderia lutar contra o meu próprio irmão.
- Nem ias ganhar.
- Eu sei. Podes acreditar em mim, quando te digo que te amei e que ainda…
- Pára. – ordenei fria, com o coração a querer rebentar – Não continues. Dorme sobre o assunto, e amanha isto vai passar. Continuarei a ser uma espécie de tua cunhada e tu o irmão mais velho do meu namorado. É melhor para todos que não saibam o que me fizes-te. A tua família venera-te e não quero ser a responsável para que isso deiche de acontecer…
- Acredita em mim, por favor.
- Não. Não posso, não quero. Para o bem de todos nos.
- É o melhor para todos… - concordou – Quero que vejas o meu rosto.
- Eu…
- Não tenhas medo. Assim apagarás de vez a imagem do homem que um dia fui e vais ver como paguei. Como tantas vez dizias : Justiça tarda, mas não falha.
- Dominick…
E ele lentamente virou-se para mim.
Uma lágrima escorreu pelo meu olho. Só ele me fazia chorar… Sentia-me tonta e ainda me doeu mais quando vi que ele também chorou.
- O que aconteceu contigo, Dominick…
O rosto belo, perfeito estava marcado. O lado esquerdo do seu rosto, tinha cicatrizes perfundas. Na testa um golpe.
- Devias ter sentido tanta dor… - levei a mão aos meus lábios para impedir as palavras tremidas de saírem. Palavras repletas de compaixão e… Amor.
Ele virou-me novamente as costas.
- Agora sabes como estou. – murmurou.
-Dominick… - coloquei a mão no seu ombro musculado, e ele lentamente voltou-se para mim. Sentindo-se inferior, angustiado. Tudo se via naquele rosto.
- Não quero compaixão.
Beijei o seu rosto. Do lado das cicatrizes. Afaguei o seu cabelo e afastei-me.
Ele levou a mão ao rosto e os seus olhos encheram-se de lágrimas. Dor e mais dor.
- Continuas belo. – e continuava. Sempre seria belo. Sempre. As cicatrizes eram profundas, mas era o mesmo Dominick. A mesma pele morena, a mesma pele suave. Os mesmos olhos castanhos. Um lado perfeito e imaculado, o outro com cicatrizes que doíam em mim ao imaginar as dores que passou. Mas mesmo assim, era belo. Para mim seria sempre belo. Aos meus olhos, ele era a perfeição. Podia não ser de uma beleza incomparável como o tal rei dos vampiros, mas para mim era mais lindo que o oceano. Que se tornara a minha casa.
- Não mintas… - com mãos trementes, pegou na minha mão e levou ao seu rosto com cicatrizes. Afaguei a sua face, a tremer também.
- Não estou… Estás cego. Só consegues ver as cicatrizes. Não vês além delas.
- Beija-me.
- Não posso. – gemi.
- Só agora. Só hoje. – murmurou – Um ultimo beijo.
Gemi com medo, ergui-me na ponta dos pés e colei os meus lábios aos seus acolhedores. Apenas um toque e nada mais. Não procuramos intimidade, não movemos os lábios. Apenas ficamos assim, com lembranças doces e amargas a invadirmos a mente. Minutos ou horas depois, quando os nossos lábios se separaram, deixaram rastos de saudade e anciãs.
- Boa noite, Dominick. – despedi-me.
- Boa noite, Ariana.
Afastei-me com as lágrimas a caírem pelo meu rosto, com a certeza que fora um erro. Acendera a paixão e ainda me iria arrepender muito. Muitos iriam sofrer. Inocentes. Kyle não merecia. Eu não merecia. Dominick não merecia. Não merecíamos esta brincadeira cruel do destino. Um destino que brincava com as nossas vidas.
Caminha e chorar com a certeza que enquanto Dominick se baixava e colhia os cacos da sua mascara, lágrimas caiam do seu rosto e se juntavam aos cacos e perdiam-se na areia branca da praia.


Então? :O Gostaram?
Estavam á espera que a historia levasse este rumo, e o Dominick? E o Kyle? A Ariana?
Comentem muito! :)
Já tinha saudade de escrever!
Quero ler os vossos coment’s. Não imaginam como me sinto feliz ao ler. Façam-se rir! :)
Agora vou responder aos vossos antigos coment´s! :P
Beijinhos e já sabem! Comentem! :)
O próximo capitulo, saí dia 10! :)
P.S -) Bem vinda Lipa! :) Fiquei mesmo feli com a leitora nova! Depois passa pelo blog para veres a resposta ao teu comentário no ultimo capitulo! :P