(Eu estava com dores de dentes – devido ao meu sorriso metálico :8 – e tomei um remédio para passar a dor. Aquilo deu-me sono e adormeci! :O Só acordei agora mesmo (11:55) com sede… Meu deus! Desculpem! Mesmo! :O K cena! :O)
Aqui vai capitulo novo! :P
Desde que comecei a fic conheci pessoas maravilhosas.
Acreditem, vocês melhoraram a minha vida. E muito obrigada por isso.
Para vocês este capitulo! :)
A todas que me apoiam constantemente! ;)
O tempo passa muito rápido.
Demasiado rápido.
É estranho.
Se observarmos os ponteiros dos minutos num relógio, o tempo pareço lento. Aborrecido.
Mas e quando estamos a fazer aquilo que gostamos? Nem damos pelo tempo passar.
É o que sinto na companhia de Alexander. Dá vontade de criar mais horas no dia.
Parecia ontem que o conheci. A entrar imponente na minha sala de Inglês. Parecia ontem que nos beijamos no baile. Parecia ontem que descobri o que ele era e parecia ontem que me entreguei pela primeira vez a ele.
Mas não era.
Aliás, passara meses e eu nem dera por isso.
As aulas já tinham terminado à 2 semanas e eu não voltaria para o liceu. A minha nova etapa era a universidade.
Mas não podia deixar de pensar… O tempo passa muito rápido.
E um dia teria de dizer adeus a Alexander. E esse dia não tardaria a chegar.
Era como caminhar para a forca.
Ainda a pensar em Alex, peguei numa maçã e fui para perto dele que estava no meu quarto.
Agora meio que era o paraíso. Estávamos sempre juntos. Umas 24 horas por dia.
Quando entrei no meu quarto, vejo que Alex está sério ao telefone.
Falava uma língua que não entendia. Estava sério.
Enquanto ele falava olhei para a minha parede e vi as fotos lá afixadas.
Sorri ao ver uma em que juntara o rosto ao de Alex e tentei tirar uma foto.
Aparecera apenas os nossos lábios. Sorriamos. A foto ficou linda.
Tinha outra dele, que lhe tinha tirado (para ele me provar que aparecia nas fotos) e sorria forçado.
Fiz careta ao ver uma que tinha tirado com o meu irmão, no dia em que recebi o diploma do 12 ano. Ele fazia-me corninhos.
Tinha uma engraçada de Alex e Alain.
É, o vampiro Francês apareceu no dia da minha formatura, para mais uma vez irritar Alex. Tirei uma foto aos dois.
Alex, esta com o rosto sério e furioso. Aquele que fazia as pessoas correrem dele. Alain sorria divertido e tentava passar um braço por cima dos ombros de Alex. Alex quase que partira o braço de Alain nesse dia.
- Nikka. – chamou Alex mesmo atrás de mim – Não gosto que tenhas a foto de Alain no teu quarto.
- Ciúmes? – ri – Mas ele não é uma criança?
Olhou-me rabugento.
- Sossega minha fera – ri – A foto está aqui porque mostra o teu lado mais vampiresco. – beijei o seu pescoço – Quando ele apareceu ficas-te super furioso.
- Aquele Depardieu sempre a pisar o risco. Qualquer dia…
- Não digas isso. Lá no fundo até gostas dele… Á maneira dos vampiros e tal…
Ele olhou-me desconfiado.
- Não me parece.
- Então porque ainda o aturas?
- Porque o poder dele é importante. – resmungou.
- E talvez porque no fundo seja aquilo que tens mais perto de um amigo. – sussurrei – Ele é super leal para contigo. Parece aqueles miúdos que vêm em alguém mais velho um estereótipo do que querem ser. Além disso, parece que gosta de entrar em guerras e confusões ao teu lado… Além de fazer apostas. – provoquei.
Ele não respondeu, simplesmente deu de ombros.
- Talvez Alain tenha mesmo sido o mais fiel. E se não fosse ele, não teria encontrado a gémea do monstro do Frankenstein. – provocou também.
- Pior é que tu gostas do tal monstro. – afirmei cheia de razão.
- Quem disse? – desafiou enquanto levantava uma sobrancelha.
- Anda bobi! – chamei enquanto atirava beijos e batia com a mão na perna.
Como se chamasse um cão.
Ele gargalhou e puxou-me contra ele, para fazer os lábios dele caírem sobre os meus.
E mais uma vez, tirar-me todo o oxigénio dos meus pulmões e fazer-me quase ter um AVC.
Pensei que com o tempo estas reacções desapareceriam, mas não. Parecia mais intenso de cada vez que o via. O meu coração parecia saltar do peito a uma simples menção do nome dele.
- Nikka sabes onde… - o meu irmão entrou no quarto.
- Foda-se Michael! Bate á porta! – disse irritada quando Alexander afastava-se de mim um pouco tenso por ter-mos sido interrompidos.
- Não sabia que estavas com o prof…
Respirei fundo.
- O que queres? – perguntei sem disfarçar a irritação.
- Vinha saber se saber onde tenho os meus auriculares…
- A sério que me vieste perguntar isso? Como raio vou saber?
- Podias saber… - defendeu-se o imbecil – E tranca a porta se queres estar a fazer cenas para menores de 18 com o teu namorado, cabeça de fósforo.
- Cabeça oca, não me chateies! Não percebo como tenho um irmão tão burro! Que chumbou mais um ano!
Pois é… O meu super inteligente irmão, voltara a chumbar no 11 ano. Inacreditável!
- A culpa foi dele! – olhou zangado para Alexander – Se naquele período me tivesse dado positiva tinha passado de ano! Era o mínimo que podias fazer meu! Andavas com a minha irmã mais nova e tens a lata de…
Empurrei-o para fora do meu quarto e bati a porta na cara dele.
- Não ligues à abecula. – dei de ombros – Tadinho, não tem cérebro…
Alexander simplesmente fitava a porta irritado.
- Nikka,, tenho que ir - beijou o meu rosto – tenho uns assuntos para resolver…
Vampiros, para quem não perceber.
- Tudo bem. – beijei o seu queixo – Voltas ainda hoje?
- Sim. – prometeu.
- Ok – sorri feliz.
Ele assentiu, deu-me um beijo e saiu pala porta de vidro até a varanda.
Enquanto ia para a varanda também, vi-o dar um salto para o jardim resmunguei.
- Podias utilizar a porta, sabes? – olhei a ver se alguém o tinha visto – É que tenho vizinhas cuscas!
Ele olhou-me de lado e piscou o olho. Revirei os olhos e senti algo quente na mão.
Olhei e estava uma pequena serpente de fogo, incapaz de me magoar, a dizer “Amo-te”. Depois de o susto passar resmunguei um “exibicionista”, sabendo que ele ouviria.
Estava numa espreguiçadeira, na varanda a apreciar a noite calma e estranhamente amena. Normalmente fazia frio, mas naquele momento o tempo estava morno, uma temperatura óptima para aproveitar para ver as estrelas, apenas com uma luzinha que vinha da varanda.
Então vi Alex a saltar para a varanda e automaticamente sorri.
- Estava À tua espera… -acabei por confessar.
- Saudades? – beijou-me.
- Sempre. – murmurei enquanto ele se deitava ao meu lado.
Ele aconchegou-me e apreciei a sua temperatura quente. Suspirei com gosto enquanto me aconchegava mais nele.
- Já resolves-te os tais problemas?
Ele ficou tenso.
- Já vi que não…
- Estou a tentar resolver à distancia, mas talvez tenha que ir até a Roménia…
- A sério? – perguntei desanimada – Logo agora que estou de férias e podia aproveitar para estar contigo o máximo tempo possível…
- Eu sei amor. – beijou a minha testa – Também não queria ir e estou a fazer o possível para isso acontecer. Apenas a Kawit está a pensar que tem autoridade para…
- Kawit? – fiquei tensa.
- Sim. – admitiu um minuto mais tarde – Mas não fiques já com ideias erradas…
- Não estou a pensar nada. – menti.
- Sei…
- Alexander, como conheces-te a Kawit?
- No Egipto. Ela era mulher de um faraó…
- Isso eu já sabia. Alain disse-me.
- Sei… Bom, e já sabes o que aconteceu depois também. Não dês importância a coisas sem valor.
- Porque não a querias transformar?
- Porque nunca transformaria ninguém. Apenas tu serias a excepção, se quisesses.
- Alain falou-me que o faraó arranjara outra mulher – não comentei a ultima parte – E que era ruiva… Era mais bonita que Kawit? Era parecida comigo?
- Eram duas mulheres diferentes. Kawit com a sua beleza negra. A outra era branca. Novidade para o faraó. Além disso era muito jovem e Kawit já não tinha a beleza juvenil para competir . – beijou os meus cabelos – Quanto ao facto de ela ser parecida contigo, a única semelhança que encontro é o facto se ela ter sido ruiva e olhos verdes. Mas aí já existe diferenças. Não era o mesmo ruivo, nem o mesmo verde. A tua beleza é algo que só se pode criar uma única vez…
- Tirando o monstro de Frankenstein. – ri – A sério Alex, sinto-me intimidada com essa história toda da Kawit… Vai que ela imagina que a história se está a repetir…
- Ela nunca se atreveria a tocar-te. Por vezes esquecesse da sua posição, mas não se atreveria a tocar-te. Nem ela, nem ninguém.
- Se o dizes… - não estava convencida – E quem é Jullianne?
- Outra criação de Kawit. Se não estou enganado, criou-a em 1500, depois da baixa da revolução dos clãs. Perdemos um puro e Kawit tomou a responsabilidade de criar um. Criou Jullianne.
- Qual o poder dela? – perguntei curiosa.
- É o menos útil. Ela vê as auras das pessoas. Vê a sua alma… Não é muito útil em batalhas.
- Wow… - fiquei a imaginar como seria ser capaz de ver uma pessoa como ela realmente era.
- Mas Jullianne compensa com a força e técnica nas lutas. Nunca perde um confronto. Apenas quando luta contra mim, perde. O que é normal visto a grande diferença de poder físico. Nem a sua criadora a supera.
- Uau! Gostava de a ver bater em Kawit…
Ele riu.
Opsss…. Aquilo não era para ter sido em voz alta.
- Alex? – olhei-o curiosa – Como é que te transformas-te vampiro?
Ele ficou tenso e meio desconfortável.
- Se não quiseres falar, não precisas. – disse.
- Não. Eu posso falar disso, embora o que era em humano seja decadente, mas não me importo de partilhar o meu passado contigo. Neste momento partilho o presente e farei tudo para partilhar o futuro. – beijou a minha testa para depois a acomodar no seu peito. Ouvia a sua respiração calma – Era um escravo Nikka.
Olhei-o sem acreditar.
- Sim. Um escravo – voltou a colocar a minha cabeça no seu peito – Era açoitado constantemente e usado como escravo sexual também.
Abracei-o forte e beijei o seu pescoço.
- Lamento.
- Não. – fez-me olha-lo nos olhos. Estavam calmos e serenos. – Não me importo agora – E realmente não se importava – Os vampiros podem desligar o que não querem. Eu desliguei a raiva e o ódio depois de algum tempo. – beijou docemente os meus lábios – Nem naquela altura conhecia o amor.
Abracei-o mais forte e deixei que se abrisse comigo. Tinha uma sede por saber tudo sobre ele.
- Naquele tempo, era o único escravo branco naquela sela e lembro-me que a mulher do meu dono – a palavra dono fora dito com raiva e ódio que me fez estremecer – não utilizava os negros para os serviços de cama. Tinha que me deitar com a velha. – sentiu-o acariciar o meu cabelo e eu acho que comecei a tremer com a sua história – Se a agradasse ela dava-me mais comida. Mas eu não me importava. Era sempre rude e marcava a pele dela de forma a vingar-me das noites e dias de sol infernal juntamente com as chicotadas que ela e o marido ordenavam que me dessem. – respirei agitada quando a imagem de um Alexander belo e perfeito no meio de escravos a ser açoitado… Meu deus! O que ele sofrera! – Lembro-me que uma vez o marido dela apanhou-nos, pois mesmo quando eu a maltratava e lhe batia a velha acabava sempre por me chamar. Eu odiava-a, a ela e a toda aquela escumalha a quem fui vendido depois de ter sido abandonado pela minha mãe. Sempre trabalhei como escravo, desde criança e era o único que sobrevivei tantos anos. – abracei-o mais forte, querendo aquele destino para mim e não para ele. A dor dele era a minha, embora ele parecesse já não ligar para nada daquilo. – Apanhou-nos e depois chicoteou-me quase até a morte. Mas não me rendi. Quando ele virou costas ergui-me e com uma lança cravei-lhe as costas até ele parar de gritar. Abri as celas dos escravos e fugimos todos, não antes sem ter matado aquela velha.
Ficamos em silêncio. Apenas observávamos as estrelas e imagens do que ele me contara apareciam na minha mente.
- Mesmo no incido dos tempos o ser humano era repudiado. Um animal. E só algo assim se poderia ter tornado na presa e não no caçador. Os humanos não dominam a cadeia alimentar. E apesar de tudo, apesar de o poder fazer, não os escravizo. Nem disso são dignos. Merecem afundarem-se na sua própria porcaria.
- Continua… - pedi. – Continua a tua história, meu amor.
- Era livre finalmente. Passávamos fome, mas já estava habituado a isso. Até que Caim me encontrou e depois me transformou.
- Caim?
- Sim. Ele dizia ser esse Caim. Filho de Adão e Eva. – olhei-o e ele absorto olhava a lua, pensativo com o seu passado – Era o primeiro vampiro, isso tenho certeza. Era demasiado poderoso. Costumava dizer que se transformou em vampiro por carregar a maldição de ter derramado o sangue do irmão. Nunca ninguém percebeu como ele criara os vampiros normais. Uns diziam que era porque lhe tinha corrido mal a experiencia, mas eu não acredito. Caim era demasiado poderoso, demasiado astuto para cometer erros. Sabia o que fazia. Como se o mundo fosse um tabuleiro de xadrez e ele se divertisse contudo. – enroscou um dedo nos meus cabelos e cheirosos para depois suspirar e continuar – Criara apenas mais uns 10 com sangue puro como o dele, os outros apenas eram imitações baratas. Mas ele cometera um erro, a sua inteligência não se manifestou numa jogada.
- Qual? – perguntei baixinho, penetrada naquele mundo mágico.
- Transformou-me. E logo que o fez, lamentou-o.
- Porque?
- Eu não queria aquilo e ganhei-lhe um ódio como nunca poderás imaginar tão grande que desejava derramar o sangue dele e arrancar o coração dele. Ele divertia-se. Quando era livre, ele fez-me carregar uma maldição. Uma maldição que se tornou na dele. Depois que se apercebeu que era tão forte como ele, o que nunca tinha acontecido antes, tentou matar-me.
- O quê? – perguntei assustada.
- Fogo. Aí ficou aterrorizado e percebeu que isso não me atingia. E aí percebi o meu poder. Caim imediatamente tentou que o seguisse e protegesse. Claro que fingi ser-lhe fiel. – riu – Juntei-me a um puro de quem nunca ninguém soube o nome. Ele ensinou-me a lutar. Anos depois matei Caim. E logo em seguida todos os puros que me tinham humilhado, apenas deixei aquele que me ensinou.
- E o que aconteceu aquele tal vampiro? – perguntei.
- Matei-o algum tempo depois que ele transformou Kawit.
Estremeci.
- Matas-te quem te ajudou?
- Sim. – não era algo que o incomodava. – E até hoje governo. E hoje abraço a minha maldição com orgulho. Poder, imortalidade, força… O mundo aos meus pés. Aos pés de um escravo.
Puxou-me para me beijar e aí deixei lágrimas caírem por ele. Pela história dele.
- Voltei a ser um escravo – sorriu torto e beijou o canto da minha boca – O teu escravo.
- Oh Alex…
Abracei-o e sabia que ele sentia o meu coração que batia rápido e que doía tanto. Tanto por ele…
- Não me repudias? – alisou o meu rosto – O facto de ter sido escravo… E ser açoitado como um bicho… De ter sido escravo sexual… Não te enoja que te toque? – olhou-me atormentado.
- Não! – gritei indignada – Não digas isso! Beijei todo o seu rosto, desesperadamente – Eu amo-te! E quando partilhas isso comigo, fazes-me amar-te ainda mais. Se isso é possível.
- Sou teu escravo – murmurou ardente nos meus lábios – Teu… Só teu… Apenas teu escravo para sempre.
O desespero na sua voz, a fúria louca dos seus beijos faziam lágrimas caírem pelos meus olhos. Lágrimas de dor e felicidade. De dor, pelo que ele passará. De felicidade por ter o seu amor.
Alguém que odiará com aquela intensidade, sói poderia amar com maior ardor ainda.
E eu tinha esse amor. Só para mim. Apenas meu.
Olá!
:)
Espero que tenham gostado. O Alex mostrou mais do seu verdadeiro ser.
Que tal? O-o
Gostaram da história dele? Do seu passado triste?
Comentem muito!
Eu estou mal da mão (resultado de uma de muitas quedas desastradas o.o) e demorou muito a completar este capitulo. Por favor comentem! ;)
Eu não respondi aos antigos coments, e lamento mesmo muito! Não pude mesmo!
Com a mão e tal… :S Agora não dá para responder… :(
Desculpem! Mesmo! :S
Mas a partir de agora, irei responder mesmo! Nem que me doa a mão! Comentem muito que eu já tenho saudades de responder aos coments! ;)
P.S-) Próximo capitulo vai ter que ser no sábado ou na quinta. Mas deve ser sábado. Logo de manha mesmo.
O dia de post é na sexta, mas na próxima sexta irei ter aquilo que se chama no meu colégio de passei de final de ano. E vai ser o dia todo. Tenho que estar na estação às 6 e 30 da manhã( o.O ou talvez adormeça mesmo) , para entrar no comboio reservado para nós e só devemos chegar muito tarde…
Vou para caldas da rainha! :D Alguém mora aí? :P
Beijos grandes e portem-se muito mal! :P Comentem muito! :)
Obrigada por tudo! :D
Aqui vai capitulo novo! :P
Desde que comecei a fic conheci pessoas maravilhosas.
Acreditem, vocês melhoraram a minha vida. E muito obrigada por isso.
Para vocês este capitulo! :)
A todas que me apoiam constantemente! ;)
O tempo passa muito rápido.
Demasiado rápido.
É estranho.
Se observarmos os ponteiros dos minutos num relógio, o tempo pareço lento. Aborrecido.
Mas e quando estamos a fazer aquilo que gostamos? Nem damos pelo tempo passar.
É o que sinto na companhia de Alexander. Dá vontade de criar mais horas no dia.
Parecia ontem que o conheci. A entrar imponente na minha sala de Inglês. Parecia ontem que nos beijamos no baile. Parecia ontem que descobri o que ele era e parecia ontem que me entreguei pela primeira vez a ele.
Mas não era.
Aliás, passara meses e eu nem dera por isso.
As aulas já tinham terminado à 2 semanas e eu não voltaria para o liceu. A minha nova etapa era a universidade.
Mas não podia deixar de pensar… O tempo passa muito rápido.
E um dia teria de dizer adeus a Alexander. E esse dia não tardaria a chegar.
Era como caminhar para a forca.
Ainda a pensar em Alex, peguei numa maçã e fui para perto dele que estava no meu quarto.
Agora meio que era o paraíso. Estávamos sempre juntos. Umas 24 horas por dia.
Quando entrei no meu quarto, vejo que Alex está sério ao telefone.
Falava uma língua que não entendia. Estava sério.
Enquanto ele falava olhei para a minha parede e vi as fotos lá afixadas.
Sorri ao ver uma em que juntara o rosto ao de Alex e tentei tirar uma foto.
Aparecera apenas os nossos lábios. Sorriamos. A foto ficou linda.
Tinha outra dele, que lhe tinha tirado (para ele me provar que aparecia nas fotos) e sorria forçado.
Fiz careta ao ver uma que tinha tirado com o meu irmão, no dia em que recebi o diploma do 12 ano. Ele fazia-me corninhos.
Tinha uma engraçada de Alex e Alain.
É, o vampiro Francês apareceu no dia da minha formatura, para mais uma vez irritar Alex. Tirei uma foto aos dois.
Alex, esta com o rosto sério e furioso. Aquele que fazia as pessoas correrem dele. Alain sorria divertido e tentava passar um braço por cima dos ombros de Alex. Alex quase que partira o braço de Alain nesse dia.
- Nikka. – chamou Alex mesmo atrás de mim – Não gosto que tenhas a foto de Alain no teu quarto.
- Ciúmes? – ri – Mas ele não é uma criança?
Olhou-me rabugento.
- Sossega minha fera – ri – A foto está aqui porque mostra o teu lado mais vampiresco. – beijei o seu pescoço – Quando ele apareceu ficas-te super furioso.
- Aquele Depardieu sempre a pisar o risco. Qualquer dia…
- Não digas isso. Lá no fundo até gostas dele… Á maneira dos vampiros e tal…
Ele olhou-me desconfiado.
- Não me parece.
- Então porque ainda o aturas?
- Porque o poder dele é importante. – resmungou.
- E talvez porque no fundo seja aquilo que tens mais perto de um amigo. – sussurrei – Ele é super leal para contigo. Parece aqueles miúdos que vêm em alguém mais velho um estereótipo do que querem ser. Além disso, parece que gosta de entrar em guerras e confusões ao teu lado… Além de fazer apostas. – provoquei.
Ele não respondeu, simplesmente deu de ombros.
- Talvez Alain tenha mesmo sido o mais fiel. E se não fosse ele, não teria encontrado a gémea do monstro do Frankenstein. – provocou também.
- Pior é que tu gostas do tal monstro. – afirmei cheia de razão.
- Quem disse? – desafiou enquanto levantava uma sobrancelha.
- Anda bobi! – chamei enquanto atirava beijos e batia com a mão na perna.
Como se chamasse um cão.
Ele gargalhou e puxou-me contra ele, para fazer os lábios dele caírem sobre os meus.
E mais uma vez, tirar-me todo o oxigénio dos meus pulmões e fazer-me quase ter um AVC.
Pensei que com o tempo estas reacções desapareceriam, mas não. Parecia mais intenso de cada vez que o via. O meu coração parecia saltar do peito a uma simples menção do nome dele.
- Nikka sabes onde… - o meu irmão entrou no quarto.
- Foda-se Michael! Bate á porta! – disse irritada quando Alexander afastava-se de mim um pouco tenso por ter-mos sido interrompidos.
- Não sabia que estavas com o prof…
Respirei fundo.
- O que queres? – perguntei sem disfarçar a irritação.
- Vinha saber se saber onde tenho os meus auriculares…
- A sério que me vieste perguntar isso? Como raio vou saber?
- Podias saber… - defendeu-se o imbecil – E tranca a porta se queres estar a fazer cenas para menores de 18 com o teu namorado, cabeça de fósforo.
- Cabeça oca, não me chateies! Não percebo como tenho um irmão tão burro! Que chumbou mais um ano!
Pois é… O meu super inteligente irmão, voltara a chumbar no 11 ano. Inacreditável!
- A culpa foi dele! – olhou zangado para Alexander – Se naquele período me tivesse dado positiva tinha passado de ano! Era o mínimo que podias fazer meu! Andavas com a minha irmã mais nova e tens a lata de…
Empurrei-o para fora do meu quarto e bati a porta na cara dele.
- Não ligues à abecula. – dei de ombros – Tadinho, não tem cérebro…
Alexander simplesmente fitava a porta irritado.
- Nikka,, tenho que ir - beijou o meu rosto – tenho uns assuntos para resolver…
Vampiros, para quem não perceber.
- Tudo bem. – beijei o seu queixo – Voltas ainda hoje?
- Sim. – prometeu.
- Ok – sorri feliz.
Ele assentiu, deu-me um beijo e saiu pala porta de vidro até a varanda.
Enquanto ia para a varanda também, vi-o dar um salto para o jardim resmunguei.
- Podias utilizar a porta, sabes? – olhei a ver se alguém o tinha visto – É que tenho vizinhas cuscas!
Ele olhou-me de lado e piscou o olho. Revirei os olhos e senti algo quente na mão.
Olhei e estava uma pequena serpente de fogo, incapaz de me magoar, a dizer “Amo-te”. Depois de o susto passar resmunguei um “exibicionista”, sabendo que ele ouviria.
Estava numa espreguiçadeira, na varanda a apreciar a noite calma e estranhamente amena. Normalmente fazia frio, mas naquele momento o tempo estava morno, uma temperatura óptima para aproveitar para ver as estrelas, apenas com uma luzinha que vinha da varanda.
Então vi Alex a saltar para a varanda e automaticamente sorri.
- Estava À tua espera… -acabei por confessar.
- Saudades? – beijou-me.
- Sempre. – murmurei enquanto ele se deitava ao meu lado.
Ele aconchegou-me e apreciei a sua temperatura quente. Suspirei com gosto enquanto me aconchegava mais nele.
- Já resolves-te os tais problemas?
Ele ficou tenso.
- Já vi que não…
- Estou a tentar resolver à distancia, mas talvez tenha que ir até a Roménia…
- A sério? – perguntei desanimada – Logo agora que estou de férias e podia aproveitar para estar contigo o máximo tempo possível…
- Eu sei amor. – beijou a minha testa – Também não queria ir e estou a fazer o possível para isso acontecer. Apenas a Kawit está a pensar que tem autoridade para…
- Kawit? – fiquei tensa.
- Sim. – admitiu um minuto mais tarde – Mas não fiques já com ideias erradas…
- Não estou a pensar nada. – menti.
- Sei…
- Alexander, como conheces-te a Kawit?
- No Egipto. Ela era mulher de um faraó…
- Isso eu já sabia. Alain disse-me.
- Sei… Bom, e já sabes o que aconteceu depois também. Não dês importância a coisas sem valor.
- Porque não a querias transformar?
- Porque nunca transformaria ninguém. Apenas tu serias a excepção, se quisesses.
- Alain falou-me que o faraó arranjara outra mulher – não comentei a ultima parte – E que era ruiva… Era mais bonita que Kawit? Era parecida comigo?
- Eram duas mulheres diferentes. Kawit com a sua beleza negra. A outra era branca. Novidade para o faraó. Além disso era muito jovem e Kawit já não tinha a beleza juvenil para competir . – beijou os meus cabelos – Quanto ao facto de ela ser parecida contigo, a única semelhança que encontro é o facto se ela ter sido ruiva e olhos verdes. Mas aí já existe diferenças. Não era o mesmo ruivo, nem o mesmo verde. A tua beleza é algo que só se pode criar uma única vez…
- Tirando o monstro de Frankenstein. – ri – A sério Alex, sinto-me intimidada com essa história toda da Kawit… Vai que ela imagina que a história se está a repetir…
- Ela nunca se atreveria a tocar-te. Por vezes esquecesse da sua posição, mas não se atreveria a tocar-te. Nem ela, nem ninguém.
- Se o dizes… - não estava convencida – E quem é Jullianne?
- Outra criação de Kawit. Se não estou enganado, criou-a em 1500, depois da baixa da revolução dos clãs. Perdemos um puro e Kawit tomou a responsabilidade de criar um. Criou Jullianne.
- Qual o poder dela? – perguntei curiosa.
- É o menos útil. Ela vê as auras das pessoas. Vê a sua alma… Não é muito útil em batalhas.
- Wow… - fiquei a imaginar como seria ser capaz de ver uma pessoa como ela realmente era.
- Mas Jullianne compensa com a força e técnica nas lutas. Nunca perde um confronto. Apenas quando luta contra mim, perde. O que é normal visto a grande diferença de poder físico. Nem a sua criadora a supera.
- Uau! Gostava de a ver bater em Kawit…
Ele riu.
Opsss…. Aquilo não era para ter sido em voz alta.
- Alex? – olhei-o curiosa – Como é que te transformas-te vampiro?
Ele ficou tenso e meio desconfortável.
- Se não quiseres falar, não precisas. – disse.
- Não. Eu posso falar disso, embora o que era em humano seja decadente, mas não me importo de partilhar o meu passado contigo. Neste momento partilho o presente e farei tudo para partilhar o futuro. – beijou a minha testa para depois a acomodar no seu peito. Ouvia a sua respiração calma – Era um escravo Nikka.
Olhei-o sem acreditar.
- Sim. Um escravo – voltou a colocar a minha cabeça no seu peito – Era açoitado constantemente e usado como escravo sexual também.
Abracei-o forte e beijei o seu pescoço.
- Lamento.
- Não. – fez-me olha-lo nos olhos. Estavam calmos e serenos. – Não me importo agora – E realmente não se importava – Os vampiros podem desligar o que não querem. Eu desliguei a raiva e o ódio depois de algum tempo. – beijou docemente os meus lábios – Nem naquela altura conhecia o amor.
Abracei-o mais forte e deixei que se abrisse comigo. Tinha uma sede por saber tudo sobre ele.
- Naquele tempo, era o único escravo branco naquela sela e lembro-me que a mulher do meu dono – a palavra dono fora dito com raiva e ódio que me fez estremecer – não utilizava os negros para os serviços de cama. Tinha que me deitar com a velha. – sentiu-o acariciar o meu cabelo e eu acho que comecei a tremer com a sua história – Se a agradasse ela dava-me mais comida. Mas eu não me importava. Era sempre rude e marcava a pele dela de forma a vingar-me das noites e dias de sol infernal juntamente com as chicotadas que ela e o marido ordenavam que me dessem. – respirei agitada quando a imagem de um Alexander belo e perfeito no meio de escravos a ser açoitado… Meu deus! O que ele sofrera! – Lembro-me que uma vez o marido dela apanhou-nos, pois mesmo quando eu a maltratava e lhe batia a velha acabava sempre por me chamar. Eu odiava-a, a ela e a toda aquela escumalha a quem fui vendido depois de ter sido abandonado pela minha mãe. Sempre trabalhei como escravo, desde criança e era o único que sobrevivei tantos anos. – abracei-o mais forte, querendo aquele destino para mim e não para ele. A dor dele era a minha, embora ele parecesse já não ligar para nada daquilo. – Apanhou-nos e depois chicoteou-me quase até a morte. Mas não me rendi. Quando ele virou costas ergui-me e com uma lança cravei-lhe as costas até ele parar de gritar. Abri as celas dos escravos e fugimos todos, não antes sem ter matado aquela velha.
Ficamos em silêncio. Apenas observávamos as estrelas e imagens do que ele me contara apareciam na minha mente.
- Mesmo no incido dos tempos o ser humano era repudiado. Um animal. E só algo assim se poderia ter tornado na presa e não no caçador. Os humanos não dominam a cadeia alimentar. E apesar de tudo, apesar de o poder fazer, não os escravizo. Nem disso são dignos. Merecem afundarem-se na sua própria porcaria.
- Continua… - pedi. – Continua a tua história, meu amor.
- Era livre finalmente. Passávamos fome, mas já estava habituado a isso. Até que Caim me encontrou e depois me transformou.
- Caim?
- Sim. Ele dizia ser esse Caim. Filho de Adão e Eva. – olhei-o e ele absorto olhava a lua, pensativo com o seu passado – Era o primeiro vampiro, isso tenho certeza. Era demasiado poderoso. Costumava dizer que se transformou em vampiro por carregar a maldição de ter derramado o sangue do irmão. Nunca ninguém percebeu como ele criara os vampiros normais. Uns diziam que era porque lhe tinha corrido mal a experiencia, mas eu não acredito. Caim era demasiado poderoso, demasiado astuto para cometer erros. Sabia o que fazia. Como se o mundo fosse um tabuleiro de xadrez e ele se divertisse contudo. – enroscou um dedo nos meus cabelos e cheirosos para depois suspirar e continuar – Criara apenas mais uns 10 com sangue puro como o dele, os outros apenas eram imitações baratas. Mas ele cometera um erro, a sua inteligência não se manifestou numa jogada.
- Qual? – perguntei baixinho, penetrada naquele mundo mágico.
- Transformou-me. E logo que o fez, lamentou-o.
- Porque?
- Eu não queria aquilo e ganhei-lhe um ódio como nunca poderás imaginar tão grande que desejava derramar o sangue dele e arrancar o coração dele. Ele divertia-se. Quando era livre, ele fez-me carregar uma maldição. Uma maldição que se tornou na dele. Depois que se apercebeu que era tão forte como ele, o que nunca tinha acontecido antes, tentou matar-me.
- O quê? – perguntei assustada.
- Fogo. Aí ficou aterrorizado e percebeu que isso não me atingia. E aí percebi o meu poder. Caim imediatamente tentou que o seguisse e protegesse. Claro que fingi ser-lhe fiel. – riu – Juntei-me a um puro de quem nunca ninguém soube o nome. Ele ensinou-me a lutar. Anos depois matei Caim. E logo em seguida todos os puros que me tinham humilhado, apenas deixei aquele que me ensinou.
- E o que aconteceu aquele tal vampiro? – perguntei.
- Matei-o algum tempo depois que ele transformou Kawit.
Estremeci.
- Matas-te quem te ajudou?
- Sim. – não era algo que o incomodava. – E até hoje governo. E hoje abraço a minha maldição com orgulho. Poder, imortalidade, força… O mundo aos meus pés. Aos pés de um escravo.
Puxou-me para me beijar e aí deixei lágrimas caírem por ele. Pela história dele.
- Voltei a ser um escravo – sorriu torto e beijou o canto da minha boca – O teu escravo.
- Oh Alex…
Abracei-o e sabia que ele sentia o meu coração que batia rápido e que doía tanto. Tanto por ele…
- Não me repudias? – alisou o meu rosto – O facto de ter sido escravo… E ser açoitado como um bicho… De ter sido escravo sexual… Não te enoja que te toque? – olhou-me atormentado.
- Não! – gritei indignada – Não digas isso! Beijei todo o seu rosto, desesperadamente – Eu amo-te! E quando partilhas isso comigo, fazes-me amar-te ainda mais. Se isso é possível.
- Sou teu escravo – murmurou ardente nos meus lábios – Teu… Só teu… Apenas teu escravo para sempre.
O desespero na sua voz, a fúria louca dos seus beijos faziam lágrimas caírem pelos meus olhos. Lágrimas de dor e felicidade. De dor, pelo que ele passará. De felicidade por ter o seu amor.
Alguém que odiará com aquela intensidade, sói poderia amar com maior ardor ainda.
E eu tinha esse amor. Só para mim. Apenas meu.
Olá!
:)
Espero que tenham gostado. O Alex mostrou mais do seu verdadeiro ser.
Que tal? O-o
Gostaram da história dele? Do seu passado triste?
Comentem muito!
Eu estou mal da mão (resultado de uma de muitas quedas desastradas o.o) e demorou muito a completar este capitulo. Por favor comentem! ;)
Eu não respondi aos antigos coments, e lamento mesmo muito! Não pude mesmo!
Com a mão e tal… :S Agora não dá para responder… :(
Desculpem! Mesmo! :S
Mas a partir de agora, irei responder mesmo! Nem que me doa a mão! Comentem muito que eu já tenho saudades de responder aos coments! ;)
P.S-) Próximo capitulo vai ter que ser no sábado ou na quinta. Mas deve ser sábado. Logo de manha mesmo.
O dia de post é na sexta, mas na próxima sexta irei ter aquilo que se chama no meu colégio de passei de final de ano. E vai ser o dia todo. Tenho que estar na estação às 6 e 30 da manhã( o.O ou talvez adormeça mesmo) , para entrar no comboio reservado para nós e só devemos chegar muito tarde…
Vou para caldas da rainha! :D Alguém mora aí? :P
Beijos grandes e portem-se muito mal! :P Comentem muito! :)
Obrigada por tudo! :D